A imposição poder capitalista nas guerras

01/04/2016 às 00:33
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O uso da guerra para imposição do capitalismo é um tema muito debatido na historiografia contemporânea, de olho nisso as multinacionais investem pesado. Pode-se notar que as guerras têm como objetivo a imposição do poder de um Estado/povo sobre o outro.

RESUMO

A guerra é um tema muito discutido desde os primórdios da humanidade até os dias atuais, isto por que ela está presente em todos os séculos, podemos ver como grandes estrategistas de guerra ou mesmo historiadores veem este fenômeno que é extremista por natureza, como afirma Clausewitz “a guerra é um ato de violência destinado a obrigar o inimigo a fazer a nossa vontade”[1]. Podemos notar isto em todas as guerras registradas, desde as do Peloponeso (431 a 404 a.C.) aos conflitos civis que estão acontecendo no Oriente Médio (Guerra Civil na atualidade). Isto com grande influência das multinacionais e Estados ricos que financiam as guerras com o interesse no lucro posterior.

PALAVRAS CHAVES: GUERRAS, POLÍTICA, CORRUPÇÃO, ECONOMIA, DESTRUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE.

ABSTRACT

The war is a much discussed topic since the begin of humanity until the present day, because it is present in every age, we can see how great strategists of war or even historians see this phenomenon that is extremist in nature, as stated Clausewitz, "war is an act of violence intended to compel the enemy to do our will." We may note that in all recorded wars, from the Peloponnese (431-404 BC) to the civil conflicts that are happening in the Middle East (Civil War today). This with great influence of multinationals and rich states who finance the wars with interest in further profit.

KEYWORDS: WAR, POLITICS, CORRUPTION, ECONOMIC, ENVIRONMENTAL DESTRUCTION.

INTRODUÇÃO

Conflitos, guerras, destruição em massa, política, crescimento tecnológico são grandes temas para serem discutidos a partir do olhar de grandes estrategistas e historiadores que tiveram a sensibilidade de estudar este tema. Sob um olhar crítico, é possível notar como homens que escreveram sobre o que é a guerra e qual o objetivo dela, mesmo em séculos passados, trazem grandes influências na sociedade atual, assim como, muitas estratégias usadas por estes estrategistas são ainda aplicadas no mundo contemporâneo, também podemos observar o que historiadores contemporâneos têm a contribuir para nosso conhecimento sobre as guerras e como eles veem esse fenômeno.

Sobre a perspectiva histórica e militar podemos ver a opinião de Carl Von Clausewitz, Luigi Bonanate, Francisco Carlos Teixeira da Silva, Luiz Carlos Soares, Ignacio Ramonet, Sun Tzu, entre outros, que têm obras escritas com o intuito de trazer uma reflexão sobre as guerras. Podemos ter acesso a um fenômeno tão presente na nossa vida atual, assim como o legado deixado por esses conflitos, afinal como afirma Bonanate a guerra também nos deixam boas heranças, embora muitas desgraças.

GUERRAS

Este fenômeno tão corriqueiro para humanidade traz um fator comum: conflitos de religiões, tentativa de controle do poder, guerra política, econômica e social. Duas grandes potências do mundo antigo, Atenas e Esparta, disputavam por território e poder econômico, assim como, o Império Romano, o Império Frances, Russo, E.U.A., entre outros.

Essas grandes potências lutavam pela conquista de território e busca do poder ou simplesmente com medo de outras potências que estavam surgindo, nas conquistas Mongóis o imperador Gêngis Khan quando notava a existência de um império ou Estado crescendo ou se destacando perante os demais ele mostrava seu poder militar e agia usando a força, a mesma estratégia foi usada nas guerras bárbaras, que tiveram a violência como destaque principal dos exércitos.

Entre as estratégias de guerra uma que ganhou destaque foi a que utilizou a religião para expansão de poder, movimento muito forte nas cruzadas, este movimento foi uma forma da igreja católica ganhar mais autonomia e poder se expandindo ao mais longínquo território suas crenças, entretanto houve uma oscilação contrária dentro da própria igreja. O principal motivo para estas cruzadas era a luta territorial, principalmente na Península Ibérica e imposição do cristianismo pela igreja católica. A Guerra Santa era a luta contra o povo dito infiel (muçulmanos), mas ambos os lados a chamavam desta forma, os líderes católicos pregavam que as pessoas que fossem para as cruzadas seriam perdoados dos seus pecados. O maior objetivo desta guerra foi à imposição da igreja para ganhar território, poder e riqueza, isso ainda é utilizado por países contemporâneos, sob a prerrogativa da imposição de uma religião para adquirir poder econômico e militar, usando estratégias militares e política para poder atacar os Estados que se apresentavam como uma “ameaça”, assim como a desculpa da busca pela paz mundial, paz essa que os americanos pregam nos dias atuais e continuam invadindo países e matando pessoas. Outra guerra que também ganhou destaque foi a guerra de secessão, este conflito teve grande importância, pois a partir dele os E.U.A. se consolidaram como grande potência mundial, esta guerra foi considerada a primeira grande guerra de um povo comum, ou seja, uma guerra civil. Foi nela que começaram a aparecer as novas tecnologias que seriam testadas com mais vigor na primeira e segunda guerra mundial.

A Grande Guerra ficou conhecida com o maior número de mortos até então, pelo fato dela ter sido composta por duas modalidades de guerra, uma voltada para os modelos ultrapassados com usos de cavalaria e armas brancas e outra, com uso de novas tecnologias, avião de guerra, pólvora, balas, etc. Mas o maior marco desta guerra foi o uso de trincheiras, por isso ficou conhecida como “a guerra de trincheira”, onde os combatentes passaram a maior parte do tempo dentro de buracos esperando a hora do ataque.

A segunda guerra mundial seria, segundo Francisco Carlos Teixeira, uma continuação da primeira, esta girava novamente em torno da Alemanha e a tentativa de Hitler de unificação dos germânicos, para ele esse povo era superior às demais nações do mundo. A Alemanha teve a colaboração da França e Grã-Bretanha que não impediu a sua fortificação militar, já que a Alemanha foi proibida de construir aviões e armas de guerra ou até mesmo de formar exército após derrota na primeira guerra mundial. Segundo Pedro Tota o auge da guerra seria a entrada dos americanos no conflito e isso teria se dado com o ataque do Japão a uma base norte americana. Os Estados Unidos responderam à “altura” e explodiram o Japão com duas grandes bombas nucleares, tentado justificar os ataques das bombas atômicas os americanos falaram que isto foi necessário para não terem uma guerra longa, desgastante e desnecessária contra o Japão considerado como um império forte. Durante esta guerra foi usado todo tipo de armas e tecnologias. Isso teria como resultado a Guerra Fria.

Enfim, nota-se que por mais que cada guerra apresentada tenha seu contexto individual, por mais diversificado que seja cada conflito, elas têm algumas coisas em comum, por exemplo: o pensamento de uma guerra rápida com vitória para as grandes potências. Aconteceu com o exército de Atenas, tendo sua superioridade militar achava que iria vencer facilmente os espartanos; com os E.U.A., quando guerrearam contra os vietnamitas, achavam que seria uma guerra curta e fácil, porém saíram derrotados, ou ainda quando invadiram o Talibã na busca do líder (Osama Bin Laden) dos ataques terroristas do 11 de setembro, sua busca durou muito mais tempo o que ocasionou mais despesa para os E.U.A. e ainda acarretou uma futura crise econômica neste país.

A GUERRA, UM RESULTADO ENGANADOR?

No livro “A Guerra” Luigi Bonanate tem como objetivo esclarecer o que é a guerra, como se faz, por que se faz e o que ela significa, para isso ele usa exemplos, modos estratégicos usados durante guerras e justifica a importância delas. Bonanate é um autor que tem bastante influência do renomado general Carl Von Clausewitz escritor de um dos mais importantes livros sobre história das guerras, “Da Guerra”.

Para Bonanate as guerras têm uma grande importância para o equilíbrio da humanidade, ele comenta que a ameaça atômica fez com que a população ficasse concentrada nas grandes guerras e que deixassem as menores irem acontecendo, neste meio termo surgiu o terrorismo e com ele uma nova forma de guerra, mas será que isso seria realmente uma forma de guerra? Bonanate mostra o terrorismo como uma forma de divulgação de um ideal e não como forma de guerra, pois o terrorismo sempre existiu. Como dito anteriormente o terrorismo seria uma nova forma de guerra se esta nunca tivesse sido usada, mas pode-se notar que em guerras anteriores houve massacres em massa como forma de intimidar o opressor ou até mesmo para mostrar ao inimigo que não havia receio de matar pessoas inocentes. O grande diferencial entre guerra e terrorismo é que na guerra matam-se apenas militares ou civis em que estão nos locais de combate e no terrorismo matam-se todos, pois todos são inimigos, ou simplesmente símbolos do que se quer atingir, como aconteceu no ataque ao Word Trade Center em 11 de setembro de 2001, as pessoas que morreram durante aquele ataque não eram militares em combate, mas pessoas que estavam em seu ambiente de trabalho ou apenas como turistas.

O terrorismo é mostrado como produto da globalização e com esta globalização a tentativa de uma ordem internacional que segundo Bonanate terá grandes efeitos nas guerras, ele afirma que boa parte da humanidade (população de países pobres) não tem interesse em uma ordem mundial por elas não serem beneficiadas pelas mesmas. Esse terrorismo apresentado seria uma forma de guerra do fraco contra o forte, pois o autor comenta que essa estratégia é uma forma de se guerrear sem se identificar, pois se um país pequeno se identificasse que tinha interesse em destruir ou mesmo guerrear contra uma grande potência mundial com certeza esse país seria esmagado, mas se ele invade e consegue tocar no coração daquela potência, este pequeno Estado conseguirá alcançar seu objetivo.

Bonanate fala o que é a guerra mostrando como ela era na antiguidade e como são os novos modelos usados no mundo contemporâneo, ele mostra um fator que elas têm em comum: o uso da força, para alcançar um objetivo, como afirma Clausewitz “A guerra é meramente a continuação da política por outros meios”[2]. Outra citação muito relevante de Clausewitz faz referência à utilização da força para se alcançar objetivo, “o corpo da guerra é derrubar o adversário, seja ao destruí-lo politicamente, seja ao impossibilitá-lo simplesmente de se defender”[3], mostrando assim que o principal objetivo da guerra é impor poder ao estado inimigo.

Bonanate também expõe por que se faz a guerra, ele explana como um exemplo prático, o comércio, pois nele a busca incessante pelo lucro leva alguns a atacar seu adversário através de propagandas ou mesmo de promoções que levem os clientes a aderirem ao seu produto, esta mesma estratégia é usada na guerra, pois os Estados utilizam de todos os meios possíveis para alcançar a vitória que sempre está ligada ao aumento de poder. Para alcançar esses objetivos os Estados utilizam o terrorismo, a democracia, o comércio, a religião, etc. Esse último foi defendido por Bonanate como um dos principais motivos das guerras durante séculos.

Por muito tempo foi usado às religiões como pretexto de defender as guerras, as chamadas “Guerras Santas” ou mesmo “Guerra Justa” e como dizer que estas guerras são realmente justas se eram e ainda são em nome de uma propagação religiosa obrigatória e com o objetivo de aquisição de mais poder? As guerras ditas santas mataram muitas pessoas inocentes e como elas seriam justas e essas pessoas morreram? Esse questionamento nos leva a pensar que o que as guerras têm de mais comum é a busca pelo poder para utilizá-lo para realizar outra guerra e ter ainda mais poder.

Bonanate explica o que significa a guerra e para isso ele expõe primeiramente que ela é um resultado enganador e aí pode surgir a pergunta, mas por que enganador? Muitas vezes os países que vencem as guerras saem tão destruídos como os derrotados, um grande exemplo disso foi a Guerra no Paraguai, onde Brasil teve tantas perdas quando o Paraguai, mesmo a tríplice aliança tendo saído vitoriosa o Brasil saiu devastado. Outro fator importante é quando são mostrados os benefícios que as guerras trazem, muitos ainda tem a impressão que as guerras só trazem coisas ruins, mas foi durante a Segunda Guerra Mundial que a tecnologia mundial passou a crescer rapidamente, foi neste período que inventaram o computador e a internet, os enlatados, etc.

São nas guerras que começam os acordos diplomáticos, como Clausewitz afirmou e Bonanate defende como melhor resposta para o que é a guerra é que ela é um meio de fazer política de outra forma. Foi durante as guerras que também apareceram diversas obras de arte. Bonanate afirma: “Qual Estado nasceu pacificamente? E se são várias concessões exigidas pela paz, o resultado então será a guerra” Bonanate ainda diz que Hegel julga a guerra na necessidade histórica e La Bruyère limita-se a admitir que ela seja inevitável.

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NOVOS TEMORES E NOVAS AMEAÇAS

A obra de Ignacio Ramonet, “Guerras no Século XXI”, é um trabalho bem elaborado sobre os conflitos da atualidade, ele mostra diversos fatores que levaram a ruptura de países/sociedades assim como fatos que poderão ocasionar grandes guerras, como a escassez da água, a busca pelo poder entre os países e etc. Ele apresenta diversos episódios que vem acontecendo no nosso cotidiano, fazendo uma introdução sobre os principais temas, trazendo à tona fatos como: a dinâmica da globalização, a sistemática de poder político, social e econômico, a tríade formada por Estados Unidos, União Europeia e Japão, porém comandada pelos E.U.A. que vem dominando o mundo, a grande diferença de renda entre países e cidadãos, nesta parte há um dado muito importante; as quinze pessoas mais ricas do mundo são possuidoras de uma riqueza maior que o PIB total do conjunto de países da África Subsaariana, ou grandes empresas como a General Motors que é possuidora de uma receita superior ao PIB da Dinamarca e a Exxon Mobil superior ao PIB da Austrália.

Ignacio Ramonet também faz um levantamento sobre como o ser humano vem destruindo seu habitat através de grandes queimadas, exploração do solo de forma desordenada o que leva a graves problemas ambientais como: escassez de água, poluição do ar, destruição da flora etc. Mas, sobretudo a demonstração de poder através das guerras e destruições em massa de países com o intuito egoísta de mostrar soberania sobre os demais. Ele faz um levantamento do que foi está no 11 de setembro de 2001 e o que representou para os Estados Unidos e para o mundo. Mostra a cara deste país de forma objetiva, pois faz um levantamento de antes do 11 de setembro, mostrando a influência dos Estados Unidos.  Embora o ataque tenha comovido muitos países, muitos deles acharam “bom” para mostrar que mesmo os E.U.A., como uma grande potência mundial, era vulnerável a ataques.

Ramonet diz que Ossama Bin Laden foi um dos recrutados pela CIA[4] em 1970, mas depois chegou a entrar na história contra o E.U.A., os Estados Unidos nesta época estava a se consolidar como uma grande nação mundial, impondo respeito através do seu sistema autoritário, “é comigo ou contra mim”, quando Bin Laden organiza sua estratégia de ataque e resolve finalmente atacar, consegue o feito histórico que Ramonet compara com história do Dr. Frankenstein, a criação contra o seu criador.

Bin Laden pode ser mostrado de duas formas: O antes 11 de setembro e depois dele, antes um anônimo e depois uma figura ilustre que conseguiu entrar para a história mundial e usou isto de forma estratégica; isto quer dizer que ele atacou os E.U.A. para conseguir três coisas primordiais: atacar a hegemonia econômica, militar e política do país e ainda usando a mídia para mostrar ao mundo esse acontecimento “apocalíptico”.

 Ao contrário do que se pode pensar, após este ataque os Estados Unidos não ficaram enfraquecidos, mas passaram a mostrar para o mundo sua grande força política/militar, pois as grandes potências mundiais passaram a demonstrar apoio, o então presidente George W. Bush falou que quem não estivesse com os E.U.A. estaria contra eles; diversos países, que embora estivessem achando “bom” o acontecimento, passaram a estar do seu lado. A partir daí começou o que Ramonet chama de um império contra um indivíduo, na busca por Bin Laden. Mas seria esse realmente o único objetivo dos estados Unidos? Ou existiam interesses econômicos já que o Iraque é um grande produtor de petróleo? Isto será discutido mais adiante.

Globalização/antiglobalização Guerra social planetária, este tema está totalmente relacionado à era da tecnologia, como falou Karl Marx “Deem-me um moinho de ventos e lhe darei a Idade Média” e Ramonet parafraseou “Deem-me um computador, e eu vos darei a Globalização.”[5] A partir de 1999 e 2000 a internet passou a ser a nova economia mundial e as grandes empresas Americanas, europeias e japonesas seriam as grandes disputadoras por este mercado.

Neste estopim da nova economia mundial muitos empreendedores e países investiram pesado em bolsas de valores das principais empresas (AOL, Yahoo!, Amazon AtHome, eBay) voltadas para a tecnologia, todavia estes investimentos de forma desordenada geraram prejuízos enormes para muitos Estados. A Argentina merece ênfase por ter entrado em uma grande crise no fim de 2001 por ter investido nesta nova tecnologia e seguindo à risca as normas do FMI, privatizando muitos órgãos públicos. Isto beneficiou as grandes empresas internacionais que passaram a comprar empresas públicas com preços abaixo do mercado e com produtos que davam para continuar um bom tempo produzindo, muitas estatais ainda receberam injeções financeiras para atrair compradores. Assim como na Argentina, pode-se dar o exemplo do Sistema Telebrás no Brasil que obteve R$ 23,5 bilhões em investimentos governamentais, sendo vendido em seguida por um valor inferior (R$ 22,2 bilhões).

Outro tema muito relevante foi a Guerra de Kosovo, que Ramonet Chama de Nova Ordem Mundial, esta guerra foi nada mais nada menos que o início de um desmantelamento estrutural no que se refere à soberania de um país; a OTAN em 1999 atacou a República Federativa da Iugoslávia, mesmo sem a Iugoslávia ter cometido nenhum crime fora da sua fronteira. Esse foi o pontapé para o começo de uma invasão de território e desrespeito a supremacia de alguns países, os Estados Unidos foram e continuam a ser um dos Estados que mais interferem na soberania em nome de uma paz mundial. Durante a guerra de Kosovo a mídia televisiva foi usada para inflamar a população e colocar um Estado contra outro. A população de Kosovo era muito grande e pobre, tinha um índice muito alto de pessoas jovens (cerca de 50% da população tinha até 20 anos), o que a tornava menos estruturada e despreparada para uma guerra.

 A OTAN, apoiada pelos Estados Unidos, atacou a Iugoslávia sem a devida autorização da ONU, aí poderíamos nos perguntar, por que os E.U.A. se interessaram por esta guerra? Simplesmente para mostrar poder. Os Estados Unidos viram nisto uma oportunidade de não deixar acabar com a OTAN que deveria ter sumido junto com a URSS em 1989, então passaram a utilizar a OTAN como seu braço direito armado, porém muitos oficiais americanos estimulavam o seu governo para atacar sem a OTAN para mostrar ainda mais o poder militar, todavia os Estados Unidos eram considerados como o “único” com interesse de paz global e líder da comunidade internacional, isto o impossibilitava de um ataque direto.

A OTAN não hesitou em transgredir o estatuto da ONU, assim como, a soberania dos Estados em nome de uma ingerência moral e humanitária. Os E.U.A. usaram a OTAN para mostrar que resolviam as coisas sem a ONU, bombardeando países, intimidando outros, destruindo de forma desordenada e sempre em “defesas humanitárias”, poderíamos nos questionar, como esse uso da força desordenada e arbitrária poderia estar defendendo razões humanitárias se tantos inocentes morrem durante os ataques?

Um fator de extrema importância a ser discutido também é o ecossistema e a degradação que ele vem sofrendo, mostrando que o medo da população sempre existirá, ele pode mudar de lugar ou situação, mas sempre existirá. Até o século XX o maior temor eram as catástrofes naturais, a partir deste novo século o temor passou a ser as grandes guerras e com elas o temor nuclear, a população mundial passou a se preocupar com os ataques de bombas nucleares e o que elas poderiam deixar de herança para a terra.

Estes temores foram diminuindo a partir de 1995 com um tratado assinado de não proliferação nuclear que reconhece como membro do conselho permanente da ONU e dar direito a cinco potências (China, E.U.A., França, Reino Unido e Rússia) a serem as únicas potências nucleares do planeta. Apenas Cuba, Paquistão, Israel e Índia não assinaram este tratado. A população mundial passou a ficar mais despreocupada com uma possível destruição em massa do planeta através de uma bomba nuclear, todavia estes países que não assinaram não estavam satisfeitos e eram considerados países com influência terrorista pelos E.U.A.

Mas segundo informações da rede portuguesa SIC, os Estados Unidos retiraram formalmente Cuba da lista de países ligados ao terrorismo, nesta sexta-feira (29/05/2015). Entretanto desde dezembro de 2014, o presidente da Casa Branca, Barack Obama, anunciou a reaproximação entre Cuba e os Estados Unidos, após 30 anos que Cuba esteve na “lista negra”. Depois de algumas conversas com o líder cubano, Raúl Castro, Obama endereçou uma carta ao Congresso, onde mostrou que tinha intenções de retirar o país da lista de aliados ao terrorismo internacional[6]. Isso mostra mais uma vez a supremacia dos E.U.A. diante de toda população mundial.

Mas como já foi mencionado o medo vai mudando de lugar, quando a população perdeu o medo dos ataques nucleares passaram a ter medo da destruição do meio ambiente causada por ela mesma através de guerras e uso inapropriado em benefício de poucos, a grande destruição do meio ambiente, falta de alimentação e a desordenada distribuição de renda faz com que muitos morram de fome mesmo sendo provado que a população mundial produz muito mais do que podemos consumir. Ainda seguindo este contexto do medo podemos trazer à tona as doenças que são um grande problema mundial, estes surtos de doenças que matam mais que todas as guerras, doenças causadas pela falta de alimentação (desnutrição, anemia, etc.) ou excesso da mesma (diabetes, obesidade, etc.), assim como vírus que se propagam e matam muito mais que guerras como o HIV que vem matando muitos, exclusivamente em países pobres (principalmente na África).

REFLEXÕES SOBRE GUERRAS

O “livro reflexões sobre a guerra” de Francisco Carlos Teixeira da Silva e Luiz Carlos Soares é de extrema importância para os leitores de guerras contemporâneas, pois eles trazem à tona diversas guerras (desde a guerra dos trinta anos até as guerras atuais) e seus efeitos para humanidade. Os autores fazem uma reflexão sobre os ataques do 11 setembro de 2001 aos Estados Unidos e o posteriormente a resposta dos americanos no Iraque, vivendo este clima de guerra entre os Estados Unidos e Iraque os autores trazem uma reflexão sobre o que levaram a estes acontecimentos e qual o verdadeiro objetivo dos ataques ao Iraque neste momento. Soares faz uma análise sobre as guerras e o mercado capitalista mundial nos séculos XVI e XIX, nesta ocasião ele traz à tona um contexto ainda ignorado ou não tão divulgado por diversos autores, as guerras mundiais não como sendo apenas duas, mas sim diversas, desde a guerra dos trinta anos até o Pós-Guerra Fria. Aí poderíamos nos perguntar por que todas estas seriam guerras mundiais?

Partindo da ideia apresentada por Soares, estas guerras seriam mundiais por elas afetarem diretamente a economia mundial, conflitos que foram mesclados com um único objetivo, poder, seja ele obtido através das religiões na “Guerra dos Trinta Anos” ou pelo uso da força e destruição em massa (bombas atômicas que explodiram as cidades japonesas, Hiroshima e Nagasaki) na “Segunda Guerra Mundial” ou ainda pelo uso da tensão de destruição nuclear usado na “Guerra Fria” onde as grandes potências mundiais E.U.A. e U.S.  (Estados Unidos da América e União Soviética, respectivamente) fizeram o mundo ficar tenso, a espera de uma grande guerra e desta vez de maior proporção que a última (Segunda Guerra Mundial), pois iria ser usado mais bombas atômicas e armas químicas que deixariam uma destruição sem limites ao planeta.

Esta última guerra citada por Soares expõe o interesse político e econômico destas duas potências de impor sua hegemonia mundial através do poder militar, que estavam cada vez mais expandindo, mas principalmente na África e Ásia que estavam passando por um processo de descolonização, ampliar sua influência naquela região iria lhes proporcionar vantagens econômicas, políticas e militar junto aos novos Estados formados.

Durante a Segunda Guerra Mundial o Japão teve duas cidades totalmente destruídas (Hiroshima e Nagasaki) por bombas atômicas e um dos motivos apresentados por Soares é o expansionismo econômico e disputa pelo mercado da Ásia com os Estados Unidos. A ascensão do Japão naquela área se deu após sua vitória na Guerra Russo-Japonesa, após esta guerra o Japão passou a buscar conquistar território naquela região com o interesse na matéria prima local, isso batia de frente com o expansionismo dos norte-americanos. Em 1941 o Japão atacou uma base americana em Pearl Harbour, no Havaí, isso foi o motivo para os Estados Unidos juntar o útil ao agradável e entrar na guerra contra o Japão e os seus aliados (Potências do Eixo).

Durante este processo ficou claro que estas guerras seriam uma forma de expansionismo do capitalismo, visto que, cada guerra trazia consigo o interesse econômico dos Estados e das grandes multinacionais que financiavam as guerras para depois reconstruírem os países novamente sobre a administração do país vencedor. A hegemonia dos Estados Unidos foi inquestionável em virtude de sua força econômica e auxílio na construção da Europa Ocidental.

Com o pós Guerra Fria e a hegemonia plena os Estados Unidos criaram uma nova forma de economia e política internacional voltada para uma doutrina neoliberal, preconizando o fim das intervenções reguladoras do Estado na economia, ou seja, privatizações em massa das estatais e empresas públicas, assim como reformas no sistema previdenciário, saúde e educação; impôs-se a tese do “Estado mínimo”, ou seja, menos poder do Estado e mais poder das grandes multinacionais que comprariam as empresas públicas e estatais, que neste caso seriam majoritariamente americanas, centralizando a economia mundial. Soares fez um questionamento que ele mesmo respondeu de forma clara e concisa; “Um mundo sem guerra é possível? [...] As guerras são o showroom da indústria armamentista e uma enorme fonte de lucros e acumulação capitalista [...] A impossibilidade de um mundo sem guerras se verifica porque a guerra está entronizada na própria estrutura e na dinâmica do capitalismo”[7].

Foi com a imposição de poder econômico (ajuda financeira a países envolvidos em guerras civis ou guerras internacionais, assim como destruídos em catástrofes) e militar (intervenção militar, terrorismo ou ajuda a países aliados em guerras) que os Estados Unidos foram conquistando território, partindo desta perspectiva pode-se observar os interesses deste país no Oriente Médio, maior produtor de petróleo do mundo. Francisco Carlos Teixeira tem como um dos objetivos expor a guerra que envolve os Estados Unidos e Iraque, dando ênfase na corrupção e o uso da força dos E.U.A. para impor poder e barganhar estas riquezas, majoritariamente ligadas ao petróleo.

A guerra no Iraque seria um novo modelo, consistia em uma guerra majoritariamente privatizada com o objetivo de fugir da síndrome do Vietnã, que trouxe resultados muito negativos para os norte-americanos, ainda colocaria os Estados Unidos em uma posição mais forte no Oriente Médio. “O sonho neoconservador, já anunciado desde 1998, implicava numa reconstrução total do Oriente Médio, abrindo caminho para o abastecimento barato do Ocidente e para um papel hegemônico de Israel na região”[8]. Este novo modelo de guerra iria usar as novas tecnologias com um único objetivo, destruir o inimigo sem que fosse tocado, era o que o general Colin Power falou “(...) nós atiramos, eles morrem”[9]. Este novo modelo de guerra já teria sido usado na Guerra da Bósnia com ataques aéreos e com pouco contato dos soldados norte-americanos, a intenção da guerra no Iraque seria uma guerra rápida, mas a guerra tomou outra proporção maior em maio de 2003 quando foi decretada vitória dos americanos, o povo Iraquiano começou a atacar os estrangeiros em defesa da sua pátria o que foi um choque para os americanos que não contavam com essa atitude, como dizia Ennio “aquele que conquista não vence, a menos que o perdedor se considere derrotado”.[10]

A guerra assimétrica travada entre estes dois Estados provaria que mesmo uma grande potência como Estados Unidos poderia ser desafiada, como diz Francisco Carlos Teixeira: “A tecnologia superior americana, o excelente treinamento dos soldados e a grande disponibilidade financeira não bastavam para assegurar a vitória do poder superior num cenário adverso”[11]. Ele faz menção também da forte resistência dos palestinos, mesmo a população israelense sendo superior militarmente, tendo um dos melhores serviços secretos do mundo não consegue vencer os palestinos. Os Estados Unidos saíram perdedores assim como no Vietnã, pois não conseguiram executar sua missão que era a implantação de um “Iraque pró-ocidental”.

O uso de mercenários na guerra contra o Iraque era uma forma inovadora para os americanos, eles conseguiam vantagens tanto econômica (cada soldado americano custava certa de US$ 4 milhões, enquanto os mercenários entre RS$ 100 e RS$ 300 mil, é bom frisar que esses mercenários, majoritariamente de países pobres, foram recrutados tanto pelo Estado americano quanto por empresas que trabalhavam na reconstrução do Iraque) quanto midiática (as mortes destes soldados estrangeiros não causariam nenhum efeito entre o povo americano).     Com a destruição do Iraque as grandes empresas, principalmente americanas passaram a ver o Iraque como o “El Dourado dos negócios fáceis”. Foi nesta perspectiva que empresas negociaram diretamente (sem licitação) com o Pentágono e passaram a atuar na reconstrução, foram beneficiadas companhias ligadas ao vice-presidente Dick Cheney e Richard Perle. Esses dois homens de confiança Bush mobilizaram uma grande rede de empresas para atuar nas obras, todavia o negócio ficou tão escandaloso que foram tirados do cargo. “Ante o grande número de escândalos e manipulações financeiras, o Congresso americano nomeou Stuart Bowen como inspetor especial para investigar os casos de corrupção com fundos americanos aplicados no Iraque”[12].

Os iraquianos descobriram uma “nova” forma de combater os Estados Unidos, mexer no bolso deles. “Este é um dos objetivos da resistência: a guerra deve custar caro aos contribuintes americanos” e como isso se faria isso? Isto acontecia dentro do próprio Iraque, pois os grupos terroristas começaram a atacar os próprios Iraquianos e estrangeiros no país, vendendo crianças para conseguir comprar armamentos, destruindo petrolíferas, atacando construtoras estrangeiras que estavam trabalhando na reconstrução do país, etc. O objetivo seria causar um pânico tão grande que os estrangeiros não quisessem ir para o Iraque; entretanto teve uma coisa que surpreendeu ainda mais os norte-americanos, Francisco Carlos Teixeira chama de “estratégia anti-Vietnã”, pois no Vietnã foi feito acordo para os americanos deixarem o país, no Iraque o ataque era tão cruel que isso se tornaria inviável para os E.U.A., os iraquianos tinham o objetivo de fazer os americanos expor as perdas constantes e pesadas.

Foi nesse momento que surgiu a indústria do sequestro no Iraque, visando o desmantelamento econômico dos Estados Unidos, os grupos terroristas passaram a sequestrar os funcionários estrangeiros e pedir dinheiro em troca, com isso se conseguia dinheiro para o financiamento da guerra e ainda expor ao mundo através da TV a situação que os americanos estavam expondo os trabalhadores contratados para a reconstrução do país, assim como, os soldados mercenários contratados para guerrear em nome do povo americano. Para expor o pânico muitas vezes os reféns foram executados em frente às câmeras de TV, a ideia seria que “o Iraque não vale à pena o risco”, isso levou muitas empresas deixarem o país porque elas precisariam de um forte sistema de segurança além de mão de obra muito cara.

Os americanos entraram com tudo para enfraquecer o Iraque com uma desculpa de tentativa civilizacional e destruição do terrorismo. Sob a administração de Bush foi criado a “Ordem Executiva 13.303” que dava direito de imunidade às empresas exploradoras de petróleo americanas para não se submeterem a processos jurídicos de origem iraquiana e de instâncias internacionais por atos praticados em sua defesa. Enfim essa foi mais uma derrota imposta aos Estados Unidos em uma guerra assimétrica, mesmo com o uso da força bruta, tentativa de destruição de boa parte da população Iraquiana, uso de poder econômico, corrupção e tantos outros adjetivos os americanos não conseguiram seu objetivo principal e saíram perdedores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Entre diversos temas abordados ficou claro que as guerras fazem parte da humanidade e sem elas não teríamos avançado tecnologicamente, nem tampouco conquistado tantos continentes, pois “nada envolve tanto os seres humanos, de maneira tão íntima e completa, quanto a guerra e seus acontecimentos”[13] e a partir desta união e formação de conhecimento adquiridos durante as guerras podemos chegar a um patamar mais evoluído da nossa espécie, todavia vale a pena frisar o quanto perdemos e o quanto podemos perder nestas batalhas, desde familiares e amigos ao meio ambiente e o “futuro” da humanidade (fato vivido durante a Guerra Fria com o suposto ataque nuclear).

A guerra se mostrou como um tema discutível, mas inexplicável pelo simples fato de que não conseguimos chegar a uma resposta concreta sobre o que ela é ou o que ela propõe, Clausewitz afirma que ela é uma política aplicada por outros meios, Bonanate defende que ela é um mal necessário, Soares pergunta se existiria um mundo sem guerras? Ou melhor, qual Estado foi formado pacificamente? Ramonet traz à tona os diversos fatores negativos que a guerra deixa para humanidade, entre eles a destruição no nosso maior bem: o meio ambiente; Teixeira mostra a corrupção através da guerra e assim como Ramonet exibe a corrupção e o crescimento econômico das multinacionais através de financiamentos de guerras. Sun Tzu expõe estratégias de guerras e seus resultados.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A Arte da Guerra, Sun Tzun; tradução de SUELI BARROS CASSAL.

BONANATE, Luigi. A guerra; tradução de Maria Tereza Buonafina e Afonso Texeira Filho. – São Paulo: Estação Liberdade, 2001.

CLAUSEWITZ, Carl Von. Da guerra; Tradução para o inglês Michael Howard e Peter Paret e tradução do inglês para o português CMG (RRm) Luiz Carlos Nascimento e Silva do Valle.

Enciclopédia de guerras e revoluções do século XX: as grandes transformações do mundo contemporâneo / Francisco Carlos Teixeira da Silva (coordenador)... [et al.]. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

História das Guerras. Demétrio Magnoli, organizador. 4. Ed., 1ª reimpressão. - São Paulo: Contexto, 2009.

http://veja.abril.com.br/noticia/economia/os-10-paises-que-mais-produzem-petroleo-no-mundo. Visualizado 09 de março de 2016.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/05/150529_cuba_saida_oficial_lista_eua_fn. Visualizado no dia 29 de maio 2015.

RAMONET, Ignacio. Guerras no século XXI: novos temores e novas ameaças; tradução de Lucy Magalhães. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.

SOARES, Luiz Carlos; SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Reflexões sobre a guerra. Rio de Janeiro: Letras: Faperj, 2010.


· Graduando 7° Período do Curso de Licenciatura em História pela Universidade de Pernambuco Campus Mata Norte, integrante do Grupo História do Tempo Presente.

[1] CLAUSEWITZ, Carl Von. Da guerra; Tradução para o inglês Michael Howard e Peter Paret e tradução do inglês para o português CMG (RRm) Luiz Carlos Nascimento e Silva do Valle, pág.94.

[2] CLAUSEWITZ, Carl Von. Da guerra; Tradução para o inglês Michael Howard e Peter Paret e tradução do inglês para o português CMG (RRm) Luiz Carlos Nascimento e Silva do Valle, pág. 91.

[3]  BONANATE, Luigi. A guerra; tradução de Maria Tereza Buonafina e Afonso Texeira Filho. – São Paulo: Estação Liberdade, 2001, pág. 32.

[4] CIA. Central Intelligence Agency. (Uma unidade de inteligência militar dos Estados Unidos que na época recrutava homens na área do Afeganistão para transformá-los em grandes combatentes).

[5]RAMONET, Ignacio. Guerras no século XXI: novos temores e novas ameaças; tradução de Lucy Magalhães. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2003, pág. 97.

[6] Jornal BBC, link:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/05/150529_cuba_saida_oficial_lista_eua_fn 29/05/2015.

[7]SOARES, Luiz Carlos; SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Reflexões sobre a guerra. Rio de Janeiro: Letras: Faperj, 2010, pág. 63.

[8] Idem, pág. 78.

[9] Idem, pág. 81.

[10] História das Guerras. Demétrio Magnoli, organizador. 4. Ed., 1ª reimpressão. - São Paulo: Contexto, 2009. Pág. 47.

[11] SOARES, Luiz Carlos; SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Reflexões sobre a guerra. Rio de Janeiro: Letras: Faperj, 2010, pág. 86.

[12] Idem, pág. 108.

[13] BONANATE, Luigi. A guerra; tradução de Maria Tereza Buonafina e Afonso Texeira Filho. – São Paulo: Estação Liberdade, 2001. Pág. 21.http://[email protected]

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