A fosfoetanolamina sintética:pílula do câncer

12/04/2016 às 10:46
Leia nesta página:

Tudo sobre a substância que trouxe a esperança para mais de 15 mil doentes e seus familiares.

O pesquisador:

A “fosfoetanilamina sintéca”, fora descoberta à pelo menos 20 anos, pelo professor e pesquisador, Dr. Gilberto Orivaldo Chierice e sua equipe.

O Dr. Gilberto Orivaldo Chierice, um dos mais renomados pesquisadores, possuidor de vago conhecimento e experiências de valorização inacreditável para o seu currículo, ainda tem brilhantes teses de mestrados, pesquisas laboratoriais, trabalhos com publicações internacionais, estudos experimentais de grandes sucessos, além de ter sido indicado pela revista “superinteressante” com um dos cem maiores pesquisadores do século.

 Aduz que à dez anos fora possuidor de um “melanoma” (câncer de pele) o qual foi tratado com a “fosfoetanolamina sintética”, o que resultou na cura. Assim com o objetivo de proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes, tem lutado para o reconhecimento da substancia como forma menos agressiva no tratamento do câncer, pois como se sabe, os tratamentos indicados hoje, tais como a quimioterapia e radioterapia, produzem diversos efeitos colaterais, vindo a debilitar ainda mais o paciente.

A substancia:

A fosfoetanolamina sintética, também conhecida como “a pílula da cura do câncer, segundo os pesquisadores, tem como objetivo enfatizar o tratamento e não a substituição de quimioterapias e radioterapias.

Segundo o Dr. Gilberto Orivaldo Chierice, tal substancia age como um “sinalizador” para o próprio sistema imunológico combater as células cancerígenas.

Essa substancia nada mais é do que uma substancia para potencializar a fosfoetanolamina produzida pelo próprio corpo humano, tendo como função o combate de tumores (antitumoral).

De acordo com o Wikipédia:

A fosfoetanolamina é um composto químico orgânico presente no organismo de diversos mamíferos, convertido usualmente em outras substâncias que formam as membranas das células. Do ponto de vista bioquímico, trata-se de uma amina primária envolvida na biossíntese de lipídeos. Além dessa função estrutural de formar a membrana celular, ela possui ainda uma função sinalizadora, ou seja, a fosfoetanolamina informa o organismo de algumas situações que as células estão passando. No Brasil, uma versão artificial da fosfoetanolamina começou a ser sintetizada pelo químico Gilberto Orivaldo Chierice, então professor do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) no final da década de 1980 e, após indícios de que essa fosfoetanolamina sintética teria propriedades no combate a alguns tipos de câncer, pacientes acometidos pela doença e seus familiares têm entrado na justiça para conseguir acesso às cápsulas produzidas pelo IQSC. No entanto, como a fosfoetanolamina não possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ela não possui bula e nem pode ser comercializada no Brasil.

A repercussão:

Tal assunto tem tomado repercussão internacional. Sendo criticado por diversos médicos, e visto como “última esperança” para os enfermos, levantando ações nas mídias televisivas, jornais, comunidades via internet, manifestações, entre outras diversas maneiras de incentivo a liberação dessa substancia.

Sabemos, que a fosfoetanolamina sintética ainda não possui a aprovação da ANVISA, para ser considerado medicamento, ou seja, não é possível encontrar em farmácias, vindo a ter acesso somente por meio judicial.

Em nota ao site G1, a ANVISA afirma não possuir nenhum protocolo de pesquisa sobre o produto.

A Distribuição:

Entretanto, devido a diversas ações o poder judiciário suspendeu todas as ações e liminares já obtidas, até que se obtenha entendimento majoritário sobre o fornecimento ou não dessas substancias.

Não obstante, o Deputado Wellington Prado, apresentou junto ao congresso o projeto de Lei nº 3454/2015, para que houvesse a liberação da fosfoetanolamina aos portadores de neoplasia sob condição de terapia paliativa e fora de condição terapêutica descrita através da medicina convencional por tempo indeterminado, sendo custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente, o projeto já passou pelo Congresso, e pelo Senado, restando apena a sanção pela Presidente.

Entretanto, até o momento, não houve a sanção, vindo a se conseguir ter acesso somente por meio judicial.

A Legalização:

Para que ocorra a Legalização da substancia, é necessário a aprovação da ANVISA, o qual somente será alcançado após o término dos testes que duram em torno de 3 anos.

Dos Testes Da Anvisa:

Para que uma substância seja reconhecida como medicamento a ANVISA realiza testes em 3 etapas, sendo eles:

Primeira etapa: fornecida a poucas pessoas considerada saldáveis para a verificação de reações adversas e toxidade do produto;

Segunda etapa: testada em pacientes que têm a doença que se pretende tratar para verificar se ela é capaz de controlar a enfermidade;

Terceira etapa: É a mais complexa, por é administrado a um número maior de pessoas e seu efeito é comparado com o de outras drogas já existentes ou com placebo, para verificar se a candidata a droga representa um avanço no tratamento da doença. Também são avaliadas questões como indicação e contraindicação, dosagem e efeitos colaterais.

Atualmente, a ANVISA divulgou no dia 18/03/2016 os números da primeira etapa, a qual não foi promissora, indicando “ineficaz” no combate ao câncer:

As conclusões apontam que as cápsulas têm uma concentração de fosfoetanolamina menor do que era esperado e que somente um dos componentes da cápsula -- a monoetanolamina --- apresentou atividade citotóxica e antiproliferativa, ou seja, capacidade de destruir células tumorais e inibir seu crescimento.

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Em resposta no dia 24/03/2016, o pesquisador Gilberto Chierice, vê os testes como “equivocados”, afirmando que a fórmula nunca funcionaria em um teste in vitro.

“A fosfoetanolamina não reage desse jeito, é evidente, claro e preciso que não iria funcionar. A substância não é um composto citotóxico, ou seja, ela não oferece toxicidade para a célula. Isso pareceu uma surpresa para todos que analisaram, mas para nós não, já sabíamos desde o começo, tem trabalhos publicados. Mas alguém achou por bem que o nosso trabalho não valia”.

Fonte: http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2016/03/pesquisador-ve-os-primeiros-testes-da-fosfoetanolamina-como-equivocados.html

A Esperança:

Sabemos que o câncer é uma doença antiga, que até hoje é vista como uma “sentença de morte”, pois o paciente, ao ser diagnosticado com essa doença, pouco se sabe, quanto ao tratamento mais indicado, ou a chance se sobrevida.

Talvez por esse motivo a substância “fosfoetanolamina sintética”, seja vista por milhares de pessoas, como uma ”esperança”.

Pois, apesar de o câncer ser uma doença antiga, o tratamento é inconclusivo, deixando muitas dúvidas aos pacientes e familiares, causando dor física e psicológica a toda família.

Indicada como a doença que mais mata no século, ao ser diagnosticado com o câncer, e se deparar com a inércia dos laboratórios quanto aos tratamentos que se limitam à quimioterapia e radioterapia, sem nenhuma garantia de cura, bem como a expectativa de vida de no máximo 10 anos. Torna-se no mínimo compreensível à comoção social quando uma substancia se apresenta como a “cura do câncer”, dando a esperança aos enfermos e seus familiares de que “alguém” está lutando para que um dia ao receber o diagnóstico de câncer não bata o desespero e o medo da morte.

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