Globalização é um termo usado para descrever um processo onde o atual sistema capitalista se consolida no mundo em que os Estados e sociedades são integrados, o que proporciona maior instrumentalização dos sistemas de comunicação, que no século passado existia, mas bem mais lenta e menos precisa, o avanço nesse setor proporcionou um grande salto e a consolidação da globalização.
A globalização, origina-se de globalidade, aquela é um processo de conexão entre espaços, tempo e densidade social e altera a vida cotidiana das pessoas, pois derruba as fronteiras do Estado nacional, trazendo a este a perda de sua soberania quanto a recursos financeiros, políticos, econômico, cultural e informacional. A globalização nos traz questionamentos acerca da garantia de diversidade cultural ou até mesmo de guerra e paz, antes garantidas pelos Estados nacionais.
A transancionalização é um reflexo da globalização e dá origem a uma terceira dimensão social, política e jurídica; em que precedente relações territoriais tornam-se virtuais, vai além da nacionalidade. A ideia de transnacionalidade está conectada à viabilidade da existência de um mundo que conviva sem fronteiras.A transnacionalidade trata-se de questões fundamentais para o ser humano e deve ser abordada por toda a Comunidade Internacional de forma diferente da que já é prevista na legislação interna e internacional, ela dá-se a partir das chamadas demandas transnacionais e estas estão relacionadas com a efetividade dos direitos difusos e transfronteiriços. Uma grande demanda de novos fenômenos justifica a criação de um espaço, para ser colocada em pauta e discutida, pois essas questões são ineficazes sendo tratadas dentro de espaço tradicional.
A primeira demanda transnacional gira em torno do direito à paz, que se tornou uma questão difusa; as demais demandas transnacionais são relacionadas com questões de meio ambiente, econômica, direito do desenvolvimento dos povos e etc. Conhecidas também como “novos” direitos ou direitos de terceira geração,essa demanda nos traz questões em que o direito é individual, coletivo e difuso, ao mesmo tempo, e por isso são considerados transindividuais, transfronteiriços e transnacionais, sendo sua principal característica que a proteção desses direitos não é feita apenas dentro do Estado nacional. O que significa que a transnacionalidade deve aproximar povos e culturas, como também o cidadão deve participar de modo mais ativo da economia e política mundial; este direito deve ser aplicado coercitivamente, a fim de garantir a imposição dos direitos e deveres, além de não estar vinculado a um espaço físico.
Após a criação do computador e com a origem da internet, surge a rede social que é uma “estrutura que inter-relaciona empresas ou pessoas, que estão conectadas pelas mais diversas relações. Cada qual se relaciona de acordo com as suas preferências e particularidades. Trata-se de uma ligação social e conexão entre pessoas”. (ADAMI)
Hoje em dia é possível ganhar dinheiro com as redes sociais, por ser de fácil acesso. Os usuários de várias redes sociais começaram a vender roupas, objetos, calçados, sem precisar abrir de fato uma loja física, como também, diversos outros trabalhos que já existiam e, por meio da internet, são feitos de uma forma mais prática. Além desse meio de ganhar dinheiro, foram surgindo também diversos trabalhos como o de blogueiro, digital influencer, youtuber e diversos outros que só começaram a ser possíveis através das redes sociais. Com a possibilidade de diversas redes se conectarem, a disseminação de todos esses trabalhos se torna ainda maior, pois o que o usuário divulga em uma rede, pode ser compartilhado por ele ou por seus amigos em outras redes, mas esse avanço também se tornou uma ferramenta perigosa, visto que utilizada por pessoas ruins, pode levar a lesão de direitos assegurados pela jurisprudência e legislação.
O meio cibernético oferece cada vez menos diferenças entre dentro e fora, fazendo com que as noções de territorialidade mudassem, se tornando a sociedade difusa e unificada ao mesmo tempo e ficando mais difícil distinguir o público do privado.
O que insere essas redes sociais na transnacionalidade é justamente o fato de pessoas de todo o mundo estarem ligadas em um mesmo ambiente virtual, sendo informadas do que acontece globalmente em tempo real e podendo expressar suas opiniões, trabalharem, se comunicarem, ou seja, o mundo real inserido e ao mesmo tempo mesclado com o mundo virtual, estes sendo espaços públicos onde se perde a noção de territorialidade, tudo isso anexado à direitos e deveres iguais, todas essas qualidades fazem das redes sociais, sociedades transnacionais.