resenha critica

Leia nesta página:

questao judaica de karl marx

               SOBRE A QUESTÃO JUDAICA.

O livro a questão judaica trata-se de aspectos político e religioso, tais como a emancipação política e religiosa, aderindo em especial a religião, com questionamento e criticas a mesma. Ele traz consigo questões referentes de como se deu ou se dará essa emancipação em principal a do judeu, a administração política, e como se dá a emancipação em outros estados, e como o estado se comporta diante de uma sociedade que luta pela sua emancipação tanto política como religiosa, apresentando assim dificuldades para haver tal desejo tanto dos judeus como de outros povos que seguem determinadas religiões. Portanto o principal foco, e como tudo iniciou-se foi por meio dos judeus a principio forma eles que estimularam a acontecer a emancipação.

No entanto, no decorrer do livro são apresentados criticas sobre a posição baueriana que se limitava a transformar questões de cunho teleológicos em sociais, para assim a ciência poder explicar adequadamente, pois as de cunhos teleológicos para ela haveria dificuldade. Mostrando as questões e conflitos existentes entre o estado democrático e o estado cristão, discutindo assim entre os mesmos, a forma como o estado cristão é dominado pela influencia do seu ser supremo, e como o estado democrático não tem influencia religiosa. Ao questionar sobre religião será abordado às diferenças entre um estado ser imperfeito e perfeito, e porque os estados não admitem a emancipação rapidamente. A democracia política tem representado um papel fundamental para entender-se sobre o estado cristão e sobre o estado democrático. A partir do momento que o estado o emancipar o judeu, ele estaria dando adeus a sua religião, pois quando ocorre essa emancipação o estado não aceita que ele tenha religiao.

Em suma os judeus que vivem na Alemanha, buscam incessantemente a sua emancipação política e civil dentro do país. Há no estudo sobre a questão judaica duas criticas, sobre a tentativa dos judeus de buscarem sua emancipação política. Bauer, argumentou que os judeus somente chegariam a conseguir a tão desejada emancipação, caso, renunciasse a sua consciência religiosa particular. Pois a emancipação requer um estado secular no qual não tem espaço para a religião, ou seja, para Bauer, a emancipação política verdadeira requer a abolição da religião. Já para Marx, ele argumenta, que Bauer esta equivocado em sua suposição, de que em um estado secular a religião não pode desempenhar um papel proeminente na vida social das pessoas, sob a concepção de Marx o estado secular não esta em oposição à religião, mas sim a pressupõe, ele conclui que os indivíduos podem ser politicamente e espiritualmente livres vivendo em um estado secular. Bauer tem posicionamentos que por um lado ele considera que o judeu deve largar, abrir mão, abolir a sua religião para poder obter a sua emancipação, mas por outro lado ele afirma que abolir politicamente a religião constituiria em abolir toda a religião.

A questão judaica acaba recebendo uma formulação diferente dependendo do estado no qual o judeu esta estabelecido, na Alemanha, por exemplo, onde não possui nenhum estado político, a questão judaica torna-se sendo teológica, já na franca a questão judaica é uma questão de constitucionalismo, pois o mesmo trata-se de um estado constitucional. Em alguns estados da America do norte a questão judaica perde o seu caráter o seu significado teológico e passa a tratar de uma questão secular.

Como na Alemanha o numero de pessoas de seguem uma idéia religiosa tal como o cristianismo é um numero alto, decorrente disso os judeus acaba sofrendo com essa carência de emancipação no estado referente, pois como as religiões são distintas, tanto em pensamentos na qual cada uma segue como na pratica religiosa, no entanto, com isso, acaba gerando algum tipo de conflito, porque para os alemães seria mais fácil o judeu conseguirem sua emancipação deixando de lado os seus princípios religiosos, as suas origens religiosas para seguirem uma nova filosofia um novo conceito religioso, que é o cristianismo, é como uma condição, um meio que os alemães conseguiram encontrar para que o numero de cristãos aumentassem no estado, para que o cristianismo fosse expandido começando pelo estado ate expandisse pelo o mundo a fora, contando também, que o cristão, e principalmente o cristão alemão tem um forte preconceito com os judeus, apesar de ser um preconceito antigo, principalmente na época nazista  que esse sentimento de repudia foi aumentado com mais intensidade, Hitler acabou impondo esse preconceito, devido ao alto índice de devoção que os alemães tinham a ele.

Segundo Bauer tanto na Alemanha como na França a questão judaica esta em fase de resolução, cidadãos judeus buscando incessantemente sua emancipação, na França, por exemplo, no livro foram citadas algumas suposições de como seria se judeu conseguisse a emancipação na França, questões foram levantadas, tais como se o judeu deixaria de ser judeu pelo simples fato de assistir e participar de reuniões aos sábados na câmara de deputados, isso porque o sábado para eles é um dia sagrado, no qual está restrito a fazerem alguns tipos de atividade devido a sua religião, isso acaba gerando discussões e conflitos, pois determinar que o judeu não pode fazer mais isso, estaria portanto abolindo a religião no qual eles seguem, ou seja, abolindo o judaísmo. Em meio a vários posicionamentos de Bauer, um deles é que ele fala, que para não gerar conflitos nem abolições de religiões seria melhor que o homem em questão renunciasse a sua religião para que não tivesse problemas com a emancipação, ou seja, praticasse atos no qual ele com a sua religião anterior não poderia fazer.

O estado tem livre escolha podendo impor regras para que a pessoa possa emancipar-se da forma que ele quer, ele escolhe, tem a sua maneira, a emancipação política como a emancipação humana, segundo Bauer:

              “A emancipação política do judeu, do cristão – do homem religioso em geral – é a emancipação do Estado em relação ao judaísmo, ao cristianismo e à religião em geral. O Estado emancipa-se da religião à sua maneira, segundo o modo que corresponde a sua própria natureza, libertando-se da religião de Estado; ou seja, ao não reconhecer, como Estado, religião alguma e ao afirmar-se pura e simplesmente como Estado. A emancipação política da religião não é a emancipação integral, sem contradições, da religião porque a emancipação política não é a forma plena, livre de contradições, da emancipação humana. Os limites da emancipação política surgem imediatamente no facto de o Estado se poder libertar de um constrangimento, sem que o homem se encontre realmente liberto; de o Estado conseguir ser um Estado livre, sem que o homem seja um homem livre.”

Portanto é através disso que o estado não impõe limites, o que ele busca é qu pessoas sigam seus ideais no qual o estado estabeleceu, ou seja, mesmo que a pessoa tendo sua liberdade, estado impões series de regras e condições, baseado nisso o mesmo ditas regras, pode tomar sobre a questão judaica como exemplo, para a concepção de Bauer, é isso. O estado é basicamente um intermediário entre a liberdade humana e o homem, busca uma aproximação com a população, da mesma forma é religião por meio da religião que as pessoas buscam uma relação com algum ser divino, ate mesmo um estado considerado ateu ainda obtêm uma implicação por que só se conhece a si mesmo através de um intermediário, daí onde se encaixa a divindade, para muitas pessoas, estudiosos e religiosos, o homem necessita de uma crença e princípios no qual devam seguir. Por isso não é simples para o judeu, ter como condição a renuncia da sua religião para conseguir a emancipação, em borá o estado dê liberdade de escolha, o judeu que esta ali nesse estado e que não hã condições de buscar um novo estado, fica amarrado a isso, a essas condições imposta.

O estado ao desenvolver suas funções e atividades regulamentadas e eficazmente, Hegel no livro aponta determinado pensamento, definindo-o assim a relação do estado político a religião, para haver o estado surja com a idéia de que a realidade ética autoconsciente do espírito, é necessário que o mesmo esteja em diferença, ou seja, haja uma certa distinção entre as formas de autoridade e fé, pressupondo se assim que o estado político não tem as devidas condições de ser um estado completamente religioso, porque um estado politicamente mantido na linha de filosofia que a religião não importa, não tem como manter essa relação em Constancia.

No entanto, no decorrer do livro é citado que há uma diferença entre o homem religioso e o cidadão. E que essa diferença interfere de alguma maneira , gerando assim contradições, no qual o homem se encontra inserido dentro estado político, conforme Hegel:

            

            “Esta oposição secular a que se reduz a questão judaica – a relação entre o Estado político e os seus pressupostos, quer estes sejam elementos materiais como a propriedade privada, etc., quer elementos espirituais como a cultura ou a religião, conflito entre o interesse geral e o interesse privado, a cisão entre o Estado político e a sociedade civil – estas contradições profanas deixa-as Bauer intactas, ao dirigir a polémica contra a sua expressão religiosa.” 

Em meios aos critérios e formas que a pessoa busca para ocasionar a emancipação o homem inserido nesse estado consegue uma forma de emancipar-se politicamente da religião a partir do momento em que ele bane do direito publico para o direito privado.

Sendo nessa determinada fase a religião já não é mais o espírito do estado tornando-se assim o espírito da sociedade civil. A cisão ocorrida entre o homem em pessoa publica e pessoa privada o deslocamento ocorrido da religião do estado para a sociedade civil não é considerada uma fase mas sim como uma consumação, ou seja, um fato final da emancipação política.

Decorrente dos fatos expostos anteriormente acaba ocorrendo assim a desintegração do homem em judeu e cidadão, tudo isso é uma emancipação política e não uma fraude contra o sistema político, contudo há em meio aos estados o estado cristão aperfeiçoado que o é o estado ateu, um estado democrático, buscando sempre melhorias para a sua sociedade civil mas que pouco importa se a religião vai lhe influenciar e contribuir em suma, o estado cristão é a negação cristã do estado portanto ele nega alguma crença ou determinada religião que o estado tiver consigo. Ele é o estado imperfeito, que a religião apenas serve de suplemento e de santificação da própria imperfeição, em meio a estado perfeito e estado imperfeito a religião acaba tornando-se uma política imperfeita.

Quando ocasiona a separação entre o espírito do evangelho e a letra do evangelho, acaba gerando assim um ato irreligioso, pois para o evangelho quando se exprime o evangelho na letra da política ou pode ser em qualquer outra letra, podendo ser também diferente da do espírito santo, o mesmo comete sacrilégio, o estado pode não considerar como sacrilégio mas para o evangelho, para a Bíblia comete sim, o mesmo é um ato do impiedade, que profanam as coisas sagradas para os religiosos é um ato condenável. A Bíblia é um livro sagrado, conhecida no mundo todo, desrespeitá-la é um ato que não tem perdão. Todos os religiosos que tem a Bíblia como base para a sua vida, ficam indignados ao saberem que tal sacrilégio fora ocorrido contra a mesma, pois isso é um ato desrespeitoso, tanto para as palavras sagradas, como para o espírito santo.

Assine a nossa newsletter! Seja o primeiro a receber nossas novidades exclusivas e recentes diretamente em sua caixa de entrada.
Publique seus artigos

Mesmo o estado não sendo religioso por completo, tendo o mesmo suas regras e imperfeições sobre a religião, o membros do qual pertence ao estado são religiosos isso porque se dá pelo fato de que há um dualismo entre a vida individual e a vida genérica, e há também um dualismo sobre a vida da sociedade civil com  a  vida política. Eles são religiosos pelo simples fato de que o homem acaba tratando a vida política totalmente distante da vida individual, ou seja, ele sabe distinguir perfeitamente ambas as partes, sendo que uma não interfere na outra.

Vale ressaltar que a emancipação política da religião pode deixar a permanência da religião, ao mesmo que a sua existência continue. Contudo a emancipação passa a ser conseguida pelos judeus sem que haja uma renuncia integral do judaísmo, decorrente disso, uma questão é levantada surge a duvida que se o judeu pode ser politicamente emancipado e pode obter os direitos civis, ele poderia obter e alcançar o tão famoso direito do homem? Bauer afirma com clareza que não, esse tal chamado dos direitos do homem foi descoberto no mundo cristão, conquistada na luta contra as tradições históricas, enquanto ele continuar a permanecer judeu, a mesma natureza que faz dele um judeu, prevalecera sempre sobre a natureza que faz dele um homem. Portanto o homem judeu não adquiria os direitos do homem, na concepção de Bauer, o judeu que confessar que esta sendo constrangido pela sua própria natureza, porque viverá separados dos outros judeus, o mesmo terá a capacidade de adquirir e conceder-se-á aos outros os direitos universais do homem, ele acaba praticamente sendo forçado a sacrificar o seu privilegio de fé.

Vale salientar que a emancipação política foi basicamente uma emancipação da sociedade civil, o homem membro da sociedade civil passa a ser a base e o pressuposto do estado político. A liberdade do homem, esta marcada e foi exposta como uma liberdade, ocorrida por meios de reconhecimento do movimento frenético dos elemento, contudo esses elementos são culturais e materiais formando assim o conteúdo de vida da pessoa em questão. Portanto, decorrente disso o homem não se libertou de sua religião, mas sim, recebera a sua liberdade religiosa.

Rousseau formula minuciosamente a abstracção do homem político:  

            

              “Quem quer que ouse empreender o estabelecimento das instituições de um povo sentir-se-á como se fosse capaz de mudar a própria natureza humana, de transformar cada indivíduo que, no isolamento, é um todo completo mas solitário, em parte de algo que é maior do que ele, do qual ele deriva de certa maneira a sua vida e o seu ser; de mudar a natureza do homem a fim de a fortificar; de substituir uma existência parcial e moral pela vida física e independente”

Portanto, fica claro que a emancipação é uma restituição do mundo humano envolvendo-se assim cada vez mais as relações humanas ao próprio homem, em meios a tantos requisitos que teria que serem cumpridos para que ocorresse a emancipação plena do homem, têm-se também a necessidade do homem ser real e individual ter consigo o cidadão abstracto para que a sua emancipação seja eficaz.

Nota-se no decorrer do assunto que a emancipação é praticamente um ritual, requer muitas coisas para que ela ocorra, muitos requisitos e exigências para haver a tão famosas emancipação, tudo isso desnecessário, a emancipação deveria ser mais simples e com menos critério para ser conseguido, pois coloca-se varias dificuldades, que para o judeu seria um sacrifício a emancipação, ora tem que renunciar sua religião, ora encontra meios que não é necessário renunciar e nem abolir seus princípios, no final das contas, a emancipação acaba não sendo efetuada pelo judeu, por haver no processo uma serie de exigências, acredita-se que tudo isso seja só uma forma que o estado encontrou para dificultar essa emancipação devido ao preconceito encontrado na Alemanha contra os judeus, embora esse preconceito não esteja explicito, mas ao analisar todas essas exigências, ele esta encontrado subliminarmente, gerando assim dificuldades para que os judeus desistam da tão almejada emancipação.  Portanto, ao analisar o que foi dito anteriormente conclui-se que a emancipação ela ocorre mesmo que através de exigências e requisitos. Não pode esquecer que isso tudo contribui e influencia na historia, afirmando-se assim que o judeu luta para ocasionar sempre melhorias ligadas a sua sociedade no qual esta inserido, sofrendo com preconceitos e dificuldades desde os primórdios da civilização, aos poucos vai conseguindo encontrar seu espaço dentro da sociedade, tal como a alemã ou qualquer outra.

Ressalta-se a relação entre judeus e cristãos, o judeu oferece ao cristão um interesse teórico geral e também além de tudo um interesse humano. No entanto a proposta de Marx a respeito da questão judaica era desenvolver uma critica no qual deixasse de mover-se exclusivamente ao discurso no qual estava em questão. A questão judaica revela sem nenhuma duvida uma analise sobre o comportamento religioso judaico.  Marcada pela decadência da aristocracia na Alemanha, em meios a esses cenários e como tudo é preestabelecido dentro do estado ele nota-se que há uma forma alienadora da atividade política no estado, Marx critica a concepção individualista dos direitos humanos. Esses estudos e criticas trás a tona um estudo da solidariedade que contribuíram para os estudos da sociologia, por se tratar de dilemas de direitos humanos, sobre a emancipação política, o reconhecimento desses direitos resulta numa busca incansável da pessoa ao conquistá-lo.  

Referencias bibliográficas

<http://www.infoescola.com/historia/questao-palestina/>

<http://pt.slideshare.net/PryssonNogueira/questo-judaico-palestina>

<http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/37457>

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Solu%C3%A7%C3%A3o_final>

<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAvqwAF/a-questao-judaica>

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Quest%C3%A3o_judaica>

<http://www.sociologiajuridica.net.br/numero-4/186-em-defesa-da-politica-e-da-humanidade-contribuicoes-de-karl-marx-para-as-reflexoes-juridicas-contemporaneas-acerca-dos-direitos-humanos>

MARX, Karl. Manuscritos Econômicos Filosóficos e outros textos. Coleção Os Pensadores. 2 ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. XII

MARX, Karl. A Questão Judaica. Rio de Janeiro: Achiamé. s.d.

Sobre a autora
Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

Publique seus artigos Compartilhe conhecimento e ganhe reconhecimento. É fácil e rápido!
Publique seus artigos