RESUMO:
O texto analisa as teorias de Alasdair McIntyre, considerando sua obra "Depois da virtude". Segundo o autor, o maior problema da modernidade gravita ao redor da crise da moralidade e seu reflexo consiste na fragmentação social que permeia as sociedades. McIntyre utiliza-se das teses de Aristóteles e São Tomas de Aquino para elaborar a teoria das virtudes, que ele acredita ser a saída mais viável para a crise (axiológica) que o mundo passa.
INTRODUÇÃO
Na contemporaneidade existem vários problemas morais os quais muitos teóricos buscam decifrar suas causas e fundamentos, entretanto, eles não conseguem entrar em consenso. Para Alasdair McIntyre isso ocorre não por falta de teorias. Pelo contrário: existem diversas delas que seguem inúmeras correntes, mas porque o real enfoque não fora evidenciado. Afinal, o que levou o mundo ao estado de completo desacordo axiológico? Que justificativas Alasdair MacIntyre fornece para reforçar sua teoria da catástrofe?
DESENVOLVIMENTO
1. Uma ideia inquietante
Com o intuito de exemplificar seu pensamento acerca da crise moral, MacIntayre criou uma situação hipotética. Em certo momento da historia acontece uma catástrofe na qual as ciências são acusadas pela opinião publica de serem responsáveis pela ocorrência de calamidades ambientais. Surgem revoltas por toda parte, os revoltosos lincham cientistas, destroem livros, equipamentos e incendeiam laboratórios. Por fim, surge um movimento político chamado de “Nenhum Saber”, onde o ensino das ciências é retirado das escolas e das universidades, os cientistas são aprisionados, e executados. Posterior a essa perseguição, surgem pessoas esclarecidas e contrárias a esse movimento, tentam ressuscitar a ciência, mesmo sem ter pleno conhecimento do que ela tinha sido. Elas possuem apenas fragmentos: conhecimento de experimentos fora do seu contexto teórico que lhe dava significado; desconhecimento da utilidade de certos instrumentos; e a perda de parte das teorias, que comprometem seu significado. "Podemos descrevê-lo como um mundo no qual a linguagem as ciências naturais, ou pelo menos parte dela, continua a ser usada, mas está num grave estado de desordem". (MACINTYRE, 2001, p.14)
Em um determinado momento do texto o autor revela que, conforme ocorreu no exemplo, a moralidade também foi fragmentada. Fora subjugada pelo movimento do "Nenhum Saber", tal movimento, ao ser remetido à realidade refere-se ao Iluminismo. Hoje, a moralidade está distorcida, a teoria que a embasava, assim como no exemplo, foi resinificada e reajustada por critérios arbitrários, de coerência e compatibilidade. Notoriamente, boa parte de sua essência fora perdida ao longo da história.
"Por que inventar um mundo imaginário habitado por pseudocientistas fictícios e filosofia real, genuína? A hipótese que quero apresentar é a de que no mundo real que habitamos a linguagem da moralidade está no mesmo estado de grave desordem, da mesma forma que a linguagem das ciências naturais no mundo imaginário que descrevi. O que possuímos, se essa teoria for verdadeira, são fragmentos de um esquema conceitual, partes às quais atualmente faltam os contextos de onde derivam seus significados. Temos, na verdade, simulacros de moralidade, continuando a usar muitas de suas expressões principais. Mas perdemos - em grande parte, se não totalmente - nossa compreensão, tanto teórica quanto prática, da moralidade." (MACINTYRE, 2001, p.15)
MacIntyre ainda esboça sua crítica à filosofia moral analítica, a fenomenologia e ao existencialismo, pois desacredita que elas possam perceber o fato da atual desordem. No mundo moderno, os teóricos embasam seus estudos em diferentes teses, sem conseguirem consenso, pois eles próprios, assim como suas teorias, estão imperceptivelmente fragmentados.
A partir daí, o autor afirma que, ao longo da historia, as ciências naturais passaram por três estágios de um processo, no qual o primeiro é o do seu nascimento, o segundo, significa o da catástrofe, apontada no exemplo inicial, e o terceiro, consiste no momento em que elas foram resgatadas (mas descontextualizadas e fragmentadas).
É apontado que a natureza da catástrofe atingiu tamanha proporção que a própria sociedade a desconhece, nem mesmo a historia acadêmica possui a capacidade de identificá-la, pois ela nasce posteriormente a tal ocorrência.
2. A NATUREZA DO DESACORDO MORAL CONTEMPORÂNEO E AS PRETENSÕES DO EMOTIVISMO.
A linguagem moral de hoje, por que foi distorcida durante o terceiro estágio do processo apontado anteriormente, expressa discursos discordantes e intermináveis. Evidente que uma das principais características do embate moderno é que na nossa cultura "Parece que não existe meio racional de garantir acordo moral" (MACINTYRE, 2001, p.21).
Subsequentemente, o autor expõe três temas os quais geram embates polêmicos e suas respectivas divergências:
A) Guerra - se ela pode ou não ser justificada;
B) Aborto - se alguém possui ou não o direito de fazê-lo;
C) Liberdade individual e institucional - até que ponto.
Para cada caso, ambas as argumentações são logicamente válidas ou podem tornar-se válidas de acordo com a expansão que tomam, entretanto são alicerçadas em premissas diferentes cujos conceitos normativos empregados também são diferentes. "É precisamente porque não existe maneira estabelecida em nossa sociedade de decidir entre essas afirmações que a discursão moral parece necessariamente interminável". (MACINTYRE, 2001, p.24)
Quais características proeminentes têm em comum esses debates e essas discordâncias?
A) Incomensurabilidade conceitual dos argumentos adversários;
B) Impessoalidade;
C) Discursos influenciados pelas teorias filosóficas que, de certo modo, provém de uma diversidade de origens históricas.
A incomensurabilidade conceitual quando associada com a impessoalidade e dotada de um fundo racional possui uma alta capacidade de coerção, entretanto, essa junção tem grande peso no que versa sobre o desacordo moral. Já a diversidade histórica evidencia com mais ênfase a questão da incomensurabilidade.
Segundo, o filósofo escocês “[...] a linguagem da moralidade passou por um estado de desordem, essa passagem certamente se refletirá justamente nessa mudança de significado - na verdade consistirá nelas em parte." (MACINTYRE, 2001, p. 29), a exemplo, cita a mudança no conceito de caráter. A causa do desacordo moral está no Emotivismo, e é nele que McIntyre encontra um desafio: demonstrar a real existência de tal teoria e como ela influi de modo negativo em meio a sociedade.
"Emotivismo é a doutrina segundo a qual todos os juízos valorativos e, mais especificamente, todos os juízos morais não passam de expressões de preferência, expressões de sentimento ou atitudes, na medida em que são de caráter moral e valorativo" (MACINTYRE, 2001, p.30).
No Emotivismo, expressões morais são empregadas tanto para justificar sentimentos e atos pessoais quanto para influenciar outrem.
O Emotivismo fracassa por três razões diferentes:
I- Se a teoria cai em uma "circularidade vazia" porque almeja descobrir o significado de determinada classe de enunciados, ou seja, terá que reconhecer e caracterizar quais sentimentos e atitudes ficam em questão. Ou que é improvável .
Essa característica só faz sentido se unida à compreensão das demais características.
II- Ao buscarem o significado dos dois tipos de expressões - pessoal e moral - deparam-se com uma grande diferença de significados entre os membros das duas classes. A teoria Emotivista cai no erro de tentar torná-los equivalentes em significados. Além disso, ela busca alicerce na linguagem, que conforme o exposto sofreu distorções ao longo da história.
III- Em vez de o Emotivismo ser uma teoria que versa a cerca do significado do enunciado, não seria ela uma teoria a cerca do uso? Ou seja, em vez de tratar sobre o significado/sentido, estaria tratando sobre a finalidade/função das classes de expressões. Revelando-se como teoria da manipulação.
Como a partir do Emotivismo o homem passou a utilizar expressões (até mesmo de aparência moral) para influir sobre outrem, nada mais garante que ele esteja fazendo-o visando a um bem comum ou dissimulando o uso do discurso para atender aos seus próprios anseios, ou seja, existe um falso discurso na questão da imparcialidade, visto que a finalidade desse discurso é influenciar outrem. Ou seja, o autor deixa bem claro que tal teoria destruiu a distinção entre relações manipuladoras e não-manipuladoras. É evidente que o Emotivismo não é uma teoria da moralidade, mas sim teoria a cerca do uso da linguagem moral.
Dentro da teoria Emotivista o declínio moral apresenta-se em três estágios distintos:
I - " A teoria e a prática normativas e, mais especificamente, morais, contêm genuínos padrões objetivos e impessoais que proporcionam justificativas racionais para normas, atos e juízos particulares que são, por sua vez, suscetíveis de justificativa racional.";
II - "Existem tentativas malsucedidas de garantir a objetividade e impessoalidade de garantir os juízos morais, mas durante o qual o projeto de proporcionar justificações racionais por meio de padrões se degrada continuamente";
III - "As teorias Emotivistas conquistam ampla aceitação implícita devido a um reconhecimento geral implícito na prática, embora não na teoria explicita, de que não se pode garantir a objetividade e a impessoalidade". (MACINTYRE, 2001, p.xx). entre pg 30 e 45
MacIntyre reforça a ideia de que a teoria do uso (não a do significado) esforça-se para esboçar genuínos padrões morais objetivos e impessoais, entretanto, diante do exposto, fica claro que se revela como teoria subjetiva, e justificável pelo seu contexto histórico, não conseguindo atingir um fim impessoal.
Uma vez que o Emotivismo busca oferecer justificativas racionais para os padrões morais, contradiz-se, pois a própria teoria não pode oferecer padrões morais verdadeiros, visto que a mesma afirma que cada pessoa pode valorar o enunciado moral. Ou seja, deixa cair-se em um relativismo. Neste ponto, a teoria do uso tenta relativizar a moral e demonstrar que nunca se pode ou poderá oferecer uma justificativa racional para a moralidade.
Os filósofos analistas, em geral, rejeitam o Emotivismo, dentre outros motivos, pelo seu fracasso como teoria do significado das expressões morais. Entretanto, MacIntayre defende que essa teoria não morreu, pois ela continua tentando realizar a redução da modalidade inseridas nas teorias dos próprios filósofos que não se consideram Emotivistas. O fato de os filósofos não reconhecerem-se como os que apoiam-na é a pista para a sua força cultural.
Apesar de os filósofos analistas desconsiderarem a força e influência do Emotivismo, subestimá-lo é um erro. Pois de maneira sutil e morfologicamente diferente de como se mostrava em sua origem, ele está presente nos discursos e aparatam grandes decisões. Discursos esses intermináveis e discordantes.
A maior explicação que o raciocínio moral fornece ao Emotivismo é a seguinte: uma pessoa só pode justificar um juízo particular caso este seja pautado em uma norma universal. Por sua vez, ela valer-se-ia de um princípio mais geral, iniciando-se um processo que apenas termina caso defrontado com uma situação onde não pudesse, por razão alguma, ser embatido ou defrontado. "O ponto final da justificativa é sempre, portanto, nessa perspectiva, uma escolha, que não encontra justificativas posteriores, uma escolha não orientada por critérios." (MACINTYRE, 2001, p.46).
Alasdair McIntyre acredita que a filosofia moral moderna não consegue obter êxito na elucidação de entraves contemporâneos porque se deixa cair no Emotivismo. A prova factual dessa afirmação é a diversidade do embate moral que existe atualmente, e sua característica mais marcante – interminalidade - se dá justamente pelas controvérsias dos filósofos morais analíticos.
3.0. EMOTIVISMO: conteúdo e contexto social
Uma filosofia moral normalmente pressupõe conceitos pertencentes ao mundo real social, visto que somente é possibilitada tal compreensão quando ela é exemplificada em um caso concreto.
O Emotivismo subsequencia a destruição de elementos que diferenciam as relações morais manipuladoras e não manipuladoras. Propriamente, essa teoria não fornece exemplos que expressem-na, no entanto MacIntyre propõe-se a fornecer tais exemplos.
Inicialmente, através de analise, o escocês traça uma distinção entre as teses de Emanoel Kant e o Emotivismo:
"essa distinção será ilusória, pois as elocuções valorativas podem, afinal, não ter razão de ser ou uso além da expressão de meus próprios sentimentos ou atitudes e a transformação dos sentimentos e atitudes de outras pessoas. Não posso genuinamente apelar a critérios impessoais, pois critérios impessoais não existem." (MACINTYRE, 2001, p. 52).
A teoria kantiana tem como objetivo levar cada homem, por intermédio da razão (agir por dever), a tratar o outro como um fim em si mesmo. Apesar disso, MacIntyre evidencia que o Emotivismo não pode se diferenciar do discurso de Kant. Isso ocorre, pois é improvável julgar com critérios impessoais, ou seja, sem evidenciar em um determinado momento algum juízo de valor pessoal. Ele ainda acrescenta que a realidade desse discurso almeja incentivar a vontade de outrem para satisfazer a de quem o utiliza.
Ou seja, tal discurso puramente racional, sutilmente, leva a quem se utiliza dele a perceber os demais como instrumentos possuidores da finalidade de executar suas vontades.
Partindo do pressuposto de ampla-aceitação do Emotivismo pelas comunidades sociais modernas, Alasdair MacIntyre oferece três exemplos de indivíduos de natureza distinta que atuam nos moldes dessa teoria (de manipulação) intrassocialmente:
I- Ricos estetas;
II- Administradores;
III-Terapeutas.
RICOS ESTETAS
O filosofo observa uma obra literária, "Retrato de uma senhora" na qual expõe os ricos estetas cujo interesse é livrarem-se do tédio proeminente do ócio do mundo moderno. Visando a uma espécie de entretenimento, eles manipulam o comportamento de outras pessoas como objetivo de saciar seus próprios desejos. Nesse universo social há o triunfo da modalidade manipuladora do instrumentalismo moral.
O diagnostico da modernidade liberal embebida ao Emotivismo expressa que:
"A preocupação unificadora dessa tradição é a condição daqueles que não veem no mundo social nada além de um ponto de encontro para os desejos individuais, cada um com seu próprio conjunto de atitudes e preferencias, e que só entendem esse mundo como uma arena, para a realização da própria satisfação, que interpretam a realidade como uma série de oportunidades para seu próprio prazer e para quem o pior inimigo era o tédio" (MACINTYRE, 2001, p. 54).
ADMINISTRADOR
Diferente do rico esteta que objetiva-se no fim, o administrador volta sua atenção para o meio dos processos produtivos, visto que o final do processo já está determinado.
Para atingir seu objetivo, o dirigente deve manejar os recursos humanos e não-humanos da forma mais eficiente o quanto possível, tudo com o menor custo-benefício.
O precursor desse pensamento é Max Weber, suas ideias possuem as mesmas dicotomias presentes no Emotivismo, que assim como esse, demonstra-se alheia á questão de valores.
A consequência do pensamento Emotivista weberiano e' que fora eliminada a diferença entre poder e autoridade, relações manipuladoras e não-manipuladoras. Exemplo prático de tal teoria e' a mudanca da relação líder ( e não mais chefe) e colaborador ( e não mais funcionário), com um discurso convincente, estimulante, mas carregado de interesses pessoais obtêm o que ele desejar de seu colaborador. Para MacIntyre isso, tão somente revela que a autoridade burocrática significa o poder bem-sucedido.
TERAPEUTA
O terapeuta, assim como o administrador, oblitera a diferença entre as relações sociais manipuladoras e não-manipuladoras, também veem os fins como fato consumado. Eles ocupam-se das técnicas e relações neurológicas e as reproduz como receitas do modo certo, como a sociedade deve agir. Para Alasdair McIntyre, nem terapeuta e nem administrador são capazes de estabelecer um debate moral porque veem em si mesmos, ou seja, percebem-se como figuras incontestáveis.
Os três exemplos apontados demonstram a existência, no meio moderno atual, de pessoas que possuem máscaras versáteis, pois elas mudam seus discursos friamente de acordo com a conveniência da situação. Tais máscaras representam personagens, ou seja, características ou modos os quais pessoas fingem possuírem a fim de beneficiarem-se. Há diferença entre os personagens e os papéis sociais, pois este é somente um dos elementos que compõe aquele. O outro elemento que o constitui é a personalidade da pessoa. Nesse sentido o autor atenta para o perigo do poder das filosofias modernas como máscaras:
"Os personagens são máscaras usadas pelas filosofias morais. Tais teorias, tais filosofias, entram, naturalmente, na vida social de inúmeras maneiras: a mais óbvia talvez seja na forma de ideias explicitas em livros, sermões ou conversas, ou como temas simbólicos em quadros, peças de teatro ou sonhos." (MACINTYRE, 2001, p. 59).
As culturas diferenciam-se de acordo com a extensão com que os papéis formam os personagens, no entanto, o que várias culturas possuem em comum consiste no que é específico no seu estoque de personagens. O que significa que há diversidade dos tipos de personagens de acordo com o meio cultural em que as pessoas estão inseridas. Ela contribui para a origem dos personagens, pois sua formação consiste na fusão de onde ele pensa pertencer e de qual papel social ele pensa assumir.
Em regra, as crenças morais de um indivíduo são externadas por intermédio de suas intenções. Entretanto, nem sempre as convicções que uma pessoa possui correspondem com suas atitudes, pois essas são provocadas pelo papel social que ela representa. Existe uma discrepância do crer para o agir, entre o papel social e o indivíduo e suas convicções, esse fenômeno corresponde a Dualidade Moderna. Inclusive, em muitos casos, os interesses dos papéis do mesmo personagem podem colidir.
"O eu moderno típico, o eu Emotivista, ao alcançar a soberania em seu próprio domínio, perdeu seus limites tradicionais proporcionados por uma identidade social e uma visão da vida humana como ordenada a determinado fim." (MACINTYRE, 2001, p. 69).
CONCLUSÃO
Com base no que fora exposto ao longo do trabalho, pode-se observar que MacIntyre, por intermédio de seu diagnóstico da sociedade contemporânea, identifica que ela, desde a catástrofe, passa por uma séria crise axiológica. E que pelo menos até o momento, não possui elementos fortes o bastante para sair de tal situação. Isso porque está embebida pelo Emotivismo, teoria não do significado, mas sim, da manipulação ou do uso, como o autor a intitula. Essa teoria, apesar de ser ignorada pelos filósofos analistas, os influenciam constantemente e é ela um dos fatores primordiais para a situação catastrófica que a moralidade vive.
Por esse motivo, a modernidade possui, em suas diversas culturas, um arsenal de personagens diferentes. O Emotivismo, portanto, além de desconfigurar a moral, contribui para o fortalecimento da doutrina liberal pluralista.
4.0. BIBLIOGRAFIA
MACINTYRE, Alasdair (1981) Depois da virtude: um estudo em teoria moral.2° Edição. Bauru, São Paulo: Editora da Universidade do Sagrado Coração.