AME MAIS e julgue menos.

05/08/2018 às 15:56
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Este texto traz uma breve reflexão sobre a essência correspondente a cada ser individualmente. E como a ausência de compreensão a respeito desta peculiaridade pode implicar no contexto da desigualdade, da descriminação e exclusão.

Cada um de nós carrega dentro de si uma essência única que nos dar a capacidade de sermos invioláveis, irretocáveis, intangíveis (não para Deus). Eu acredito que ninguém possui a capacidade de mudar o próximo, naturalmente pelo fato de não existir a possibilidade de criar outro ser idêntico a nós mesmos. Então, devemos ter paciência se não conseguirmos ou nos frustramos ao tentar tornar os mais íntimos a nossa semelhança. E isso é impor a nossa opiniao como regra , como lei. Por isso, devemos respeitar a faculdade de ser do outro. Não podemos exigir sermos livres e ainda reprimir a liberdade também inerente a outrem.

Devemos compreender a nossa individualidade para respeitar a diferença de cada um; é feio sempre estar disponível para criticar, ofender, difamar só porque consideramos sermos mais importantes do que qualquer outra pessoa ou ainda julgarmos rídiculo o posicionamento contrário ao nosso. Assim como todos nós temos preferência por uma cor, e mesmo por isso não deixamos de contemplar a natureza e o belo quando estes apresentam uma tonalidade que não nos agrada no âmago, devemos agir sem indiferença a qualquer mera peculiaridade que o nosso próximo venha ter. Todos nós devemos assegurar tanto a inviolabilidade da nossa própria dignidade quanto a do outro. E não classificar quem merece menos ou mais só por força de hábito ou opinião. 

Devemos ter cuidado para não permitir que a Ditadura, o Nazismo ou Fascismo se revele no nosso próprio lar ou em relação interpessoais. Pois foram este desoladores movimentos que promoveram a descentralização do que realmente importa, a igualdade dos nossos direitos independente de quão diferentes sejamos. Mas, assim como não temos poder para mudar o próximo, temos total capacidade para nos mudar; e a mudança se revela por meio da prática no nosso dia a dia. Ela se estabelece quando nos conscientizamos que às vezes é necessário nos calar para permitir que outro tenha a humilde oportunidade de falar; quando nos esvaziamos um pouco de tudo que acreditamos para considerar que outro também tem sua bagagem de experiências. 

Somos suscetíveis a erros, mas temos a absoluta capacidade de aprender e viver unicamente para corrigí-los e buscar a sobriedade das nossas escolhas; nos aventurando no equilíbrio do altruísmo, da equidade, empatia e solidariedade. Seja diferente, mas exija o tratamento de igual para igual. Ame-se, mas também permita que o amor transborde e alcance outras pessoas. E aceite que no mundo cercado de curiosidades, alguns teriam que se importar pelo menos com uma e fazer dela a essência de sua própria existência. Seja livre para amar, pórem seja tolerante no julgar.

Sobre a autora
Luciana Carvalho

Sou Luciana Cristina Azevedo Carvalho, estudante do curso de Direito e escritora. Atualmente estou morando na cidade de Manaus no Estado do Amazonas. Nasci em primeiro de fevereiro do ano de mil novecentos e noventa sete (01/02/1997).

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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