Educação: direito,dever e o remédio para um mundo melhor!

25/09/2018 às 18:00
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A palavra educação significa ato de transferir ou seja, é o modo ou o meio como as atitudes, formas de reação e entendimento são transferidos pelos ascendentes aos seus descendentes.Para melhor explicar, ascendentes são os pais, os avós e descendentes são os filhos, sejam os mesmos biológicos ou adotivos, haja vista não haver legalmente a desigualdade pela questão do fator consanguíneo.Todos os filhos possuem igualdade em direitos e deveres.

Educar compreende ensinar e receber ensinamentos para que haja a socialização de indivíduos que possuem formas diferenciadas de ser e agir.Existe assim uma infinitude de conceitos a respeito da palavra educar, mas todas são unânimes no que concerne ao fato da educação ter o condão de mudar o mundo, de tornar as pessoas mais gentis e tolerantes.

À luz do artigo do 205 da nossa Constituição Federal,a educação é um direito de todas as pessoas,é um dever dos pais ou dos responsáveis legais e também do Estado,não sendo assim uma faculdade ou algo não merecedor de atenção.Compõe também o rol dos direitos sociais e é fundamental para que se estabeleça uma sociedade mais justa e igualitária,com incentivo ao desenvolvimento técnico-científico,para a culturalização e sua disseminação para todos os locais do mundo.O Estado deve promover a educação, mas os pais devem matricular seus filhos na escola e acompanhar-lhes no que for necessário:nas pesquisas,provas,reuniões e trabalhos escolares.

Com o desenvolvimento da educação os indivíduos ampliam sua capacidade intelectual,física e também moral.Podemos pois dizer que há várias espécies ou formas de educação:a tecnológica que ampara o estudo e a aplicabilidade das tecnologias como a informática por exemplo;a  escolar,que abraça a formação cultural do indivíduo em muitos aspectos , ocorrendo assim uma interdisciplinariedade;a científica que molda o indivíduo no mundo mais peculiar das chamadas práticas científicas,experimentos;a educação familiar muito designada de “educação de berço” que envolve  tudo o que os pais ou responsáveis legais repassam aos filhos,ensinado-os a agir,a se portar e comportar diante tantas situações,locais e pessoas.

A educação brasileira ampara a formação infantil, a dos ensinos fundamental e médio e a do ensino superior que infelizmente só alcança algumas pessoas.Outro exemplo importante de educação é a física que compreende a prática esportiva como grande contribuidora para a tão verdadeira ditada “mente sã, corpo são”. A prática de esporte auxilia no combate ao colesterol ruim, na prevenção de doenças cardiovasculares, no controle da glicose, pressão arterial e para muitas mudanças positivas na vida do indivíduo.

Já a educação ambiental é a grande responsável pelo processo de conscientização do indivíduo no que pertine ao trato do meio ambiente, a não poluir, a reflorestar, a não jogar lixo em local indevido, por fim, a não maltratar a fauna e a flora.

O processo da educação é muito amplo e também precário se a sociedade  embasar-se no fato de que muitas pesquisas são deixadas de lado por causa da escassez de recursos financeiros, que muitos estudantes não possuem condições de pagarem um colégio e a faculdade particulares quando há tempos passados aconteciam greves em que muitos ficavam sem aulas, ficando assim a mercê de um destino que não lhes renderia por vezes sucesso   e/ou meios necessários à sua própria subsistência.Inclusive a manifestação que gerava a falta das aulas dizia respeito às melhores condições no processo de educação.

 A  boa educação indubitavelmente é o remédio, que dirá quem sabe o único remédio apto a mudar o mundo e sua infeliz intolerância, grosseria e ausência de humildade, cortesia e gentileza.

Parece ao leitor que o referido artigo esteja tratando o universo de forma tão somente amarga, mas fato é que não podemos nos esquivar de que não conhecemos mais as pessoas e suas capacidades para a prática de coisas ruins.Se alguém por exemplo sabe pedir e não tomar algo de outrem e que não lhe pertence,é porque recebeu educação e nela inserida instrução para pedir e agradecer quando necessário e entender que se não é seu,não deve ser tomado do outro.

Ao analisarmos cada caso que vemos na televisão ou nas mídias, é notório que a ausência da educação se faz presente em muitas tragédias, mas óbvio que a falta da mesma não é causa que justifique! Quando alguém mata a namorada porque não aceitava o fim do namoro ou agride uma pessoa idosa, ”fura a fila do banco”, ou seja, em casos mais simples até os mais graves, há nitidamente a falta da educação e principalmente do respeito que apenas pessoas verdadeiramente cultas tem.A expressão “culta” refere-se ao conhecimento das atitudes que são certas e as que não são.

A pessoa educada respeita o “sim ou o não” da outra parte como algo que é direito de quem quer que seja aceitar ou não algo.A boa educação orienta o respeito à opinião contrária, a dizer obrigada (o), por favor, com licença!

Palavras inclusive muito pouco vistas nessa sociedade onde as mulheres são cada vez mais os sujeitos passivos do delito de feminicídio, onde alguns alunos (as) destratam professores e alguns filhos (as) abandonam seus pais e da mesma forma alguns genitores abusam de seus filhos (as).

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A educação parece nunca ter existido na vida de pessoas que agem assim! E o que dizer de festas frequentes e perturbadoras de vizinhanças que tem hora para acordar e dormir porque a necessidade de trabalhar bate à porta habitualmente e noites mal dormidas ,além de prejudicar a atividade laboral ocasionam males à saúde física e mental.

Na época das eleições também tem-se tornado cada vez mais comum pessoas brigarem umas coma s outras por causa da escolha dos candidatos e isso só acontece porque não há o respeito à escolha,ao direito de votar em quer quer que seja.Ver discussões em redes sociais e imposições a respeito de um candidato ou outro é muito desagradável,enfim amizades são desfeitas em prol desse motivo.É a falta da tolerância em entender que cada pessoa é portadora de opinião diversa e o direito de votar ou acreditar em quem quiser é inerente a cada indivíduo e extensivo a toda a coletividade.

É lamentável irmãos brigarem por dinheiro, por coisas tão insignificantes! A educação ensina a pedir desculpas e a mudar de atitudes também.

 Filhos também precisam de limites desde a infância, precisam tê-los, entender a força do “não” e os pais devem entender que o exemplo é sempre o melhor ensinamento, o diálogo, o respeito e a paciência devem ser seus aliados na formação educacional de seus filhos (as). Acompanhá-los em casa, na escola, comparecer às reuniões escolares, procurar saber como foi o dia na escola, quem são seus amiguinhos (as) é de suma importância no processo de educar; do ensino-aprendizagem.

Educar não é algo fácil, mas todo o percurso prescinde de persistência e paciência, além da compreensão de que agir com agressividade seja física ou verbal não é uma situação que pode ser englobada no jeito de ser de cada pessoa, mas sim em falta de respeito.

A população deve ser cônscia de que educar é um ato de amor.Só ela pode mudar o mundo ,que está tão abarrotado de violência e injustiças.Quem educa também absorve conhecimento.Aprende assim a ser uma pessoa melhor,a votar, a respeitar opinião alheia,a reconhecer o erro e não somente pedir desculpas como principalmente e também a mudar as atitudes,a ser mais tolerante e verificar que realmente a gentileza gera gentileza,que “o limite de um termina aonde começa o do outro”,que o sim nem sempre é bom e que a violência é consequência da falta de limite ,que a agressividade é da falta de cultura e de saber argumentar ,que a ingratidão é falta de humidade,de enxergar que ninguém é melhor que ninguém e acima de qualquer coisa que a educação é a “mãe” das virtudes ou seja nela estão inseridos o respeito,a tolerância,o limite,a gratidão,a humildade,o diálogo,a cortesia e a gentileza!

Sobre a autora
Kelly Moura Oliveira Lisita

Advogada.Membro da Comissão de Direito das Famílias da OAB GO.Docente Universitára nas áreas de Direito Penal e Direito Civil.Tutora em EAD.Articulista.

Informações sobre o texto

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