Competências dos profissionais do futuro: ideias de inovação

09/06/2019 às 22:09
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Quais são as competências necessárias para os profissionais do futuro? Nesse sentido, desemprego em massa e a crescente desigualdade social são duas das principais preocupações sociais...

                  

Quais são as competências necessárias para os profissionais do futuro? Segundo informações divulgadas pelo Fórum Econômico Mundial, cerca de 7 milhões de empregos serão extintos nos próximos anos. Nesse sentido, desemprego em massa e a crescente desigualdade social são duas das principais preocupações sociais.

Entretanto não precisa ser necessariamente assim. Se adotarmos o mindset adequado, com habilidades comportamentais (soft skills) e habilidades técnicas (hard skills), teremos uma forte tendência organizacional em prol de um ambiente inovador.

Em suma, o tempo de desenhar o futuro do trabalho chegou. Veja abaixo 10 competências que os profissionais deverão possuir até 2020 para não sucumbir no mercado de trabalho. São elas:

1. Flexibilidade cognitiva

Em resumo, a flexibilidade cognitiva envolve ampliar as maneiras de pensar. Envolve imaginar diferentes caminhos para resolver os problemas que surgem diante de nós. A habilidade compreende expandir os interesses pessoais e profissionais, sair da zona de conforto e se relacionar com pessoas que desafiam suas visões de mundo.

2.  Negociação e persuasão

Com a ascensão das máquinas no mercado e a consequente automação do trabalho, as habilidades sociais serão mais importantes do que nunca no futuro. Mesmo pessoas com cargos técnicos em breve deverão mostrar mais empenho em suas habilidades interpessoais. A capacidade de negociar com colegas, gestores, clientes e equipes estará no alto da lista de habilidades desejáveis. Esta habilidade é conhecida por usar gatilhos emocionais que provocam determinadas reações desejadas. Além disso, o poder de persuasão será singular. Persuadir significa superar qualquer objeção do cliente ou fornecedor com fatos e argumentos bem construídos, visando ao bem-estar do sistema como um todo.

3. Julgamento e tomada de decisões

Diante do gigantesco volume de dados que as organizações estão reunindo nos dias de hoje, é cada vez maior a necessidade de profissionais com capacidade não apenas de ler e interpretar essas informações, mas também de tomar decisões cruciais. Os profissionais do futuro deverão examinar números, encontrar insights nas informações analisadas e utilizar o Big Data para tomar decisões estratégias nas empresas. 

4. Inteligência Emocional 

Só para ilustrar: o conceito de “inteligência emocional” foi popularizado pelo psicólogo Daniel Goleman, e envolve reconhecer e avaliar as emoções de outras pessoas, estabelecer empatia com esses sentimentos e produzir os resultados desejados.

A inteligência emocional compreende também identificar nossos próprios sentimentos, para que possamos nos motivar e gerir as emoções dentro de nós.

1.Gestão de pessoas 

Mesmo com o avanço de áreas como inteligência artificial e a automação do trabalho, funcionários sempre serão recursos valiosos para qualquer empresa. No entanto, como qualquer ser humano, os funcionários têm dias ruins, ficam cansados, doentes, distraídos e desmotivados. Daí a importância da gestão de pessoas. Saber gerenciar pessoas significa saber motivar equipes, maximizar a produtividade e responder às necessidades dos funcionários.

Além de oferecer um treinamento com o intuito de desenvolver a competência de aprendizagem ágil, em meio a processos de transformações sociais, é imprescindível ter um planejamento de suporte à performance, a fim de suprir os gaps que serão ocasionados no desempenho dos colaboradores. A iniciativa aumenta a segurança na hora de implantar os novos conhecimentos e evita ruídos de informações – o que garante uma execução assertiva.

7. Criatividade

Ser criativo é ser capaz de conectar informações aparentemente díspares. E, a partir dessa conexão, construir novas ideias para apresentar algo “novo”. A avalanche de novos produtos e novas tecnologias vêm exigindo dos profissionais uma boa dose de criatividade. Mesmo com toda a ascensão da robótica avançada, as máquinas não têm – ainda – a capacidade criativa do ser humano. 

8. Pensamento crítico e analítico

Ser um pensador crítico será uma habilidade valiosa. O pensamento crítico envolve lógica e raciocínio. O profissional deve ser capaz de usar a lógica e o raciocínio para questionar determinado problema. Deve considerar várias soluções para aquele obstáculo.

A pessoa com um raciocínio analítico será responsável por estudar os dados gerados diariamente na empresa. Estamos diante de um mar de dados que são valiosos. É preciso investir no desenvolvimento das competências para interpretá-los, filtrá-los e transformá-los em insights.

9. Resolução de problemas complexos 

A resolução de problemas complexos não é uma habilidade que nasce com o profissional. Mas se aprimora ao longo dos anos. A habilidade, que consiste na capacidade de resolver problemas novos e indefinidos em ambientes reais, se constrói a partir de uma base sólida de pensamento crítico.

Em síntese, o profissional do futuro deverá ter a elasticidade mental para resolver problemas que nunca viu antes. Problemas esses que podem ficar mais complexos a cada minuto. Os solucionadores de problemas complexos serão os profissionais mais demandados no futuro.

10. Inserção tecnológica

Apesar do surgimento de muitas tecnologias, é fundamental que três recursos fiquem na lista de prioridades das empresas nos primeiros anos da transformação. Entre eles, a computação em nuvem, onde servidores remotos hospedados em datacenters permitem que as informações do negócio permaneçam acessíveis a qualquer hora ou local. Além de poupar os custos que ocorrem em espaços físicos, o sistema é extremamente seguro, pois garante cópias dos dados em diferentes polos.

O uso de big data também faz parte dos destaques tecnológicos durante a transição. A finalidade do método é filtrar o excesso de conteúdos aos quais as pessoas são expostas diariamente, a fim de transformá-los em insights de valor para o planejamento estratégico. Logo, trata-se de um meio que ajuda os executivos a estabelecer indicadores organizacionais, mensurar a eficácia dos processos internos, prever e gerir riscos, conhecer o padrão comportamental dos clientes e reconhecer oportunidades de mercado.

Por outro lado, um programa de ideias de inovação é fundamental quando se busca a diferenciação de seus concorrentes e a melhoria dos resultados do seu negócio. Nesse sentido, existem várias estratégias que podem ser colocadas em prática para que a inovação se torne uma rotina e parte da cultura organizacional da sua empresa.

Esse processo acontece por etapas, como se fosse um funil de inovação. Muitas empresas decidem, inclusive, por sistematizar o funil da inovação utilizando uma plataforma de inovação, como o software AEVO Innovate. Mesmo assim, é fundamental que o programa de inovação esteja inserido em um processo bem definido e comunicado para a organização.

Vamos conhecer os 7 principais passos para a implantação de um programa de inovação em seu negócio:

1. principais etapas do funil da inovação

O funil da inovação é composto pelas seguintes etapas:

  1. Alinhamento com a estratégia: nessa fase, a empresa analisa a sua estratégia e identifica quais temas devem direcionar a criação de ideias inovadoras.
  2. Ideação: com base nos temas estratégicos, os colaboradores são incentivados a enviar ideias inovadoras para solucionar os desafios da empresa.
  3. Conceituação: as ideias que saíram da ideação são avaliadas e melhoradas a fim de que se tornem viáveis para implantação.
  4. Ir ou não ir em frente: momento de definir quais ideias têm melhores chances de sucesso e quais deverão ser lançadas ou não.
  5. Implantação: quando o conceito é aprovado, ele é lançado no mercado e a ideia ganha forma.

Dependendo das características da empresa, diferentes versões do funil podem existir. O importante é que o funil seja simples e totalmente adaptável aos diferentes tipos de organizações e setores. Essa metodologia apresenta uma excelente ferramenta de testes para lapidar cada etapa para os passos seguintes do seu programa de inovação.

2. EnvolvENDO as pessoas

O processo de inovação usualmente gera melhores resultados quando envolve múltiplas pessoas com visões e habilidades distintas.

Algumas pessoas têm um perfil mais criativo, muito útil para pensar em novas ideias. Outras são hábeis em simplificar ou concretizar um conceito a partir de uma ideia inicial, sendo fundamentais para o processo de conceituação das ideias. Além desses perfis, existem também aqueles que são muito bons em executar ideias, se tornando ótimos para a fase de implantação da inovação.

A diversidade também é importante quando consideramos a criação de um Comitê de Inovação na organização. É importante envolver pessoas de diversos departamentos, distintas formações e também de diferentes níveis de experiência. Isso tende a promover uma avaliação mais ampla sobre os rumos da inovação na empresa e, consequentemente, para a priorização das ideias a serem implantadas.

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  1. capacitação dos colaboradores

Os colaboradores da sua empresa certamente conhecem muito bem os seus próprios processos de trabalho e, por isso, são os mais indicados para proporem inovações para evolução da empresa.

No entanto, entender as tendências tecnológicas atuais, participar de eventos do segmento (e de outras áreas) e conhecer modelos de negócios diferentes são etapas muito importantes para ampliar a percepção da equipe sobre como e em que inovar. Esse fluxo gera novos conhecimentos e intercâmbio de informações com pessoas de outras realidades, abrindo a mente dos envolvidos.

4. Descentralização do processo de aprovação de ideias

O colaborador que envia uma ideia hoje pode acabar demorando meses para receber um feedback. Isso desestimula qualquer pessoa, prejudicando o engajamento do time com o programa de ideias de inovação.

O Comitê de Inovação geralmente envolve pessoas de diversas áreas que precisam se reunir periodicamente para avaliar as inovações. Assim, o ideal é que eles foquem nas inovações com maior potencial de impacto para a organização, evitando ter que avaliar dezenas ou até centenas de ideias em um curto espaço de tempo.

Grande parte das ideias enviadas em programas de inovação pode ser implementada facilmente e com pouco ou nenhum investimento. Assim, o ideal seria empoderar os líderes da organização para aprovar diretamente as ideias mais simples, enviando para o Comitê de Inovação apenas as mais complexas, de maior impacto ou com maior investimento necessário.

5. conquistar patrocinador e orçamento para o programa de ideias de inovação

O programa de ideias inovadoras deve ser algo estratégico para a organização. Isso deve ser comunicado e estar claro para toda a organização, pois, caso contrário, há um grande risco de a média liderança nunca priorizar a inovação para os seus times, relegando-a para o segundo plano.

Um ótimo caminho é conseguir um patrocinador da alta liderança da organização para o programa. Se a alta direção não estiver alinhada com a importância da inovação, provavelmente o resto da organização também não estará. Nesse processo, é importante que os executivos da organização estejam presentes nos eventos de divulgação do programa e o incorporem em seus comunicados.

Ter o apoio de um patrocinador também ajuda em uma segunda parte fundamental para a inovação: a alocação de recursos orçamentários para a implantação das ideias. Sem ter fundos destinados para esse fim, certamente será mais difícil atingir os resultados esperados.

6. Investimento em programa de reconhecimento aos colaboradores

Uma forma de reconhecer os colaboradores é mostrando para toda a empresa os profissionais mais inovadores do mês, por exemplo. Isso estimula o aumento da participação dos vencedores e de seus pares no processo de inovação.

            Algumas empresas retornam para os colaboradores parte dos ganhos financeiros obtidos com as inovações propostas por eles. Isso nem sempre é tarefa simples, pois envolve mensurar o retorno financeiro dos projetos de inovação. Quando isso é possível, as recompensas financeiras são entregues como um percentual do valor ganho, limitados a um teto financeiro.

Uma outra forma interessante de recompensar os colaboradores é pela implantação de um sistema de pontuação e resgate de prêmios. Basicamente, a empresa concede pontos para os colaboradores mais engajados no programa de ideias inovadoras e depois os mesmos podem trocá-los por prêmios, como eletrodomésticos ou viagens, por exemplo.

7. ter um software de gestão de ideias de inovação

À medida que a cultura da inovação começa a crescer em sua empresa, é importante que exista um sistema de gestão para controlar bem as ideias em andamento. Conforme demonstrado no funil da inovação, esse processo envolve vários estágios de maturidade e um software de gestão de ideias inovadoras ajuda a organizar melhor esse processo.

Sobre a autora
Kareline Staut de Aguiar

Advogada. Legal Designer. Conciliadora e mediadora. Professora. Pós-graduada em Direto do Trabalho (EBRADI). Mestra em Direito Público (Estácio-RJ). Pós-graduada em Marketing (PUC-MG) e em administração de empresas (FGV-MG). Certificação em Visual Law (FutureLaw), Direito Digital e Proteção de Dados (PUC-SP). Formação em Marketing Digital - UDACITY - Vale do Silício. Mentora e Professora do Laboratório de Inovação ESA/RO. Coautora do 1º livro sobre Visual Law do Brasil - Revista dos Tribunais e do livro Marketing Jurídico de A a Z pela editora Letras Jurídicas. E-mail: [email protected].

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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