MONOPÓLIO DA CULTURA E O DINHEIRO
Na Semana de Arte Moderna de 1922 rompíamos com o estrangeirismo, com a forma pronta, com os estilos obrigatórios, e um passado rigoroso na manifestação, privilegiamos os artistas de rua e os leigos e por vezes até os analfabetos autodidatas, por sorte, ainda estamos nela, mas estamos nos perdendo em focos de tensão aonde se sobreleva por demasia o papel do dinheiro.
Monopólios de educação foram formados, cartéis de artistas, o ator e atriz não vivem mais, perdem a alma e precisam de um diretor manipulado pelas grandes empresas de comunicação, bons escritores são isolados e perseguidos e os pintores são depreciados frente aqueles do passado que também não valiam tanto quanto agora.
A Literatura se tornou enfadonha, estressante, obrigatória para o vestibular lucrativo, perdemos aos poucos mesmo os possíveis adeptos face a linguagem erudita e por vezes anacrônica sem qualquer auxilio da editora com rodapés explicativos, e isto tem uma causa de conflito: O monopólio de informações, os titulares, os que exercem cargos prontos, os etiquetados acadêmicos e que visam apenas seu poder e lucro contrariando radicalmente nossa constituição, nossa liberdade de expressão, a internet como fluxo livre de informações e cultura e a própria 4ª Revolução Industrial...
E nós não podemos deixar que estas “máquinas empresarias” nos tirem nossa a liberdade e nos influencie por demais, é preciso de um sistema interno de controle, precisamos da manifestação livre mas com uma consciência coletiva, um altruísmo uma visão do todo sem monopólio e cartel, que muitas vezes abocanham as funções de uma própria organização criminosa, ao invés do compromisso ético e de informações.