Teve seu WhatsApp invadido? Veja o que fazer!

16/12/2019 às 18:03
Leia nesta página:

Veja as cinco primeiras medidas que devemos tomar após sermos invadidos

Acompanhamos um crescimento absurdo de vítimas buscando auxílio após ter seu Whatsapp invadido por criminosos.


Infelizmente, os métodos utilizados para estas invasões são diversos, todavia, lembre-se, o objetivo é sempre um: conseguir que você passe ao criminoso um código que você receberá em seu celular.



Este código é chave de acesso ao seu Whatsapp, e elemento essencial para esta invasão acontecer.


Nos casos em que os criminosos conseguem este código, normalmente, após a invasão, eles se passam pelo titular daquela conta e pedem dinheiro emprestado para todos os contatos da vítima. Esta que logo saberá que foi invadida, seja por não conseguir acessar seu Whatsapp, seja pelas ligações de seus amigos e familiares mais desconfiados e atentos.


Afinal, como estes criminosos conseguem que a própria vítima envie o referido código?


O método mais comum é quando o criminoso se passa por um funcionário de algum site que a vítima publicou recentemente anúncio de produto, e afirma que para “validar” este anúncio a vítima precisa fornecer o código recebido em seu celular.


Na verdade, este código é o de acesso ao Whatsapp, que a própria vítima acaba concedendo aos criminosos, enganada por este “suposto funcionário”.


Vejamos as 5 dicas iniciais, que elaborei, para as vítimas da referida invasão:


1. Tente retomar imediatamente seu acesso no próprio aplicativo (Whatsapp);
2. Não conseguiu? Envie um e-mail para [email protected] ;
3. Coloque, como assunto, o seguinte: ACCOUNT HACKED  +55 (SEU DDD) + (SEU NÚMERO);
4. No corpo do e-mail, explique que teve sua conta invadida, e que o criminoso está pedindo dinheiro em seu nome (se for o caso), também solicite o bloqueio do acesso do criminoso e a devolução de seu acesso. (O texto constante deste e-mail deve estar em português e também em inglês). Dica: caso tenha dificuldade com a língua inglesa, use o Google Tradutor;
5. Registre o boletim de ocorrência, quando necessário.
 

Estas são as orientações iniciais. Lembre-se: sempre ATIVAR a autenticação em dois fatores de seu Whatsapp, Instagram e etc - que trará uma proteção extra, e pode, muitas vezes, evitar todas estas situações. Muito cuidado com estes estelionatários digitais.

Sobre o autor
Luiz Augusto Filizzola D'Urso

Advogado especialista em Cibercrimes e Direito Digital, Professor de Direito Digital no MBA de Inteligência e Negócios Digitais da FGV, Coordenador e Professor do Curso de Direito Digital da FMU. Presidente da Comissão Nacional de Cibercrimes da ABRACRIM. Conselheiro da Digital Law Academy. Coautor do Livro Advocacia 5.0. Professor em diversos cursos de Direito Digital e Cibercrimes em todo o país. Coordenador da Cartilha "Todos contras as Fake News" da Câmara Municipal de SP. Pós-Graduado pela Universidade de Castilla-La Mancha (Espanha). Pós-graduado pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (Portugal). Pós-Graduado em Direito Digital e Compliance pelo Instituto de Direito Damásio e Ibmec - SP. Auditor no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) do Futebol do Estado de São Paulo. Membro do Grupo de Estudos de Direito Digital da FIESP. Membro do IBCCRIM e integra o escritório D’Urso e Borges Advogados Associados. Instagram: @luizaugustodurso

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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