O ESQUARTEJAMENTO DA CORRUPÇÃO

27/12/2019 às 14:36
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Tese que evidencia a corrupção no Brasil como um problema orgânico e insoluvel

A corrupção em sentido extenso advém do abuso de confiança dada à um grupo de pessoas ou a uma pessoa que trai seus iguais na guarda da coisa pública, seja ela dinheiro, coisa móvel fungível ou pela posse do cargo público.

Não há corrupção sem a posse da coisa pública, muito embora empresários a praticam como esporte, dentro das suas próprias empresas, que aliás quase sempre compõe se de fundos públicos, maquiando balanços, fazendo capitação de dinheiro com seus títulos de propriedade e lesando os próprios sócios, o problema é quando isto envolve o patrimônio público.

Assim a corrupção já verificada sua causa não só diminuirá com a fiscalização ampla, e agora possibilitada também pela internet, o eleitor deve estar atento, fiscalizador e militante não só no momento sagrado do sufrágio, mas no dia a dia fiscalizando o seu contrato.

O estado deve definitivamente se retirar do mundo empresariado das sociedades anônimas e de serviços que são incomuns as suas atividades básicas previstas na constituição, não consigo compreender o governo emitindo e especulando em títulos de bolsa nem fazendo lucro com empréstimos diretamente ao consumidor, ou mesmo fabricando aviões ou entregando cartas postais por preços caríssimos.

Parece ser um desafio que este passe a apenas gerenciar entradas de impostos e a saída de verbas públicas às suas atividades automáticas e essenciais, variando-se de um governo a outro apenas nas suas prioridades e metas de campanha.

Temos no Brasil um disco quebrado que se repete quando o estado mostra-se ser um desastre na administração empresarial e de fundos públicos: São as obras superfaturadas, os bancos estatais favorecendo os partidos do poder e a lavagem de dinheiro, as fraudes na previdência e nos fundos de captação pública, fraudes nos seguros e nas empresas estatais, fora o nepotismo e favorecimento, e tudo se repete.

O estado passa então a limitar a atividade privada limitando a concorrência para o melhor negocio com seus interesses e permitir a formação de cartéis: De nada adianta a tomada de preços entre dez empresas se as dez empresas estão em conluio para a manipulação de preços.

A corrupção agora praticada por verdadeiras organizações criminosas precisa ser erradicada definitivamente ou pelo menos ter diminuída seus campos de ação nos ramos de intersecção da coisa pública com a privada, basta apenas o povo querer com menos intromissão de vendedores de produtos e marqueteiros que estão aí para captar sua preferência.

Sobre o autor
Cassio Montenegro

Bacharel - Universidad Empresarial – Costa Rica. Concursado no V Exame da Ordem dos Advogados do Brasil.

Informações sobre o texto

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