Através da evolução constante nas relações humanas, as interações sociais permitiram mudanças significativas na comunicação atual entre jovens, crianças e adultos que alcançaram e ampliaram novos horizontes, atingindo a praticidade, a confiança, a privacidade e a intimidade das partes envolvidas. 

 O Sexting consiste no ato de enviar arquivos com teor sexual, como imagens, vídeos, textos e áudios que trazem a falsa ilusão de mostrar e aumentar a intimidade e a confiança entre as partes, expondo parcialmente ou totalmente o corpo de um ou de ambos os participantes da conversa.

 Muitas vezes as conversas começam de forma ingênua e amigável, trazendo um clima de confiança e intimidade, onde nada é exagero e sim natural, criando assim um ambiente atraente com mensagens sutis para facilitar uma relação estável e leve na troca das futuras mensagens de sexting.

 Aos poucos a conversa é instalada, criando sutilmente o ambiente perfeito para desenvolver um clima que estimule a sexualidade dos envolvidos com frases, fotos, vídeos e áudios que provoquem o desejo pela interação mais intima, trazendo a conotação do sexo virtual em cena.

 Em algumas mensagens trocadas já se tem a sensação de prazer e leveza nas abordagens, sempre destacando pontos e estratégias que mantenham a troca constante dos arquivos sexuais, idealizando assim uma relação de troca e confiança mútua entre as partes.

 O perigo de sexting é imensurável e irreparável, tendo em vista, que o ato é a interagir virtualmente com outrem, tendo como finalidade de garantir prazer sexual através das redes sociais e aplicativos existentes, onde o popularmente conhecido nudez ganhou espaço, força e naturalidade em todas as faixas etárias da sociedade.

 Essas interações nas redes sociais trouxeram um ambiente propício e fértil para o surgimento de diversos pontos que desenvolveram fatores, riscos e até mesmo ofensas que ganharam destaques em atos intimidatórios por meio do cyberbullying.

 A relação do sexting com o cyberbullying vai muito além do que se pode imaginar, onde a junção desses atos é um fator extremamente perigoso e nocivo para a parte que sofrer a exposição indevida desses arquivos com conteúdo sexual.

 É necessário conscientizar e divulgar que o ato de enviar textos, conteúdos ou partes de conversas em tempo real, com o intuito de promover o cyberbullying maldosamente para macular a dignidade, à honra e a imagem de outrem é crime e possui penalidade efetiva para reprimir tal ato.

 O sexo virtual ainda que consensual e recíproco precisa respeitar e seguir as legislações vigentes no ordenamento pátrio, tendo em vista, que os limites e a individualidade de cada pessoa precisam ser respeitados e preservados por todos, inclusive por terceiros.

 Não é possível prever os riscos do sexting, já que o limite de alcance não é estimado ou calculado, o ato do sexo virtual ultrapassa as barreiras dos meios eletrônicos atingindo diretamente o ambiente físico como a honra, á imagem, a privacidade, a saúde mental e a relação social da parte exposta.