Não se nega a variedade existente de definições e conceituações acerca das “ciências psíquicas”. Dentre seus vários ramos, áreas e subáreas ressalta a psicologia que, em tradução literal do original grego significa “ciência da alma”.
Para nós as “ciências psíquicas” compõem todos os métodos, formas e protocolos tendentes a entender o funcionamento da mente humana em toda sua extensão e complexidade, não apenas do ponto de vista fisiológico, mas, fundamentalmente, metafísico.
Desde sua formação embrionária até o final da vida do indivíduo sua mente não para de sofrer inúmeras transformações, não apenas influenciadas pela bioquímica cerebral, notadamente os hormônios, mas, fundamentalmente, pelas experiências cotidianas que foram a complexa teia do aprendizado.
O objetivo dessa coluna e da temática das “ciências psíquicas” é entender como nós, seres humanos, funcionamos. Nossos traumas, aprendizados, bloqueios, conquistas, progressos e demais comportamentos.
Temos conhecimento da área de psicologia, tendo em vista nossa formação em ciências humanas e, principalmente, o fato de estamos constantemente buscando aprendizado.
O que iremos expor aqui não são verdades absolutas, mas, observações e conclusões hauridas no cotidiano.
Por estarmos há algum tempo na consultoria jurídica e treinamento de competências humanas na área de alta performance foi possível constatar vários padrões comportamentais das pessoas que nos procuraram e procuram.
Em um escritório de advocacia as pessoas não têm medo de dizer a verdade. Afinal, nós não julgamos. Colhemos o maior número possível de informações visando solver o problema existencial (e jurídico) apresentado pela pessoa. Como a pessoa/cliente não sairá com um diagnóstico de suas manifestações psíquicas, as travas se rompem e a pessoa solta “tudo” que a levou ao problema noticiado.
Não raras vezes a conversa dura horas a fio e, ao final, a própria pessoa concorda com a possibilidade de um acordo, pelo simples fato de ter desabafado e, por conseguinte, dado vazão às suas mais intensas emoções que a estavam impedindo de ver a solução em meio à névoa do desespero.
Nós, articulistas desta coluna, temos apenas duas regras em nosso atendimento ao público: NÃO JULGAR, NEM PRESSUPOR!
Assim, para nós, a “ciência psíquica” é, no momento, o grande repositório de conhecimentos necessários para a resolução dos mais diversificados conflitos existenciais e explicações dos mais variados comportamentos humanos em sociedade.
Rodrigo Mendes Delgado
Advogado e criminólogo
Heloiza Beth Macedo Delgado
Advogada e analista comportamental