Linguagem Corporal na Pratica Forense

17/02/2020 às 14:26

Resumo:


  • Comunicação é essencial para profissionais do direito, tanto na interpretação quanto na transmissão de mensagens

  • Além das habilidades de redação, a linguagem corporal representa cerca de 65% da comunicação

  • Conhecimento da linguagem corporal pode ser crucial para detectar mentiras, persuadir e inspirar confiança

Resumo criado por JUSTICIA, o assistente de inteligência artificial do Jus.

Não há dúvidas de que a comunicação é uma das principais ferramentas dos operadores do direito

Não há dúvidas de que a comunicação é uma das principais ferramentas dos operadores do direito, seja por parte dos magistrados, promotores ou advogados, saber interpretar o que está sendo dito e saber transmitir a mensagem de forma clara, faz toda a diferença na atuação profissional.

Quando se trata de peças escritas, o conhecimento das técnicas de redação e das regras gramaticais são essenciais, mas quando se trata de sustentações orais ou interrogatórios em audiências, apenas uma boa oratória pode não ser suficiente.

Segundo o antropólogo Ray Birdwhistell, em torno de 65% da comunicação é feita de maneira não-verbal, ou seja, a maior parte daquilo que comunicamos, não fazemos de forma oral, mas por meio da linguagem corporal.

Assim, para saber interpretar corretamente o que está sendo dito e saber transmitir uma mensagem de forma clara é indispensável o conhecimento da linguagem corporal.

Por meio da linguagem corporal é possível, por exemplo, detectar quando uma testemunha está mentindo durante um depoimento em uma audiência, ou ainda, usar técnicas para estabelecer empatia com seu interlocutor, ter um maior poder de persuasão ou inspirar confiança em seus clientes.

Em 2016 um caso em específico ganhou grande repercussão quando o juiz da 6ª Vara do Trabalho de Porto Alegre descartou o depoimento de uma testemunha ao analisar que seus gestos eram incompatíveis com a sua fala - como por exemplo, quando a pessoa responde verbalmente “sim”, mas balança a cabeça para os lados negativamente - ou seja, por meio da linguagem não verbal o juiz percebeu que a testemunha estava mentindo e isso alterou o desfecho do caso.

Mas não apenas na comunicação com outras pessoas é que podemos nos beneficiar do conhecimento da linguagem corporal, segundo estudos da psicóloga social e pesquisadora Amy Cuddy, existem algumas posturas corporais que podem alterar os níveis hormonais no seu corpo, gerando, por exemplo, sentimentos de autoconfiança ou de felicidade.

Desta forma, seja para interpretar melhor o que os outros estão dizendo, para saber comunicar de forma mais clara uma mensagem ou para ter mais autocontrole sobre seu estado interno, o conhecimento sobre a linguagem corporal é uma ferramenta que se mostra bastante importante em diversos contextos profissionais, especialmente para os operadores do direito.

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Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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