Coronavírus x mídia

Coronavírus x mídia

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UMA BREVE ANÁLISE E REFLEXÃO DO CORONAVÍRUS X MÍDIA

                                         

                     

                                       EDINALDO CARLOS OLIVEIRA DOS SANTOS

 

                                                        BACHAREL EM DIREITO

 

 

                                

                                                         CORONAVÍRUS X MÍDIA

 

 

E considerei comigo mesmo no meu coração; depois planejei com os nobres e com os magistrados, e disse-lhes: Sois usuários cada um para com seu irmão. E convoquei contra eles uma grande assembleia. (NEEMIAS 5:7)

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                          SALVADOR-BAHIA

                                                                       2020

 

 

 

 

CORONAVÍRUS X MÍDIA

 

Essa nuvem que não é radioativa está causando pânico na sociedade, percebemos que sempre com toda clareza deixam ser contagiados pela mídia, lamentavelmente a sociedade sem conhecimentos e acreditando nos comentários da imprensa, sem saber a real história.

Envolvendo a economia e até mesmo política, nosso desafio é fazer esses valores prevalecerem na má combinação do meio digital, onde notícias falsas, publicidade e entretenimento tendem a se misturar e a confundir. A essa altura a imprensa não divulga as mortes de infartos, Aids, Avc e epidemias da febre amarela. Pois bem, embora a questão possa ser colocada em perspectiva, a responsabilidade das autoridades públicas permanece alta.

Fica, pois, claro que os governantes já sabiam desta pandemia antes dos festejos carnavalescos, e estão sendo monitorados por serviços secretos da China, certamente que houve toda uma organização para que fosse de certo modo uma surpresa a sociedade.

Como se pode observar bilhões foram gastos em estádios de futebol para a copa do mundo no Brasil, e lamentavelmente ficou de lado na construção de escolas, presídios e hospitais o que certamente a mídia não comenta, na verdade se observarmos atentamente, nenhum repórter ou jornalista não mencionam a palavra da força maior Nosso DEUS.

Pela primeira vez na história, estamos enfrentando uma epidemia em tempo real, toda a mídia, várias vezes ao dia, todos os dias, em todo o planeta, fala sobre o novo coronavírus.

Ainda assim essas coberturas podem nos informar sobre a incerteza diante a uma pandemia em que facilmente produz medo a sociedade é vital para nossas conversas e desempenha papel fundamental na regulação de nossas emoções, inclui o medo, embora o medo seja uma emoção que frequentemente experimentamos como indivíduos, mas também pode ser uma emoção compartilhada e social que circula por comunidades e faz nossas reações aos eventos em andamento.

O medo é contagioso e pode se espalhar rapidamente a mídia brasileira já caiu em descrédito há muito tempo.

A internet, com suas feramentas de interação e o aumento de produtores de informações independente causam transtornos aos editores que não acompanham a revolução do modo de se trazer suficientes informações. A mídia poderia amenizar os nervos da sociedade como exemplo ao invés de espalhar a cada segundo novo caso de suspeita do convid-19, ou ao menos noticiar somente os casos confirmados e não casos suspeitos sem a certeza, poderia mostrar aqueles casos em que o paciente foi hospitalizado e curado.

Ainda assim essa briga da bolsa de valores é um critério para decidir a qualidade de vida do 1% da população que é bilionária, que muito mais atrapalha o mundo do que ajuda. As pessoas têm todo motivo para estarem preocupadas com o problema de forma em geral, até porque a mídia não da trégua em suas informações diárias, ou seja, a cada minuto passam de forma desastrosa a sociedade.

Especialistas informam que é importante que as pessoas não se deixem levar por estas sandices e busquem informações principalmente através da mídia regular, evitar Fake News e ter acessos a informações seguras.

É inegável a penetração da mídia da sociedade moderna. Ocorre que, os órgãos midiáticos passaram a exercer influencias perante a sociedade. Tanto a sociedade quanto os indivíduos que a compõem assimilam as informações divulgadas através das notícias e se informam por meio delas, constituindo-se, assim, o processo democrático. Porém, esta ingerência sobre a sociedade, quando acompanhada da difusão parcial e deturpada de imagens sobre covid-19, com conflitos políticos, acarreta distorções na correta compreensão da realidade, perpetuando uma ideologia do medo no ambiente em que vivemos.

E por fim é lamentável que os canais de televisão não se aproveitam das falhas estruturais de algumas emissoras para lhe ocuparem o espaço jornalístico. Tratando de uma ocasião em que se recomenda isolamento do atual cenário que encontramos, juntamente com sentimentos de medo e desespero, cujos efeitos da mídia.

 

UMA BREVE ANÁLISE DOS PENSADORES E FILÓSOFOS

 

Neste sentido relatos interessantes de pensadores, filósofos e cientistas há de relatar pontos essências referente ao medo da sociedade. Extraído da folha de São Paulo em 20 de abril de 2020, as 08:30.

Frank Furedi, nascido na Hungria e professor da Universidade de Kent, na Inglaterra, o sociólogo e autor de “Politics of Fear” (política do medo) tem escrito diversos artigos sobre a Covid-19 na revista online Spiked. no final de janeiro, Furedi alertava para que a reação à doença não fosse extrema, dizendo que neste século já vimos o surgimento de outros vírus e que já começavam as teorias da conspiração e o apontar de dedos em busca de culpados.

Alain Badiou, o filósofo francês, autor de “Em Busca do Real Perdido” (Autêntica), em que questiona a compreensão do real apenas pela ciência e economia, escreveu no final de março um artigo no qual se mostra descrente de uma grande mudança política após a pandemia.

Ele recusa a ideia de que estejamos vivendo algo inédito com o novo coronavírus, apontando ameaças anteriores, como o HIV e a Sars. “É verdade que esses deveres [como o de ficar em casa] são cada vez mais urgentes, mas, ao menos num exame inicial, não requerem nenhum grande esforço analítico ou a constituição de um novo modo de pensar”, escreve. Quanto às medidas tomadas pelos governos, são simplesmente as necessárias nesta situação.

Slavoj Zizek, no fim de fevereiro, o esloveno, o mais pop dos filósofos, publicou um artigo no qual define o novo coronavírus como um golpe à la “Kill Bill” no capitalismo.

Para Zizek, o novo coronavírus sinaliza que uma mudança radical é necessária. A crise econômica que se espera como consequência da pandemia mostra a urgência de uma reorganização da economia global em que não se esteja à mercê dos mecanismos do mercado. Zizek fala de um socialismo de emergência, no qual trilhões serão gastos, violando as leis de mercado, mas que ainda assim corre o risco de ser um “socialismo para os ricos”, ajudando apenas a elite, como em 2008.

Conforme Ana Beatriz Tuma e Felipe Saldanha, muitos fatores atentam contra a qualidade de informações ligadas à saúde, como os oriundos da própria imprensa, na qual, entre outros, é possível observar o desconhecimento ou falta de capacitação por parte de alguns jornalistas. ”Neste sentido, a produção e divulgação de conteúdos por meio da Comunicação e Saúde (C&S) pode ser crucial para reverter esta situação, em especial quando feita de forma detalhada e transparente. A checagem de fatos e de boatos, que vem se destacando como uma metodologia de crescente adoção por diversas organizações nos últimos anos, reúne esses atributos” (TUMA; SALDANHA, 2019, p. 3).

Faustino Teixeira, Professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora, pós-doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma.

"Essa epidemia vai passar, mas não vai ser a última. Muitos morrerão, não há dúvida. E os que ficarão bebem dessa oportunidade de refletir sobre a impermanência e a não substancialidade do ser humano. É uma pandemia que nos ajuda a entender a nossa limitação e a precariedade de qualquer posição que defenda arrogâncias, excepcionalismos e autossuficiências. Ninguém é e nem poderá ser autossuficiente". O que ocorre nos últimos meses em âmbito mundial é uma desestruturação de mundo. O universo simbólico vem balançado como um furacão, levando grupos inteiros à experiência da anomia. O medo volta a tomar conta da sociedade, desequilibrando todos os mecanismos de engenharia social voltados para manter o mundo significativamente em pé. As estruturas de plausibilidade se vêm abalados pelo “caos”.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Conclui-se, portanto que o coronavírus tem obrigado as pessoas a ficarem reclusas e isoladas. Nem todos têm esse hábito de recolhimento e solidão.

Nota-se que as redes sócias têm contribuído nas informações trágicas e até mesmo de fontes não confiáveis, Saúde pública é uma das áreas mais afetadas pelas fake news desde que as redes sociais se consolidaram com fonte principal de informação para um número cada vez maior de pessoas. Uma doença nova virou prato cheio para teorias absurdas.

Enquanto a vacina não é descoberta para resolver o primeiro problema, o péssimo jornalismo, as mídias sociais vêm com suas práticas de comunicação assumindo papel central como se fosse melhor remédio para evitar o pânico e levar ao público informações corretas que podem ajudar a salvar vidas.

O resumo deste trabalho é para garantir que as pessoas tenham acesso a informações precisas, os esforços para aliviar os efeitos da pandemia e para manter as pessoas conectadas. E com base nesse questionamento em geral, há pessoas desenformadas e ou precipitadas no que falam em público, os absurdos nas informações são constantes a exemplo do face book e WhatsApp, como já dito em relação as redes sócias e demais meios de comunicação.

Com tudo apesar dessa recorrência, destaca que o momento atual é preocupante pelo descredito que a ciência vem sofrendo constantemente em parte da sociedade.

Em suma a pesquisa abordada, fica pendente fatos relacionados a política, a conspiração de todas as redes de notícias e o cenário sócio-econômico sendo mexido com a realidade de empresas de todos os ramos, que agora precisam estar atentas ao mercado. O que mais precisamos no momento é parar de olhar somente para o agora e nos concentrar em medidas preventivas que nos permitam mais segurança para começarmos a mudar nosso presente e futuro.

Fica, pois, claro que a televisão se tornou um eletrodoméstico indispensável em qualquer lar e, hoje, informar é fazer assistir. Quando a transmissão é ao vivo, as imagens passam uma veracidade ainda maior aos telespectadores que deixam de lado as possíveis consequências do fato noticiado. A mídia pode ser considerada aqui uma causadora da proliferação do medo na sociedade, diante disso, ele expõe o medo como uma forma inconstante e, porém, em uma realidade complexa como a nossa, a mídia desempenha um papel garantidor da manutenção do sistema capitalista, fomentando o consumo, ditando regras e modas e agindo sobre interesses comerciais.

No entanto assim, com entrada impetuosa do coronavírus no cenário mundial, reaparece com energia inusitada o medo, que ronda os países, as cidades, as casas e as pessoas.

 

 

REFERÊNCIA

 

TUMA, Ana Beatriz. SALDANHA, Felipe. Fact-checking​ e ​debunking​ na cobertura de saúde: análise comparativa das estratégias utilizadas e temas abordados por serviços brasileiros de checagem.

         

 

 

                                                             

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Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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