O USO DA TECNOLOGIA E A POBREZA DAS DECISÕES JUDICIAIS!
A tecnologia que deveria ser usada para melhorar a qualidade das decisões judiciais vem sendo implantada para empobrecê-las.
O uso do robô pelos tribunais, como ferramenta de inteligência artificial, vem sendo implantado como meio de impedir o acesso às Cortes de Justiça.
Se queremos acabar com o volume de recursos, será mais honesto reformar o sistema processual e eliminar os recursos do que permiti-los, sem chances de conhecimento e, menos ainda, de provimento.
Nos dias que correm, os juízes de primeiro grau e os tribunais prolatam decisões juridicamente pobres, em duas a três laudas.
Nesse caminhar, em breve, com o uso da inteligência artificial, a petição inicial será transformada em formulário e a decisão prolatada por juiz-robô, em um único parágrafo, com o clássico: “defiro ou indefiro”!
Na involução que estamos experimentando, os juízes serão transformados em administradores de cartórios, sem atividade jurisdicional.
Aliás, não será de todo ruim porquanto veremos cumpridos três princípios fundamentais: 1) o fim da corrupção no Judiciário; 2) o fiel cumprimento da imparcialidade do julgador; e 3) a prestação jurisdicional célere.
Ufa! Atingiremos o ideal de Justiça!
Que assim seja!
Professor Luiz Guerra