Educação inclusiva: o aprender e o ensinar

14/05/2020 às 15:57
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O Presente artigo faz uma reflexão a respeito da educação inclusiva e como é importante que haja o preparo dos docentes para o ensino ser difundido com mais qualidade. Tendo como objetivo conciliar a legislação com as constantes muda.

Introdução

Com o passar dos anos e a evolução de nossa sociedade no contexto educacional, é possível observar inúmeros momentos históricos importantes e com isso veio a evolução do sistema educacional, onde esta foi galgando garantias dentro da legislação do ordenamento pátrio brasileiro, e com isso foram assegurados garantias para que hoje todos possam ter acesso à educação, sem distinção de cor, raça, classe social, aspectos físicos ou intelectuais.

Com os avanços tecnológicos e a modernização, podemos observar que surgiu também uma nova forma de trabalhar o ensino, um novo método que foge do método tradicional de utilização do apenas do quadro quanto ferramenta no ambiente da sala de aula, e se utilizando dessas novas tecnologias como ferramenta de ensino, tornando-as um atrativo para as futuras gerações fazendo das ferramentas um estímulo para o aprendizado dessa nova geração, que são totalmente voltados para essa era tecnológica.

Visa o presente artigo analisar a importância da evolução histórica da educação no Brasil, onde com o passar dos anos abriu-se espaço para os alunos com necessidades especiais para terem acesso ao mesmo ensino que os demais, diminuindo assim a desigualdade no âmbito educacional. Ademais, também foi tratado sobre a evolução da tecnologia da informação e comunicação, refletindo sua importância e como tem se aperfeiçoado com o passar dos anos, e que tem tomado espaço não só no dia a dia mas tem tido lugar especial na educação.

Refletindo ainda sobre o papel fundamental do docente, o mesmo atuando como produtor do conhecimento e a importância dele manter-se atualizado para acompanhar as tecnologias e para aprender a repassar de uma forma didática o conteúdo, para que assim possa atingir a todos e que todos tenham um desenvolvimento quanto ao método utilizado e um aprendizado de qualidade.

Deste modo este trabalho justifica-se por ser ainda um grande desafio apesar das conquistas já alcanças, adequar a legislação com o dia a dia vivido no ambiente educacional, onde se faz necessário ainda atualizações por meio dos docentes, leis mais benéficas para os especiais, e difusão das tecnologias para o alcance de todos de forma justa e igualitária.

Por fim, a metodologia utilizada neste artigo é de origem de pesquisa bibliográfica, por meio de livros, artigos, dissertações, periódicos, bem como pesquisa nas leis do ordenamento jurídico brasileiro.

2. Breve Histórico da Educação Inclusiva

A educação ao longo do tempo, passou por várias transformações, e ainda passa nos dias atuais pois está em constante evolução. Nesse cenário foi de grande importância as leis e as políticas públicas implementadas em nossa sociedade pois através delas muitas pessoas com deficiências, foram inclusas no ambiente educacional.

A educação portanto é um direito de todos, garantido pela nossa Constituição Federal, e está elencada no rol de direitos e garantias fundamentais; bem como também o constituinte lhe separou um seção apenas para versar sobre o tema educação.

           Art. 205 da CRFB/88, in verbis:

Art.205. CRFB. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

No conceito de educação temos a seguinte definição de que “a educação é um processo de ação da sociedade sobre o educando, visando integra-lo segundo seus padrões sociais, econômicos, políticos, e seus interesses” (MARTINS,1990).

No Brasil a educação inclusiva surgiu na época do período do império, precisamente no ano de 1854; ano esse em que se criou o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, que atualmente é conhecido como Instituto Benjamim Constant. No ano de 1857 criou-se o Instituto dos Surdos Mudos, hoje conhecido como Instituto Nacional da Educação dos Surdos.

Em meados da década de 70 algumas escolas passaram a aceitar alunos especiais. Acontece que eles só eram aceitos desde que os mesmos conseguissem se adequar ao plano de ensino daquela instituição, e para quem não se adequava aquele ensino estabelecido pelos parâmetros exigidos das instituições não tinham a mesma oportunidade, e não podiam continuar com o ensino, pois eram automaticamente excluídos.

Para Janussi, a sociedade começou a se movimentar em prol das pessoas com deficiências em meados de 1930.

A partir de 1930, a sociedade civil começa a organizar-se em associações de pessoas preocupadas com o problema da deficiência: a esfera governamental prossegue a desencadear algumas ações visando a peculiaridade desse alunado, criando escolas junto a hospitais e ao ensino regular, outras entidades filantrópicas especializadas continuam sendo fundadas ,há surgimento de formas diferenciadas de atendimento em clínicas, institutos psicopedagógicos e outros de reabilitação geralmente particular a partir de 1500, principalmente, tudo isso no conjunto da educação geral na fase de incremento da industrialização do BR, comumente intitulada de substituição de importações, os espaços possíveis deixados pelas modificações capitalistas mundiais (JANNUZZI, 2004 p.34).

Em 20 de dezembro de 1961 foi criada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei nº 4.024 a qual discorreu sobre as pessoas com deficiência para estas serem tratadas por excepcionais.

 Anos após surgiu a Lei nº 5.692 em 11 de agosto de 1971, revogando assim a lei anterior, esta lei foi criada no período da ditadura militar e foi a segunda Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, essa por sua vez tratava dos alunos que tinham deficiência física ou mental, os superdotados e os que estavam atrasados quanto a idade do ensino regular que deviam receber um tratamento especial; desta forma quem se destacava seguia no método do ensino regular e quem não se enquadrava tinha que ter tratamento diferenciado, e assim as crianças eram destinadas as escolas de tratamento especial. Assim mesmo tendo sido criada com o intuito de melhorar, ela ainda criava um grande abismo entre as pessoas, pois separava os indivíduos quanto as suas capacidades intelectuais.

No ano de 1988 com a promulgação da Constituição Federal, a qual é uma Constituição dos Direitos e das Garantias Fundamentais, sendo conhecida como uma constituição garantidora. O estado veio através dela assumindo a responsabilidade de garantir o ensino especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino, tentando amenizar a exclusão social.

Art. 208 da CRFB/88, in verbis:

Art.208º. CRFB. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante garantia de:

III- atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.

Desta forma, verificamos que a norma maior do nosso ordenamento jurídico garante que essas pessoas estudem de preferência no ensino regular, visando diminuir a desigualdade, aumentar a inclusão social efetivar o ensino regular a todos.

Em 2002 a Libras e os outros recursos de expressão a ela associados, foram reconhecidos como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais. Portanto, o nosso pais tem duas Línguas oficiais que é o Português e juntamente a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

De Acordo com Sueli Fernandes, LIBRA se define por:

“A LIBRAS é uma língua” de modalidade visual espacial que diferentemente das línguas orais auditivas, utilizam-se da visão para sua apropriação e de elementos corporais e faciais e organizados em movimentos no espaço para constituir unidades de sentido as palavras ou, como se referem os surdos, os sinais. Os sinais podem representar qualquer dado da realidade social, não se reduzindo a um simples sistema de gestos naturais, ou mímicas como pensa a maioria das pessoas. Aliás, esse é o principal mito em relação à língua de sinais, pois por utilizar as mãos e o corpo na comunicação, costuma-se compará-la à linguagem gestual, contextual e restrita a referentes concretos, palpáveis, transparentes que tem seu significado facilmente apreendido por que os observa”. (FERNANDES,2011, p.82).

Diante desse cenário histórico, observasse que a educação inclusiva passou por muitas dificuldades e transformações. A inclusão faz-se necessária pois ela é responsável por amenizar os preconceitos, ela faz com que os indivíduos quanto aluno possam expressar suas capacidades, mesmo dentro de suas limitações, mas provando a si mesmo e a sociedade que também é possível aprender e ao docente que ele pode ensinar além de seus limites tradicionais, ultrapassando assim barreiras que a educação consegue transpor.  

3. A tecnologia aplicada como fermenta pedagógica do método inclusivo

Durante o passar dos anos, observa-se que a tecnologia tem tomado espaço em todos os ambientes, e não tem sido diferente no âmbito educacional. A Tecnologia da Informação e Comunicação TIC, vem se aperfeiçoando ao longo do tempo, trazendo uma nova forma de ensino e aprendizagem.

Aduz, Silva:

É preciso considerar que as tecnologias - sejam elas novas (como o computador e a Internet) ou velhas (como o giz e a lousa) condicionam os princípios, a organização e as práticas educativas e impõem profundas mudanças na maneira de organizar os conteúdos a serem ensinados, as formas como serão trabalhadas e acessadas as fontes de informação, e os modos, individuais e coletivos, como irão ocorrer as aprendizagens (SILVA,2010, p.76).

Diante disso, deve o professor estar apto a lecionar, tanto com tecnologias definidas como velhas ou novas. Pois nem todas as instituições tem a seu dispor as novas tecnologias para fazerem uso em aula, devendo prevalecer a qualidade do ensino sobre da ferramenta a ser utilizada.

Pode-se dividir a evolução tecnológica em cinco gerações. A Primeira geração foi aquela em que os cursos eram por correspondências e em 1902 surgiu o primeiro curso de datilografia e anos depois tornou-se um curso profissionalizante oferecido pelo Instituto Monitor.

A segunda geração foi classificada com o surgimento das novas mídias e a UAB, em 1922 Roquete Pinto criou a Radio Sociedade do Rio de Janeiro, que utilizava da radiodifusão para fins educativos ampliando o acesso à educação para a população.

A terceira geração surgiu em meados do ano de 1996, onde se tornou possível uma maior interação por meio de videoconferência, através do uso da TV, rádio e computadores mas que ainda não era de acesso fácil a todos, facilitando o Ensino a Distância.

A quarta geração foi marcada pela expansão do uso da internet, e das novas tecnologias nos ambientes universitários, e foi criado a legislação especifica tratando sobre educação a distância no ensino superior, onde o MEC criou o Sistema Nacional de Educação à Distância e o Instituto Interuniversitário de Educação Continuada à Distância. A marca dessa geração foi o e-learning.

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A quinta geração é a geração dos dias atuais, é a que se utiliza com mais facilidade do computador e de outros meios tecnológicos mais avançados, o uso da é internet comum a todos. Nessa geração o método de aprendizagem torna-se flexível, inteligente, e pode ser estudado de qualquer lugar, a qualquer tempo, pois as plataformas de ambientes virtuais facilitam a vida de quem tem outras tarefas durante o dia e não pode frequentar um curso presencial.

Kenski, afirma que:

Estamos vivendo um novo momento tecnológico. A ampliação das possibilidades de comunicação e de informação, por meio de equipamentos como o telefone, a televisão e o computador, altera nossa forma de viver e de aprender na atualidade.  Kenski (2010, p. 24)

Portanto, observa-se uma evolução tecnológica, e com ela veio alguns benefícios. Mas não somente benefícios, como vieram juntamente grandes desafios que foram surgindo no decorrer do tempo, onde surgiu outras formas de difundir o ensino facilitando o acesso para quem não tem oportunidade de frequentar o ensino regular presencial.

           De acordo com Tarouco, Moro e Estabel:

Na EAD deve-se ter uma preocupação com a evolução tecnológica e a evolução pedagógica, pois a experiência nesta área já mostrou que não é somente a tecnologia que garante o sucesso dessa modalidade, mas a pedagogia, preocupada com o papel do professor que precisa “saber como fazer” a educação a distância. Educar a distância significa saber utilizar as ferramentas das tecnologias de informação e de comunicação não só disponibilizando materiais, mas interagindo, trocando, aprendendo em grupos, cooperando e colaborando, mudando, transformando. (Tarouco, Moro e Estabel, 2003, p. 03)

Assim, analisa-se que é necessário saber utilizar a tecnologia da informação e comunicação de forma didática, a fim de que haja uma maior interação entre professor, aluno e a turma como um todo para que se tenha um resultado positivo na parte pedagógica quanto a utilização desse método.

Conforme Oliveira, Moura e Sousa:

A principal dificuldade de se incorporar as TIC no processo de ensino, é o fato de o professor ser ainda apontado, o detentor de todo conhecimento. Hoje, diante das tecnologias apresentadas aos alunos, o professor tem o papel de interventor dessa nova forma de ensino, dando o suporte necessário ao uso adequado e responsável dos recursos tecnológicos. Para que isso aconteça, o professor deve buscar, ainda em sua formação, se atualizar não só dentro de sua especialidade, mas também, dentro das tecnologias que possam auxiliar em suas práticas pedagógicas. Muitos veem nas TIC, a perspectiva transformadora e determinante para melhorar a educação, mas deve-se considerar que há muitos problemas ainda associados à incorporação de tecnologias nas escolas. É um desafio para os professores mudar sua forma de conceber e pôr em prática o ensino, através de uma nova ferramenta. (Oliveira, Moro e Sousa p.79).

Desta forma, a tecnologia traz consigo indagações para a educação, pois surgiu uma nova forma de ensinar e de aprender, devendo portanto haver um esforço de todos para que as práticas pedagógicas e a novas tecnologias andem lado a lado. Não para que uma não se sobreponha a outra, mas que no dia a dia conforme forem sendo aplicadas, sejam interativas e pedagógicas, para alcançar o objetivo principal que é uma educação de qualidade e inovadora por utilizar recursos tecnológicos no contexto educacional.

4. A importância dos docentes no ensinar e aprender

É sabido que os docentes tem grande importância no papel do ensino e aprendizagem dos indivíduos, e não é de agora seu papel fundamental, por isso é necessário que ele esteja em constante aprendizado e atualização para que consiga ter um método de ensino eficaz.

De acordo com Libâneo:

[...]a relativização do conhecimento sistematizado, especialmente do poder da ciência, destacando o caráter instável de todo conhecimento, acentuando-se, por outro lado, a ideia dos sujeitos como produtores de conhecimentos dentro de sua cultura, capazes de desejo e imaginação, de assumir seu papel de protagonistas na construção da sociedade e do conhecimento”. (Apud, Libâneo, 2005, p.27)

Assim faz- se necessário que o docente esteja sempre se atualizando pois ele é um produtor do saber, o qual repassa e constrói o conhecimento para várias gerações. De acordo com Gatti (1996, p.88), o professor é uma pessoa de um certo tempo e lugar, o qual é fruto de relações vividas, de uma dada ambiência que o expõe ou não a saberes, que podem ou não ser importantes para sua atuação profissional.

Em conformidade com Stringuetta:

O perfil do professor nesse contexto de tantas mudanças precisa ser revisto e readaptado para que, como agente formador e mediador de saberes, propicie a aprendizagem sistematizada com foco na formação crítica. Com essa demanda do ensino atual, no qual o conhecimento encontra-se não somente na escola, mas em todos os lugares, o maior dos desafios é promover nos alunos o prazer de aprender e de buscar aprender. Assim, o processo de ensino e aprendizagem deve ser permeado por aspectos educativos que contemplem essa necessidade de saberes, no intuito de atender aos objetivos de mudança e desenvolvimento contínuos de contemporalidade. (Stringuetta, 2018, p. 99).

Desta forma, diante dessas mudanças históricas e do uso de novas tecnologias é necessário reforçar ainda mais a importância do docente manter-se atualizado para garantir um ensino dinâmico e sem deixar de lado a qualidade.

           De acordo com Tarouco, Moro e Estabel:

No cenário da sala de aula ou no espaço virtual, os protagonistas do ato de ensinar e de aprender são o professor e os alunos. Muitos outros coadjuvantes fazem parte do “cenário” contribuindo para que o processo de ensino-aprendizagem se realize com sucesso, como as direções e/ou coordenações, os supervisores pedagógicos, os orientadores educacionais, os bibliotecários, os pais, a família, os dirigentes do sistema educacional, os governantes, os legisladores. Cada um dos coadjuvantes tem o seu papel: colaborar para que o professor e os alunos transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. Mas o “espetáculo” não continua se o professor não exercer o seu papel principal de auxiliar os alunos, seja presencialmente, seja a distância, a aprender e exercer a cidadania e se tornar um ser humano feliz na sociedade em que vive. (TAROUCO, MORO, ESTABEL,2003, P.05)

Nesse contexto, professor e aluno são tratados como os indivíduos principais dessa relação; não que os demais envolvidos não tenham também sua importância para que todo o processo de aprendizagem evolua. Mas é que se faz necessário um maior esforço do educador chamando a atenção dos alunos para que ocorra a evolução do saber.

O educador tem como objetivo não formar opiniões, mas sim criar em seus alunos um senso analítico a fim de que se tornem indivíduos críticos, seres capazes de discutir, analisar, decidir, opinar, de forma clara, objetiva, a fim que de todos alcancem desenvolvimento intelectual e cultural.

Cury afirma, que:

 “...os educadores, apesar das suas dificuldades, são insubstituíveis, porque a gentileza, a solidariedade, a tolerância, a inclusão, os sentimentos altruístas, enfim todas as áreas da sensibilidade não podem ser ensinadas por máquinas, e sim por seres humanos.” (CURY,2003, p.65) 

Com esta afirmação de Augusto Cury, chegamos à conclusão da importância dos Professor no ensino, na vida social, o quão relevante é o seu papel na sociedade. Pois o educador como o próprio autor afirma não ensina como maquinas, é através dele que o ensino é difundido, é ele o que transmite o conhecimento e também valores jamais esquecidos.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante das transformações, podemos observar que a norma maior do nosso ordenamento jurídico a saber Constituição Federal, estabelece a garantia a educação a todos. Estabelece ainda as leis infraconstitucionais que as novas formas de ensino e práticas educacionais são de grande importância devendo ser consideradas para que todas as pessoas estudem preferencialmente na rede regular de ensino, visando assim diminuir as desigualdades.

 Diante desses desenvolvimentos históricos, observamos que a educação inclusiva passou por muitas dificuldades e transformações, mas todas as dificuldades sofridas ao longo da história foram de suma importância para que todos possam ter acesso à educação, nos dias atuais.

Conforme o exposto, observasse que a educação inclusiva passou por períodos transformadores, o que não é diferente nos dias atuais; fazendo-se necessário esses percalços para o processo de evolução e para que assim, todos possam ter acesso a uma educação de qualidade em futuro próximo. E para que não haja distinção entre os indivíduos de fato, pois mesmo com todas a leis assegurando tais direitos é sabido que muitas instituições ainda não estão preparadas para atender pessoas portadores de necessidades especiais, ocasionando com isso a exclusão social dessas pessoas.

Com o passar dos anos, observou-se que a tecnologia tomou espaço em todos os ambientes, e não foi diferente no âmbito educacional. Deste modo, a tecnologia da informação e comunicação é sem dúvida um avanço pois com ela benefícios pois com a tecnologia surgiu uma era de facilitação ao acesso do ensino possibilitando uma oportunidade, para aquelas quem não pode ter acesso ao ensino regular presencial. E trouce também desafios, que é o de primar pela qualidade do ensino, sem dúvida a tecnologia é uma grande aliada nesse processo, devendo apenas tanto professor, quanto aluno fazer bom uso dessa ferramenta.

Assim faz- se necessário que o docente esteja sempre se atualizando pois ele tem papel fundamental como transmitidor do saber, pois ele é o responsável por repassa e constrói o conhecimento para várias gerações. E como esses avanços ele deve se manter atualizado, para que posso fazer desse espaço que tem uma aula, interativa, sem deixar de lado a qualidade pedagógica.

Observa-se que nesse contexto, o professor e aluno são os indivíduos principais no tocante as formas de ensino e as práticas educacionais, não que os demais envolvidos na relação do âmbito educacional também não tenham também seu papel, mas ressalta-se a importância desses para que todo o processo de aprendizagem evolua e para que todos tenham uma educação de qualidade em futuro próximo, tanto a nível pedagógico, quanto a nível tecnológico.

Conclui-se portanto que é necessário diante dos argumentos apresentados, que haja uma conscientização que muito ainda deve ser feito, desde a evolução de leis mais especificas a fim de reger as mudanças da sociedade, quanto ao melhoramento e expansionismo das práticas de tecnologia da informação e comunicação no âmbito educacional. E ainda que faz- se necessária a preparação dos professores e educadores que deverão estar em constante atualização para acompanhar essas evoluções, tudo isso, sempre, visando um padrão de excelência no ensino e a fim de estabelecer a inclusão e promover a igualdade de ensino e oportunidades para todos. Devemos fazer nossa parte quanto sociedade aceitando cada pessoa com suas particularidades, abraçando a inclusão social respeitando as diferenças de cada indivíduo.

REFERÊNCIAS

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Sobre a autora
Beijane de Almeida Souza

Advogada. Pós graduada em Gestão e Docência no Ensino Superior . Pós graduada em Direito Processual do Trabalho Aplicado.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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