ARTIGO CIENTÍFICO
ACADÊMICO: ÁTILA SOUSA LIMA
FACULDADE LUCIANO FEIJÃO – CURSO DE DIREITO
ORIENTADOR(A): FRANCISCA ROSÂNGELA ARAÚJO ROCHA
CASO JESSE POMEROY
ANALISE DA VIDA, ASSASSINATOS, PRISÃO E MORTE DE JESSE POMEROY
RESUMO
O presente artigo tem a intenção de analisar a vida de Jesse Pomeroy, que ferindo e matando crianças mais novas, Pomeroy foi condenado a prisão perpétua com apenas 16 anos, ficando conhecido como a criança assassina de Massachusetts. Se existe alguém que comprove que psicopatia não tem idade, esse alguém é Jesse Pomeroy. Nascido em Charlestown, Massachusetts, no ano de 1859, Pomeroy executou assassinatos à sangue frio, sendo uma das pessoas mais jovens condenadas a prisão perpétua.
Palavras chave: assasinato, justiça, psicologia, brutalidade.
ABISTRAIT
The present article intends to analyze the life of Jesse Pomeroy, who injuring and killing younger children, Pomeroy was sentenced to life imprisonment at the age of 16, becoming known as the murderous child of Massachusetts. If there is anyone who proves that psychopathy has no age, it is Jesse Pomeroy. Born in Charlestown, Massachusetts, in 1859, Pomeroy carried out murders in cold blood, being one of the youngest people sentenced to life in prison. Keywords: murder, justice, psychology, brutality.
O menino nasceu em 29 de novembro de 1859, em Boston. As pessoas dizem que o menino nasceu com uma deficiência em seu olho direito, onde a parte branca do olho cobria tudo, até mesmo sua pupila. Isso fez com que as outras crianças se afastassem dele e ele se tornou um ávido leitor solitário. As obras que ele lia eram violentas e cheias de sangue, o que pode ter influenciado a cabeça do jovem.
O que alguns acreditam é que Jesse Pomeroy já tinha uma predisposição para matar pessoas e isso levantou muitos estudos sobre o fato de uma pessoa nascer ou não com seu DNA tendendo para ser uma pessoa agressiva. E no caso de Jesse, pode ser que essa predisposição realmente existisse, já que seus crimes começaram em uma idade bem jovem.
A família de Jesse era bastante perturbada e isso pode ter contribuído para o comportamento do menino. O seu irmão mais velho não dava atenção ao mais novo, seu pai, Thomas Pomeroy, tinha nojo do olho do filho e nunca fez questão de esconder. Além disso, o pai também era alcoólatra e abusava de Jesse batendo no menino de cinto e mandando o menino ficar nu para que doesse mais. Esse comportamento com certeza deu ao menino mais tendências violentas.
Em 22 de dezembro de 1871, quando tinha 12 anos, Jesse fez seu primeiro ato de violência. Ele levou um menino mais novo para um lugar isolado e o amarrou em uma viga e depois o espancou com uma corda. Jesse faria isso com mais seis garotos em nove meses, um prelúdio para o serial killer que estava por vir. Com o passar do tempo, ele também adicionou uma faca nessas torturas que fazia.
esse Pomeroy era um sádico e, provavelmente, também era um psicopata. Os psicopatas têm o desejo de fazer mal aos outros e não demonstram nenhum tipo de respeito com os sentimentos ou direitos das outras pessoas, e muito menos se colocam no lugar dos demais. Os psicólogos distinguem sociopatas de psicopatas, sendo o primeiro desenvolvido por estímulos externos e o segundo, sendo uma condição de nascença que é atiçada por elementos externos. Jesse provavelmente era psicopata, tomando como base que sua violência se mostrou em uma idade muito pequena.
O FBI classificou Jesse como um assassino organizado, ou seja, ele planejava, era metódico e tinha a intenção de matar suas vítimas. Ele era cuidadoso e não deixava muitas evidências por saber o que e o porquê estava fazendo o que fazia.
Jesse era classificado também como assassino de luxúria. Seu modus operandi tinha uma motivação para fins sexuais e prazer hedonista. Esse tipo de assassino costuma sair torturando e matando suas vítimas e depois praticando necrofilia e canibalismo. Jesse se masturbava enquanto os chicoteava, espancava e os deixava nus a mercê do frio extremo do inverno.
De família humilde, Jesse era o típico garoto valentão. Com 12 anos de idade, atraía meninos mais novos para áreas remotas, atacando-os com extrema brutalidade. Os garotos eram esfaqueados, espancados, chicoteados e amordaçados com punhais, facas e cintos, ficando com cicatrizes permanentes.
Em 1872, Jesse mudou-se com seu irmão Thomas e sua mãe Ruth para Boston. Lá, os ataques continuaram, levando-o a uma sentença de seis anos no Reformatório de Massachusets. Mas ele logo foi liberado. Em fevereiro de 1874, aos 14 anos, voltou para sua família – na época, a mãe era dona de uma loja de costura e o irmão vendia jornais.
OS ASSASSINATOS
Em março de 1874, uma garota de dez anos chamada Katie Curran desapareceu em Boston. Um mês depois, o corpo mutilado de Horace Millen, de quatro anos de idade, é encontrado em um pântano próximo ao porto de Boston. Após os dois casos alarmantes, a polícia foi direto à casa de Pomeroy. Entretanto, não havia provas para culpá-lo.
Meses depois, o corpo de Katie é encontrado no porão da loja de roupas da mãe de Pomeroy. Seus restos haviam sido escondidos apressadamente em montes de cinzas, o que levou à sua condenação, no Supremo Tribunal Judicial do Condado de Suffolk em dezembro de 1874.
NA PRISÃO
Sentenciado a prisão perpétua, Pomeroy iniciou seu confinamento solitário com 16 anos de idade, na prisão estadual de Charlestown. Lá, aprendeu variadas línguas estrangeiras, entre elas o hebraico e alemão, começou a escrever poesias que exigiu serem publicadas, e estudou livros de Direito para redigir desafios legais à sua condenação.
Com 55 anos, em 1914, é submetido a um relatório psiquiátrico, que observou 10 a 12 tentativas determinadas de escapar da cadeia. Nas empreitadas, ele utilizava cordas, canetas de aço e uma furadeira, encontrados em sua cela.
O relatório afirmava que Pomeroy havia demonstrado "a maior ingenuidade e uma persistência sem precedentes na história da prisão". Em 1929, por esta altura um homem idoso com a saúde frágil, Pomeroy foi transferido a um hospital para criminosos insanos, onde morreu em 29 de setembro de 1932.
Daniel Brühl, Dakota Fanning e Luke Evans fazem uma equipe perfeita e rica, que podem ser explorados de maneira infinita pelos roteiristas e diretores. A série se baseia nos crimes de Jesse Pomeroy, além das atuações brilhantes, a série aborda problemas atuais mesmo se passando no século XIX. A história é densa por explorar a sexualização infantil e os traumas psicológicos, porém em nenhum momento demonstrou sensacionalismo, mas agilidade e inteligência em diálogos enxutos e essenciais. A série tem poucos núcleos, poucos cenários, mas é rico em figurino e elementos cenográficos e isso contribui para maior agilidade do roteiro e foco extremo nos diálogos. É uma série de nicho, elegante, intelectual e brutal. Não tem episódio chato, todos possuem valor essencial para o conjunto. Gostei muito e recomendo.
REFERENCIAS
O alienista, seriado apresentado no canal NetFlit
https://fatosdesconhecidos.ig.com.br/7-fatos-macabros-sobre-o-garoto-mais-jovem-ser-condenado-por-assassinato
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/jesse-pomeroy-criança-serial-killer-de masachusetts.
