1. Introdução
O dualismo entre bem e mal no contexto social de corrupção e violência urbana parece tão intrínseco em Batman – Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, em inglês) que qualquer análise do filme, independentemente de ser sociológica, passaria quase que obrigatoriamente por esses temas de tão clarividentes que são.
Durante toda obra as figuras do herói, do vilão, do homem bom, do homem da Lei são abraçadas pela possibilidade de seus inversos. Batman se torna o Cavaleiro das Trevas, o fugitivo da Lei; Coringa passa a ser venerado pelos fora-da-lei ao passo que fora das telas foi o personagem mais popular entre os jovens que assistiram ao filme rendendo até um Oscar póstumo ao ator Heath Ledger por tê-lo interpretado; O Promotor Público Harvey Dent, tido como “Cavaleiro Branco de Gothan” se torna Harvey Two-Faces (Duas-Caras) ao se deparar com a dor da perda de sua amada – a nítida expressão da dualidade em seu próprio corpo carbonizado apenas de um dos lados; o Comissário Gordon, policial incorruptível que precisa a todo tempo segurar o peso de toda uma corporação afundada em corrupção sem que sua imagem seja maculada.
Todos esses dualismos (e muitos outros) são ambientados por uma atmosfera de medo, insegurança e corrupção muito bem alinhavada pelas mãos do Diretor Christopher Nolan. A cidade de Gothan, cheia de arranha-céus com o clima mais Al Capone possível (o filme foi rodado principalmente em Chicago) contextualiza a temática lhe dando ainda mais becos, guetos e prédios públicos para parecer mais convincentemente Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1940.
O enredo proposto, a composição dos personagens, as interações entre ficção e realidade formulam uma pergunta motora que paira durante todo o filme e que se cruza com os questionamentos de Bauman onde “a insegurança moderna é caracterizada pelo medo dos crimes e dos criminosos” (BAUMAN, 2009, p.16), e, sobretudo, em Maffesoli em seus escritos amplamente abordados nos estudos sociológicos, quando diz que “a violência é certamente um bom exemplo do aspecto indivisível do dado mundano. Em todas as coisas existe um misto de atração e repulsa, amor e ódio, generosidade e egoísmo. Basta olhar um pouco mais de perto para constatar que os sentimentos mais elevados são permeados de seu contrário” (MAFFESOLI, 2004, p.62)
Essa pergunta, entre outras maneiras, poderia ser facilmente entabulada como: Seria mesmo capaz de se criar um bem através da ‘contra-violência’ e da rigidez das leis sem, com isso, alimentar um mal, em si ou nos outros, tão forte e tão abrangente quanto o que se desejava alcançar de bom?
2. Enredo e personagens do filme
Gothan City nunca foi mesmo a cidade dos sonhos. Repleta de bandidos, mafiosos e policiais corruptos, tornou-se o centro para planos grandiosos que visam sempre engordar os cofres da ilegalidade e os bolsos da banda podre da polícia.
Praticamente o único policial não corrupto da cidade, Jim Gordon (depois Comissário Gordon) trabalha rodeado de pessoas em quem não pode confiar, mas com as quais precisa conviver, senão, como ele mesmo afirma, estaria sozinho. Seu único alento é parceria com o Batman, o justiceiro da noite (ou Cavaleiro das Trevas), que a certo ponto deixa de ser possível apesar de a cidade ainda precisar de seu defensor.
Batman, o alter-ego heróico do bilionário Bruce Wayne (ou seria o contrário?), é o justiceiro da cidade que tenta resolver por conta própria o que se mostra a seu alcance e, assim, de certa forma honrar o nome dos pais assassinados em sua frente quando ainda era uma criança, conseqüência da violência urbana tão combatida por eles, mas que sem querer também fora alimentada.
Dentro dessa realidade caótica é que surge o vilão controverso Coringa. Fora dos padrões até então conhecidos na cidade quando se trata de criminalidade, o palhaço louco desafia a polícia, rouba mafiosos e ameaça o próprio Batman, como se quisesse montar uma arena de todos contra todos. É capaz de pôr fogo em todo dinheiro que consegue como pagamento para pôr fim ao reinado justiceiro do Homem-Morcego: por um lado comprovando sua insanidade e, por outro, provando que não há nada a perder e que seus limites não são fáceis de mensurar.
Com o surgimento do Coringa na trama o Batman passa a ser estigmatizado e ridicularizado por ser a figura símbolo da desordem e do caos instaurado na cidade. Um atrai o outro e vice-versa, num jogo de gato e rato sem fim, dando a impressão à população que a figura heróica do Batman não é mais necessária.
Acontece que a imprevisibilidade de Coringa é difícil de ser compreendida até mesmo pelos que o apóiam. O mordomo Alfred em conversa com o próprio Bruce Wayne diz que o Coringa é alguém que não procura nada lógico como dinheiro; alguém não comprável, ameaçavel, razoável ou negociável, mas sim que quer apenas ver “o circo pegar fogo”. (55’)
A solução para Gothan, na ótica do próprio Batman, é Harvey Dent, Promotor Público da cidade disposto a limpar a sujeira feita pela máfia e que extrapola sua própria segurança pessoal pela possibilidade de ver Gothan livre da corrupção. Na conversa que tem com Bruce Wayne o personagem externa sua idéia sobre a mudança da cidade:
(Harvey) Ou você morre como herói...ou vive o bastante para se tornar o vilão. Seja quem for Batman, ele não quer fazer isso pelo resto da vida. Como poderia? Batman está procurando quem o substitua.(Acompanhante de Bruce) Alguém como você, Sr. Dent?(Harvey) Talvez. Se eu estiver apto. (21’)
Basicamente em torno destes personagens se dá a trama instigante que envolve os auspiciosos momentos de bem e mal, protagonizados por mais de um dos personagens, em diferentes etapas do filme. Momentos estes vistos sob a ótica de Michel Maffesoli, que analisa com profundidade a dualidade bem/mal.
No decorrer da história é o próprio Harvey que irá encarnar o outro lado da moeda, e provar de seu lado obscuro e mal. Após o choque advindo da morte de sua namorada, Srta Rachel Dawes (ex-namorada de Bruce Wayne) depois de colocada como refém juntamente com o próprio Harvey num ‘jogo’ promovido por Coringa, eis que surge o ‘vilão’ chamado Duas-Caras (Harvey Dent) – que seria seu lado mal, obscuro e escondido, que vem à tona motivado por vingança e para pôr a ordem que ele considera devida, com as próprias mãos.
Assim Harvey lembra Maffesoli, quando este diz que o mal está associado ao bem, podendo ser um caminho para se chegar a ele. Seria talvez necessário que Harvey passasse por um momento de profunda angústia, afogado em ‘maldade’, antes de ressurgir sua ‘bondade’.
2. Fundamentação
Bauman coloca que “paradoxalmente, as cidades – que na origem foram construídas para dar segurança a todos os seus habitantes – hoje estão cada vez mais associadas ao perigo” (2009, p. 40). Nesse contexto percebe-se a primeira cena do filme, que trata de um roubo à uma agência bancária:
(Gerente do Banco) Você se julga esperto, não? O cara que contratou vocês vai fazer a mesma coisa com você. Os criminosos nesta cidade acreditavam em certas coisas. Honra, respeito. Olhe só para você. Em que acredita?(Coringa) Em que você acredita?! Acredito que o que não nos mata simplesmente nos torna mais estranhos. (6’)
Um dos primeiros diálogos do filme, mostrando a contradição de haverem criminosos que sejam honrosos e respeitadores, afinal, como poderia haver honra e respeito no mundo do crime? Como o bem poderia andar de mãos dadas com o mal? Em Maffesoli isso seria não só possível, mas completamente real, pois, para ele, bem e mal se completam num ciclo dual.
A obra cinematográfica Batman: Cavaleiro das Trevas tem a densidade necessária para abordar dois temas tão intensos como os trabalhados por Maffesoli e Bauman. Nesse primeiro diálogo podemos depreender como a cidade já acostumada com a criminalidade parecia “admitir” que o crime seria entendido também com certa ética.. como que aceitando um certo bem advindo do mal que era haverem criminosos.
Depois de anos de opressão e criminalidade, Gotham parecia respirar um alívio momentâneo com as defesas do justiceiro Batman e dos ainda existentes poucos homens incorruptíveis da cidade. Mas o medo e a certeza de que outro nível de malfeitores – os que não tem nenhum bem no mal que fazem – estaria por chegar, deixa a cidade ainda mais suscetível à idéia de que nem mesmo o Batman seria capaz de defendê-los.
Sobre violência e medo, Bauman (2009) fala, em sua obra Confiança e Medo nas Cidades, que nos grandes centros urbanos, após o crescimento exacerbado das cidades, surgiram problemas cada vez maiores de convivência e sobrevivência, em virtude das imposições capitalistas de busca desenfreada pelo lucro, e da submissão que as classes menos favorecidas se viram obrigadas a aceitar. Com isso, o sentimento de isolamento e medo, apesar da vida urbana cercada de pessoas, se espalhou entre os indivíduos, criando raízes cada vez mais fortes, influenciadas pelos atos de violência urbana registrados e divulgados diariamente.
Do mesmo modo que os cidadãos se sentem oprimidos, os criminosos e mafiosos da cidade passam a se sentir acuados com a atuação cada vez mais eficiente do Batman na cidade. O sentimento de isolamento típico do mundo pós-moderno se espalha ente civis e mafiosos. Tanto que surge alguns “Batman Falsos” – sobre o pretexto de defender a sociedade ou sobre a idéia de amedrontar os próprios criminosos em suas negociações.
Jogando com isso psicologicamente durante todo o filme, Coringa parece semear nas mentes dos cidadãos – utilizando-se da mídia – a idéia de que a instauração do caos é talvez o único caminho para a realidade da cidade. Quando em conversa com Harvey na tentativa de convencê-lo a “mudar de lado” – ou seria “mostrar seu lado escondido” – ele diz: “Se você introduz um pouco de anarquia perturba a ordem vigente, tudo se torna um caos. Eu sou um agente do caos. E sabe qual a chave para o caos? É o medo.”
E aí chegamos naquilo que, para Bauman, alimenta o medo: a insegurança. Um pouco antes, o autor fala de insegurança ao dizer que “a incerteza do futuro e a insegurança da existência (...) situações desse tipo transforma-se facilmente em incitações à segregação-exclusão que levam – é inevitável – às guerras urbanas” (BAUMAN, 2009, p.41). E realmente foi a insegurança que, instaurada na cidade de Gothan, alimentou atitudes as mais diversas, tanto por parte de civis temerosos por suas vidas, quanto por parte de criminosos desejosos de se safar da justiça.
Essa “proposta” defendida por Coringa e compartilhada com Harvey Dent mais a frente no enredo, trás à tona que, na insegurança completa da cidade, existe uma tensão constante e um estado de controle total da população através do medo. É essa falta de sensação de tranqüilidade ou constância do medo que Maffesoli trata quando diz que “não surpreende que alguns especulem com o medo, transformando-o na base de um apolítica de controle e repressão.” (Maffesoli, 2004, p.9)
Nesse contexto se perdem os limites entre quão mal pode ser um herói e quão bom pode ser um vilão. Maffesoli (2004, p.37) alerta que “parece tão difícil aceitar que possa haver uma forma de grandeza na negatividade. Normalmente, a única perfeição admitida é a das alturas. O céu da divindade. Ora, pode acontecer que esta tensão para o alto não corresponda à pratica social”. Logicamente é mais difícil compreender o suposto lado bom de alguém que mata, destrói e assusta, sem qualquer aviso prévio, toda uma cidade já em pânico. Sob os olhares da ‘ordem’ e da ‘paz’ isso seria um sacrilégio.
Coringa, mais uma vez, começa a colocar a credibilidade de Batman em cheque a partir do momento em que joga pra Batman a responsabilidade das mortes que são ocasionadas por ele (Coringa), como faz ao aparecer em um vídeo com um homem vestido de Batman:
(Coringa) E você é o verdadeiro Batman?
(Refém) Não.
(Coringa) Não? Então por que está vestido como ele?
(Refém) Porque ele é um símbolo de que não precisamos temer ratos como você.
(Coringa) Então, você acha que Batman fez de Gotham um lugar melhor? Olhe para mim. Olhe para mim! Viram? É a loucura em que Batman transformou Gotham. Se querem ordem em Gotham... Batman tem que tirar a máscara e se entregar. E a cada dia que não se entregar, pessoas vão morrer. (43’)
A figura do Batman junto aos policiais e a justiça da cidade começa a ruir quando a responsabilidade pelas mortes é atribuída a ele. O suposto herói não poderia ter as mãos sujas pelo mal, nem mesmo sob alegativa de estar protegendo a cidade. Dessa forma, Batman tenta transferir a figura do herói e do bem a Harvey, promotor público da cidade, afirmando para Rachel que Harvey “prendeu metade dos criminosos da cidade e fez isso sem usar uma máscara. Gotham precisa de um herói com rosto”. E em seguida (1h07´) afirma para o próprio Harvey: “Você ê o símbolo de esperança que eu nunca pude ser. Sua luta contra o crime organizado... é o primeiro raio de luz legítimo em Gotham em décadas. (...) Não causarei mais mortes. Gotham está em suas mãos agora”.
No entanto, Harvey Dent, ao perder sua amada Rachel Dawey, não vê mais sentido e significado para sua vida e, assim, ele se volta contra tudo que defendeu, desejoso apenas por vingança em nome de Rachel. Assim ele se transforma, deixando seu lado negro, figurativamente representado pelo lado desfigurado de seu rosto, superar o lado bom e comandar sua natureza: “Constata-se uma volta do mal com toda a força. Refiro-me a face obscura de nossa natureza. Aquela mesma que a cultura pode em parte domesticar, mas que continua a animar nossos desejos, nossos medo, nossos sentimentos, em suma, todos os afetos” (MAFFESOLI, 2004, p.29). Dessa forma, acaba advindo a Harvey o que Maffesoli (2004, p.40) diria “um equilíbrio complexo do contraditório (..) que faz da imperfeição, da parte sombria, um elemento essencial de toda vida individual ou coletiva”. Mas Harvey/Duas Caras justifica suas atitudes dizendo: “-Não ê questão que eu quero, mas sim do que ê justo! Achou que podíamos ser homens decentes em tempos indecentes. Mas enganou-se. O mundo ê cruel, e a única moralidade num mundo cruel... ê o acaso. Imparcial. Sem preconceitos. Justo. (...) por que fui o único a perder tudo?”
Já em relação ao dualismo psicológico que o personagem de Batman/Bruce Wayne vive no decorrer do enredo, percebe-se um existencialismo caótico e que deixa o questionamento entre ficção e realidade: Qual seria realmente a parte do mal? Nesse contexto se passa o diálogo entre Coringa e Batman:
(Batman) Então, por que quer me matar?
(Coringa) Eu não quero matar você. O que eu iria fazer sem você? Voltar a roubar mafiosos? Não, não. Não. Não... Você me completa.(...) As pessoas são tão boas quanto o mundo permite. Vou mostrar a você. Quando tudo acabar...essas tais pessoas civilizadas...vão comer umas às outras. Eu não sou um monstro. (2h10´)
(...)
(Coringa) Não podia me deixar cair, não ê? É isto que acontece quando uma força que não pode ser detida... encontra um objeto que não pode ser movido. Você ê realmente incorruptível, não ê? Você não vai me matar... por um senso de falso moralismo inapropriado... e eu não vou matar você... porque você ê muito divertido. Acho que você e eu estamos destinados a fazer isto para sempre.
(Batman) Ficará numa cela acolchoada para sempre.
(Coringa) Nós devíamos dividir uma. Precisarão de muitas. O povo desta cidade anda perdendo a cabeça.
(Batman) Esta cidade acabou de mostrar a você...que está lotada de pessoas prontas para acreditar no bem.
(Coringa) Até a alma delas se corromper totalmente. Até darem uma boa olhada no verdadeiro Harvey Dent... e todos os atos heróicos que ele realizou. (...) Peguei o cavaleiro branco de Gotham... e o rebaixei até o nosso nível. Não foi difícil. A loucura, como você sabe... ê como a gravidade. Só precisa de um empurrãozinho. (2h12´)
3. Conclusão
Se percebe a obra cinematográfica sob a ótica da violência urbana e corrupção, tão tratados na obra Confiança e Medo nas Cidades, de Zigmund Bauman, e que aqui aparecem na forma dos diversos ataques e atentados promovidos por Coringa, na cidade de Gothan, provocando caos e medo nos moradores, que chegam ao ponto do quase total desespero, cometendo atos de maldade que não cometeriam se não fosse o medo ter se instalado em suas mentes.
No entanto, para provar que as pessoas podem ter atitudes boas mesmo sob a pressão fornecida pela insegurança e medo, há uma cena em que dois barcos (um de civis e outro de criminosos) têm cada um o detonador de uma bomba instalada no outro barco, tendo uma hora para um dos barcos detonar o outro ou os dois barcos seriam explodidos, segundo Coringa. Mas, para surpresa deste, ninguém detona as bombas, e todos ‘se conformam’ com a morte iminente, confirmando Maffesoli que diz que em tudo há um misto de generosidade e egoísmo. As pessoas ali superam o que Maffesoli considera o pior e mais penoso exemplo de sofrimento, que é o medo de sofrer.
Se seria possível criar o bem através do mal? Maffesoli acredita que sim, pois para ele o mal é também um caminho para se chegar ao bem. No entanto, em tudo há os dois lados: bem e mal – não se podendo definir qual a parte que cabe ao mal (nem em relação a Batman, nem em relação ao Coringa ou ao Duas-Caras). Um é banhado do outro, não se podendo fugir às ondas de maldade e bondade que precisam se manter, superando uma à outra, em ciclos repetitivos de egoísmos e generosidades, de ódios e amores. Talvez realmente Coringa só existe por causa do Batman e vice-versa. Talvez nenhum dos dois possa deixar de haver, pois são lados de uma mesma moeda, que ao girar mudam inclusive de lado.
Não há um só herói, mas atos possivelmente heróicos, nem há um só vilão, mas atitudes que configuram o que se entende por comportamento de vilão. E é isso que acontece no final, com o personagem de Batman, que, após a resolução dos principais dilemas do filme, decide que a única saída para que a cidade ainda tenha alguma esperança e crença no bem, é que seus moradores passem a odiá-lo, considerando-o o assassino do homem que poderia, de fato, ter salvado a cidade. Cria-se um mártir e transforma um herói em vilão.
Batman acredita que deve ser o que a cidade precisa que ele seja, bom ou mal. Porque, segundo ele mesmo diz, “às vezes... a verdade não é boa o bastante. Às vezes, as pessoas merecem mais. Às vezes, as pessoas merecem ter a sua fé recompensada”. E o Comissário Gordon confirma, ao afirmar que Batman não era o herói que mereciam, mas o que precisavam. Nada menos que um cavaleiro... brilhante, que passará a ser caçado... Porque ele aguenta. Porque ele não é um herói. É um guardião silencioso... um protetor zeloso. Um cavaleiro das trevas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MAFFESOLI, Michel. A parte do diabo: resumo da subversão pós-moderna. Rio de Janeiro: Record, 2004.
BAUMAN, Zygmunt. Confiança e medo na Cidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.