A tecnologia no mundo jurídico vem avançando em alta velocidade. Atualmente, o setor vem sendo verdadeiramente transformado pelas novidades tecnológicas que estão inundando o segmento.
Para se ter uma noção, o número de lawtechs no Brasil cresceu aproximadamente 300% nos últimos dois anos, fazendo com que as startups de tecnologia no mundo jurídico se multiplicassem significativamente.
Mas como exatamente a tecnologia no mundo jurídico vem mudando o Direito? Como um software para advogados tem esse tipo de poder? Vejamos a seguir!
Quais são as principais aplicações de tecnologia no mundo jurídico?
Para entender como a tecnologia vem mudando o setor jurídico, precisamos compreender quais são as principais aplicações tecnológicas no segmento atualmente.
Veja abaixo algumas das principais tendências de tecnologia do setor!
1. Inteligência Artificial
Uma das grandes tendências do mundo jurídico no momento é a aplicação de Inteligência Artificial no Direito. Existem dezenas de artigos que abordam debates morais sobre a aplicação de IA para o mundo do Direito.
Será que a Inteligência Artificial deve ou não ser aplicada? Será que é uma boa ideia colocar uma IA para ajudar advogados? Será que não é melhor colocar as IAs para a aplicação fria da letra da lei? Isso é moral? Isso é o mais adequado para a sociedade?
Este artigo não tem a pretensão de esgotar este assunto ou sequer abordá-lo além da menção de sua existência. O que é importante ter em mente é que, neste momento, a Inteligência Artificial já é usada no mundo jurídico, ainda que em um nível abaixo daquela que pensamos quando travamos esse debate.
Hoje em dia, ferramentas de Machine Learning são usadas para a automatização de tarefas dentro do mundo jurídico. Na prática, isso poupa tempo de trabalho de todos os profissionais da área, como advogados, promotores e juízes.
Existem softwares jurídicos, no momento, que são capazes de fazer a captura automática de todos os desenvolvimentos nos processos de um advogado em específico, por exemplo. Isso é feito via Inteligência Artificial.
É claro que ainda levará algum tempo até que os robôs que “vencem advogados”, como noticiado na mídia, entrem para o mercado de verdade, se é que entrarão.
2. Blockchain
O termo Blockchain é mais famoso pela sua ligação com a Bitcoin, a mais famosa das criptomoedas do mundo financeiro. No entanto, essa tecnologia é muito maior do que apenas no uso de moedas digitais e pode afetar praticamente qualquer outra área da sociedade, inclusive o Direito.
Explicando de maneira bem superficial, o Blockchain é uma tecnologia que torna praticamente impossível a falsificação de uma informação ao criar uma corrente de verificação pública entre todos os usuários de uma rede.
Basicamente, é possível garantir que a transferência de uma moeda digital de uma pessoa para outra foi feita com o registro em Blockchain, o que pode ser verificado por qualquer pessoa do planeta, a qualquer momento. A possibilidade de fraude é virtualmente impossível.
Por isso, prevê-se um futuro em que o Blockchain será usado como certificado digital para a assinatura de documentos, como ferramenta para votação eleitoral e muitas outras aplicações.
3. Chatbots
Os chatbots, também chamados de robôs de atendimento, são recursos usados no atendimento de todos os tipos de empresas e segmentos. Eles usam versões rudimentares de IAs para poder simular conversas com o usuário e tirar dúvidas, enviar informações e interagir de forma simples.
A grande vantagem do chatbot é que ele pode falar com milhares de pessoas ao mesmo tempo, sem precisar de nenhum custo extra para isso. Portanto, é uma excelente maneira de garantir um atendimento imediato aos clientes. Por outro lado, suas respostas são instantâneas (ou quase isso), o que também garante mais vantagens aos usuários.
No mercado jurídico, os chatbots podem ser usados para muitas funções, como por exemplo:
- responder dúvidas jurídicas simples;
- agendar consultas;
- fazer a triagem dos clientes para o atendente humano correto.
4. Computação em nuvem
Se todas as tecnologias citadas até aqui são relativamente novas, essa já é um pouco mais antiga. Não muito, claro, mas já bem comum em nosso dia a dia: a computação em nuvem.
O cloud computing é uma tecnologia que usa a conexão permanente com a Internet para garantir que o usuário possa rodar um programa ou acessar um arquivo em um servidor de terceiros.
Dessa forma, o usuário pode economizar com o armazenamento de dados e acessar certos programas de qualquer computador ou qualquer lugar.
Quem já tem um pouco mais de experiência no mercado, deve lembrar da época em que os programas precisavam ser instalados em um computador e só eram acessados por lá. Se o advogado tinha um documento Word com uma petição em seu computador de trabalho, só poderia acessá-lo por lá. Era necessário usar um disquete ou pendrive para transportar o arquivo.
Agora, a maior parte dos softwares jurídicos são em nuvem, o que permite que o profissional possa acessar a informação de qualquer lugar e por qualquer dispositivo. Ele pode estar no escritório de um cliente e usar o notebook dele para acessar um documento digital do processo. Depois, pode acessar seu software para ver se tem alguma novidade pelo celular, quando estiver no táxi. Assim que chegar em casa, pode usar o seu próprio computador para acessar os dados.
Como deu para ver, são muitas as utilizações de tecnologia no mundo jurídico. Essas ferramentas servem para facilitar a vida de quem trabalha na área e, torcemos, garantir mais celeridade e Justiça para quem recorre ao sistema.
