Analise:Ética a Nicômaco – autor: Aristóteles

21/10/2020 às 09:47
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Este artigo traz uma visão aristotélica da forma concreta dos atributos positivos e negativos da conduta do ser humano, como também, o convívio em sociedade através de hábitos pautados na ética, virtudes e moral; abrangendo a física, a metafisica.

1.INTRODUÇÃO

O sentido deste artigo é explanar alguns elementos da teoria do livro ética a nicômaco de Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), importante filosofo grego, Pai de Nicômaco, discípulo de Platão, médico do rei Amintas III, com solida formação em ciências naturais. Compartilhou importantes pensamentos que podemos capta-los de forma detalhada e adequá-los aos tempos atuais.

No que concerne sobre a pratica das virtudes, da moral e da ética na conduta humana, vislumbrando o convívio em distintos grupos sociais de forma humanitária, e mesmo compactuadas, abranger as diferenciações entre elas como nos costumes familiares, a busca pelo conhecimento cientifico, e a equidade na antevisão da justeza. A continuo, e perene trajeto para alcançar a felicidade na visão Aristotélica, com distintos caminhos diferenciados em práticas do cotidiano, mas por fim honrosas,

diferenciadas das desregradas.

O tema escolhido revela a importância das relações humanas pautadas na observância do bem comum a todos de forma ampla, como também o respeito ao próximo de forma virtuosa, se atendo a uma visão exterior para o interior do convívio em grupos sociais distintos, porem ligados com um propósito pacifico.

Por fim a composição deste artigo está divido em: conceito das virtudes morais e intelectuais; A ética; A moral; A Justiça; O sentido da felicidade;

Nicômaco... viveu em c. 325 a.C., era o filho de Aristóteles. A Suda afirma que era de Estagira, um filósofo, aluno de Teofrasto, e de acordo com Aristipo, seu amante. Ele talvez tenha escrito um comentário sobre as palestras de seu pai em física. Nicômaco nasceu da escrava Herpilia. (Wikipédia).

Platão... (430 - 347 a.C.), fundou a Academia de Atenas, escola onde estudou Aristóteles. Escreveu sobre diversos temas como epistemologia, metafísica, ética e política. (http://www.filosofia.com.br/ ).

Rei Amintas III... (393 - 370 a.C.), era filho de Filipe de Macedônide e neto do rei Alexandre I Filoheleno. Amintas foi pai de Filipe II, de Pérdicas III e Alexandre II e avô de Alexandre III, o Grande. (http://osreisdamacedonia.blogspot.com/).

2.VIRTUDE

A ideia especifica para conceituar virtude, é tomada por condutas e comportamentos dignos diferenciados pelo fazer o bem como virtuoso ou a escolha por fazer mal, está última podendo ser observada uma atitude vil, como também ao realizar qualquer tarefa seja está a mais complexa ou a mais simples que seja, desempenha-la de modo honroso.

Ademais, os bons hábitos tornarão o ser humano virtuoso, sendo isto impossível para alguém com atitudes habituadas na vileza; assim também elevando a distinção da posse ou do uso de forma coerente ao momento especifico de sua utilização, seja através de objeto ou até do comportamento se atendo ao resultado obtido. “Se então a função do ser humano é o exercício das faculdades da alma em conformidade com a razão ou não dissociativamente da razão” (Aristóteles, p.59).

Sendo assim designada uma qualidade estrita aos humanos, não podendo se expandir aos animais, por mais bem ou mal que o façam este não será considerado de forma racional, mas sim por extinto. A saber, divide- se as virtudes em: moral e intelectual, a primeira habituada naturalmente e vista como a mais nobre por estar atrelada a personalidade originaria, e a segunda de forma cientifica, e não menos importante, mas podendo ser adequada de acordo com os interesses e alcance de seus objetivos. Segundo Aristóteles.

“ Se conclui que o bem humano é a atividade das faculdades da alma em conformidade com a virtude, ou se houver mais de uma, em conformidade com a melhor e mais completa delas”.

2.1VIRTUDE MORAL

Dela partirá os princípios das faculdades do poder pátrio de modo tendencial com respeito aos indivíduos e não se atendo a anteposição, e os costumes de forma deliberada, aproveitando o momento pueril e contribuindo para adequação deste na futura junção na sociedade.

Valores culturais independente de raça, sexo, cor, idade e sem preconceitos de origem ou etnia e quaisquer outras formas de discriminação, devem ser conscientizados desde o início desta formação virtuosa, visando uma personalidade

digna de conduta humana cidadã. “Virtude humana significa não a do corpo, mas a da alma” Aristóteles, p.74. No tocante aos conceitos econômicos, advém do igualitário apegando-se ao que é individual e o que pode ser partilhado com ensejo certo, em pauta aos objetos certos e às pessoas certas, e de forma certa, é o meio termo e o melhor, e isto, característico da excelência.

2.2VIRTUDE INTELECTUAL

É aquela obtida através da arguição, da comprovação, da eloquência, não se restringindo ao obvio como resposta, constitui-se por alguém instruído que almeja superar as lacunas visando conclusões com o maior grau de precisão, e feitas de várias metas norteadas por ações disciplinadas entre paixões ou por razões.

Torna o indivíduo apto na observância de distinguir: um carpinteiro, um legislador; que se preocupam consequentemente com criar moveis e legislar; de um bom carpinteiro, e um bom legislador, tendo os últimos o propósito um de construir bons moveis e o outro de tornar os cidadãos bons e treinados em hábitos, o que é meta de todo bom legislados. “A sabedoria, o entendimento e a prudência são virtudes intelectuais; generosidade e moderação são morais. ” Aristóteles, p.77.

Sendo assim revelada como louvável a um bem maior e nobre, nos levando a chamar de virtude absolutamente completa, mas somente quando não confundida a vida sensitiva. Segundo Aristóteles:

“ RETOMANDO, DIGAMOS QUE, POSTO QUE todo

conhecimento e prévia escolha objetivam algum bem, examinemos o que cumpre declararmos ser a meta da política, ou seja, qual o mais elevado entre todos os bens cuja obtenção pode ser realizada pela ação”.

Poder pátrio... Direito brasileiro, traduz-se num conjunto de responsabilidades e direitos que envolvem a relação entre pais e filhos. Essencialmente são os deveres de assistência, auxílio e respeito mútuo, e mantêm-se até aos filhos atingirem a maioridade, que pode ser adquirida de várias maneiras e muda conforme a legislação de cada país. (https://www.jusbrasil.com.br/)

Pueril 1. Relativo ou pertencente a criança; infantil. POR EXTENSÃO 2. Que tem ideias ou atitudes de criança; imaturo, tolo.

Anteposição... POR EXTENSÃO 2. Julgamento ou sentimento que considera (alguém ou algo) melhor, mais importante que outro (s); preferência.

3.A ÉTICA

A etimologia da palavra vem do grego [ethos] tendo como base a filosofia moral como a arte de interpretar, observar de fora e questionar o obvio. Trata-se da união das condutas nobres, relacionadas a arte da retorica; construir através a argumentação com credibilidade, capaz de expressar um posicionamento discursivo na busca pelo sucesso na oratória, na prudência; na benevolência e na própria virtude.

O indivíduo detém uma noção pautada na mediania, não é moderado demais em suas escolhas tão pouco busca o extremo, leva consigo uma coerência. “Com efeito, o indivíduo bom é capaz de julgar corretamente cada classe de coisas, e a verdade se revela a ele em cada uma. ” Aristóteles, p.119. Este é visto como bem- aventurado, sendo classificado como detentor de combinações de virtudes.

Podendo a ver inobservância das ações voltadas a prazeres irracionais que podem até trazer algum alentou para alma, preferindo as ações mais puras que considera como nobres, confundindo-se ao indivíduo sem opções e fechados ao diálogo, que poderá ser a priori um ponto de melhoria pois não são adeptos ao convencimento. Podendo ser confundidos com indivíduos sem abertura para opiniões.

4. A MORAL

Segundo Paulo Sergio Moura em seu trabalho de história da ciência e da técnica, “Aristóteles trata da moral em três Éticas, de que se falou quando das obras dele. Consoante sua doutrina metafísica fundamental, todo ser tende necessariamente à realização da sua natureza, à atualização plena da sua forma: e nisto está o seu fim, o seu bem, a sua felicidade, e, por conseqüência, a sua lei.

Visto ser a razão a essência característica do homem, realiza ele a sua natureza vivendo racionalmente e senso disto consciente. E assim consegue ele a felicidade e a virtude, isto é, consegue a felicidade mediante a virtude, que é precisamente uma atividade conforme à razão, isto é, uma atividade que pressupõe o conhecimento racional. Logo, o fim do homem é a felicidade, a que é necessária à virtude, e a esta é necessária a razão. A característica fundamental da moral aristotélica é, portanto, o racionalismo, visto ser a virtude ação consciente segundo a razão, que exige o conhecimento absoluto, metafísico, da natureza e do universo, natureza segundo a qual e na qual o homem deve operar.

As virtudes éticas, morais, não são mera atividade racional, como as virtudes intelectuais, teoréticas; mas implicam, por natureza, um elemento sentimental, afetivo, passional, que deve ser governado pela razão, e não pode, todavia, ser completamente resolvido na razão. A razão aristotélica governa, domina as paixões, não as aniquila e destrói, como queria o ascetismo platônico. A virtude ética não é, pois, razão pura, mas uma aplicação da razão; não é unicamente ciência, mas uma ação com ciência.

Uma doutrina aristotélica a respeito da virtude doutrina que teve muita doutrina prática, popular, embora se apresente especulativamente assaz discutível é aquela pela qual a virtude é precisamente concebida como um justo meio entre dois extremos, isto é, entre duas paixões opostas: porquanto o sentido poderia esmagar a razão ou não lhe dar forças suficientes. Naturalmente, este justo meio, na ação de um homem, não é abstrato, igual para todos e sempre; mas concreto, relativo a cada qual, e variável conforme as circunstâncias, as diversas paixões predominantes dos vários indivíduos. ”

5.A JUSTIÇA

No que está relacionado a justiça destaca-se que será a pratica dos atos justos regrados em conformidade com a lei, isso quando está advém da vontade ampla e não das praticadas ao vento e com interesse próprio [outorgadas], configurasse na busca pela equidade, ao dar e receber o que lhe é merecido, não tirando maior do lhe é oferecido, especificamente conduta está voltada aos outros, se distanciando da malevolência e do interesse único individual. Afastando o efeito da pureza para si, e aproximando-se daquela em relação ao próximo; contudo exemplificasse a seguir a justiça ampliada em três pontos.

Justiça proporcional; é aquela que coincide na medida certa, da forma certa, para as pessoas certas e com aspecto benéfico, sendo dividida em partes aritmeticamente iguais, não detendo de maior parte um indivíduo originário especifico. Justiça distributiva; está é distribuída ao que lhe cabe, menos para um e mais para outro de acordo com o ato realizado, sendo detentor da maior parte a gente originário, cabida do mérito ou do desmerecimento. Justiça corretiva; aplicada na correção de um dano, onde um indivíduo praticou uma injustiça enquanto o outro individuo a sofreu, vista essa, a pratica dos juízes estipularem um sansão quem fere a outrem ou a bem especifico, corrigindo o heterogêneo. Segundo Aristóteles;

“E a justiça, nesse sentido, por conseguinte, não é uma parte da virtude, mas sim a virtude total, e seu oposto, a injustiça, não é uma parte do vício, mas a totalidade do vício. ” (Aristóteles, p.183).

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Trazendo outro ponto de vista. Para Thomas Hobbes (teórico contratualista, político e filósofo inglês autor de Leviatã e Do cidadão-1651.) Na incumbência de dois homens que almejam a mesma coisa que não podem ser gozadas de forma simultânea, deverá existir um contrato social [pactuado] que irá regular o interesse entre eles, sendo a justiça o cumprimento do pacto realizado por estes, tendo o Estado como regulador maior visando evitar o descumprimento, e assim a injustiça.

6.O SENTIDO DA FELICIDADE

Já no início de sua obra Aristóteles afirma, “A [felicidade, ] completa afirmamos, requer virtude completa e vida completa (p.66). Trata de forma deliberada que o bem é a finalidade de todas as coisas, exemplifica a felicidade como um produto de todas as virtudes e aquilo que constitui recompensa, visto que a felicidade para o doente seria a cura, analogamente para um médico seria curar o doente, para um pobre alcançar a riqueza e para o rico a vida com atitudes nobres e longínqua.

No tocante a felicidade, iguala as ações bem-aventuradas como hábitos que tornam alguém sábio, e poderá enfrentar a tudo com uma postura descente, não podendo ser comparado com quem tem ações odiosas e vis, consideradas práticas de pessoas infelizes, ademais, alguém feliz estará sujeito à infelicidade ao não praticar ações bem-aventuradas, podendo ficar à mercê de variações e mudanças, mesmo que não venha perder facilmente seu posto de felicidade enfrentará infortúnios ordinários.

Traz por fim o ato de abdicar das atitudes irracionais, agindo de forma racional sempre buscando a benevolência, a sabedoria, o entendimento e a prudência como principais ações para vivencia de forma feliz, com o sentido de ser um indivíduo afeiçoado que leva de forma digna e com atitudes louváveis e justas.

7.CONCLUSÃO

Em analise a estes pontos específicos, verificasse a exemplificação de comportamentos da conduta humana em sua época, podendo ou não serem comparadas aos tempos atuais, trazendo, logico, para as adaptações que aconteceram ao decorrer dos séculos, observando os costumes, à cultura e a economia tendenciosa a evolução da sociedade, ademais, não podemos nos apegar a inobservância que o ser humano é mutável e busca pela melhoria da forma que-lhe- é habituado.

Conclui-se que estas condutas são análogas e comparativas para servir de norte de uma ideia superficial e não dogmática, sendo assim passiva de experimentações atuais, no tocante a atualizações comportamentais, mas claro, servindo de filtro e base para uma ideia empírica da visão mais próxima e ideal das condutas dispostas neste conteúdo, de modo que, sensorialmente a dê-se identificar através da aproximação com cada perfil dos grupos sociais e como os indivíduos alocados na sociedade iram se comportar, daí, pode-se chegar em conceitos mais atuais das finalidades deliberadas através de atuais comportamentos.

REFERÊNCIAS

LIVRO ETICA A NICOMACO (ARISTOTELES)

TRABALHO DE HISTÓRIA DA CIÊNCIA E DA TÉCNICA PAULO SERGIO MOURA - T1B2/WWW.PUCSP.BR/POS/CESIMA/SCHENBERG/ALUNOS/PAULOSERGIO/

LIVRO O CONTRATO SOCIAL (THOMAS HOBBES)

Sobre o autor
Alex Silva

Advogado, Pós-Graduando Direito Processo Civil, fascinado pela leitura e elaboração de artigos científicos e pesquisas, busco contribuir com a minha compressão e síntese, através dos meus escritos simplificados e de fácil entendimento, aberto a novas parcerias e novas pesquisas. https://lattes.cnpq.br/7069456980607647 -- https://orcid.org/0009-0008-5150-8337

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

Mais informações

Analisar a felicidade no pensamento Aristotélico, observando os evidentes fundamentos para a consecução da vida feliz, concebendo: virtudes[areté], logica[logos] e as paixões[páthos]. Descrevendo métodos que auxiliam através da ética e filosofia a busca pelo fim último a própria felicidade.

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