Conhecendo a Bolívia

Bolívia

28/03/2021 às 22:39
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A Bolívia é uma das nações economicamente mais pobres da América do Sul, com alta taxa de analfabetismo e o terceiro menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre os países sul-americanos.

A Bolívia é uma das nações economicamente mais pobres da América do Sul, com alta taxa de analfabetismo e o terceiro menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre os países sul-americanos. Localizada na América do Sul, a Bolívia limita-se com o Brasil (ao norte e leste), Paraguai (a sudeste), Argentina (ao sul), Chile (a sudoeste) e Peru (a oeste), o país não possui saída para o mar. Sua extensão territorial é de 1.098.581 quilômetros quadrados. Conta com uma grande quantidade de belezas naturais que são muito diferentes entre si, como o Salar de Uyuni, o monte Chacaltaya e o lago Titicaca, suas paisagens incríveis e cultura local riquíssima fazem com que muita gente queira se aventurar em meio a toda diversidade desse país.

História

A Bolívia abrigou povos que foram dominados pelo Império Inca. No século XV, todas essas civilizações foram dominadas pelo Império Inca. No inicio do século XVI, chegaram os espanhóis e escravizaram esses povos. Bolivianos são os habitantes nativos da Bolívia. As etnias indígenas mais relevantes são a dos quíchuas e dos aimarás. Os descendentes de espanhóis e mestiços compõem o resto da população boliviana.

Francisco Pizarro, Diego de Almagro e Hernando de Luque lideraram a conquista espanhola do Império Inca. Sua primeira incursão ao território aconteceu em 1524, quando navegaram ao longo da costa do Pacífico, partindo do atual Panamá, para confirmar a lenda da existência de uma terra rica em ouro chamada Biru.

A independência boliviana ocorreu em 6 de agosto de 1825 (a Bolívia foi uma das primeiras colônias a rebelar-se contra o domínio espanhol), liderada por Simon Bolívar. Em 1879, o Chile apossou-se do porto boliviano de Antofagasta, levando a Bolívia (e o Peru, aliado da Bolívia) à guerra do Pacífico (1879-1883).

A Bolívia recebeu este nome em homenagem a Simon Bolívar, o líder da independência da América hispânica nascido no território que hoje faz parte da Venezuela.

Economia

A economia boliviana está baseada nas indústrias de petróleo e de gás, na mineração, na agropecuária e numa indústria que poderia estar mais desenvolvida e diversificada. É uma economia que explora seus recursos e os exporta. Historicamente a Bolívia dependeu da exportação de zinco, estanho, gás natural e soja.

Bolívia é um dos países mais pobres da América do Sul, com uma economia baseada na agricultura e exploração de gás natural.

A produção mineral aparece localizada principalmente na porção ocidental do país, na Cordilheira dos Andes ou próxima a ela. Estão indicados os locais de mineração que produzem antimônio, bismuto, cobre, ouro, chumbo, prata, volfrâmio e estanho, os principais produtos minerais da Bolívia.

O boliviano é a moeda oficial da Bolívia desde 1986, quando substituiu o peso boliviano através da Lei nº. 901, de 28 de novembro de 1986. As notas são de 5, 10, 20, 50, 100 e 200, enquanto as moedas são de 1 e 2 bolivianos e de 5, 10, 20 e 50 centavos.

Turismo

La Paz é a capital da Bolívia e é também uma das cidades mais altas do planeta. A mais de 3.600 metros de altitude, onde ficam o Palácio Legislativo e o Palácio Quemado, residência oficial do presidente boliviano. Cercada de montanhas, foi fundada pelos colonizadores espanhóis em 1548, guardando em suas ruas belíssimos monumentos e construções em estilos colonial e barroco. A Igreja de São Francisco é uma dessas obras emblemáticas da cidade, guardando em seu interior o mais bonito acervo de arte sacra da capital.

Foto da cidade de La Paz, Bolívia

No período colonial lá dos séculos 16 e 17, era a cidade mais rica do mundo. Tudo por causa do Cerro Rico, uma mina riquíssima de prata que é o símbolo da cidade. Foi tanto metal que saiu de lá, que dizem que seria possível construir uma ponte ligando a Espanha, apenas usando a prata extraída.

Foto da cidade de Potosí, Bolívia

O maior e mais alto deserto de sal do mundo está na Bolívia. O Uyuni está a 3.600m acima do nível do mar e ocupa uma imensidão de 10.000 km² de extensão. Destino certo entre praticamente 100% dos viajantes que chegam à Bolívia.

Foto deserto de sal Salar de Uyuni

Aos 3.800 metros de altitude, o lindo Lago Titicaca leva o título de lago navegável mais alto do mundo, sendo também o maior da América do Sul. O lago se estende tanto pelo Peru quanto pela Bolívia, mas é do lado boliviano que encontramos a que, segundo a lenda, foi o berço da civilização inca.

Foto Lago Titicaca

Dados gerais

Foto mapa da Bolívia por departamentos

Área: 1.098.581 km²

Capital: La Paz (capital administrativa, sede do governo) e Sucre (constitucional, judicial).

População: 11,6 milhões de habitantes (estimativa 2020)

Moeda: Bolivar Soberano

Nome Oficial: Estado Plurinacional da Bolívia

Nacionalidade: boliviana

Data Nacional: 6 de agosto Dia da Independência.

Divisão administrativa: 9 departamentos

Governo: República Presidencialista

Presidente da República: Luis Alberto Arce Catacora (desde 08/11/2020)

Localização: região centro-oeste da América do Sul

DADOS GEOGRÁFICOS PRINCIPAIS:

Cidade Principais: La Paz, Santa Cruz de la Sierra, Cochabamba, Alto e Oruro.

Densidade Demográfica: 10,5 habitantes/km2 (estimativa 2020)

Fuso Horário: - 1h

Ponto mais alto: Monte Nevado Sajama (6.542 metros).

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Principais problemas ambientais: erosão do solo, desmatamento, poluição do ar ocasionado, principalmente, por indústrias.

Principais rios: Rio Paraguai, Mamoré, Beni, Bahia Negra e Cáceres.

Clima: equatorial (na região amazônica) e de montanha (região da dos Andes).

Limites geográficos: Brasil (norte); Peru e Chile (oeste), Brasil (leste), Paraguai e Argentina (sul).

DADOS CULTURAIS E SOCIAIS:

Composição da População: quíchuas 30%, aimarás 25%, eurameríndios 15%, descendentes de europeus ibéricos 15% e outros 15%.

Idioma: espanhol, aimará e quíchua (todos oficiais).

Religião: cristãos 98,8% (católicos 88,3%, protestantes 10,6%) e outras religiões 1,2%.

Expectativa de vida ano nascer: 69,5 anos (Pnud 2017).

IDH: 0,703 (Pnud 2018) - índice de desenvolvimento humano alto.

Índice de Gini: 0,440 (em 2017).

PRINCIPAIS DADOS DA ECONOMIA:

PIB (nominal): US$ 39,5 bilhões (ano de 2020 - estimativa)

PIB per capita (nominal): US$ 3.510,00 (ano de 2020 - estimativa)

Principais setores econômicos: mineração, serviços e agricultura.

Principais produtos agropecuários produzidos: café, soja, coca, algodão, arroz, milho e cana-de-açúcar.

Principais produtos industrializados produzidos: minérios, metais, petróleo, roupas, alimentos processados e tabaco.

Principais produtos exportados: gás natural, soja, petróleo bruto e minério de zinco.

Principais produtos importados: derivados de petróleo, papel, plástico, alimentos industrializados, aviões e automóveis.

Principais parceiros econômicos (exportação): Brasil, Estados Unidos, Japão e Colômbia.

Principais parceiros econômicos (importação): Brasil, Argentina, Estados Unidos, Chile e Peru.

RELAÇÕES EXTERIORES:

Comunidade Andina, Banco Mundial, FMI, Grupo do Rio, Mercosul (membro associado), OEA, OMC, ONU.

Fonte: https://www.suapesquisa.com/paises/bolivia/

 

Referências bibliográficas

KLEIN, Herbert S. Historia General de Bolivia. La Paz: Juventud, 1982.

ZAVALETA, René. Bolivia: el desarrollo de la conciencia nacional. Colección Despertarde América Latina. Uruguay: Editorial Dialogo SRI, 1967.

https://www.suapesquisa.com/paises/bolivia/

Sobre o autor
Benigno Núñez Novo

Pós-doutor em direitos humanos, sociais e difusos pela Universidad de Salamanca, Espanha, doutor em direito internacional pela Universidad Autónoma de Asunción, com o título de doutorado reconhecido pela Universidade de Marília (SP), mestre em ciências da educação pela Universidad Autónoma de Asunción, especialista em educação: área de concentração: ensino pela Faculdade Piauiense e bacharel em direito pela Universidade Estadual da Paraíba. Assessor de gabinete de conselheira no TCE/PI.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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