Você conhece a guarda compartilhada de animais de estimação?

Cuide bem do seu animalzinho

Leia nesta página:

Para muitas pessoas os animais de estimação também fazem parte da família, mas o que acontece com os bichinhos em casos de divórcio? Leia e entenda.

Cachorro Bronzeado De Pelo Curto

Quando adotamos um bichinho, acabamos por adquirir a responsabilidade de cuidar de outro ser vivo, responsabilidade essa que continua independente das mudanças em nossas vidas, principalmente quando essas mudanças envolvem a rotina do animal.

Como o aumento do número de divórcio no Brasil muito se questiona de quem é o direito de ficar com o animal?

Por muito tempo os animais foram considerados como bens móveis, ou seja, “coisas” perante o Código Civil.

Entretanto, a situação se flexibilizou em 2019, quando a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável acabou por aprovar o projeto de lei que reconhece os animais de estimação como sujeitos de direitos.

Logo, se tornou possível que o casal em processo de divórcio compartilhe a guarda do animal em questão. Lembrando que por mais que os indivíduos amem o animal e o trate como filho, são situações diferentes.

A guarda compartilhada do animal de estimação prioriza o seu bem estar, permitindo que ele mantenha o contato com ambos os tutores, e receba o carinho como de costume.

O ideal para que a guarda do animal seja compartilhada é que haja um acordo entre as partes, ficando estabelecido as condições de moradia do animal, condições de trato, horário de visitas, divisão de despesas (tais como alimentação, veterinário, etc), condições para o cruzamento e a venda do animal ou de suas crias.

Caso não haja um consenso entre o ex-casal a guarda e os direitos com o animal serão fixados por um juiz que decidirá visando sempre o equilíbrio dos interesses das partes e do animal.

Lembrem-se sempre de que seu bichinho só terá vocês ao longo da vida dele, portanto zelem sempre pelo seu bem estar.

Foto Aproximada Do Rosto De Cachorro Marrom E Preto

Sobre a autora
Danielle Almeida Corrêa Pimenta

Especialista em Direito de Família e Sucessões. Advogada desde 2007, com pós-graduação em Direito de Família e Sucessões. Membro da OAB-SP, da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP) e do Instituto Brasileiro de Direito de Família(IBDFAM). Possui mais de 40 certificações em cursos de extensão na área de família e sucessões. Profissional com expressiva vivência em mediação de conflitos familiares, focada em sempre buscar um caminho conciliatório entre as partes envolvidas.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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