O déficit da educação brasileira e a influencia da pandemia nela

A falta de preparo para lidar com a educação na pandemia e suas consequências

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Muitos setores foram debilitados por conta da pandemia do novo corona vírus, dentre eles destaca-se a educação, neste artigo trataremos sobre os desafios e consequências encontradas nas escolas e alunos ao se forçarem a uma nova maneira de aprendizagem.

  Você acredita que os alunos são ruins? Ou que a culpa é apenas da pandemia? Infelizmente se sua resposta foi sim sinto lhe informar, mas a anos o ensino brasileiro é negligente com relação as necessidades de seus alunos, forçando sobre eles um currículo educacional que sequer fornece a base adequada para o mercado de trabalho, que por sua vez se torna mais exigente a cada dia. No entanto, tal realidade é discutida com tanta frequência que nos deixamos de dar a devida atenção a este assunto. Contudo com o abalo que a pandemia causou potencializou os problemas que já existiam nas áreas financeiras e educacionais. Por esse motivo, foi impossível não dar mais uma vez a atenção ao contraste entre o ensino que o governo afirma estar oferecendo e a realidade dos alunos brasileiros.

 É indiscutível que a pandemia do novo coronavírus pegou os governos do mundo todo de surpresa, por este motivo as escolas não foram preparadas para atender seus alunos a distância, inclusive nunca foi previsto que usar essa medida seria necessário, uma prova disso é que em março  de 2020 quando as aulas presenciais foram suspensas nas escolas públicas e privadas, as instituições escolares tinham uma previsão de passar cerca de 15 dias com as aulas suspensas e então dar continuidade ao ano letivo presencialmente, no entanto o agravamento dos números da covid19 forçou as aulas a continuarem suspensas. Só então, nesse período o governo exigiu que fosse dado continuidade as aulas de maneira remota.

 Tento como suporte para a rede pública o aplicativo gratuito centro de mídias, que foi fornecido pelo estado em abril de 2020, assim aulas retornaram remotamente para todos os alunos de escolas estaduais no estado de  São Paulo, no entanto era evidente que o aplicativo avia sido feito as pressas, apresentando problemas que persistem até o a data da escrita deste texto, como por exemplo: delay no chat e má qualidade na transmissão, no entanto o maior dos problemas sequer desrespeito ao aplicativo, mas ao fato de muitos alunos não terem como assistir as transições por falta de um celular, computador ou televisão.

 Na rede privada, foram enfrentados problemas semelhantes, como já foi dito a cima ninguém esperava que a “gripezinha” que tanto foi criticada pelos líderes de nosso país se tornaria um problema tão grande, por esse motivo a grande maioria das instituições aguardavam o retorno das aulas em menos de um mês, planejando compensar o período sem aulas em feriados, mas quando foi anunciado que as aulas presenciais continuariam suspensas por um período indeterminado, também se viram obrigadas a tomar medidas as pressas para dar continuidade as aulas, para tal, improvisaram como podiam, usando como auxilio aplicativos como o ZOOM Cloud Meetings, Google meet, Microsoft Teams entre outros.

 Os fatos citados a cima agravaram um déficit que já se acumulava á anos, resultando em uma tragédia histórica na educação. Atualmente existem diversas pesquisas que mostram o quão desmotivados os alunos estão, o quanto os índices de depressão entre os adolescentes aumentaram e o quão grande foi a queda do aprendizado no brasil e disso trataremos nos tópicos a seguir

 De acordo com uma pesquisa da CNN Brasil: “[...]No ano passado, foram cerca de 5,5 milhões de crianças e adolescentes sem acesso à educação. A quantidade de alunos, com idades entre 6 e 17 anos, que abandonaram as instituições de ensino foi de 1,38 milhão, o que representa 3,8% dos estudantes. A taxa é superior à média nacional de 2019, quando ficou em 2%, segundo dados da Pnad [...]” isso esta diretamente ligado ao descontentamento dos alunos com o ensino a distância, apesar de termos registrado em 2020 o maior salto da qualidade de ensino desde 2005, os alunos se sentem abandonados pelas escolas e sentem uma dificuldade estrema no aprendizado, o que é comprovado com uma pesquisa do jornal hoje que aponta o descontentamento com o ensino com um dos principais motivos para o grande número de pais transferindo seus filhos da rede de ensino privada para a pública, o que certamente justifica a o crescimento da taxa de evasão escolar, no entanto esses dados afrontam o salto da qualidade de ensino citado anteriormente.

 É relevante acrescentar que algo semelhante está ocorrendo nas instituições de ensino superior; a situação política e econômica de nosso país deixa as pessoas inseguras, fazendo com que pensem mais andes de usar seu dinheiro ou mesmo investir na educação. Isso por sua vez está fazendo grande parte das instituições passarem por graves dificuldades financeiras, fazendo necessário abaixar o valor das mensalidades de forma nunca vista antes para tentar conseguir alunos o suficiente para cobrir as dispensas. No entanto isso muitas vezes significa diminuir a qualidade do ensino o que nos deixa um grande questionamento para o pôs pandemia.

Com a quantidade de serviços debilitados, a grande divida interna que nosso governo acumula, como podemos ter fé que os estudantes poderão ser compensados e bem instruídos? É necessário pensar nisso e encontrar uma solução rápido, pois certamente existiram profissionais em 2025 a questão a ser debatida é se de fato serão profissionais ruins ou se os alunos conseguiram “correr atrás do prejuízo”.

Para se ter bons profissionais é necessário ter um bom ensino, e a pandemia dificultou ainda mais a formação desses bons profissionais. Num futuro próximo será necessário corrigir esses erros que estão sendo cometidos agora, caso o contrário sofreremos com as consequências deles por muito mais tempo do que com a pandemia.

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esse artigo foi um trabalho proposto em sala de aula no primeiro semestre de direito na meteria de sociologia

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