A volta para Minha Doninha, a #DONA 1
Depois de voltar para meu lar nada mudou, Minha Doninha continuou passando o dia fora, a mãe dela também.
Eu ficava naquela ansiedade esperando as duas.
E toda vez que elas chegavam brigavam: por eu não ter acertado o “xixizinho” no tapete. Elas não estavam nem aí para minha alegria de revê-las, só xingamento dizendo:” Que eu era um cachorro burro, porque fazia “o xixi” fora do lugar, ou de modo errado” e aí umas palmadas no meu “bumbum”.
Um dia eu fiquei estressado, porque Minha Doninha saía todo dia, era de segunda à sexta, então eu fiz um “xixizinho” na mochila de escola da mesma, pois assim, ela ficaria comigo e não ia ter como estudar.
Eu fiz isso como uma forma de chamar a atenção, para mostrar que sinto falta da Minha Doninha, porém o plano deu errado...
Minha Doninha ficou chateada, com muita raiva de mim. Poxa! Ela não entendeu que tenho saudades dela?
E a mãe da Minha Doninha deu-me muitas palmadas com a chinela, eu até reagir, porém apanhei foi mais...
A mãe da Minha Doninha disse que ia dá-me para outra pessoa, que eu ia embora de casa.
Eu não liguei para o que a mãe da Minha Doninha falou, eu achei que aquilo era da boca pra fora em um momento de raiva.
E no outro dia aconteceu o prometido... A mãe da Minha Doninha cumpriu sua promessa...
Em um final de tarde chegaram duas pessoas lá em casa, um rapaz bem alto e uma moça de cabelos escuros.
E como sempre Minha Doninha não estava em casa para protege-me. A mãe dela pegou a minha guia, colocou-a, levou-me até a porta e deu-me ao rapaz gigante.
A mãe da Minha Doninha voltou com a minha ração e vasilhas de alimentação e a moça de cabelos escuros segurou-as.
Entramos os três no automóvel, eu, o rapaz gigante e a moça de cabelos escuros e de alguma forma eu sabia que nunca mais veria a Minha Doninha e nem a mãe dela...
Eu estava no colo do rapaz gigante, enquanto a moça dirigia. Eu vim a viagem toda sofrendo...
Eu fiquei tão decepcionado com a mãe da Minha Doninha, eu não conseguia aceitar e acreditar que ela cumpriu a promessa de dá-me para aqueles desconhecidos.
E é claro que a tristeza tomou conta do meu coração, meu semblante demonstrava medo, insegurança do meu futuro, angústia, uma agonia enorme e essa sensação foi desesperadora...
Amanhã falerei sobre minha terceira tutora... Parece até que eu sou o "Kiko", "porque ninguém tem paciência comigo"!