Max, o maltês - Quinta parte

Episódio 5: Estratégias para voltar para Minha Doninha

17/04/2021 às 14:22
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Neste episódio Max tenta voltar para sua ex-tutora.

Na primeira semana, eu ruir chinela, destruir objetos, fiz “xixizinho” nos móveis, errei as necessidades fisiológicas, os quais deviam ser feitas no tapetinho... Tudo isso para voltar para a Minha Doninha.

Só que aquela família foi muito compreensiva, achou que eu estava estressado devido a mudança.

Aqueles adultos arrumaram um monte de argumentos para entender meu comportamento.

A moça de cabelos escuros não dormia em cama, a dela era no chão, ela dormia em um colchão e eu também pegava carona e dormia com ela, bem perto dos pés dela.

Eu ouvi dizer que a moça de cabelos escuros estava separada e tinha voltado morar com os pais. Aí depois arrumaram uma cama para ela e perdi meu colchão.

Quando eu já estava uns quinze dias com aquela família, o pessoal levou-me ao veterinário, e o médico disse que estava bem. E ainda falou dos meus sentimentos, que eu sentia-me que fui abandonado. Esse veterinário era psicólogo, porque ele entendeu o que eu estava sentindo.

Eu senti-me como uma coisa, que já foi de alguém e foi abandonada. Doação é uma forma de abandonar, de abrir mão... Era um "res derelictae".

Os dias estavam passando e minhas tentativas de voltar a Minha Doninha falhavam...

Não adiantava fazer “xixizinho” nos pés das cadeiras e muito menos fora do lugar, aquelas pessoas sempre tinham paciência comigo.

Eu destruir chinelas, fiz “xixizinho” na chinela do Senhor P, o pai da família, destruí a chinela da Senhora M, a mãe da família e nada aconteceu, nenhuma punição.

Um belo dia eu vi a grande chance acontecer, depois daquela minha conduta, o pessoal de certeza ia devolve-me para a Minha Doninha... A Miúda deixou o colar dela no chão do quarto, então eu vi a grande oportunidade, e destruí aquela coleira.

Quando a Miúda viu o estrago que fiz no colar dela, eu sabia que ela ia querer devolve-me para Minha Doninha, porém meu plano falhou, a Miúda só ficou chateada e brigou comigo...

Aquelas pessoas tratavam-me bem, tinham compreensão, paciência, sempre argumentavam minhas atitudes, condutas, eu tinha companhia, comida e água, mesmo toda hora um saindo para rua, era raro eu ficar sozinho.

O rapaz gigante saia pela manhã, depois a moça dos cabelos negros também, às vezes eles saiam juntos, mas em carros diferentes, eles iam estudar.

A Miúda ficava comigo junto com o Senhor P e a Senhora M. A tarde chegava à moça dos cabelos escuros, às vezes o rapaz gigante, mas em geral ele chegava só à noite.

Ainda bem que escolhi a Miúda, porque ela que tinha mais haver comigo e estava quase sempre fazendo companhia a mim.

A Miúda estudava duas vezes na semana à noite, é o que denomina-se ensino à distância, semipresencial. Algumas horas depois chegava o rapaz gigante, não ficava tanto tempo sozinho.

Em geral o rapaz gigante limpava meus estragos, o “um” e o “dois”. O restante dos membros da família trabalhava a noite, a moça de cabelos escuros e os pais dela eram professores.

O Senhor P e a Senhora M também lecionavam no período da tarde, eu tinha mais contato com eles pela manhã e à noite após o trabalho deles.

Os finais de semana eram os mais bacanas, ou seja, aos sábados e domingos geralmente o pessoal ficava em casa.

Eu comecei a gostar daquelas pessoas que cuidavam de mim, já não pensava em voltar para Minha Doninha, eu já sentia que aquele lugar era meu.

Sobre a autora
Paula Silnas

Tenho as seguintes formações de graduação: Química, Direito e em Letras Língua Portuguesa. Duas especializações: de pós-graduação, uma em Direito Penal e a outra em Direito Civil. Uma pós-graduação em MBA em Psicopedagogia e Pedagogia de Administração de empresas. Professora. Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/9387077231738483 https://www.direitonet.com.br/artigos/perfil/exibir/339524

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

Mais informações

Max, o maltês terá 10 episódios tratando sobre a importância e responsabilidade que é adotar um animal de companhia. Também demonstrará que os animais possuem sentimentos, por isso não são mais tratados como coisas, objeto, agora são seres sencientes.

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