Max, o maltês - Parte 9

Episódio 9: Penúltima parte!

22/04/2021 às 11:21
Leia nesta página:

Max, o maltês é uma historinha sobre maus-tratos aos animais de estimação. As vezes os tutores extrapolam no cuidado em educar seu pet.

#DONO 4

Como havia falado anteriormente, a Miúda já não tratava-me tão bem, e eu estava infeliz, mesmo os outros dando-me carinho.

Quando a Miúda ia passar final de semana na casa do namorado dela, eu ficava desnorteado, aí apegava-me com a moça de cabelos escuros.

A moça de cabelos escuros que dava a minha comida, brincava um pouco, fazia carinho, mas ela saia aos sábados para estudar.

Como a moça de cabelos escuros acordava cedo aos sábados, ela que levava-me para fazer o meu “xixizinho e a caquinha” no quintal, enquanto isso a mesma fazia o café e ficava arrumando-se para ir estudar.

Notei que quando a Miúda saía, era a moça de cabelos escuros que tinha uma certa responsabilidade por mim.

Devido a moça de cabelos escuros ficar cuidando-me quando a Miúda saía, eu tentei logo ficar mais próximo dela, para assim ela ser minha tutora.

Lembro-me do dia que a moça de cabelos escuros falou para o Senhor P e à Senhora M que ia ficar comigo, ser minha responsável, porque a Miúda não queria saber de mim, e nem tinha condições financeiras para cuidar, também tem o fato que eu sou um pet caro, o qual exige muitos cuidados, e por causa das circunstâncias elucidadas, ela anunciou que seria minha tutora, já que era o jeito e não tinha outra alternativa.

Quem é a moça de cabelos escuros?

A moça de cabelos escuros não estava muito afim de ser minha tutora, contudo eu estava disposto a conquistar o coração dela.

A Miúda “pegou o beco” como diz a expressão popular.

Continuei na casa e com a nova tutora, que agora era moça dos cabelos escuros, a Ana.  Isso mesmo, ela chama-se Ana.

No dicionário Ana significa graciosa, cheia de graça. Este nome feminino reflete um simbolismo de oferta ou dádiva. Só que ela não estava tão graciosa em ter a responsabilidade de ser minha tutora.

A Ana já era uma mulher adulta e divorciada, sem filhos que voltou a morar na casa dos pais.

O início do relacionamento no começo não foi fácil...

Ana saía todas as manhãs para estudar, mas antes levava-me para fazer meu passeio na rua com a guia, aí dava meu café, fazia o café deles e ia embora. Voltava na hora do almoço, estudava mais, trabalhava a noite. Tinha dias que só a via após o trabalho dela.

Eu fazia minha parte recebia com carinho à ela, ficava esperando, recebia meu afago.

Ainda dormíamos juntos, cada qual na sua cama. Todas as manhãs comecei  acordar aquela preguiçosa.

Ficava ao lado da cama batendo com as patinhas dianteiras, dizendo acorda, acorda, e quando ela ignorava, eu subia à cama para verificar se a mesma estava viva. Ela não gostava muito que eu a despertasse, entretanto não brigava comigo, só reclamava que eu era chato demais. A Ana gosta de acordar por vontade, odeia ser acordada, mas era preciso para ela não perder aula.

Eu só prezo pelo bem estar dela...

Só que a mal agradecida toda manhã quando ia acordá-la falava que eu era um “cachorro bobo”, porque não escolhi à ela como primeira opção, que ela não era mulher de segunda opção!

Todas as manhãs que a Ana dava minha comida, eu ouvia de novo o discursinho: “Que eu era todo besta, porque a Miúda foi embora e largou-me, e agora ela tinha que ficar comigo, um cachorro que nem a escolheu, fez dela segunda opção”.

A Senhora M, mãe da Ana, chamava a atenção da mesma.

A Senhora M: Não fala essas coisas para o bichinho, ele entende!

A Ana respondia: Entende nada, é só um cachorro de mau gosto que nem escolheu a mim!

Aí a Ana ia estudar, toda manhã ela vinha com um discurso desse estilo. Mas eu entendi que a Ana era magoada, porque eu não a escolhi, por isso não ia desisti dela.

Sobre a autora
Paula Silnas

Tenho as seguintes formações de graduação: Química, Direito e em Letras Língua Portuguesa. Duas especializações: de pós-graduação, uma em Direito Penal e a outra em Direito Civil. Uma pós-graduação em MBA em Psicopedagogia e Pedagogia de Administração de empresas. Professora. Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/9387077231738483 https://www.direitonet.com.br/artigos/perfil/exibir/339524

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

Mais informações

Amanhã o final da história de Max, o maltês.

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