PESQUISA ACERCA DO USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS E SUA FREQUÊNCIA.

20/07/2021 às 19:32
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Pesquisa acerca de consumo de substâncias psicoativas.

Fora realizado por nós uma pesquisa de uso de substâncias psicoativas, participando desta pesquisa 50 pessoas, onde fora avaliado nos participantes o uso de substâncias toxicas e sua frequência (dependência).

Entre as pessoas que participaram do estudo (conforme gráfico 1) tivemos pessoas cuja idade variou entre 16 anos à 64 anos de idade, sendo que a média de idade entre o grupo que participou do estudo fora de 35,4 anos. As idades que mais se repetiram entre os participantes foram 34 e 35 anos (cada um com 10% do total do grupo estudado, ou 5 participantes cada), seguido pelos indivíduos com idades  de 22 anos, 25 anos, 33 anos, 40 anos, e 42 anos (todos com 6% do total do grupo estudado, ou 3 participantes cada).

Quanto ao gênero, 60% dos participantes eram do sexo masculino (30 homens), e 40% do sexo feminino (vinte mulheres).

Aplicamos então ao citado grupo um questionário semiaberto, onde os participantes deveriam responder dentro de um número de opções que lhes eram impostas, e era possível que os mesmos fizessem pequenas observação acerca daqueles temas (o que seria bom para a avaliação individual dos mesmos, onde estes poderiam dizer a espécie de substância ou o tipo de problemas que o uso da mesma vem lhe causando). Fora garantido aos participantes total sigilo de suas identidades com vistas a garantir a maior veracidades das informações prestadas.

O questionário utilizado era basicamente dividido em duas partes, a primeira (perguntas de 1 a 8) visava obter informações acerca do uso dos tipos de substâncias psicoativas que os participantes usavam, a quantidade e frequência que os mesmos usam tais substâncias. A segunda parte (questão 9 e seus subitens) visa identificar qual droga os participantes mais usam e avaliar a idade em que começaram e intensificaram o uso dessa substância e os efeitos nocivos físicos, sociais e psicológicos que o uso dessa substância tem trazido ao participante (se tem desenvolvido tolerância ou abstinência ao uso da droga, se desenvolveu problemas familiares, ou com a lei, e etc.).

A primeira pergunta indagou se os participantes já usaram alguma das seguintes substâncias: álcool, tabaco, cannabis (maconha e/ ou haxixe), cocaína, e alucinógenos (LSD, ecstasy, cogumelos ou sintéticos).  Na mesma pergunta fora indagado o número de vezes que cada participante usou tais substância, podendo estes informar se usaram diversas vezes, pelo menos cinco vezes, uma ou duas vezes, ou nunca  utilizaram.

O resultado dessa questão (gráfico 2) fora que entre os participantes 82% (41 participantes) usaram álcool diversas vezes, 6% (3 participantes) afirmaram que usaram álcool mais de cinco vezes, 12% (6 participantes) afirmaram usaram álcool uma ou duas vezes.

No que se refere ao uso de tabaco, 24% (12 participantes) usaram o mesmo diversas vezes, 6% (3 participantes) fizeram uso mais de cinco vezes, 12% (6 participantes) usaram uma ou duas vezes, e 58% (29 participantes) nunca usaram tabaco.

Quanto ao uso de cannabis e seus derivados, apenas 2% (um participante) afirmou ter usado essa substância diversas vezes, 2% um participante) afirmou ter usado mais de cinco vezes, 18% (9 participantes) informaram que usaram uma ou duas vezes, e 78% (39 participantes) afirmaram que nunca usaram essa substância.

Quando a indagação se referiu ao uso de cocaína, 2% (apenas um participante) afirmou que usou essa substâncias diversas vezes, 2% (um participante) informou que usou essa substância mais de cinco vezes, 10% (5 participantes) usaram essa substância uma ou duas vezes, e 86% (43 participantes) afirmaram que nunca fizeram uso dessa substância.

Por fim, no que se refere ao uso de alucinógenos, apenas 2% (um participante) afirmou que usou esse tipo de substância em diversas ocasiões, 10% (5 participantes) afirmaram que usaram esse tipo de substância uma ou duas vezes, e 88% (44 participantes) afirmaram que nunca usaram esse tipo de substância.

Na segunda questão fora indagado aos participantes se os mesmos no ultimo mês haviam feito uso das seguintes substâncias: álcool, tabaco, cannabis, cocaína ou alucinógenos, ainda indagando o número de dias que fizeram uso de tais substâncias, de acordo com as seguintes opções: o mês inteiro ou quase todos os dias, entre uma semana e quinze dias, um ou dois dias, e nenhum dia (resultados gráfico 3).

Quanto ao álcool 12% dos participantes afirmaram que fizeram uso do mesmo o mês inteiro ou quase todos os dias, 22% (14 participantes) afirmaram que usaram álcool entre sete e quinze dias, 48% (24 participantes) usaram a citada substância em um ou dois dias, e 12% (6 participantes) afirmaram que não fizeram uso de álcool em nenhum dia.

Em relação ao uso de tabaco 14% (7 participantes) afirmaram que usaram tabaco o mês inteiro ou quase todos os dias, 6% (três participantes) afirmaram que usaram tabaco um ou dois dias, e 80% (40 participantes) afirmaram que não fizeram uso de tabaco em nenhum dia no mês passado.

Agora quanto ao uso de cannabis, 2% (um participante) afirmou ter feito uso dessa substância o mês inteiro ou quase todos os dias., 4% (dois participantes) afirmaram que usaram essa substância um ou dois dias, e 94% (47 participantes) afirmaram que não usaram cannabis em nenhum dia no mês passado.

Analisando esse item no que diz respeito à cocaína, consta que apenas 2% (um participante) afirmou que fez uso dessa substância todos os dias, 4% (dois participantes) afirmaram que fizeram uso dessa substância em um ou dois dias, e 94% (47 participantes) afirmaram que não fizeram uso dessa substância em nenhum dia.

Quanto ao uso de alucinógenos no mês passado, apenas 2% (um) participante) afirmou que fez uso dessa substância em todos ou quase todos os dias do mês passado, 4% (dois participantes) afirmaram que fizeram uso desse tipo de substância um ou dois dias, e 94% (47 participantes) afirmaram que não fizeram uso dessa substância em nenhum dia no mês passado.

A terceira pergunta do questionário (gráfico 4 com os resultados) indagou se na ultima semana os participantes fizeram uso de alguma das seguintes substâncias: álcool, tabaco, cannabis, cocaína e alucinógenos, e indagou acerca dos dias de uso das mesmas, tendo como opções, um ou dois dias, três a cinco dias, todos os dias da semana, ou nenhum dia da semana.

Como resultado tivemos em relação ao uso de álcool que 12% (6 participantes) afirmaram que fizeram uso em todos os dias da semana, 6% (3 participantes) afirmaram que fizeram uso de três a cinco dias, 42% (21 participantes) afirmaram que fizeram uso um ou dois dias na semana passada, e 40% (20 participantes) afirmaram que não fizeram uso de álcool na semana passada.

Quanto ao uso de tabaco na semana passada, 14% (7 participantes) afirmaram que fizeram uso dessa substância todos os dias da semana, 6% (3 participantes) afirmaram que fizeram uso dessa substância em um ou dois dias da semana, e 80% (quarenta participantes) afirmaram que não fizeram uso de tabaco em nenhum dia na semana passada.

No que se refere ao uso de cannabis na semana passada, apenas 2% (um participante) afirmou que usou essa substância todos os dias na semana passada, 4% (dois participantes) afirmaram que usaram essa substância uma ou duas vezes na semana passada, e 94% (47 participantes) afirmaram que não usaram cannabis em nenhum dia na semana passada.

Os resultados quanto ao uso de cocaína foram que apenas 2% (um participante) fez uso dessa substância todos os dias da semana, 4% (2 participantes) fizeram uso dessa substância um ou dois dias na semana passada, e 94% (47 participantes) não usaram cocaína em nenhum dia na semana passada.

Por fim, quanto ao uso de alucinógenos apenas 2% (um participante) afirmou que usou uma substância desse tipo todos os dias na semana passada, 4% afirmaram que usaram substâncias desse tipo um ou dois dias na semana passada, e 94% afirmaram que não usaram esse tipo de substância em nenhum dia da semana passada.

A quarta pergunta do questionário indagava se o participante fez uso na últimas 12 horas de alguma das seguintes substâncias: álcool, tabaco, cannabis, cocaína, alucinógenos ou não fez uso de nenhuma substância (resultado gráfico 5).

45,2% dos participantes (14) afirmaram que haviam feito uso de álcool, 12,9% (4 participantes) fizeram uso de tabaco, 3,2% (um participante) fez uso de cannabis, 3,2% (um participante) afirmou ter feito uso de cocaína, 3,2% (um participante) afirmou ter feito uso de alucinógeno, e 48,4% (15 participantes) afirmaram que não haviam feito uso nas ultimas 12 horas uso de qualquer das substâncias indicadas (14 participantes não responderam essa pergunta).

A quinta pergunta do questionário era dirigida aos usuários de tabaco, indagando a quantidade média de cigarros que estes usam por dia, sendo que responderam a esta questão 8 dos participantes do estudo, tendo como resultado uma média de 25,8 cigarros por dia, onde um participante afirmou que usava 40 cigarros por dia, enquanto uma participante afirmou que usava apenas 10 cigarros por dia, sendo estes o mínimo e o máximo de consumo diário informado entre os participantes(resultado gráfico 6).

A sexta pergunta do questionário indagou com que frequência os participantes usaram no último ano as seguintes substâncias: álcool, tabaco, cannabis, cocaína, e alucinógenos, ainda indagava acerca da frequência tendo como opções: diariamente, duas a quatro vezes por semana, uma vez por semana, uma vez por mês, ou nunca usaram (resultado gráfico 7).

No que se refere ao uso de álcool 14% (7 participantes) afirmaram que fizeram uso diário de álcool, 18 (9 participantes) afirmaram que fizeram uso de duas a quatro vezes por semana, 24% (12 participantes) usavam uma vez por semana, 38% (19 participantes) usavam uma vez por mês, e 6% (3 participantes) afirmaram que não usaram nenhum dia.

Quanto ao tabaco 16% (8 participantes) afirmaram que usaram no ano passado essa substância diariamente, 2% (1 participante) afirmou que fazia uso de  duas a quatro vezes por semana, 4% (2 participantes) afirmaram que fizeram uso dessa substância uma vez por semana, 2% (um) participante afirmou que fez uso dessa substância uma vez por mês, e 76% (38 participantes) afirmaram que não usaram essa substância.

Quanto a frequência de uso de cannabis, 4% (dois participantes) fizeram uso diário dessa substância, 2% (um participante) fez uso dessa substância duas a quatro vezes por semana, 2% (um participante) fez uso dessa substância uma vez por semana, 2% (um participante) fez uso dessa substância uma vez por mês, e 90% (45 participantes) afirmaram que não usaram essa substância.

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No que se refere ao uso de cocaína no ultimo ano, 4% (2 participantes) afirmaram que fizeram uso de cocaína todos os dias, 2% (um participante) afirmou que fez uso de cocaína de 2 a 4 vezes por semana, 2% (1 participante) afirmou usar cocaína uma vez por semana, 2% (1 participante) afirmou usar cocaína uma vez por mês, e 90% (45 participantes) afirmaram não ter usado cocaína no ano passado.

Encerrando, no que concerne ao uso de alucinógenos, 4% (dois participantes) afirmaram que fazem uso desse tipo de substância diariamente, 2% (um participante) afirmou fazer uso desse tipo substância de duas a quatro vezes por semana, 2% (um participante) afirmou usar esse tipo de substância uma vez por semana, 2% (um participante) afirmou que fez uso desse tipo de substância uma vez por mês, e 90% (45 participantes) afirmaram que não fizeram uso desse tipo de substância no ultimo ano.

A sétima pergunta (resultados gráfico 8) fora indagado aos participantes que consumiram álcool nos últimos 30 dias acerca da média   da quantidade de consumo das seguintes bebidas: numero de taças de vinho, número de chopes ou cervejas, numero de taças de bebidas combinadas (drinks) e o número de taças de licores sem mistura, dando como opção para o uso de cada um desse tipo de bebida entre estas: uma ou duas, quatro a cinco, mais de seis, várias, nenhuma.

Os resultados foram os seguintes: quanto ao número de taças de vinho 10 participantes (20%) afirmaram que consumiram uma ou duas taças, 5 participantes (10%) afirmaram que consumiram de quatro a cinco taças, 2 participantes (4%) consumiram mais de seis taças, 3 participantes (6%) afirmaram que consumiram várias taças, e 22 participantes (44%) afirmaram que não consumiram nenhum taça.

No que se refere ao consumo de cerveja no período indicado 10 participantes (20%) afirmaram que consumiram uma ou duas cervejas, 5 participantes (10%) consumiram de quatro a cinco cervejas, 10 participantes (20%) consumiram mais de seis cervejas, 16 participantes (36%) consumiram varias cervejas, e 9 participantes (18%) não consumiram nenhum cerveja.

Quanto ao uso de bebidas combinadas (drinks) no período indicado 15 participantes (30%) afirmaram que consumiram de uma ou duas taças, 2 participantes (4%) consumiram mais de seis taças, 15 participantes (30%) consumiram varias taças, e 17 participantes (34%) afirmaram que não consumiram nenhum taça dessa bebida.

Por fim, quanto ao uso licores (bebidas sem mistura) no período indicado, 8 participantes (16%) consumiram uma ou duas taças dessa bebida, 3 participantes (6%) afirmaram que consumiram várias taças, e 38 participantes (76%) não consumiram nenhuma taça dessa bebida.

A oitiva pergunta (resultados no gráfico 9) do questionário indagava quantos dias os participantes perceberam os efeitos do álcool ou se embriagaram no último ano, mês e semana, devendo os participantes responder dentre as seguintes opções:  se sentiu os efeitos em um ou dois dias, de quatro a cinco dias, mais de seis dias (salvo quanto ao período da semana), diversas vezes, quase que diariamente, e nenhum vez.

Os resultados dos efeitos do álcool no último ano foram que 7 participantes (14%) afirmaram que sentiram os efeitos do álcool em um ou dois dias, 3 participantes (6%) disseram que sentiram os efeitos de quatro a cinco vezes, 5 participantes (10%) alegaram que sentiram os efeitos mais de seis vezes, 23 participantes (46%) afirmaram que sentiram esses efeitos diversas vezes, 3 participantes (6%) sentiram os efeitos diariamente, e 9 participantes (18%) afirmaram que não sentiram os efeitos nenhuma vez.

Quanto aos efeitos sentidos pelos participantes no último mês, 13 participantes (26%) afirmaram que sentiram os efeitos uma ou duas vezes , 7 participantes (14%) sentiram os efeitos de quatro a cinco vezes, 1 participante (2%) disse que sentiu o efeito diversas vezes, 3 participantes (6%) afirmaram que sentiram os efeitos diariamente, e 18 participantes (36%)  não sentiram os efeitos nenhuma vez.

Finalmente, quanto a sentir os efeitos do álcool na última semana, 20 participantes (40%) afirmaram que sentiram os efeitos do álcool uma ou duas vezes, 3 participantes (6%) sentiram os efeitos diversas vezes, 3 participantes (6%) sentiram o efeito do álcool diariamente, e 24 participantes (48%) não sentiram os efeitos dessa substância.

A nona questão indagou qual era a substância que os participantes mais utilizavam entre duas opções, álcool ou outra substância (que não tabaco) devendo nessa segunda opção o participante informar o nome da substância. O resultado dessa questão fora que 94% dos participantes (47 do total) usam mais o álcool, e apenas 6% (3 participantes) tem preferência pelo uso de outra substância (no caso maconha).

A nona questão é subdividida em outros 12 subitens (da letra “a” à letra “l”) com vistas a avaliar a relação do participante com a droga que o mesmo mais consome, bem como todos os efeitos físicos, psicológicos e sociais decorrentes do uso da droga que indicariam dependência do mesmo em relação a essa droga.

No subitem “a” fora indagado qual a idade em que a pessoa consumiu pela primeira vez essa substância (gráfico 10), sendo que nessa parte da pesquisa apenas 48 dos 50 participantes responderam de maneira adequada essa questão, tendo como resultado uma média de 15,6 anos para o inicio do consumo inicial da droga (grande maioria álcool). Espantoso que dois participantes (4,1%) começaram com 11 anos, outros dois (4,1%) começaram com 12 anos, e um participante (2%) começou com 13 anos de idade. As maiores idades de inicio de uso foram de três participantes (6,2%) que começaram aos 20 anos de idade, e um participante (2%) que afirmou que começou a usar aos 25 anos de idade. As idades de maior frequência de inicio de consumo foram aos 15 anos (16 participantes, 33,3% do total) e os 18 anos de idade (12 participantes, 25% do total).

No subitem “b” fora indagado a idade que os participantes passaram a usar essa substância de maneira mais habitual, sendo que 48 dos 50 participantes responderam essa questão de maneira adequada, e como resultado (gráfico 11) podemos perceber que a idade mais precoce de uso habitual que apareceu na pesquisa fora um participante (2%) que passou a usar de forma mais habitual aos 13 anos de idade, e outro participante (2%) que começou a usar habitualmente a partir dos 14 anos. Os participantes que começaram de maneira mais tardia a usar a droga de maneira mais habitual foram dois participantes (4,1%) que começaram aos 35 anos de idade, um participantes (2%) que usou de maneira mais habitual aos 25 anos de idade, e quatro participantes (8,3%) que começaram a usar de maneira mais habitual aos 22 anos de idade. A média geral da idade para uso de forma habitual ficou em 18,6 anos, e as idades que os consumos se tornaram mais habituais foram aos 15 anos (10 participantes, 20,1% do total), 18 anos (15 participantes, 31,2% do total), e 20 anos (oito participantes, 16,6% do total).

No subitem “c” fora indagado se o participante costuma consumir a droga em quantidades maiores ou por períodos de tempo mais longos do que inicialmente esperava (‘quando começa ele não consegue parar”), o que demonstra uma vontade incontrolável de continuar consumindo, sendo que tivemos como resultado que 33 participantes (66%) afirmaram que sim (não conseguem parar), enquanto 17 participantes (34%) responderam não.

No subitem “d” fora indagado ao participante se ele quis ou tratou de diminuir ou abandonar o consumo da droga, com vistas a descobrir uma dependência psíquica da mesma, manifestada por uma dificuldade de abandona-la, e 25 participantes (50%) afirmaram que sim, tentaram, mas não conseguiram parar, enquanto 25 participantes (50%), afirmaram que não tentaram parar ou diminuir o uso.

No subitem “e” fora indagado aos participantes se os mesmos gastam grande quantidade de tempo consumindo a substância ou em atividade tentando obtê-la, ou passa grande quantidade de tempo se recuperando dos efeitos de seu uso, tendo como resultado que 15 participantes (30%) afirmaram que sim, gastam muito tempo consumindo ou se recuperando dos efeitos da droga, e 35 participantes (70%) afirmaram que não.

O Subitem “f” indagou-se aos participantes se os mesmos pararam ou reduziram a participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso da droga, o resultado foi que 10 participantes (20%) responderam que sim, enquanto 40 participantes (80%) responderam que não.

No subitem “g” fora indagado aos participantes se os mesmos continuam a usar a droga apesar de saber o que lhes causa ou que piora problemas de sua vida (social, psicológica e física), e o resultado fora que 38 participantes (78%) responderam que sim, enquanto 12 participantes (24%) responderam que não.

O subitem “h” indagou se o participante notou que precisa aumentar marcadamente a quantidade de consumo desta substância para poder sentir-se intoxicado ou conseguir o efeito desejado, ou que consiga o mesmo efeito usando a mesma quantidade dessa droga que anteriormente (o que descreve muito bem as características de tolerância), vindo 24 participantes (48%) a responder que sim (tem demonstrado tolerância ao uso da droga), e 26 participantes (52%) responderam que não.

No subitem “i” fora perguntado aos participantes se estes notaram alguma vez sintomas de abstinência quando tentaram diminuir ou abandonar o uso da droga, ou com frequência consomem a droga para aliviar ou evitar esses sintomas (abstinência física), onde 13 participantes (26%) responderam que sim, e 37 participantes (74%) responderam não.

O subitem “j” perguntou aos participantes se o uso continuado da droga acabou trazendo o não cumprimento de obrigações importantes no trabalho ou no lar, onde 11 participantes (22%) responderam que sim, enquanto 39 participantes (78%) responderam que não.

Na questão tratada no subitem “k” foi indagado aos participantes se o consumo da substância trouxe algum problema legal recorrente, relacionado ao uso da droga, vindo 9 participantes (18%) a responderam sim, enquanto 41 participantes (82%) responderam não.

Por fim, no subitem “l” fora indagado se o participante continua usando a substância apesar de ter problemas persistentes ou recorrentes, problemas sociais ou interpessoais causados ou piorados pelo efeito da droga (por exemplo, discussões com amigos ou familiares sobre o consumo da droga, ou brigas físicas), tendo como resultado que 17 participantes (34%) responderam que continuaram não obstante a existência desses problemas, enquanto 33 participantes (66%) responderam não.

ANÁLISE DOS CASOS CLASSIFICADOS COMO MAIS GRAVES:

Resolvemos realizar uma analise individual dos 25 indivíduos dentre os 50 que participaram do presente estudo, com vistas a analisar de forma um pouco mais aprofundada cada um desses casos, com vistas a analisar o grau de dependência dos participantes.

Para classificarmos tais indivíduos criamos uma tabela com pontuação onde aqueles indivíduos que tivessem mais pontos seriam os analisados (notadamente os que demonstram uma maior dependência). Essa seleção funcionou da seguinte maneira: nas perguntas 1, 2, 3, 6, e 8 do questionário cada individuo que em uma dessas questões  tivesse feito uso da quantidade máxima de consumo de uma das substâncias indicadas naquela pergunta ganharia um ponto, e se fizesse uso de mais de uma substância (duas ou mais) ganharia um ponto extra por cada substância. Nos subitens da pergunta 9 (letras “c” a “l”), cada resposta sim para uma daquelas indagações também faria com que o participante ganhasse mais um ponto (tendo em vista que essas perguntas especificamente demonstram de forma mais acentuada o grau de dependência daquela substância), em caso de empate se realizaria uma comparação direta entre os resultados dos participantes (o que não foi necessário fazer).

Vale salientar que é nesse momento que vamos expor algumas observações que os participantes informaram durante a aplicação do questionário base do presente estudo.

Para classificarmos o grau de dependência dos 25 casos que vamos comentar agora realizamos a análise com base na substância que o participante afirma fazer mais uso, calculando da seguinte forma: analisamos em primeiro lugar se o participante realizou os graus máximos de consumo de sua substância de maior uso no último ano, mês e semana (afirmou que faz uso diário dessa substância nas questões 2, 3 e 6 do questionário), e toda vez que o mesmo assinalou que fez o consumo máximo dessa substância (usou a droga diariamente) o mesmo ganhou 1 ponto por cada um desses períodos (um ponto para o último ano, outro para o último mês e um ponto para a última semana -  total de 3 pontos nessa primeira parte da avaliação), após analisamos os efeitos físicos, psicológicos e sociais que a droga que o participante mais consome tem trazido (subitens “c” a “l” da questão 9 do questionário) e cada efeito existente atribui ao participante um ponto (podendo atingir um total máximo de 10 pontos acerca dessas perguntas).

Diante disso, definimos que os participantes que tivessem entre 6 e 13 pontos na avaliação acima informada teriam um alto grau de dependência, se tivessem de 3 a 5 ponto, a dependência seria média, e abaixo de 3 pontos a dependência seria leve ou inexistente.

Passemos agora a analise dos participantes que, para manter o sigilo das identidades dos mesmos, serão indicados pelo número de ordem pelo qual participaram do presente estudo.

  1. Individuo n° 4, tem 48 anos de idade, é do sexo masculino, já usou álcool, cigarros, maconha, cocaína e anfetamina em diversas ocasiões. No ultimo mês e semana, afirmou que fez uso de todas as substâncias supra informadas, afirmando que consome as mesmas quase que diariamente. Alegou que faz uso de 40 cigarros por dia. No ultimo ano, afirma, usou todas as citadas substâncias quase que diariamente. Nos últimos 30 dias afirma que ingeriu varias taças de vinho, cervejas, drinks e licores sem mistura. Afirma que ficou intoxicado diariamente. Alegou que usa principalmente álcool, e faz uso dessa substância desde os 12 anos de idade, intensificando o uso desde os 13 anos. Alegou que quando começa a consumir álcool não consegue parar, gasta muito tempo de seus dias se embriagando ou se recuperando da ingestão de álcool (“vivo de ressaca”, afirmou). Afirma que tem conhecimento dos problemas físicos que o uso de álcool lhe traz, mas persiste no uso, e afirma que continua usando álcool apesar de vários problemas sociais que essa substância lhe trás (alegou que devido ao uso já se envolveu em diversas brigas na rua e com familiares). É o caso mais grave apresentado pelo número de substâncias utilizadas e que faz uso diariamente há muito tempo, uma internação para desintoxicação seria uma caminho considerando a gravidade do que foi relatado (alta dependência).
  2. Indivíduo nº 5, homem, 32 anos de idade, afirma que já usou álcool e cigarros diversas vezes, e fez uso uma ou duas vezes de maconha, cocaína e LSD. No último mês fez uso de álcool de 7 a 15 dias, na última semana fez uso de álcool 1 ou 2 vezes. No último ano usou álcool 1 vez por semana, e nos últimos trinta dias quando bebeu consumiu mais de 6 cervejas e drinks. No último ano ficou embriagado diversas vezes. Alegou que a droga que mais utiliza é o álcool, começando o uso dessa droga aos 15 anos, e passou a usar de maneira mais habitual aos 22 anos de idade. Quando começa a usar não consegue parar, chegou a tentar parar de beber, mas não conseguiu. Continua o uso de álcool, apesar dos problemas de saúde e em sua família que o uso dessa substância lhe traz. Apoio familiar para conscientizar e um tratamento para o álcool são indicados nesse caso (grau de dependência média).
  3. Indivíduo nº 8, homem de 41 anos. Afirma que fez uso de álcool diversas vezes e cigarros pelo menos cinco vezes. Alegou que no último mês fez uso de álcool 1 ou 2 vezes, e na última semana fez uso de álcool 1 ou 2 vezes, e disse que havia feito uso de álcool  nas 12 horas que antecederam a entrevista. Costuma usar álcool de 2 a 4 vezes por semana, e nos últimos 30 dias afirmou que consumiu várias cervejas. Afirmou que no último ano se embriagou de 4 a 5 vezes por semana. A droga que mais consome é álcool, começando a usar essa substancia de forma habitual aos 14 anos de idade. Afirma que quando começa a beber não consegue parar, e gasta muito tempo fazendo uso dessa substância, persiste no uso da droga apesar desta lhe trazer alguns problemas físicos, já sentiu em diversas ocasiões sintomas de abstinência (sendo “forçado” a beber para não sentir esses sintomas). Disse que o uso de álcool já lhe trouxe problemas legais (“já briguei com minha esposa e o caso foi levado à polícia”), e o mesmo continua fazendo uso de álcool apesar desses problemas familiares que a droga tem lhe trazido. Uma tentativa de conscientização desse individuo é  importante, com vistas a que o mesmo procure o tratamento adequado (grau de dependência alto).
  4. Indivíduo nº 9, homem de 39 anos de idade. Já fez uso de álcool diversas vezes, onde no último mês usou álcool entre 7 e 15 dias, na última semana o uso ocorreu entre 3 e 5 dias, e nas 12 horas que antecederam a entrevista havia feito uso de álcool. Costuma usar álcool de 2 a 4 vezes por semana, e nós últimos 30 dias afirmou que quando bebia o mesmo consumia de 4 a 5 cervejas. Alegou que no último ano se embriagou diversas vezes, no último mês de 4 a 5 vezes, e na última semana 1 ou 2 vezes. Usa principalmente álcool, começou a usar essa droga aos 17 anos e intensificou o uso aos 20 anos. Quando começa a consumir álcool não consegue parar, tentou parar com o uso (sem sucesso), afirma que passa muito tempo bebendo, continua consumindo álcool apesar dos problemas físicos e familiares que o uso tem trazido, já apresenta tolerância ao uso da droga (precisa de mais álcool para se embebedar), tem sintomas de abstinência (e continua o consumo para evitar esses problemas), afirma que teve problemas legais decorrentes do uso de álcool (briga com o irmão que requereu intervenção policial), mas continua com o uso apesar dos problemas familiares que o uso trouxe. Mais um caso onde uma intervenção para desintoxicação seria interessante (grau de dependência alta).
  5. Indivíduo n° 11, homem de 36 anos de idade, afirma que já consumiu álcool diversas vezes, no último mês usou álcool de 7 a 15 dias, e na última semana fez uso dessa droga em 1 ou 2 dias. Tem o habito de usar álcool uma vez por mês, e nos últimos 30 dias quando usou álcool consumiu varias cervejas, e 1 ou 2 taças de vinho. A droga que mais usa é álcool, começou a usar aos 17 anos, e passou a consumir de maneira mais habitual aos 20 anos de idade. Alegou que quando começa o uso não consegue parar, continua usando essa droga apesar dos problemas físicos e sociais que a mesma tem lhe trazido, bem como continua fazendo uso dessa substância apesar de se envolver em brigas devido ao uso da mesma. Considerando a baixa frequência de uso, não se mostra um caso tão grave, mas um acompanhamento da saúde física do mesmo seria importante (grau de dependência média).
  6. Indivíduo nº 21, homem de 40 anos, afirma que já fez uso de álcool diversas vezes, cigarros umas 5 vezes, e usou maconha, cocaína e LSD 1 ou 2 vezes. Afirmou que no último mês usou álcool todos os dias, e alegou que fez uso de cigarros, maconha, cocaína e LSD 1 ou 2 vezes. Na última semana fez uso de álcool diversas vezes, e fez uso de maconha, cigarros, cocaína e LSD uma ou duas vezes. Alegou que nas 12 horas que antecederam a entrevista fez uso de álcool. Afirmou que no último ano usou álcool em uma frequência diária, e maconha, cocaína, cigarros e LSD 2 a 4 vezes por semana. Nos últimos 30 dias quando bebeu consumiu mais de 6 taças de vinho, 1 ou 2 cervejas, drinks e licores sem mistura. Contou que no último ano, mês e semana se embriagou diversas vezes. Alegou que a substância que mais usa é álcool, disse que quando começa não consegue parar de beber, afirma que passa muito tempo fazendo uso de álcool, continua usando álcool apesar dos problemas que a droga lhe traz, afirmou que sentiu sintomas de abstinência, deixou de cumprir obrigações de trabalho por causa do uso de álcool, e continua a usar álcool apesar de brigas familiares que seu uso tem causado. É possível verificar algumas incongruências nas respostas desse individuo, pode ser efeito das substâncias que usa ou que o mesmo não esteja sendo totalmente sincero. As drogas que ele alega usar (ainda mais combinadas) recomendam um tratamento para desintoxicação (grau de dependência alto).
  7. Indivíduo nº 23, mulher de 63 anos, alega que já fez uso de álcool diversas vezes, no último mês vez uso de álcool diariamente, e na última semana fez uso de álcool todos os dias, e havia feito uso de álcool nas 12 horas que antecederam a entrevista. Afirma que fez uso de álcool diariamente no ano passado, e nos últimos 30 dias quando bebeu, consumiu várias cervejas e drinks, e 1 ou 2 taças de vinho. Alega que se embriagou diversas vezes no último ano, mês e semana. Usa exclusivamente álcool, começou aos 20 anos e intensificou o uso aos 35 anos, quando começa a consumir não consegue parar, passa muito tempo bebendo, reduziu atividades sociais (“não vou mais a igreja”) por causa do uso de álcool, continua bebendo apesar de problemas físicos e familiares que o álcool tem lhe trazido, tem apresentado tolerância ao uso da droga, tem abstinência, deixou de cumprir obrigações em casa por causa do uso (afazeres doméstico), acabou tendo problemas legais decorrentes do uso de álcool, e continua a usar apesar dos problemas de manter discussões com o marido, o que tem ocorrido devido ao uso do álcool. Considerando o relatado há indícios de que a mesma é alcoólatra, requerendo uma intervenção até pela idade avançada da participante (grau de dependência alto).
  8. Indivíduo nº 24, homem de 64 anos, já usou álcool e cigarros diversas vezes. No último mês fez uso de álcool de 7 a 15 dias, e na última semana de 3 a 5 dias. Afirma que faz uso de 10 cigarros em média por dia, e usa álcool de 2 a 4 vezes por semana, e nos últimos 30 dias consumiu as seguintes bebidas: mais de 6 cervejas e drinks, e 1 ou 2 taças de licor. Se embriagou diversas vezes no último mês e ano, e 1 ou 2 vezes na última semana. Usa mais álcool, começou esse uso aos 18 anos, quando começa a usar essa droga não consegue parar, passa muito tempo fazendo uso dessa substância, e continua o uso de álcool apesar de problemas de saúde (afirma que tem problema cardíaco) e pessoais que a droga lhe traz, apresenta tolerância e abstinência, tem descumprido obrigações no trabalho (faltado ao serviço para beber), e continua a usar a droga apesar desse uso causar brigas com sua esposa. Também a indícios de ser alcoólatra, requerendo intervenção até para preservar a saúde do mesmo (grau de dependência alto).
  9. Individuo nº 26, homem de 27 anos, afirma que já usou álcool diversas vezes, no último mês usou álcool de 7 a 15 dias, e na última semana usou álcool 1 ou 2 vezes, e fez uso de álcool nas últimas 12 horas. No último ano usou álcool com frequência de 2 a 4 vezes por semana, e afirma que no ano passado acabou experimentando maconha, cocaína, cigarro e cogumelo 1 ou 2 vezes. Nos últimos 30 dias quando usou álcool o mesmo consumiu várias cervejas, e 1 ou 2 drinks, taças de vinho e licor. Se embriagou diversas vezes no último ano, mais de 6 vezes no último mês e 1 ou 2 vezes na última semana. Consome mais álcool, começou o uso dessa droga aos 16 anos e intensificou aos 22, quando começa não consegue parar de usar, diminuiu as atividades sociais por causa do uso (não anda mais com os amigos), continua usando a droga apesar dos problemas físicos e pessoais que a mesma traz, deixou de cumprir obrigações do trabalho por causa do uso (faltou algumas vezes ao trabalho por estar de “ressaca”), teve problemas legais devido ao uso (“briguei em um bar por estar embriagado”), e persiste no uso apesar desses problemas sociais que o uso da bebida lhe traz. Uma intervenção é recomendada pelos problemas sociais existentes (grau e dependência alto).
  10. Indivíduo nº 27, homem de 42 anos, afirma que usou álcool diversas vezes e cigarros e maconha uma ou duas vezes. No último mês usou álcool diariamente, e na última semana todos os dias e fez uso de álcool nas 12 horas que antecederam a entrevista, e alega que no último ano fez uso de álcool diariamente. Nos últimos 30 dias quando consumiu álcool, bebeu drinks varias vezes, e mais de 6 cervejas. Afirma que se embriagou diariamente no último ano, mês e semana. Usa exclusivamente álcool, começou o uso aos 12 anos e passou ao uso habitual aos 15 anos, quando começa não consegue parar o uso, tentou largar a bebida, mas não conseguiu, reduziu atividades sociais devido ao uso (“não  jogo mais bola”), continua o uso apesar dos problemas físicos e sociais que o uso traz, tem apresentado tolerância e abstinência, deixou de cumprir obrigações de trabalho por causa do uso (as vezes não frequenta a empresa do mesmo para beber), e continua o uso apesar dos problemas familiares que tem causado (brigas com a esposa). Indícios de ser alcoólatra, intervenção necessária (grau de dependência alto).
  11. Indivíduo nº 28, homem de 40 anos, já usou álcool diversas vezes, no último mês usou álcool de 7 a 15 dias, e na última semana fez uso de álcool 1 ou 2 dias, e havia usado álcool nas 12 horas que antecederam a entrevista. No último ano fez uso de álcool de 2 a 4 vezes por semana, e nos últimos 30 dias quando usou álcool consumiu várias cervejas e drinks. Se embriagou diversas vezes no último ano e mês, e 1 ou 2 vezes na última semana. Usa apenas álcool, começou aos 16 anos de idade, e intensificou o uso aos 18 anos, quando começa não consegue parar de beber, tentou parar de beber, mas não conseguiu, passa muito tempo usando essa droga, ainda utiliza a droga apesar dos problemas físicos que a mesma lhe traz, tem apresentado tolerância e abstinência, deixou de cumprir obrigações em seu lar devido ao uso, o uso trouxe problemas legais (briga com a esposa, sendo necessária intervenção policial), continuou o uso apesar dos problemas familiares que o uso trouxe. Intervenção necessária (grau de dependência alto).
  12. Indivíduo nº 29, homem de 34 anos, já usou álcool e cigarros diversas vezes, e maconha e cocaína ao menos 5 vezes cada. No último mês usou álcool de 7 a 15 dias, e cigarros diariamente. Na última semana fez uso de álcool de 3 a 5 dias, e cigarros diariamente. Nas últimas 12 horas antes da entrevista fez uso de álcool e cigarros. Usa em media 20 cigarros por dia. No último ano fez uso de álcool uma vez por semana, e usou cigarros diariamente. Nos últimos 30 dias quando fez uso de álcool consumiu várias cerveja e drinks. Se embriagou várias vezes no último ano e mês, e 1 ou 2 vezes na última semana. Usa principalmente álcool (salvo o cigarro), e começou a usar álcool aos 15 anos, passando a usar de maneira mais habitual aos 18 anos, quando começa não consegue parar, tentou deixar de usar álcool (não conseguiu), continua o uso de álcool apesar dos problemas físicos e sociais que o uso trouxe, apresenta tolerância e abstinência, o uso de álcool tem afetado o cumprimento e obrigações (familiares), e continua utilizando álcool apesar dos problemas familiares que o uso tem trazido. Evidencias de ser alcoólatra, intervenção necessária (grau de dependência alto).
  13. Indivíduo nº 30, homem de 30 anos, já usou álcool diversas vezes e cigarros 1 ou 2 vezes. No último mês usou álcool diariamente, na última semana usou álcool todos os dias, e nas 12 horas que antecederam a entrevista havia feito uso de álcool. No último ano fez uso de álcool diariamente, e nos últimos 30 dias quando usou álcool consumiu varias cervejas e drinks, embriagou-se diversas vezes no último ano, mês e semana. Usa exclusivamente álcool, começou aos 15 anos e passou a usar de modo mais habitual aos 20 anos, quando começa não consegue parar, passa muito tempo usando a droga, reduziu a prática de atividade social (“gostava de jogar futebol”), continua o uso da droga apesar dos problemas físicos que o uso trouxe (obesidade), apresenta tolerância e abstinência, devido ao uso não cumpriu obrigações sociais (no trabalho), e continua o uso apesar de problemas sociais que o uso lhe trouxe. Aparentemente é alcoólatra, intervenção necessária para resguardar a saúde do mesmo (grau de dependência alto).
  14. Indivíduo nº 31, homem de 34 anos de idade, já usou álcool diversas vezes, cigarros e maconha 1 ou 2 vezes. No último mês usou álcool 1 ou 2 vezes, e no último ano usou álcool uma vez por mês (não usou na ultima semana). Nós últimos 30 dias quando usou álcool, consumiu vários drinks e cervejas, e 1 ou 2 taças de vinho. Embriagou-se 1 ou 2 vezes no último ano, mês e semana (incongruente nessa parte, pode ter se confundido ao dar a resposta). Usa apenas álcool, começou aos 18, afirma que quando começa não consegue parar, tentou parar de consumir (sem êxito), continua o uso apesar de problemas familiares que o uso trouxe, apresenta tolerância, e continua o uso apesar dos problemas (familiares) que o uso da droga traz. Caso mais simples que os demais, seria bom acompanhar o participante, ou indicar ao mesmo visitas aos alcoólicos anônimos (grau de dependência médio).
  15. Indivíduo nº 32, homem de 36 anos, já usou álcool ao menos 5 vezes, cigarros diversas vezes, e maconha 1 ou 2 vezes. No último mês usou álcool 1 ou 2 dias, e cigarros diariamente. Na última semana usou álcool 1 ou 2 dias, e cigarros diariamente. Alega que nas 12 horas que antecederam a entrevista fez uso de cigarros. Usa em média por dia 30 cigarros. Afirma que no último ano fez uso de álcool uma vez por mês e cigarros diariamente. Nos últimos trinta dias quando usou álcool o mesmo consumiu 1 ou 2 taças de vinho, cervejas e drinks. Embriagou-se diversas vezes no último ano, e uma ou duas vezes no último mês e semana. Usa mais álcool (salvo o tabaco), começou aos 15 anos de idade, quando começa não consegue parar, tentou parar de beber, mas não conseguiu, reduziu atividades sociais devido ao uso, continua usando apesar dos problemas (familiares) que o uso lhe trouxe, apresenta tolerância e abstinência, e continua o uso de álcool apesar dos problemas (familiares, briga com a esposa) que o uso lhe trouxe. É um caso que já demonstra sinais de problemas de alcoolismo, uma intervenção seria adequada (grau de dependência alto).
  16. Indivíduo nº 34, mulher de 38 anos, já usou álcool diversas vezes, no último mês usou álcool 1 ou 2 vezes (sem uso na última semana), e no último ano usou álcool na frequência de 1 vez por semana, mas afirmou que fez uso de maconha, cocaína, cigarros e cogumelos 1 vez por mês (incongruente com a pergunta 1, pode indicar que a mesma começou no último ano ou que não entendeu algumas perguntas do questionário). Nos últimos 30 dias quando fez uso de álcool consumiu várias taças de drinks e licores sem mistura, e mais de 6 taças de vinho de vinho e cervejas. Se embriagou diversas vezes no último ano, de 4 a 5 vezes no último mês, e 1 ou 2 vezes na última semana (incongruente nessa última parte). Usa mais álcool, começou a usar essa droga aos 20 anos, quando começa a beber não consegue parar, continua o uso apesar de problemas físicos (obesidade) que o uso trouxe, e apresenta tolerância. Caso mais simples, mas seria adequado um acompanhamento do mesmo (grau de dependência médio).
  17. Indivíduo nº 35, mulher de 55 anos, já usou álcool e cigarros diversas vezes, no último mês usou álcool 1 ou 2 vezes, e cigarros diariamente. Na última semana usou cigarros diariamente, e afirma que usa uma média de 25 cigarros por dia. No último ano usou álcool na frequência de 1 vez por semana, e cigarros diariamente. Nos últimos 30 dias quando usou álcool consumiu de 4 a 5 taças de vinho e mais de 6 cervejas. Se embriagou de 4 a 5 vezes no último ano e 1 ou 2 vezes no último mês. Usa principalmente álcool (salvo os cigarros), começou o uso de álcool aos 20 anos, quando começa a beber não consegue parar, tentou interromper o uso, sem êxito nesse sentido, continua o uso apesar dos problemas físicos que o uso trouxe, e apresenta tolerância. Caso menos grave, um acompanhamento médico seria adequado, principalmente pelo uso de cigarros (grau de dependência alto para cigarro, e médio para álcool).
  18. Indivíduo nº 36, homem de 52 anos, afirma que já usou álcool e cigarros diversas vezes. No último mês usou álcool 1 ou 2 vezes, e cigarros diariamente. Na última semana fez uso de álcool 1 ou 2 dias, e cigarros diariamente. Usa em média 20 cigarros por dia. Nos último 30 dias quando fez uso de álcool consumiu 1 ou 2 taças de vinho, 4 a 5 cervejas, e vários drinks e licores sem mistura. Se embriagou diversas vezes no último ano, e 1 ou 2 vezes no último mês e semana. Faz mais uso de álcool, afirma que começou a usar aos 15 anos de idade, quando começa a usar não consegue parar, tentou parar o uso definitivamente, mas não conseguiu, passa muito tempo fazendo uso dessa droga, continua o uso apesar de problemas de saúde que o uso lhe traz, e apresenta tolerância. Um acompanhamento seria necessário para avaliar a situação de saúde do mesmo (grau de dependência médio)
  19. Indivíduo nº 38, mulher de 34 anos, já usou álcool diversas vezes. Usou no último mês álcool 1 ou 2 vezes, e na última semana usou álcool 1 ou 2 vezes. No último ano usou álcool uma vez por mês. Nos últimos 30 dias quando usou álcool, consumiu 1 ou 2 taças de vinho e  mais de 6 cervejas. Se embriagou diversas vezes no último ano, 4 a 5 vezes no último mês, e 1 ou 2 vezes na  última semana. Usa exclusivamente álcool, e começou esse uso aos 15 anos, quando começa não consegue parar, tentou parar o consumo (sem êxito), costuma usar a substância apesar dos problemas físicos que o uso traz, e apresenta tolerância. Caso menos grave, seria adequada uma avaliação do estado de saúde da participante (grau de dependência médio).
  20. Indivíduo nº 39, homem de 25 anos de idade. Alega que já usou álcool pelo menos 5 vezes, no último mês usou álcool diariamente (incongruente com a primeira pergunta, pode ter entendido errado a pergunta ou acreditou que a mesma se referia ao passado), na última semana usou álcool todos os dias, e nas 12 horas que antecederam a entrevista havia usado álcool. Afirma que no último ano usou álcool diariamente. Nos últimos 30 dias quando usou álcool consumiu várias cervejas e drinks. Embriagou-se diversas vezes no último ano, mês e semana. Usa exclusivamente álcool, sendo que começou a usar essa droga aos 15 anos, quando começa não consegue parar, gasta muito tempo usando essa droga, continua usando apesar dos problemas físicos que uso tem trazido, apresenta tolerância e abstinência (“minhas mãos tremem, preciso beber para parar”), não tem cumprido obrigações (de trabalho), e continua o uso apesar de se envolver em brigas (na rua) devido ao uso da substância. Caso grave, exige intervenção pela existência de indícios do participante ser alcoólatra (grau de dependência alto).
  21. Indivíduo nº 42, mulher de 25 anos, afirma que já fez uso de álcool diversas vezes, no último mês fez uso de álcool 1 ou 2 vezes, e na última semana também fez uso de álcool 1 ou 2 duas vezes. No último ano usou álcool com a frequência de 2 a 4 vezes por semana. Nos últimos 30 dias quando uso álcool consumiu várias taças de vinho, cervejas e drinks. Embriagou-se diversas vezes no último ano e mês, e 1 ou 2 vezes na última semana. Usa exclusivamente álcool, e afirma que começou a usar essa droga aos 15 anos, alega que quando começa não consegue parar, já tentou parar de beber, mas não conseguiu, continua o uso da substância apesar de problemas físicos que o uso da mesma lhe trouxe, apresenta tolerância, e persiste no uso apesar das brigas (familiares) que o uso da substância lhe trouxe. Um acompanhamento seria interessante, entrar em grupo de ajuda seria de bom alvitre (grau de dependência médio).
  22. Indivíduo nº 45, homem de 51 anos, afirma que já usou álcool diversas vezes, no último mês usou álcool de 7 a 15 dias, e na última semana usou álcool 1 ou 2 vezes, ainda afirmou que fez uso de álcool nas 12 horas que antecederam a entrevista. No último ano usou álcool de 2 a 4 vezes por semana. Nos últimos 30 dias quando usou álcool o mesmo consumiu várias cervejas e drinks. Embriagou-se diversas vezes no último ano, 4 a 5 vezes no último mês, e 1 ou 2 dias na última semana. Usa apenas álcool, começou o uso dessa droga aos 18 anos, afirma que quando começa não consegue parar, continua a beber apesar dos problemas de saúde que lhe trouxe, e apresenta tolerância. Acompanhamento médico para averiguar o estado de saúde do participante, e a procura de um grupo de apoio é recomendado (grau de dependência médio).
  23.  Indivíduo nº 46, homem de 42 anos, já usou álcool e cigarros diversas vezes, e maconha 1 ou 2 vezes. No último mês usou álcool entre 7 e 15 dias, e cigarros diariamente. Na última semana usou álcool 1 ou 2 dias, e cigarros diariamente. Afirma que usou álcool nas 12 horas que antecederam a entrevista. Usa uma média diária de 35 cigarros. No último ano usou álcool de 2 a 4 vezes por semana, e cigarros diariamente. Nos últimos trinta dias quando usou álcool consumiu várias cervejas e drinks. Embriagou-se diversas vezes no último ano e mês, e 1 ou 2 vezes na última semana. Usa principalmente álcool (salvo tabaco), e começou a usar álcool aos 16 anos de idade, afirma que quando começa a usar álcool não consegue parar, tentou parar de usar (sem êxito), passa muito tempo usando essa droga, parou atividade sociais (jogar futebol) devido ao uso dessa droga, continua o uso de álcool apesar dos problemas físicos que o mesmo traz, apresenta tolerância e abstinência. Recomendo intervenção (desintoxicação) pelas evidências de ser alcoólatra (grau de dependência alto).
  24.  Indivíduo nº 47, homem de 33 anos de idade, afirma que já usou álcool diversas vezes, no último mês usou álcool entre 7 e 15 dias, na última semana usou álcool 1 ou 2 dias. No último ano fez uso de álcool uma vez por semana, e nos últimos 30 dias em que usou álcool o mesmo consumiu várias cervejas e drinks. Embriagou-se diversas vezes no último ano, 4 a 5 vezes no último mês, 1 ou 2 vezes na última semana. Usa exclusivamente álcool, começou aos 15 anos, e o uso ficou mais habitual aos 18 anos, afirma que quando começa não consegue parar de usar álcool, tentou parar de usar, mas não conseguiu, continua usando apesar dos problemas físicos que o uso trouxe, apresenta tolerância. Recomendo acompanhamento médico, e a procura de grupo de ajuda para tentar controlar o uso de álcool (grau de dependência média).
  25. Individuo nº 49, mulher de 42 anos, já usou álcool e cigarros diversas vezes, no último mês usou álcool de 7 a 15 dias, e cigarros diariamente, na última semana usou álcool 1 ou 2 vezes, e cigarros diariamente. Afirmou que usou cigarro nas 12 horas que antecederam a entrevista. Usa uma média diária de 30 cigarros. No último ano usou álcool em uma frequência de 2 a 4 vezes por semana, e cigarros diariamente. Nos últimos 30 dias quando usou álcool consumiu várias taças de vinho, cervejas e drinks. Embriagou-se diversas vezes no último ano, e 1 ou 2 vezes no último mês e semana. Usa principalmente álcool (salvo o tabaco), e afirma que começou a consumir álcool aos 18 anos, alega que quando começa a consumir não consegue parar, continua o uso apesar dos problemas físicos que o álcool lhe traz, apresenta tolerância, e já teve problemas legais oriundos do uso de álcool (fora presa por dirigir sob efeito de álcool). Recomendo acompanhamento médico, e procura de grupo de ajuda para controlar o vício (dependência alta de tabaco e média de álcool)

Diante todo o exposto, não obstante o uso das drogas psicoativas ilegais seja bastante lesivo aos usuários, na realidade dos participantes deste estudo são as drogas ditas legais a grandes vilãs trazendo diversos problemas de cunho físico, psicológico e social aos seus usuários.

Políticas públicas com vistas a conscientizar os problemas advindos do uso das drogas legais, bem como programas que visem o tratamento e acompanhamento das pessoas que fazem uso abusivo de álcool e tabaco são primordiais para trazer maior qualidade da vida para os usuários destas substâncias.

ANEXOS – GRAFICOS DA PESQUISA:

Gráfico 1 (número de participantes por idade).

Gráfico 2 (número de participantes pelo uso de cada droga e pela quantidade de uso).

Gráfico 3 (número de participantes que fizeram uso de drogas no mês passado e pela quantidade que fora usada).

Gráfico 4 (número de participantes que fizeram uso de drogas na última semana e quantidade usada).

Gráfico 5 (substâncias usadas pelos participantes na 12 horas que antecederam a entrevista).

Gráfico 6 (número de participantes de acordo com a quantidade de cigarros usados pelos participantes, média diária).

Gráfico 7 (número de participantes que fizeram uso de drogas no último ano e frequência de tal uso).

Gráfico 8 (número de participantes que usaram bebidas nós últimos 30 dias, tipos de bebidas e quantidades usadas pelos participantes).

Gráfico 9 (número de participantes que ficaram embriagados no último ano, mês e semana, e número de vezes que se embriagaram).

Gráfico 10 (número de participantes pela idade em que começaram a fazer uso da droga que os mesmos mais consomem).

Gráfico 11 (número de participantes classificados pela idade em que passaram a consumir de maneira mais habitual a substância que mais consomem).

REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, A. R.B. Toxicomania: uma abordagem psicanalítica. Salvador: EDUFBA, 2010.

BITTAR, N. Medicina legal e noções de criminalítica. Salvador: Juspodvm, 2019.

Sobre o autor
Jonathan Dantas Pessoa

Policial civil do Estado de Pernambuco, formado em direito pela Universidade Osman da Costa Lins - UNIFACOL/ Vitória de Santo Antão. Pós - graduado em direito civil e processo civil pela Escola Superior de Advocacia Professor Ruy Antunes - ESA/OAB/PE - Recife/PE. Mestre em Psicologia Criminal com Especialização em Psicologia Forense pela Universidad Europea del Atlántico - Santander/ES. Pós graduado em Criminologia pela Faculdade Unyleya. Pós graduado em Psicologia Criminal Forense pelo Instituto Facuminas. Membro do Centre for Criminology Research - University of South Walles. Membro do Laboratório de estudos de Cognição e Justiça - Cogjus.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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