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Capa: Daniel Castellano / SMCS

7 de setembro é dia de PAZ

17/08/2021 às 18:52
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Faz um chamamento público pela paz no Brasil.

A cor branca, sob uma perspectiva, é junção de todas as cores. Dizem que é a cor da luz, refletindo todas as cores sem absorver nenhuma delas. Convencionou-se que é a cor da paz e do equilíbrio.

Sei que o dia em que se comemora a independência do Brasil, muitos se preparam para vestir as cores da nossa linda bandeira para protestar contra os “esquerdopatas”, “petralhas”, “comunistas”, “gays”, “ateus”, “imorais”, entre tantos adjetivos pejorativos que os mais radicais dão aos adversários.

Propõem reunião até para cassar Ministros do STF, com previsão até de invasão das instalações onde funcionam instituições vitais para a República.

Por outro lado, sempre foi comum, nesta data (07/09), as manifestações de movimentos sociais tradicionalmente conhecidas pelos trajes vermelhos, que simbolizam suas lutas. Os mais extremistas desse lado denominam os aliados do Presidente da República de “Bolsominions”, “gado”, “negacionistas”, “fascistas”, “nazistas”, “fundamentalistas”, entre tantos atributos depreciativos.

Verdade seja dita, nosso país está dividido a algum tempo, mas parece que os dois lados estão cada vez mais sectários e o nosso 07/09 se avizinha com previsões de mais instabilidade e violência.

Talvez não tenhamos reagido a tempo em favor da paz e deixamos esse conflito chegar a esse ponto. Negligenciamos as brincadeiras com os adjetivos acima citados, as ofensas em redes sociais, o desfazimento de amizades, as agressões nas redes sociais e aos poucos essa prática foi se disseminando e se transformando em dois blocos coesos.

Contudo, sei que a maioria dos brasileiros, mesmo em silêncio, defende a paz, o pluralismo político, a mistura de raças, de cores, respeita as diferenças de credo e as diferenças.

Sei inclusive que há na direita e na esquerda, entre os conservadores e os progressistas, bolsonaristas e lulistas, aqueles que também defendem a paz e o diálogo, sem qualquer defecção em suas visões em razão da abertura para ouvir o outro.

Por isso, proponho um dia 07/09 branco, juntando bolsonaristas, lulistas e outras correntes políticas num só movimento apartidário, que incluirá todas as matizes, sem absorver nenhuma delas, como a cor branca.

O que importará neste dia é o que nos une. Somo todos a favor da paz, do diálogo, do respeito, da cidadania, da justiça e do equilíbrio. Não aceitamos a violência, a destruição de bens públicos e particulares ou a limitação dos direitos fundamentais.

Cientes de que a pandemia ainda não terminou, não proponho aglomeração, mas que vistamos roupas brancas no próximo dia 07/09, como se fosse uma espécie de antecipação do réveillon, marcando e simbolizando a nossa posição. Não se trata da junção de neutros, mas convivência fraterna dos diferentes, sem extremismos.

Mostremos a nossa alegria e felicidade em defendermos a paz.

Uma das formas que imagino de manifestar essa alegria é amarrando uma fitinha branca na antena de nossos veículos, buzinando quando encontrarmos um companheiro de movimento no trânsito, colocando um pano branco na janela ou no portão. Enfim, que a criatividade reine ao espalhar a cor branca neste dia.

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Sobre o autor
Adir Machado Bandeira

Advogado. Fundador do escritório Adir Machado advogados associados. Foi Diretor de Controle Externo de Obras e Serviços do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE), é bacharel em Direito, graduado em 1999 pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), quando aos 23 anos de idade também se tornou advogado. Como advogado atuou na defesa de diversas Câmaras Municipais e Prefeituras. Na qualidade de consultor jurídico, prestou serviços para os Legislativos junto ao Congresso Nacional e escreveu diversos pareceres, respondendo consultas de órgãos públicos e corporações privadas. No período de junho de 2009 a 2015 assessorou o Conselheiro Clóvis Barbosa, coordenando as atividades da 5ª Coordenadoria de Controle e Inspeção do TCE/SE. Entre 2008 e maio de 2009, assessorou o Governo de Marcelo Déda exercendo a função de controle interno na Secretaria de Estado da Educação, durante a gestão do Prof. Dr. José Fernandes de Lima. Em 2007, passou pela Assembleia Legislativa como assessor parlamentar. Entre os anos de 2000 e início de 2007, chefiou a Procuradoria da Câmara Municipal de Aracaju, capital do Estado de Sergipe. Durante sua trajetória como jurista lecionou Hermenêutica Jurídica, Filosofia do Direito, Ética Geral e Profissional e Introdução ao Estudo do Direito na UFS. Foi ainda professor de Direito Civil da Faculdade de Sergipe e da Faculdade de Administração e Negócios do Estado de Sergipe, com destaque para a disciplina Responsabilidade Civil. Além disso publicou diversos artigos científicos em áreas como o Direito Constitucional, Administrativo, Financeiro, Civil e Processo Civil. Durante sua fase de formação jurídica, lecionou História Geral e do Brasil em escolas particulares.

Informações sobre o texto

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