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Weber no mundo real/virtual:

o direito à liberdade sem censura

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30/12/2006 às 00:00
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Epistemologia Virtual

À base da cibercultura, com o devido "desencantamento do totalitarismo", seríamos capazes de pensar numa Epistemologia Virtual, uma forma de conhecimento integrada, ajustada aos movimentos do mundo real/virtual, mas sem os sectarismos que tanto se acercam das discussões virtuais. É incrível que ainda hoje se perca tempo discutindo se a rede é boa ou má, se é capitalista ou não, ou se pode ser portadora de novas mensagens políticas, subversivas. Nós podemos pensar na convergência entre conhecimento, totalidade, alteridade, heteronomia, autonomia a partir desta comunicação ainda não-totalmente bloqueada na rede. Pensar em uma epistemologia que se abre e se renova com as experiências da comunicação aberta.

É preciso renunciar à idéia de que o conhecimento é forçosamente objetivo e universal e compreender que os conhecimentos são criados por homens em interação em situações mutáveis. Em compensação, não se deve renunciar em absoluto a relativizar os conceitos e instrumentos de representação estáticos que funcionam bem há uns cinqüenta anos [...] Somente se complementarmos esses antigos instrumentos com um novo tipo de ferramentas de navegação, de orientação e de comunicação — ferramentas que funcionem em tempo real, que levem em conta as singularidades das situações, a pertinência dos conhecimentos, e que façam surgir avaliações pelo uso — é que teremos chance de escapar da catástrofe (Lévy, 1996, p. 152).

Em países pobres como o Brasil, o evento crescente da comunicação via rede ressalta um dos paradoxos da "pobreza cultural". Cada vez mais, cidades pequenas ganham acesso a serviços na web, como bibliotecas virtuais, centros de cultura virtuais e demais serviços de busca de informações. Mas, pagam um preço caro, na medida em que refluem as bibliotecas reais, e que praticamente não existem livrarias presenciais (Filho, 25/11/2006).

Em todo caso, é incrível como, com tanto conhecimento à disposição, não se consiga ver estas questões de forma articulada e, no fundo, é este o sentido atribuído por Lévy em sua obra mais conhecida:

Uma nova ecologia das mídias vai se organizando ao redor das bordas do ciberespaço. Posso agora enunciar seu paradoxo central: quanto mais universal (extenso, interconectado, interativo), menos totalizável. Cada conexão suplementar acrescenta ainda mais heterogeneidade, novas fontes de informação, novas linhas de fuga, a tal ponto que o sentido global encontra-se cada vez menos perceptível, cada vez mais difícil de circunscrever, de fechar, de dominar. Esse universal dá acesso a um gozo do mundial, à inteligência coletiva enquanto ato da espécie. Faz com que participemos mais intensamente da humanidade viva, mas sem que isso seja contraditório, ao contrário, com a multiplicação das singularidades e a ascensão da desordem [...] O que é o universal? É a presença (virtual) da humanidade em si mesma. Quanto à totalidade, podemos defini-la como a conjunção estabilizada do sentido de uma pluralidade (discurso, situação, conjunto de acontecimentos, sistema etc) (Lévy, 1999, pp. 120-121).

Trata-se da "luta por reconhecimento" que já enunciamos em todo o texto: a luta pela totalidade deve excluir todo totalitarismo. Neste sentido, é urgente pensar em agentes e sujeitos políticos que possam habilitar novas ferramentas de interação e novas formas de vazão da intersubjetividade. É preciso perder a ingenuidade e ver que há muitos fluxos de poder na rede: "Um aparelho de televisão é um receptor passivo, uma extremidade de rede, uma periferia. Um computador é um instrumento de troca, de produção e de estocagem de informações. Ao canalizar e entrelaçar múltiplos fluxos, torna-se um centro virtual, instrumento de poder" (Lévy, 2003, p. 192).

Mas, do mesmo modo, é preciso pensar no virtual como centros de poder que possam atuar na desconfiguração da "esfera pública privatizada", em que o público seja realmente público e não mera extensão do privado. É preciso perceber no virtual a possibilidade real de se jogar a favor de um público mais heterogêneo, atuante, subversivo da mesmice do uso cotidiano, limitado, esgotado no próprio ato de consumo:

É sobre isso que os governos, os partidos políticos, as associações e as boas vontades podem e devem intervir. Entregue a sua inércia histórica, o fenômeno de interconexão em curso reforça naturalmente a centralidade — logo, o poder — dos centros intelectuais, econômicos e políticos já estabelecidos. Mas também é apropriado — um não exclui o outro — por motivos sociais, redes de solidariedade, iniciativas de desenvolvimento, projetos pedagógicos, formas mutuantes de cooperação e de trocas de conhecimento (Lévy, 2003, p. 193).

De modo simples, é preciso pensar com urgência em formas de convivência e de ação social em nexo com a totalidade do mundo real/virtual, mas abortando veementemente todo resquício totalitário. É possível, pois, pensar o mundo real/virtual como mundo aberto, flexível, atuante (e mesmo que ainda não o seja em sua maior parte), isto é, pensar com a "utopia-possível", até porque não há outro caminho viável para fugir do modelo controlativo que não seja interativo e inclusivo.

Homem e mulher, jovem e velho, dentro e fora, trabalho e lazer, pai e filho, superior e inferior, rico e pobre, corpo e alma, natural e artificial, bem e mal, perto e longe, valioso e sem valor, amigo e inimigo, semelhante e estrangeiro, a lista poderia ser muito longa de todas essas categorias, não apenas sociais e culturais, mas também existenciais, que não entram mais, umas com as outras, em sistemas de correspondência estáveis, mas se renegociam e se complicam constantemente em uma rede movediça e multiforme (Lévy, 2000, p. 28).

Este, enfim, pode ser o mundo real/virtual já presente em potência no ciberespaço e na cibercultura. Portanto, nesta aparição da modernidade tardia estaria o fio do encontro com a chamada pós-modernidade. Deste encontro, retivemos alguns lances que valem a pena ser jogados: de um lado, pensando que é possível reconstruir a experiência da totalidade (mas sem a Razão de Estado, agora cortada pela topologia da rede); de outro, uma pós-modernidade que se julgou sem roteiro, à deriva (às vezes sem eira, nem beira) mas que muito auxilia na desconstrução do modelo controlativo, notadamente quando se destaca pela topologia da fragmentação. Pois nada poderia combater melhor o núcleo duro da Razão de Estado do que a "luta pelo reconhecimento da liberdade": os sentidos universais da liberdade estão em negar tudo o que não é livre.

Por fim, resta-nos dizer que se utilizamos tantos clichês, palavras de ordem e chavões, foi para que todos esses ideólogos percebessem (sic) quantos chavões eles usam para agredir aos outros. Ideólogos que confundem conhecimento com informação e, o que é pior, informação passada, que será repassada sem nenhuma consideração pelo pensamento e pela reflexão — e isto também é ideologia.


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NOTAS

01 Para o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto (20/11/2006), é melhor educar o usuário e oferecer produtos mais baratos: "Processar quem baixa MP3 é um erro".

02 Há mais de dez anos os zapatistas, no México, são exemplo vivo dessa declaração de liberdade.

03 Os mais legalistas diriam que se quer a "descriminalização da pirataria".

04 Milhares de usuários vinculados diretamente à lógica do "um-um" imposta pelo valor de uso formam apenas uma massa múltipla de si mesma. Isto é, o "múltiplo" limitado pelo consumo é muito diferente do coletivo, em que prevalece a lógica aberta do "todos-todos".

05 http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/404nOtF0und/404_26.htm.

06 Não é à toa que uma pesquisa simples no Google revela mais de 28 milhões de itens (28.100.000) para a expressão crimes virtuais, no dia 18/11/2006.

07 Lévy, 1993.

08 http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1258440-EI4802,00.html.

09 http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1258803-EI4802,00.html.

10 http://enlacezapatista.ezln.org.mx/especiales/52/, em 20/11/2006.

11 http://vientos.info/cml, em 20/11/2006.

12 http://vientos.info/cml/?q=node/4418, em 20/11/2006.

13 http://vientos.info/cml/?q=taxonomy/term/101, em 20/11/2006.

14 Não se experimenta com freqüência qualquer sentido de Justiça no virtual, porque o próprio princípio da auto-organização virou pastiche.

15 http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lavanguardia/2006/11/18/ult2684u247.jhtm, em 18/11/2006.

16 Virtual, real e atual estão empregados no sentido atribuído por Lévy (1996).

17 O Estado seria capaz de promover um mínimo de Justiça, combatendo as exceções e os privilégios, em benefício do todo. No caso do texto, teríamos mais liberdade comunacional se plantássemos mais responsabilidade social e não o contrário, supondo que com a exceção à liberdade vamos chegar à regra da segurança.

18 Sem contar que muitos são exemplos vivos da psiquiatria.

19 Casa de campo, de praia ou recantos virtuais para descansar do trabalho tecnocrático ou pseudo-científico.

20 Nos casos extremados do seu positivismo, acreditam que toda informação é isenta de "juízos de valor".

21 "Todo mundo deveria ter um computador em casa – e em breve teremos!"

22 Como sinalizava Weber: "...uma comunidade organizada por funcionários numa instituição que atribui dons da graça" (1979, p. 331).

23 Certamente não sabem, mas são os novos ideólogos – se é que a ideologia pode ser nova.

24 http://www.unicamp.br/~hans/mh/escrTec.html.

25 http://paginas.terra.com.br/arte/mundoantigo/vinci/MPLE073.jpg.

26 Alquimistas taoístas inventaram a pólvora no século VIII e foi utilizada inicialmente como fogos de artifício.

27 Se esta palavra não existisse, teria que ser inventada, porque poucas servem tão bem ao obscurantismo.

28 http://tecnologia.uol.com.br/album/novembro_album.jhtm?abrefoto=44.

29jus.com.br/revista/texto/7692"> http://jus.com.br/revista/texto/7692.

30 Para os efeitos desejados no texto, podemos combinar visível com real e invisível com virtual.

31 De autoria da escritora britânica Mary Shelley, trata-se de um romance de terror gótico com inspirações no romantismo. O romance conta a história de Victor Frankenstein, estudante de ciências naturais que constrói um monstro (o Prometeu Moderno) em seu laboratório. Considera-se a revisão da terceira edição do livro, publicada em 1831, como a definitiva.

32 http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2911200612.htm.

33 E aí falamos de uma dúvida metódica, pois é preciso duvidar sempre.

34 Esta aristocracia do pensamento não supõe imediatamente que haja premiação pelo mérito, que seria a meritocracia, pois a relação de poder (na "promoção intelectual") pode se dar em outras bases bem mais mesquinhas.

35 Os nós marcados pela cola do aço e do concreto.

36 Da alma ou do corpo.

37 Este Estado de Exceção, figurando como último capítulo da tese, servirá apenas como um dos possíveis exemplos disto que chamamos de "modernidade tardia" e de sua ação vingativa contra o "passado liberal-burguês", que se formou na segunda fase do projeto da modernidade (séculos XVII e XVIII).

38 Exercem um enorme controle sobre sistemas de busca, como o Google, na China.

39 O penúltimo capítulo, como uma outra face da "sociedade tardia", está em consonância com as exceções da modernidade.

40 Não é muito confortador que, além da espada do desemprego estrutural, agora o trabalho formal seja substituído pelo trabalho imaterial.

41 Entendida a expressão como um "projeto bem sucedido, aquele que começa e que tem uma finalidade, um objetivo traçado". Mas igualmente como "estudo da finalidade" ou "doutrina filosófica que considera o mundo como um sistema de relações entre meios e fins" (Lalande, 1999, p. 1112.)

42 Se a cada ação corresponde uma reação de iguais proporções, neste caso, então, esta reação social deverá a substância da ação inicial. Não há inércia social.

43 2,5 milhões de anos atrás o Homo habilis (humano habilidoso) desenvolveu as primeiras ferramentas (era capaz de trabalhar a pedra) e há 2 milhões de anos surgiu o Australopithecus robustus, que tinha um formato das mãos que lhe permitiu a construção de novas ferramentas. O Homem de Java ou Homo erectus (humano ereto) foi quem dominou o fogo prontamente, há cerca de 1,8 milhão de anos: isso permitiu-lhe a vida em comunidade.

44 E mesmo a chamada Revolução do Neolítico — quando o Homo sapiens sapiens combinou definitivamente a técnica, a política e a arte no mesmo contexto social e de produção da vida social — é anterior à ágora antiga em outros cinco mil anos.

45 http://www.gobiernoelectronico.org.

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Sobre o autor
Vinício Carrilho Martinez

Pós-Doutor em Ciência Política e em Direito. Coordenador do Curso de Licenciatura em Pedagogia, da UFSCar. Professor Associado II da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. Departamento de Educação- Ded/CECH. Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade/PPGCTS/UFSCar Head of BRaS Research Group – Constitucional Studies and BRaS Academic Committee Member. Advogado (OAB/108390).

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

MARTINEZ, Vinício Carrilho. Weber no mundo real/virtual:: o direito à liberdade sem censura. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 11, n. 1277, 30 dez. 2006. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/9337. Acesso em: 20 abr. 2024.

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