A autenticidade nas provas digitais

22/09/2021 às 14:44

Resumo:


  • O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí publicou o acórdão referente ao julgamento do Recurso Eleitoral nº 0600249-46.2020.6.18.0015, que discutia a autenticidade de provas obtidas via rede social.

  • A empresa Verifact realizou análises em imagens coletadas de redes sociais, comprovando a autenticidade das provas apresentadas, apesar das alegações do representado.

  • É fundamental compreender a diferença entre o conceito jurídico e tecnológico de autenticidade em provas digitais, pois influencia diretamente nos resultados de ações judiciais.

Resumo criado por JUSTICIA, o assistente de inteligência artificial do Jus.

É importante diferenciar o conceito jurídico e o tecnológico de autenticidade, o que será relevante nas conclusões da análise da prova digital apresentada pela parte, de acordo com o seu objetivo, o que irá influenciar diretamente no resultado de uma aç

Recentemente foi publicado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí o acórdão do resultado do julgamento do Recurso Eleitoral nº 0600249-46.2020.6.18.0015, onde se discutia a autenticidade das provas obtidas pelo representante, via rede social, as quais atestariam o desrespeito à parâmetros de textos de propaganda estabelecidos por leis eleitorais pelo representado.

Sobre isso, a defesa do representado questionou o referido material, alegando sua suposta manipulação pela parte representante, de forma a negar os fatos levados ao juízo eleitoral.

A referida decisão destaca a análise realizada pela empresa Verifact em imagens coletadas de redes sociais, tendo sido comprovada a autenticidade daquelas provas, a despeito das alegações do representado.

Nesse sentido, cabe destacar a necessidade de compreensão correta do conceito de autenticidade em sede de provas digitais, o que tem sido, muitas vezes, entendido de forma equivocada pelos operadores do Direito, como magistrados e advogados, em processos judiciais de naturezas diversas.

Logo, é importante diferenciar o conceito jurídico e o tecnológico de autenticidade, o que será relevante nas conclusões da análise da prova digital apresentada pela parte, de acordo com o seu objetivo, o que irá influenciar diretamente no resultado de uma ação judicial.

A autenticidade de provas para o Direito diz respeito à confiabilidade do material produzido pelas partes, em sentido amplo, ou seja, sobre o seu autor, conteúdo e forma adequada de sua materialização (email, print de perfil e etc..)

Cabe destacar que o Código Civil brasileiro prevê em seu artigo 225 que “reproduções mecânicas ou eletrônicas de fatos ou de coisas fazem prova plena destes, se a parte, contra quem forem exibidos, não lhes impugnar a exatidão”, de forma que as partes podem arguir plenamente a manipulação de qualquer prova digital juntada em processos judiciais, em quaisquer quer termos.

Ocorre que, em segurança da informação, a autenticidade diz respeito apenas à identificação de quem produziu determinada prova digital, pelo que, não poderá haver o repúdio posterior do material por parte de quem o produziu e compartilhou-o na internet.

Assim, com a análise da autenticidade da prova digital, será identificado apenas o seu autor, de forma que este não poderá alegar que não o confeccionou (princípio do não-repúdio), o que difere da manipulação posterior de seu conteúdo por terceiro, que igualmente poderá ser provada, pela violação do teor do arquivo, ou seja, da integridade do documento digital, o que será possível por perícia digital.

Sobre o autor
Verifact Tecnologia

A Verifact é uma renomada empresa especializada em tecnologia para coleta de provas digitais. Com uma ampla experiência no campo forense e no contexto jurídico, a Verifact desenvolveu uma plataforma inovadora que permite a captura técnica de conteúdos da internet, fornecendo evidências confiáveis e relevantes para uso em processos judiciais. Através de parcerias estratégicas com órgãos públicos, como o Ministério Público do Trabalho e a Defensoria Pública, a Verifact se estabeleceu como uma referência na área, oferecendo soluções ágeis e eficientes para coleta e preservação de provas digitais. A tecnologia da Verifact é baseada em princípios forenses e na cadeia de custódia, garantindo a integridade e a validade das provas coletadas. Sua plataforma permite registrar detalhes técnicos, contexto e origem dos conteúdos, superando as limitações dos prints de tela comumente utilizados. Com um histórico de sucesso e aceitação nas três instâncias do judiciário, a Verifact tem sido amplamente adotada por órgãos públicos, grandes empresas e escritórios de advocacia. Seu compromisso em fornecer evidências digitais confiáveis e irrefutáveis fortalece a justiça e contribui para a resolução eficiente de conflitos no mundo digital. A solução tecnológica da Verifact está disponível para todos os players do meio jurídico, abrangendo órgãos públicos, empresas, escritórios de advocacia e até mesmo pessoas físicas que se envolvem em conflitos onde a internet desempenha um papel crucial na comprovação dos fatos.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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