Por muito nos encontramos atolados de afazeres e ocupações que achamos que para termos a vida plena, precisamos completá-los para nos satisfazermos e sermos felizes, tal como pagar uma conta em débito nos trazendo um leve conforto, não ter pendências no trabalho, ganhar um elogio por um reconhecimento através de dias ou meses de esforço, esses momentos são de fato libertadores e únicos, mas e se tivesse algo a mais? Se houvesse algo que nos trouxesse não só um prazer momentâneo, mas uma real felicidade que em sua essência, é a constância?
“A vida não é um problema a ser resolvido, mas uma realidade a ser experimentada” Uma frase de Soren Kierkegaard, precursor do existencialismo, o que nos faz pensar sobre essa frase é que, o quanto isso é verdade em nossa vida? Estamos sempre com excesso de informações, são mensagens chegando a todo momento, uma novidade inusitada aparecendo sempre que você pega em seu celular, e sempre ficamos num processo tão automático a viver nessa velocidade onde o que não achamos necessário rapidamente descartamos com uma rolagem na tela, e é assim pelo resto do dia, no mês e até no ano todo. Mas e se aproveitássemos cada momento que vivenciamos? Se pararmos para refletir nas pessoas que dormem no frio e debaixo da chuva nas ruas de São Paulo, onde o lixo está presente em todos os cantos e o cheiro podre aflige o lugar, será que assim apreciaríamos a nossa cama quente e confortável que dormimos todos os dias? Se tivermos a chance de um dia passar fome e ter apenas a mão restos de comida onde cachorros já colocaram a boca, e o mal cheiro dessa comida nos faz sentir ânsia, talvez assim apreciaríamos o gosto prazeroso de um arroz e feijão que temos todo dia na mesa?
Platão já nos dizia, “Uma vida não examinada, não merece ser vivida.” E é por esse levantamento que temos que levar em conta que não importa o que temos, nosso status ou moral com as pessoas, o que importa é como fazemos, o que somos e o que deixamos para as pessoas.