Tópicos de filosofia

15/11/2021 às 20:28

Resumo:


  • A Filosofia é essencial para desenvolver uma visão crítica sobre a vida e o mundo, promovendo o aprimoramento das vocações humanas para o bem e a ética.

  • A importância de filosofar vai além de questionar o conhecimento pré-estabelecido, sendo fundamental para a formação de cidadãos críticos e autônomos.

  • A Filosofia abrange diversos ramos de estudo, como Metafísica, Epistemologia, Ética, Estética, Lógica, além de áreas específicas como Filosofia Política, da Educação e da Mente.

Resumo criado por JUSTICIA, o assistente de inteligência artificial do Jus.

Não se pode justificar a importância de se estudar a Filosofia num só motivo. Na verdade, são variadas as motivações para se alcançar ou, pelo menos, se pretender alcançar um pensamento filosófico.

Esse pensamento como finalidade deve ser alçado à condição de meio de desenvolvimento de uma visão geral e crítica sobre a vida e o mundo, e não apenas a ciência de que momentos históricos foram importantes devido à existência de pensadores que filosofavam. É preciso mais. É preciso filosofar para ser cidadão. E como isso se dá? Com o desenvolvimento de um pensamento que seja crítico. Mas não só isso. É necessário que esse pensamento crítico desemboque numa percepção e na direção do aprimoramento das vocações humanas para o bem, para a ética, além de para uma autonomia do pensamento individual e social.

A crítica sobre a importância da Filosofia frequenta o meio acadêmico, onde se indaga que vantagens filosofar traz às pessoas, individualmente e em sociedade. Pensa-se que filosofar é sentar com a mão no queixo e indagar tudo, tentando infirmar as bases já conhecidas, e nada mais. O enfrentamento dessa ideia é bem vindo e necessário.

O primeiro enfrentamento se dá pela informação de que aqui, no Brasil, há forte influência da cultura estadunidense, que é eminentemente pragmática.

O segundo enfrentamento, com a informação de que os meios de comunicação brasileiros, raramente, divulgam pensamentos de cunho filosófico, abstrato, com aderência flagrante aos desígnios práticos da cultura pragmática já citada.

Nada obstante, a Filosofia resiste e deve ser objeto de estudos contínuos e de aplicação prática na vida dos indivíduos, sejam eles considerados particularmente ou num contexto abrangente (social).

Para começar o entendimento de qualquer ramo do conhecimento humano, impõe-se deslindar suas bases, e com a Filosofia não é ou não deve ser diferente.

A Filosofia, segundo a História mais praticada, nasceu em Mileto (colônia grega), com Tales (625 a.C.), que iniciou pensar o mundo de uma forma diferente: a intenção era observar os fenômenos naturais e, de forma sistemática, explicar suas origens.

É preciso dizer que, naquela época, havia generalizada crença em mitos para explicar o funcionamento e existência do universo. Tales, com seu pensamento, começou a mudar isso nas civilizações ocidentais.

Essa filosofia ocidental, então, começa na Grécia, no séc. VI a.C., sendo considerados Pitágoras (c. 580-500 a.C.) e Tales de Mileto (c. 624-546 a.C.) seus fundadores e primeiros filósofos.

Posteriormente, com Sócrates e Platão, passou-se a indagar sobre problemas éticos e políticos, ou seja, a figura do homem surge como centro do pensamento filosófico, tendo como fundo seus dilemas comportamentais tanto individuais quanto políticos (frente à pólis).

Discípulo de Platão, Aristóteles contribuiu muito para o desenvolvimento e divulgação daquelas ideias voltadas ao conhecimento abstrato, tendo sido atuante em diversos campos do conhecimento filosófico e científico.

Há diversos objetos de estudo da Filosofia, dos quais podemos mencionar:

I Metafísica: Estuda a essência do mundo, com indagações sobre o que é real, natural ou sobrenatural;

II Epistemologia: Relação entre pensamento e realidade;

III Ética e Moral: Aceitabilidade e correção da conduta humana;

IV Estética e Arte: Estuda a natureza do que é belo e os fundamentos da Arte;

V Lógica e Linguagem: Ocupa-se de estudar a estrutura e direção do pensamento.

São também diversos os ramos estudados pela Filosofia, dos quais podemos destacar:

I - A Filosofia Política, que se ocupa de estudar as relações e condutas humanas um contexto coletivo.

II - A Filosofia da Educação, que visa o deslinde das coisas individuais e gerais num contexto existencial de construção do conhecimento.

III - A Filosofia da Mente, cuja finalidade é o desvendar da natureza do pensamento e da consciência, se são autônomos ou não.

A Filosofia revela que a necessidade de conhecer a realidade das coisas é intrínseca aos seres humanos, já que seu conhecimento, em regra, possui três características que o afastam do mundo dos fatos, do mundo daquilo que é. São elas: o convencimento, a incerteza e a contradição.

Se nosso conhecimento é originado em práticas de convencimento, que apresentam incertezas e, não raro, contradições, não há dúvida, a Filosofia é necessária para que se conheçam as coisas como são, e não como se nos apresentam.

Nesse contexto, o homem, o universo e a sociedade serão os objetos de uma preocupação filosófica, com a busca do conhecimento desses temas e, quando cabível, de uma autocrítica sobre o que se deveria ser e conhecer, mas não se foi ou não se é, nem se conheceu ou não se conhece.

Referência Bibliográfica:

EDITORA PROMINAS E ORGANIZADORES. Filosofia & Sociologia. In: Tópicos de Filosofia, 2020.

Sobre o autor
Charles Santos Franco

Possui graduação em Direito pelo Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos 2001). Especialização em Direito Administrativo. Especialização em Direito do Estado. Especialização em Direito e Processo do Trabalho. Especialização em Direito Constitucional. Especialização em Filosofia e Sociologia. Atualmente é Procurador Federal, lotado na PROCURADORIA REGIONAL FEDERAL - 2ª REGIÃO e Professor de Direito Constitucional e de Direito Administrativo. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Administrativo, Direito Tributário, Direito Constitucional e Direito Regulatório.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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