SIMBOLOGIAS POR TRÁS DO MAIOR DESMATAMENTO DA HISTÓRIA BRASILEIRA

23/11/2021 às 16:32
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SIMBOLOGIAS POR TRÁS DO MAIOR DESMATAMENTO

DA HISTÓRIA BRASILEIRA

André D Albuquerque Torreão.[1]

INTRODUÇÃO

O maior desmatamento da história brasileira é o da atualidade: pouco mais de 13 mil km2, área equivalente a 9 cidades de São Paulo. Isso possui vários significados para o mundo e para o Brasil.

Pela importância das florestas brasileiras ao ecossistema, o Brasil passou a ser uma pauta global de meio ambiente. De acordo com um estudo da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), entre 2010 a 2015, a área de floresta natural no mundo diminuiu 6,5 milhões de hectares por ano. Isso representa um desgaste do meio ambiente que influencia o mundo inteiro. Para o Brasil, trata-se de uma representação do descaso de nossas políticas públicas para com o meio ambiente.

DESENVOLVIMENTO

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO):

é a agência especializada do Sistema ONU que trabalha no combate à fome e à pobreza por meio da melhoria da segurança alimentar e do desenvolvimento agrícola. Criada em 1945, a FAO também atua como fórum de negociação para debater políticas e impulsionar iniciativas ligadas à erradicação da fome e da insegurança alimentar (FAO, 2021, Online).

Os recentes dados divulgados a respeito do desmatamento brasileiro é algo que, certamente, preocupará a FAO, uma vez que isso significa também uma menor área para produção de alimentos em um mundo onde a população cresce vertiginosamente. Considerado o pulmão do mundo, a Amazônia é uma área que atrai a atenção de todos os Estados mundiais, uma vez que dependemos da sua preservação para o bom desempenho da natureza na facilitação da vida na Terra. Não cuidar da Amazônia tem um significado grandioso para o mundo, e também para o Brasil.

Os dados brasileiros sobre o desmatamento na Amazônia representam o descaso do Brasil para com políticas públicas voltadas ao meio ambiente. Deveríamos ser um exemplo mundial em termos de políticas e legislação ambientais. Todavia, isso não ocorre. Os países mais desenvolvidos, nas reuniões ambientais realizadas, como a COP26, discutem novos compromissos para mitigar as mudanças climáticas. Trata-se de acordos, metas, planejamento, soluções, que são discutidas em prol do meio ambiente (CUP26, 2021).

A atuação brasileira não vem sendo representativa, uma vez que não há propostas para discussão, muito menos políticas públicas direcionadas ao meio ambiente. O mundo tem notícias apenas de um descaso para com comunidades indígenas, desmatamento crescente, deslizes políticos por parte de ministros do meio ambiente etc. Não há um tratamento com a devida seriedade para com o assunto.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O recente desmatamento brasileiro, divulgado em pouco mais de 13 mil km2, simboliza um descaso político do Governo para com as políticas públicas ambientais. Nosso país deveria ser um exemplo em cuidados com o meio ambiente, mas isso não ocorre.

A Amazônia é o pulmão do mundo e isso deve ser preservado. Precisamos exigir políticas públicas que zelem pelos nossos recursos hídricos, matas e fauna. Sabemos que um dos motivos desse descaso reside no fato de a floresta não fornecer voto direto aos políticos. Plantas não falam e não votam, nem os animais.

Enquanto não pensarmos no meio ambiente como uma condição de sobrevivência para as gerações futuras, continuaremos com o pensamento retrógrado de tratar a Amazônia como um local de retirada de recursos para suprir as necessidades das gerações atuais. É preciso pensar nas gerações futuras e se viver hoje de forma sustentável.

REFERÊNCIAS

CUP26. Disponível em: <www.cup26.co.uk>. Acesso em: 20/11/2021.

ONU. FAO. Disponível em: <www.fao.org>. Acesso em: 20/11/2021.

  1. Bacharel em Direito. Pesquisador. Email:[email protected]

Sobre o autor
André D'Albuquerque Torreão

Advogado, Especialista em Direito Público, Direito Administrativo e Constitucional. Graduando em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Graduado em Direito pela Faculdade Unipê. Especialização em Direito Constitucional e Administrativo pela Uniamérica.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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