CAUSAS DA SEGUNDA GUERRA E A VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOSSUMÁRIO

21/06/2022 às 12:07

Resumo:


  • O Tratado de Versalhes, assinado após a Primeira Guerra Mundial, impôs condições humilhantes à Alemanha, contribuindo para a ascensão do nazismo e a eclosão da Segunda Guerra Mundial.

  • A ideologia nazista, fundamentada em noções de superioridade racial e expansão territorial, foi amplamente disseminada e aceita, levando ao genocídio e a violações massivas de direitos humanos.

  • A Segunda Guerra Mundial teve um papel fundamental na formação dos Direitos Humanos modernos, com a criação da Organização das Nações Unidas e a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948.

Resumo criado por JUSTICIA, o assistente de inteligência artificial do Jus.

CAUSAS DA SEGUNDA GUERRA E A VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS

SUMÁRIO

Resumo

Introdução

A situação da Alemanha antes da Primeira Guerra Mundial

A Primeira Guerra Mundial e suas consequências para o nascimento do nazismo

O declínio dos judeus

Causas longínquas

A consolidação do regime nazista

O rearmamento da Alemanha e o início da ascensão de Hitler

Fascismo qual a definição

Tratado de Versalhes e o começo da humilhação da Alemanha

Cadências territoriais

A importância da Segunda Guerra para os Direitos Humanos

Conclusão

RESUMO

O OBJETIVO DESSE TRABALHO É RELATAR AS CAUSAS HISTÓRICAS QUE DERAM ORIGEM AO NAZISMO E CONSEQUENTEMENTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ASSIM PODERMOS ENTENDER PORQUE ELA ACONTECEU E SUA CONSEQUÊNCIA PARA OS DIREITOS HUMANOS

Introdução

Esse trabalho visa esclarecer as causas que levaram o mundo a Segunda Grande Guerra; é uma difícil tarefa, visto que há grandes controvérsias sobre sua verdadeira origem. Explicaremos inicialmente porque a Alemanha se sentiu ofendida após o perder a Primeira Guerra e vamos entender a ascensão de Hitler ao poder e o Pacto de Versalhes.

A importância do conflito bélico que envolveu praticamente todo o planeta e ficou conhecido como a Segunda Guerra Mundial se estende muito além dos acontecimentos que se desenrolaram entre 1939-1945, pois foi o mais amplo confronto armado da história da humanidade e o evento político militar mais importante do século XX, como expressão de um mundo em transição, com o desfecho da crise do liberalismo e do sistema econômico capitalista e com a materialização de forças arqui-conservadoras que se opunham a transformações históricas.

A política, a cultura, a economia, o pensamento e a tecnologia, todos os campos foram profundamente alterados por essa gigantesca tragédia humana que moldou a época em que vivemos. Ironicamente, a guerra aprofundou ainda mais as tendências combatidas pelos que a desencadearam.

Como muitos eventos importantes deste século, este conflito continua sendo analisado de forma bastante questionável. E este é um grande problema: é uma história politizada em seus fundamentos.

No que se refere à Segunda Guerra Mundial, apesar da existência abundante de publicações, muitos documentos importantes foram destruídos ou ainda permanecem ocultos; grandes questões ainda estão para serem explicadas e há ainda carência de análises mais acuradas. Mas este artigo procura abordar aspectos que, ao longo da história, foi possível acessar, para que com argumentos adequados possamos desvendar e assim tentar estabelecer as verdadeiras causas que deram origem à Segunda Guerra Mundial.

Visa também esclarecer a ascensão do regime na nazista o porque Hitler conseguiu chegar ao poder e instalar um regime totalitário na Alemanha e porque e ele obteve apoio da população no extermínio aos judeus e também o porque o mundo assistiu a isso calado.

A situação da Alemanha antes da Primeira Guerra Mundial

O século XX europeu se iniciou trazendo consigo inúmeras feridas do século anterior, que ainda estavam pouco cicatrizadas. Em especial, a partilha da Ásia e da África entre as potências europeias no chamado neocolonialismo ainda gerava atritos, já que Itália e Alemanha haviam ficado fora do processo que expandiu o mercado de matérias-primas e o público consumidor dos demais países europeus.

Devemos ter em mente que ambos os países, diferente de seus vizinhos, ainda não haviam conseguido passar completamente pelo processo de unificação territorial, - ainda que a guerra franco-prussiana de 1870 tenha permitido certa unificação alemã - mas já possuíam um forte sentimento coletivo que foi vital às vésperas da Grande Guerra.

Temos, ainda durante o século XVIII, o início da difusão das idéias nacionalistas, que surgem como formas de combater os últimos resquícios medievais de descentralização política, processo que ainda não havia sido concretizado pela Itália e Alemanha, mas que mesmo assim já se fazia sentir nesses dois países. Com a formação dos mercados de troca e o favorecimento de uma homogeneização, tanto territorial quanto política e cultural, vemos formar-se a concepção de nação como uma espécie de mediação ideológica que passa aos homens e mulheres a impressão de pertencimento a uma comunidade maior.

Se pensarmos a nação a partir do conceito de comunidade política imaginada, ou seja, uma relação entre homens, organizada de forma política e que ganha legitimação por meio de um pensamento específico, temos que esse processo de construção estabelece identidades, noção necessária aos Estados que se consolidavam durante o período.

O desenvolvimento dessa noção de nacionalidade, na Europa Central e Oriental, foi precedida pela difusão de línguas, culturas e histórias em comum, bem antes da definição da base territorial. Como afirma Marco Antonio Pamplona, os cidadãos começavam a se perceber como parte de um mesmo todo.

Marc Ferro mostra bem que na Alemanha os jovens aprendiam desde cedo a manter os olhos abertos com relação aos Eslavos, considerados os causadores da barbárie e da discórdia. Ao mesmo tempo, deveriam se preocupar com os vizinhos ocidentais, em especial os franceses, que nutriam suas desavenças, desde 1870. O destino dos países estava marcado pela luta contra seus inimigos hereditários.

Os ânimos exaltados motivados pelos processos unificadores que se alastravam pela Europa, uma corrida armamentista movida pelas novas vitórias da tecnologia e antigas mágoas por perdas territoriais - como o caso da França, que claramente não havia superado a perda dos territórios da Alsácia e Lorena para a Alemanha, além da onda pan-germânica que já vinha aumentando o estado de alerta europeu, estouraram quando o príncipe do império Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando, foi assassinado durante uma visita a Saravejo (antiga Bósnia-Herzegovina), levando à declaração de guerra do império contra a Sérvia em 1914.

Devemos ter em mente que os anos de paz desde o último embate entre França e Alemanha haviam dado certa consistência ao sistema econômico das nações, enquanto o desenvolvimento da tecnologia e os avanços da ciência davam aos espíritos uma assentada noção de superioridade. Entre os alemães, já podemos entrever um certo espírito bélico, vigoroso e são, que dá a esse povo o direito de se comportar como o vigilante do ocidente. A noção de nacionalidade alemã encontrava-se bastante fortalecida às vésperas da Grande Guerra.

Assim, as rivalidades bélicas e territoriais, a busca pela hegemonia, tanto no continente europeu quanto fora dele, o fato da Alemanha ter chegado tardiamente e com grande impacto ao mercado, ameaçando sua rival britânica, constituíram os elementos de crise que desencadearam o conflito armado. Dessa forma, colocada em marcha a primeira guerra mundial, os soldados partiram em meio a festejos com a promessa de que antes do Natal retornariam às suas casas vitoriosos, o que só aconteceria quatro anos mais tarde.

As alianças que se formaram se concentraram em duas vertentes: a Tríplice Aliança composta por França, Inglaterra e Estados Unidos e a Tríplice Entente, composta por Alemanha, Império Austro-Húngaro e Turquia. Obviamente cada país, ao entrar na guerra, tinha seus próprios interesses e a Alemanha não era diferente. Reduzir a influência britânica na África e na Índia e expandir suas posses territoriais eram os principais objetivos. Como afirma Samuel Sérgio Salinas, toda a imprensa e literatura alemã haviam firmado na mentalidade do povo que o país vivia rodeado de inimigos, o que contribuiu para a formação de um exército poderoso e excelentes teóricos de guerra.

A Primeira Guerra Mundial e suas consequências para o nascimento do nazismo

Uma guerra, ao mesmo tempo moderna e antiga, a primeira guerra arrastou-se por cerca de quatro anos, sendo caracterizada pelas trincheiras e combates corpo a corpo - que conquistavam pouco a pouco os territórios - e as primeiras utilizações das granadas e metralhadoras, submarinos, aviões e tanques de guerra. Os avanços tecnológicos começavam a mostrar resultados.

Também é interessante observar como a literatura deixou registrado esse período, como por exemplo, no livro Nada de Novo no Front (no original alemão Im Westen nichts Neues), escrito pelo alemão Erich Maria Remarque, posteriormente adaptado para o cinema. Participante da guerra, os relatos extremamente críticos e profundos que expõem em seu livro através do personagem fictício, Paul Baumer, parecem deixar claro que a Primeira Guerra trouxe inúmeros traumas para ambos os lados, como ele mesmo afirma no começo de sua descrição procura mostrar o que foi uma geração de homens que, mesmo tendo escapado às granadas, foram destruídos pela guerra.

Através desse e de outros relatos, podemos ver que o tipo de guerra, inaugurado em 1914, mudou completamente a visão dos homens sobre a forma de combater os inimigos. Esse tipo de guerra ainda seria melhor trabalhada e exibiria resultados ainda mais traumáticos na forma da Segunda Guerra Mundial.

Finalmente, em 1918, a Alemanha foi derrotada, declarando rendição e esperando obter condições satisfatórias de paz, que não vieram. Começa então o chamado período entre guerras, no qual observamos os efeitos econômicos, políticos e morais que atingiram os países derrotados, em especial, o povo alemão.

O declínio dos judeus

A maioria das pessoas julga que a ideologia nazista aconteceu em torno do anti semitismo por acaso, e que desse acaso, visou perseguir e exterminar os judeus.E diante dessehorror , constituído pelos sobreviventes sem lar e sem raízes deu a questão judaica e essa passou a ocupar a vida política diária, o que os nazistas propagavam como principal alvo era a perseguição dos judeus no mundo inteiro, e foi considerado pela opinião pública mero pretexto para conquistar as massas.

O antissemitismo é identificado como um nacionalismo desenfreado e suas explosões de xenofobia segundo Hannah Aredent .E ainda na sua visão os nazistas não eram meros nacionalistas e suas propagandas eram dirigidas aos simpatizantes e não aos membros convictos do partido.O declínio do Estado- nação coincidente com o crescimento do antissemitismo, não podem ser explicados por uma única razão ou causa .Existem algumas regras que são úteis .A principal delas é a definição de Tocqueville, ( em LAncien Régime ET La Revolution, livrro II, capítulo 1) dos motivos do violento ódio das massas francesas contra a aristocracia no início da Revolução- ódio que levou Burke a observar que a Revolução se preocupava mas com a condição de cavalheiro do que com a instituição do rei .Segundo Tocqueville, o povo francês passou a odiar os aristocratas no momento em que perderam o poder , porque essa perda de poder não foi acompanhada por qualquer redução de fortunas.Enquanto os nobres detinham poderes, eram não apenas tolerados, mas respeitados.Ao perderem seus privilégios, entre eles os de explorar e de oprimir o povo descobriu que eles eram parasitas , sem qualquer função real na condução do país.E a riqueza sem função palpável é muito mais intolerável porque ninguém pode compreender.

No caso da Alemanha o antissemitismo alcançou o clímax quando os judeus perderam as funções públicas, a influencia e só lhe restavam suas riquezas, e já se encontravam em tamanho declínio que os estatísticos já previam seu desaparecimento em poucas décadas, a extinção dos judeus era um processo inevitável, o nazismo o apressou.

Os judeus por serem um grupo inteiramente impotente poderiam ser facilmente envolvidos em conflitos e serem acusados e responsabilizados por esses conflitos e apresentados como os autores do mal.

E os nazistas recorreram ao terror para dominar os judeus , pois em um governo totalitário essa é a única forma de dominar seu povo.

Causas Longínquas

Tais causas se localizaram entre os anos 1933 e 1939, começando com a nomeação de Hitler como chanceler alemão, e terminando em 3º de janeiro de 1933 com a declaração de guerra da Grã-Bretanha à Alemanha. Mas como vamos verificar, os eventos desses seis anos foram essenciais para eclosão dessa guerra. As tensões sociais, as debilidades econômicas, as divisões ideológicas e a fragilidade política dos novos Estados da Europa Oriental e do sudeste europeu, e bem no coração da Europa, o chamado problema alemão continuava sem solução.

A.J.P.Taylor, em seu controvertido estudo sobre as origens a Segunda Grande Guerra, afirma que a guerra estava implícita desde o momento em que termina a Primeira Grande Guerra, devido ao fracasso desta, quer em satisfazer às ambições alemãs, quer em esmagá-las completamente. Em sua opinião a Primeira Grande Guerra explica a Segunda e, na verdade, foi sua causa, na medida em que um evento causa o outro. E afirma que a Alemanha lutou na Segunda Guerra para reverter o veredicto da Primeira e para destruir o acordo que esta sucedera.

Poucos historiadores aceitam essa análise, do modo como ela é proposta, e como estudaremos a seguir, a questão da Segunda Guerra é bem mais complexa do que Taylor nos poderia fazer acreditar.

É certo que Taylor está correto em chamar nossa atenção para uma importante causa longínqua da Segunda Guerra, a fragilidade do acordo de paz que se seguiu ao término da Primeira Guerra. Como concluiu ele: a Primeira Guerra deixou ficar sem solução o problema alemão, que continuou a ser a maior potência da Europa, e com o desparecimento da Rússia ainda mais poderosa que antes.

A Primeira Guerra deixou também a Europa economicamente fraca e politicamente instável, com sua parte oriental fragmentada e exposta à dominação alemã ou russa. Com muita dificuldade as grandes potências vitoriosas redigiram um acordo de paz, e em menos de um ano, Estados Unidos e Itália se desligavam dele e a França e a Grã Bretanha discordavam de como ele deveria ser aplicado.

Várias condições do desarmamento alemão e do pagamento de reparações, não podiam ser efetuadas sem a colaboração alemã, mas o novo governo era frágil para realizar tais garantias, com isso a França e a Grã Bretanha tinham um problema de ou impor pela força o tratado de Versalhes, ou concordar com imposições mais suaves para os alemães em troca de promessa deles poderem cumpri-las.

Esse foi o grande problema do pós guerra, a Alemanha perdeu a Primeira Guerra, mas não admitiu aquela derrota, e nem o acordo de paz que se originou como resultado da derrota.

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Sempre entre os temas nacionalistas estavam a vergonha de Versalhes, a mentira da culpa pela guerra. E enquanto isso, os oficiais do exército conspiravam para fugir às clausulas de desarmamento. A maioria das pessoas concordava com a opinião alemã de que certos pontos do tratado eram vingativos e deveriam ser revistos.

A França, por sua vez, atuava para conter a Alemanha e aplicar integralmente o tratado, já a Grã Bretanha queria a conciliação com a Alemanha e era a favor da revisão do tratado, o que mantinha esses dois países em desacordo e a Alemanha estava pronta para aproveitar-se desse desentendimento.

Mas a preocupação de ambas era a mesma: evitar uma nova guerra mundial. As finanças alemãs se estabilizaram após empréstimo norte-americano, em 1924, e isso permitiu que a Alemanha pagasse reparações à França, Grã Bretanha e Bélgica, ainda que em um montante mais modesto do que aquele almejado pela França. Isso também permitiu com que os aliados pagassem sua dívida de guerra para com os Estados Unidos.

O governo britânico, em mais uma ocasião, sugeriu o cancelamento de débitos de guerra e reparações, em relação à Alemanha, mas nem o governo francês e nem o norte-americano foram favoráveis a essa solução, pois os americanos não estavam dispostos a estender amplos créditos governamentais à Europa para ajudar no processo de reconstrução e de recuperação econômica.

A quebra de Wall Street, em 1929, teve um efeito catastrófico sobre os devedores europeus dos Estados Unidos. Com a crise, os empréstimos foram resgatados, interrompendo o fluxo de recursos para Europa e houve retirada de capitais. Os investidores europeus desviavam seu próprio dinheiro para locais mais seguros.

A Alemanha, a maior recebedora de empréstimo, foi seriamente atingida, o desemprego já atingia 2,8 milhões e após três anos já tinha subido para seis milhões. O governo sob pressão adotou políticas ortodoxas de deflação, que resultaram em redução salarial e mais desemprego. Em 1931, a proposta alemã de estabelecer uma união alfandegária com a Áustria causou uma gritaria internacional, que favoreceu o jogo dos nacionalistas extremados da Alemanha, que tinham apoio popular cada vez maior. Quando Hindenburg, idoso presidente alemão, apresentou-se para reeleição, em 1932, o líder nacional socialista, ADOLF HITLER, obrigou-o a um segundo turno de votação, porque ele não conseguiu obter a maioria absoluta na primeira eleição.

HITLER obteve o apoio de mais de 13 milhões de eleitores que estavam dispostos em acreditar em suas espalhafatosas afirmações de que as desgraças sofridas pelo povo alemão eram resultado dos absurdos do tratado de Versalhes e da conspiração internacional de comunistas judeus.

Essa massa de adeptos impressionou os líderes do exército e os políticos nacionalistas de direita que tinham o desejo de formar um governo forte. Isso se verificou nas eleições para Reichstag, quatro meses depois, em que o partido socialista obteve 13,7 milhões de votos e 230 cadeiras. Nas diversas eleições realizadas na Alemanha, em 1932, os nazistas conseguiram um terço ou mais dos votos, demonstrando que haviam se tornado uma ameaça política aos partidos mais tradicionais, que enfrentavam também uma subida de apoio aos comunistas.

Membros importantes do governo alemão acreditavam que o movimento nazista podia ser freado se levasse para o ministério um ou dois líderes nazistas. Depois de uma difícil negociação, em janeiro de 1933, HITLER foi convidado para ser o chanceler num gabinete de coalizão, em que havia dois outros membros do partido nazista.

A consolidação do regime nazista

De 1918 a meados de 1932, o que vemos é um processo lento, porém contínuo de reestruturação alemã, o avanço dos comunistas pela União Soviética depois da Revolução Russa e uma crise profunda do capitalismo pós 29.

Entretanto, como afirma Boris Fausto ao escrever sobre a obra The Germans: Power Struggle and the Development of Habitus in the Nineteenth and Twentieth Centuries, de Nobert Elias, o autor acredita que a implantação do nazismo e seu sistema de crenças seja impossível de ser compreendido se a análise se ativer apenas às conjunturas históricas. Ainda que a crise aberta em 1929 e os conflitos internos daí resultantes tenham concorrido para o triunfo do nacional-socialismo, devemos considerar o desenvolvimento da Alemanha através de todo o processo histórico, nos perguntando principalmente em que momento o passado e a tradição alemã permitiram a insurgência do partido

O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP), mais conhecido como Partido Nazista chega ao poder com a indicação de Hitler para o cargo de Chanceler. Através do notável trabalho de Joseph Goebbels, a propaganda feita em torno do mito de que o partido nazista havia salvado a Alemanha da crise mundial rapidamente se espalhou.

A votação e aprovação, a 23 de março de 1933, de uma lei que basicamente acabava com qualquer oposição que pudesse existir ao governo nazista e dava amplos poderes ao Chanceler, mostra que Hitler se encontrava em um papel de extrema importância e aceitação perante o restante do país. Curiosamente, em nenhum momento, o intuito claramente totalitário do partido foi camuflado. Isto fica claro nas palavras do próprio Hitler, tanto em seu Mein Kampf ,quanto em discurso feito pouco antes das eleições de 1930.

Em seu livro, Hitler expressou claramente seus objetivos e ideais, tanto do ponto de vista pessoal quanto político, e não pode deixar de ser analisado enquanto fonte histórica necessária à compreensão de seus desejos. O papel da nação parece voltar a tomar posição central, posto que em seus escritos, Hitler deixa bastante claro que desejava a supremacia alemã.

O Mein Kampf (no português, Minha Luta) foi escrito da prisão de Landsberg, em 1923 (e publicado em 1925), enquanto o autor se encontrava preso devido a uma tentativa de golpe contra a República alemã. Nele, por meio de bem postas palavras, Hitler desnuda seus intentos de forma a convencer quem o lê de que suas aspirações devem ser as mesmas de todos os alemães. Afirma que já na juventude não podia compreender porque austríacos e alemães não estavam unidos sob o mesmo corpo, porém, após iniciar os estudos, se deu conta de que o motivo era a divisão do império Austro-Húngaro em várias nacionalidades. De acordo com o autor, desde criança nas salas de aula, o espírito do orgulho em ser pertencente ao país era disseminado pelos professores: Menino de sangue alemão não te esqueça de que és um alemão.

Assim, seus sonhos já incluíam desde muito novo a unificação de uma enorme nação que possuía o mesmo corpo e o mesmo espírito e que sairia do jugo da dinastia dos Habsburgos.

Logo após essas afirmações, vemos o futuro Führer utilizar pela primeira vez o conceito de raça, ao afirmar que tanto no norte quanto no sul, o veneno estrangeiro devorava o nosso sentimento racial, no qual podemos perceber a futura motivação para o desenvolvimento do arianismo como raça superior.

Ao longo dos capítulos, Hitler vai dando mostras que o povo alemão faz parte de um processo de seleção natural que os elevou ao ápice. Tanto que dedica um capítulo inteiro (capítulo XI - Povo e Raça) a demonstrar como as forças naturais permitem que apenas os que respeitam as regras sejam mantidos vivos e capazes de procriar. Da mesma forma que a natureza poda as procriações entre indivíduos pertencentes às espécies diferentes, também rejeita a associação de indivíduos de uma raça superior com outros de uma raça inferior.

Ele chega a dar como exemplo, inclusive, a situação da América do Norte em comparação com a do Sul, afirmando que na primeira, onde o colonizador de sangue germano notadamente não se misturou muito com os povos indígenas, se fez senhor e colonizador do lugar, mantendo sua dominação por ser mais puro. Ao contrário, na porção Sul do continente, os colonizadores que já eram de sangue latino se misturaram aos indígenas e perderam completamente sua força.

De fato, as raízes do holocausto já podiam ser visualizadas pelas palavras de Hitler em seu livro, ao afirmar que os absurdos judaicos que propagavam que o homem poderia vencer a natureza deveriam ser calados. Em suas palavras, Hitler quer deixar claro que o único povo iluminado é o povo alemão e quem desejasse a vitória do pensamento pacifista deveria desejar primeiramente que os alemães tomassem controle do mundo, pois só assim esse retornaria a um estado de harmonia.

Hitler era sabidamente um artista frustrado, com uma crença cega na superioridade alemã e que buscaria até o fim a purificação de sua raça para que ela retornasse ao seu estado homogêneo inicial. Como bem deixa claro o documentário sueco de 1989, Arquitetura da Destruição (no original Arkitektur Des Untergangs), o chefe do estado alemão acreditava que tudo o que existe de belo na terra (ciências, arte, técnicas e invenções) é resultado da criação de poucos povos e, talvez em sua origem, de uma única raça. Como diz o próprio autor, a estabilidade da própria cultura depende desse povo superior. Assim, afirma que:

A razão pela qual todas as grandes culturas do passado pereceram, foi a extinção, por envenenamento de sangue, da primitiva raça criadora. A última causa de semelhante decadência foi sempre o fato de o homem ter esquecido que toda cultura dele depende e não vice-versa; que para conservar uma cultura definida o homem, que a constrói, também precisa ser conservado. Semelhante conservação, porém, se prende à lei férrea da necessidade e do direito de vitória do melhor e do mais forte.

Acreditava, portanto, que uma espécie de raça única (a dos arianos) vive entre os homens desde os primórdios da humanidade, sendo o sangue dominador desses homens passado a novos povos merecedores, no caso o povo germânico, herdeiros por direito na condição de nação depositária. Portanto, Hitler, admirador da arte acadêmica e renascentista, acreditava que o homem antigo, retratado por romanos e gregos em estátuas e pinturas eram os antepassados que deveriam ser trazidos novamente à vida, eram os ideais que deveriam inspirar o povo alemão.

Como fica claro, Hitler visava à construção de um império que jamais seria esquecido, aos moldes clássicos, formado por homens e mulheres filhos de uma raça pura e dominante por natureza, que tinha como objetivo dar a humanidade um farol que pudessem seguir. Entretanto, afirma Boris Fausto, não devemos nos resumir a acreditar que o nazismo e seus futuros atos na Segunda Guerra Mundial tenham sido fruto de apenas uma cabeça ou de um determinado grupo. Devemos nos questionar até que ponto o partido contou com o apoio popular. Obviamente existiram formas de resistência e mesmo atentados contra a vida do Führer, mas não nos ateremos às formas de resistência, mas sim de aceitação e mesmo entusiasmo perante o ideal nazista. O próprio andamento do estado alemão não permitiria, de qualquer forma, uma grande oposição, como fica claro na análise de Fausto:

Dessa forma, se o partido nacional-socialista trouxe originalidade em sua forma, tanto de pensar quanto de exercer o poder, sendo o anti-semitismo o ápice, também devemos reconhecer que se assentou em formas já antigas da tradição alemã, como o desejo de possuir uma unidade, a valorização do guerreiro, a crença no homem forte, entre outras, que facilitaram a ascensão ao poder de um movimento nacionalista extremista, antidemocrático e anti-semita que foi responsável por uma série de decisões que levaram à Segunda Guerra Mundial e todas às suas conseqüências posteriores.

A ascensão aparentemente inadiável de HITLER ao poder causou desconforto na Alemanha e nos países vizinhos. Pois HITLER não era um líder partidário comum, ele tinha grande ênfase no impacto visual e verbal, uniformes, emblemas, como a suástica, slogan repetidos. O uso da violência era parte integrante da luta pelo reconhecimento e pelo poder, e atraia tantos adeptos quanto repelia.

A mensagem do partido era: traidores dentro da Alemanha e inimigos externos haviam-na derrotado em 1918 e conspirado para mantê-la fraca desde então. Os nazistas exigiam que esses traidores fossem substituídos por patriotas alemães leais como eles, de modo que Alemanha pudesse recuperar sua força e romper Versalhes.

Os que haviam lido Mein Kampf (Minha Luta), escrito por HITLER, durante sua prisão na fortaleza de Landsberg, após seu prematuro lance pelo poder no complô da cervejaria de Munique, em 1923, encontraram essas ideias desenvolvidas detalhadamente. Os dois temas que o obcecavam eram a raça e a garantia de espaço vital agricolamente produtivo para o povo alemão. HITLER estava convencido de que as raças se degeneravam ao se misturarem e que o único modo da raça alemã conservar sua vitalidade e defender seu futuro era garantir sua própria pureza. Assim, a raça alemã deveria ser protegida contra os judeus, eslavos, ou qualquer outro de sangue inferior, para que pudesse se estabelecer como força dominante.

Já como segundo requisito, a Alemanha precisava sustentar sua raça e para isso precisava se expandir, caso contrário estava fadada a sucumbir a uma morte lenta. Essa expansão só podia concentrar-se a leste do território alemão e quando anexado pela Alemanha, os não-alemães deveriam ser expulsos e deslocados para outra parte. Garantido esse espaço vital, o povo alemão teria lançado as bases do Terceiro Reich.

Não havia nada de novo nas idéias de HITLER, o que marcou foi seu estilo, seu visual, sua capacidade de conquistar e fascinar o público e a crise na Alemanha de 1929 ofereceu a oportunidade que ele queria.

HITLER se voltou primeiro contra os comunistas e a seguir contra os demais partidos políticos. O novo Reichstag aprovou uma autorização legislativa que permitia a seu governo prescindir das formalidades e limitações constitucionais por quatro anos, a fim de tratar dos problemas do país, autorização essa que jamais foi revogada.

Quando Hinderburg faleceu, em 1934, HITLER assumiu a presidência e então todos os membros das forças armadas tinham que prestar juramento de lealdade pessoal a ele. Os campos de concentração, já haviam sido instalados na primavera de 1933, para cuidar dos inimigos políticos do Reich e o número deles só aumentava, para cuidar dos judeus, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová, criminosos comuns e de outros cujas características negativas pudessem ser obstáculos à ascensão alemã. Os alemães de ascendência ariana pura eram proibidos de se casar ou de manter relações sexuais com judeus e eram desaconselhados a se casar com não arianos.

HITLER tinha rigoroso controle dos acontecimentos e impunha a doutrina nazista em todas as esferas de vida alemã, ao mesmo tempo ele era um líder democraticamente eleito que trazia esperança e amor próprio à população alemã. O desemprego começou a cair e a Alemanha começou a ser novamente uma força política.

Em marco de 1933 sugeriu-se um pacto entre França, Alemanha, Grã Bretanha e Itália para começar a rever os tratados de 1919 no interesse da paz. Mas, em contrapartida, o serviço secreto da aeronáutica francesa registrava que no verão de 1933, a força aérea da Alemanha, legalmente não existente, teria mais de mil aviões, um terço dos quais sendo de bombardeio moderno.

O governo britânico compartilhava da preocupação do governo francês, atribuindo alguma culpa disso à intransigência francesa, pois se o governo francês tivesse sido mais compreensivo, HITLER jamais poderia ter chegado ao poder. Naquela situação, um acordo a respeito da limitação de armamentos com HITLER devia ser considerado assunto de urgência. E no exato momento em que a Alemanha começa seu programa de rearmamento ilegal. As forças armadas da Grã Bretanha atingiam o ponto mais baixo do período entre guerras, com efetivos do exército em cerca de 180 mil homens e a marinha limitada por tratados.

Em 14 de outubro de 1933, a Alemanha retirou-se da conferência para o desarmamento e HITLER anunciou a intenção da Alemanha de se retirar da Liga das Nações. Poderia, porém, reconsiderar seu retorno, se as reclamações da Alemanha fossem aceitas e apresentadas propostas sérias para atendê-las. Em janeiro de 1934, a Polônia, temerosa de que, em algum acordo entre a França e a Alemanha se concluísse uma revisão do tratado em seu prejuízo, foi o primeiro país a concluir um pacto de não agressão contra Alemanha.

O rearmamento da Alemanha e o início da ascensão de Hitler

Muito embora o tratado de Versalhes não estabelecesse prazo para limitação de armamentos da Alemanha, havia restrições bem específicas relativas ao poderio militar e naval alemão e a Alemanha estava proibida de ter forca aérea. Mas ficou claro, em 1935, que a Alemanha estava criando uma força aérea de bom tamanho. Longe de dissimular esse fato, HITLER aproveita toda oportunidade para mencioná-lo, dando a entender que estava disposto a discutir a limitação de armamento, caso as outras potências europeias fizessem o mesmo.

No mesmo ano, HITLER reintroduz o serviço militar obrigatório para possibilitar a constituição de 36 divisões do exército, num total de meio milhão de homens. A Alemanha assim dava andamento abertamente para política de rearmamento, em flagrante contravenção ao tratado de Versalhes e em primeiro de setembro de 1933, invade a Polônia e no dia 3 de setembro do mesmo ano, a França e a Grã Bretanha declaram guerra contra Alemanha.

FASCISMO: QUAL A DEFINIÇÃO?

A extensão da utilização desse termo foi feita primeiro pelos antifascistas, em especial do Komintern. Segundo este modelo - italiano ou alemão - é o último meio de defesa de uma burguesia acuada, executora de um movimento que quer ultrapassar a luta de classes, e desvia de seu alvo o anticapitalismo das classes populares. Graças à construção de um mito, de um chefe que consegue ganhar até as massas trabalhadoras, os fascistas tomam as rédeas do poder. Como a burguesia renuncia exercê-lo diretamente, o Estado pode aparecer independentemente das forças sociais que o controlam. Contudo, depois da Segunda Guerra Mundial, explicar a adesão maciça das populações a esses regimes constituiu uma das dificuldades dessa análise. As carências parlamentares, o medo da desordem, a frustração devido à mutilação de uma sociedade estressada do esforço de guerra e que se sente perdedora nos dois campos- Alemanha, Itália, Hungria-, medo do bolchevismo, tais seriam as únicas características que explicariam a aparição do fascismo nesses países.

TRATADO DE VERSALHES e o começo da humilhação da Alemanha

O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz, assinado pelas potências europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial. Após seis meses de negociações, em Paris, o tratado foi assinado como uma continuação do armistício de Novembro de 1918, em Compiègne, que tinha posto um fim aos confrontos. O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que, sob os termos dos artigos 231-247, fizesse reparações a um certo número de nações da Tríplice Entente.

Os termos impostos à Alemanha incluíam a perda de uma parte de seu território para um número de nações fronteiriças, de todas as colônias sobre os oceanos e sobre o continente africano, uma restrição ao tamanho do exército e uma indenização pelos prejuízos causados durante a guerra. A República de Weimar também aceitou reconhecer a independência da Áustria. O ministro alemão do exterior, Hermann Müller, assinou o tratado em 28 de Junho de 1919. O tratado foi ratificado pela Liga das Nações em 10 de Janeiro de 1920. Na Alemanha, o tratado causou choque e humilhação na população, o que contribuiu para a queda da República de Weimar, em1933 e a ascensão do Nazismo.

No tratado foi criada uma comissão para determinar a dimensão precisa das reparações que a Alemanha tinha de pagar. Em 1921, este valor foi oficialmente fixado em 33 milhões de dólares. Os encargos a comportar com este pagamento são frequentemente citados como a principal causa do fim da República de Weimar e a subida ao poder de Adolf Hitler, o que inevitavelmente levou à eclosão da Segunda Guerra Mundial apenas 20 anos depois da assinatura do Tratado de Versalhes.

O tratado tinha criado a Liga das Nações, um dos objetivos maiores do presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson. A Liga das Nações pretendia arbitrar disputas internacionais para evitar futuras guerras. Só quatro dos chamados Quatorze Pontos de Wilson foram concretizados, já que Wilson foi obrigado a negociar com Clemenceau, Lloyd George e Orlando alguns pontos para conseguir a aprovação para criação da Liga das Nações. A visão mais comum era que a França de Clemenceau era a mais vigorosa na luta por uma represália contra a Alemanha, já que grande parte da guerra tinha sido no solo francês.

Cedências territoriais

Outras cláusulas incluíam a perda das colônias alemãs e dos territórios que o país tinha anexado ou invadido num passado recente:

O artigo 156 do tratado transferiu as concessões de Shandong, da China para o Japão ao invés de retornar a região à soberania chinesa. O país considerou tal decisão ultrajante o que levou a movimentos como o Movimento de Quatro de Maio, que influenciou a decisão final chinesa de não aderir ao Tratado de Versalhes. A República da China declarou o fim da guerra contra a Alemanha, em Setembro de 1919, e assinou um tratado em separado com a mesma, em 1921.

A importância da Segunda Guerra para os Direitos Humanos

Muitas violações a dignidade da pessoa humana ocorreram nessa época, dentre elas pode citar: liberdades civis e individuais, a pena de morte, a intervenção em Estados para garantir a ordem.

Após a segunda guerra mundial que os Direitos Humanos se intensificaram a crueldade de Adolf Hitler fez com que fosse repensado o alerta em relação aos Direitos das pessoas.

O conflito terminou em 1945. E em 1948, diferentes países se reuniram para formar a Organização das Nações Unidas, que foi um grande avanço para os Direitos Humanos.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi elaborada em 1946, sendo o maior marco para os Direitos Humanos, em um contexto relacionado com eventos que se passaram durante a Segunda Guerra Mundial, essa declaração foi impulsionada pela Segunda Guerra.

Conclusão

Podemos verificar que Segunda Guerra foi consequência de uma Primeira Guerra mal resolvida, onde países vitoriosos quiseram humilhar e penalizar os países derrotados, além do necessário. Criando nos países derrotados um sentimento de vingança e revanchismo, ocasionando também seu endividamento para pagar indenizações absurdas.

Os países derrotados, principalmente a Alemanha se sentiam humilhados e ainda tinha o agravante de se encontrarem numa crise econômica, com isso deu chance de subir ao poder, os governos totalitários, que só esperavam uma oportunidade. Para infelicidade do mundo, Hitler consegue tomar o poder e mudar o rumo da história dando origem à Segunda Guerra Mundial.

Embora o nazismo tenha sido derrotado nessa guerra não há vitoriosos, pois muitas vidas de inocentes foram perdidas pela ganância e desejo de poder de alguns, espera-se que dessa vez a humanidade tenha apreendido algo e que não se repita o mesmo erro.

Como o mundo inteiro pode assistir ao extermínio de uma raça sem fazer absolutamente nada, simplesmente fingir que nada acontecia. Como um homem pode convencer uma nação inteira a se transformar em assassinos ou no mínimo em cúmplices de assassinato, mesmo estudando todas as causas que levaram a essa Guerra é difícil entender como o ser humano se deixa convencer a executar atos tão bárbaros e tão cruéis.

Diante dos fatos acima expostos podemos verificar que a segunda guerra mundial foi o fato determinante para que todos refletissem a respeito da dignidade da pessoa humana de uma forma mais eficaz. Houve uma flexibilidade da soberania dos países, pois nesse momento houve uma percepção que em alguns momentos deve-se unir forças entre as nação para garantir a soberania individual.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFIEO

LARISSA DONAIRE COSTA

AS ORIGENS DO FASCISMO NA ALEMANHA

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