RESENHA: Business intelligence: implementar do jeito certo e a custo zero

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BRAGHITTONI, Ronaldo. Business intelligence: implementar do jeito certo e a custo zero. Ed. Casa do Código, formato digital, 2017.


1. O autor

Ronaldo Braghittoni trabalha Tecnologia da Informação, especificamente em implantações de Business Intelligence e Gestão de Projetos. Ademais, é diretor de operações da consultoria SENNIT. 

2. Business Intelligence

Inicia o autor definindo Business Intelligence: termo cunhado por Howard Dresner, do Gartner Group, em 1989, para descrever um conjunto de conceitos e métodos para melhorar o processo de tomada de decisão das empresas, utilizando-se de sistemas fundamentados em fatos e dimensões. O BI baseia-se em agrupar informações de diversas fontes e apresentá-los de forma unificada e sob uma métrica comum, a fim de que indicadores aparentemente distantes possam fazer sentido entre si (Braghittoni, 2017, p.01).

Portanto, não seria uma ferramenta, mas um método, servindo para avaliar todas informações sobre um negócio. É, pois, uma plataforma capaz não só de aglutinar as informações transacionais, mas também de exibi-las de forma contextual, fazendo com que fenômenos escondidos se tornem visíveis (Braghittoni, 2017, p.01).

Como exemplo, ele dá o de um CEO de uma empresa analisando os indicadores de faturamento. No exemplo, o CEO descobre que o faturamento está abaixo do previsto. Liga então para o setor comercial e de produção e descobre que a taxa de produção e as vendas estão excelentes. 

Por fim, descobre que as notas fiscais dos produtos vendidos foram emitidas, mas alguns clientes não efetuaram o pagamento. Descobre, por fim, que as entregas para a região estão atrasadas porque uma das transportadoras está em greve.

O autor então conclui: Nesse exemplo, nota-se a importância não só de ter a informação, mas de tê-la de forma contextual, em conjunto com outras informações relevantes. O fenômeno nesse caso seria o impacto na meta de faturamento por conta de um fornecedor de transporte (Braghittoni, 2017, p.01).

No exemplo, o executivo teve que fazer várias ligações, conversou, indagou e, por si, só foi buscando a causa. Quanto tempo tardou em achá-la? E se todos esses dados estivessem ao seu alcance de imediato? Levaria ele vantagem sobre os demais concorrentes? 

Então, a plataforma com todos os dados, presentes, sempre atualizados, é fundamental para que o gestor possa decidir com mais segurança.

E se fosse algo mais sutil, algo não perceptível apenas com uma mera ligação telefônica? Afinal, mesmo perdendo bastante tempo, o executivo do exemplo encontrou a causa. No entanto, se a causa estivesse condicionada a variantes não tão claras e óbvias, talvez ele tivesse que marcar várias reuniões para encontrar uma resposta plausível. 

Mas se todas as grandes empresas possuem esse sistema de dados, qual a novidade do BI? - questiona-se o autor. Para responder, distingue dois tipos de sistema de análise de dados: os transacionais e os analíticos. Os primeiros, são sistemas em que as transações do dia a dia são geradas e atualizadas. São o ERP, o CRM, Sistema de pedidos, de chamadas etc. (Braghittoni, 2017, p.04). 

Já os analíticos, são basicamente Business Intelligence, e têm como função importar os dados coletados pelos sistemas transacionais e disponibilizá-los de forma centralizada, panorâmica e passíveis de serem analisadas por qualquer usurário.

Em suma, o BI é uma plataforma que coleta dados de plataformas menores, unificando as informações, criando um banco de dados que relacione, de forma rápida e inteligente, as informações que nem sempre parecem ter conexões entre si, mas que podem ser a causa de uma falha no bom rendimento da empresa.

3. Vantagens

O que o autor busca mostrar é que ter dados não é sinônimo de ter informação. É evidente que os dados são pressupostos para a informação, no entanto, se eles não forem mensurados adequadamente perdem-se no tempo e espaço. 

Assim, quando os dados são trasladados dos sistemas transacionais para o sistema centralizado promovido pelo BI, os dados se transformam em informações vitais para o bom andamento da empresa. 

Ou seja, transformam em Informação que pode guiar as decisões de uma empresa, definir as ações de uma equipe, ou revelar comportamentos inesperados que implicam em erros ou até mesmo em fraudes! A utilização dessa plataforma, aliada à experiência de negócio de cada usuário, passa a gerar conhecimento! Esse conhecimento, por sua vez, torna a empresa mais focada, mais competitiva, mais integrada, com menos perdas. O conhecimento vira valor! E agregamos valor ao nosso negócio com um investimento baixíssimo! (Braghittoni, 2017, pp. 200-201).

O autor, ainda, dá uma informação importante: Como quase todo o projeto de implantação de sistemas que presenciei ou tive conhecimento, o sucesso ou o fracasso da implantação, ou evolução de uma plataforma de um BI (e de outras disciplinas), está muito mais atrelado ao time, na competência e no comprometimento de cada um, do que nos softwares envolvidos (Braghittoni, 2017, p. 201).

Está implícito aí o seguinte: se uma empresa estiver empenhada em implantar um sistema relativamente barato (mais um pouco trabalhoso no início) pode ter a médio prazo uma forte plataforma de geração de informação, conhecimento e valor. Ou seja, vai depender muito do gestor, da sua capacidade de convencimento e de exigências para que o método seja eficiente. 

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Isso para uma empresa privada é mais fácil do que uma estatal. O gestor vai ter muitíssimo mais trabalho, pois terá que enfrentar-se a grupos contrários à inovação, grupos acostumados a uma forma de viver, muitas vezes vantajosa para eles, porém nem sempre favoráveis aos que recebem os serviços, ou seja, a população.

Isso não quer dizer que não possa ser feito, apenas que o trabalho será um pouco maior.


Sobre o autor
Elton Emanuel Brito Cavalcante

Doutorando em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente - UNIR; Mestrado em Estudos Literários pela Universidade Federal de Rondônia (2013); Licenciatura Plena e Bacharelado em Letras/Português pela Universidade Federal de Rondônia (2001); Bacharelado em Direito pela Universidade Federal de Rondônia (2015); Especialização em Filologia Espanhola pela Universidade Federal de Rondônia; Especialização em Metodologia e Didática do Ensino Superior pela UNIRON; Especialização em Direito - EMERON. Ex-professor da rede estadual de Rondônia; ex-professor do IFRO. Advogado licenciado (OAB: 8196/RO). Atualmente é professor do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Rondônia - UNIR.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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