Meu filho ficou classificado em 76. lugar na UFSC e, em vista de que 26 das 80 vagas estarao direcionadas para negros e indios, meu filho nao foi considerado aprovado. Tenho intençao de entrar com mandado de segurança pedindo o que lhe eh direito, visto que, pelo fato de ser branco, esta sendo discriminado e nao tera direito ao que tanto estudou e batalhou, Voces sabem se as açoes nesse sentido tem tido resultado positivo? Existe algum advogado em Florianopolis especializado nessas açoes?

Respostas

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    Christy Myriam Menezes Monteiro Terça, 06 de janeiro de 2009, 14h22min

    Sra Vania compreendo plenamente sua situação. Realmente isto causa uma revolta vez que seu filho está dentro do número de vagas oferecidas pela Universidade e não pode entrar e tomar seu devido lugar. Entretanto, e infelizmente, é Lei. Talvez a senhora até pudesse entrar com um processo mas isso levaria tempo, dinheiro e pciência (muita paciência) e não se chegaria a lugar nenhum, pois teria de ser declarada a inconstitucionalidade desta Lei defendendo o princípio de que perante a lei somos todos iguais (princípio da isonomia), mas o argumento dominante, dos defensores das cotas, nos meios jurídicos é o de que os desiguais devem ser tratados com desigualdades, ou seja, se os negros e pardos possuem uma situação desigual, inferior, à dos brancos eles devem ter um tratamento diferenciado para que possam se igualar, no caso das Universidades ter a prerrogativa das cotas para terem poderem se igualar e ficarem em mesmo número que os brancos.
    O que está acontecendo muito ultimamente é o de candidatos brancos se inscreverem como negros e pegarem as cotas, e não se pode proibir isso e não há como fiscalizar, pois o povo brasileiro é o resultado de uma grande mistura racial e mesmo que aparentemente uma pessoa seja branca ela pode ter decendência negra em seu DNA.
    O melhor é seu filho tentar novamente, sei que é frustrante, mas o resultado será mais rápido e com certeza menos cansativo.

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    João Cirilo Terça, 06 de janeiro de 2009, 22h51min

    E ainda há gente, que se diz sã e bem intencionada, que consegue defender um monstrengo desses.

    Bela maneira esta que os governantes enxergaram prá fazer média enquanto não fazem aquilo que é realmente necessário: criar escolas prá valer, com professores que ensinem prá valer, e não só prédios superfaturados para serem preenchidos por alunos, aprovados automaticamente no final do ano, enquanto recebem diariamente sua porção de merenda.

    Triste país é este que vai para trás a olhos vistos. Mas só pela pequena minoria sensata, ou então por pessoas que sentiram o problema na pele como a D. Vânia e seu filho, que certamente já descobriram da maneira mais amarga que aqui há racismo, sim.

    E descobriram também que ficará de fora da Universidade por conta dessas coisas abomináveis, que a sociedade vai acentando, insistindo em achar algum fundamento onde ele não existe, nem no direito positivo, nem no direito natural.

    Enquanto isso valho-me do conselho frustrante da Cristy: melhor que o candidato tente novamente. E novamente, se aparecerem outros tantos "cotistas" na frente dele.

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    Rodrigo Martins ... [email protected] Quarta, 07 de janeiro de 2009, 9h11min

    A quota tem seu objetivo social, um debate destes levaria semanas pois são muitas fundamentações para mostrar que a lei é válida e que devemos nos adaptar.

    O brasileiro só pensa em si mesmo, fecha os olhos para todos os problemas ao seu lado, enquanto não for com ele, nem se meche da cadeira.

    É como a lei Maria da Penha, tem sua função social, logo, válida.

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    João Cirilo Quarta, 07 de janeiro de 2009, 10h57min

    Rodrigo:

    Ia justamente falar da Lei Maria da Penha, mas iria desfocar o assunto: para mim, é outra monstruosidade inconstitucional.

    Para mim, veja bem. Respeito a opinião de todos, mas não posso fugir da minha.

    Função social é um termo, assim como democracia, cidadania, direitos humanos, dignidade e tantas outras do mesmo jaez que nada dizem, porque cada um manipula como quer, sendo muletas de retórica.


    Um forte abraço,

    João

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