Penso que devemos discutir e apresentar propostas de mudanças para o Exame da OAB. Temos que ser realistas, no Congresso há propostas de criação de exames similares para outros cursos. Ora, se estão criando novos exames, extinguiriam o da OAB? Penso que não.

O mais lógico e mais produtivo seria defender uma mudança no exame. Por exemplo, eu penso que os dados preliminares da peça, poderiam ser apresentados uma semana antes do exame. Dados como datas, qualificação de pessoas (data de nascimento principalmente), dados sobre coisas, data de propositura da ação, oferecimento da denúncia, pronúncia, da do recurso, etc. Para cada área deveria ser apresentado estes dados, antecipando aquilo que o advogado conhece de antemão.

Não é nenum absurdo. Pois, quando o cliente chega em um escritório de um advogado, conta sua história, apresenta seus documentos, diz qual é o seu endereço, etc., o advogado não pega um caderno, ou abre uma página em branco do word e inicia a digitação da peça cabível. Pelo contrário. Se dirige ao forum, faz carga do processo, ou tira cópias das peças necessárias, busca na lei, na doutrina e na jurisprudência teses de defesa (ou de ataque, conforme o caso) cabíveis e só aí redige a sua peça. Tudo isto é claro, quando não se trata daquelas ações onde ele já fez várias peças iguais e ele só muda o nome no início da peça, no final muda a data e no desenvolvimento nem precisa mudar nada, pois ele cita as partes como "autor" e "réu".

Assim, doutores, vamos iniciar um debate com o fim de criar propostas de mudanças para tornar o exame mais inteligente e menos subjetivo, de forma que avalie o bacharéu de acordo com a sua real capacidade postularória, não apenas se ele é capaz de decorar um ou outro modelo de peça.

Por exemplo, a proibição de usar livros que contenham modelos é absurda. É fora da realidade porque o causídico, como citado acima, muitas vezes muda, nos modelos que tem em seu computador apenas o nome da parte autora e a data ao final da peça. Desta forma, dá par crer que o exame da forma que é feito avalia alguma coisa? Definitivamente não.

Vamos abraçar esta causa. Vamos lutar pelas mudanças.

Lembrem-se: os examinandos de hoje serão os representantes da OAB de amanhã (em nível local, estadual e nacional), os juízes, promotores e, principalmente: os advogados.

Respostas

8

  • 0
    ?

    Jefferson Silva Segunda, 23 de março de 2009, 11h31min

    Vamos abraçar esta causa?
    Começar um manifesto para exigir mudanças no exame da OAB?

  • 0
    R

    rudolf_1 Segunda, 23 de março de 2009, 19h15min

    Concordo plenamente que tenhamos de tentar modificar a prova da ordem, acho muita pretensão querer extiguí-lo.
    Um bom início seria se após a aprovação na 1ª fase não fôssemos obrigados a repetí-lo caso não obtenhamos exito na segunda fase.
    Outro ponto importante seria que fosse cobrado o óbvio pois o detalhe será aprendido no dia a dia.

  • 0
    C

    claudio_1 Segunda, 23 de março de 2009, 20h14min

    Caros amigos, sou a favor de não ter que repetir a primeira fase qdo se repete a segunda.
    Eu vejo muito se falar em vamos fazer, vamos fazer, mas não se faz nada.
    O maior problema é que, quem realmente precisa da aprovação do exame é quem rala e não tem tempo de estudar, pq se tiver tempo pra estudar passa.
    Existem bons profissionais que tem dificuldades de passar no exame, não por ter cursado uma faculdade fraca e sim por ter que defender o pão de cada dia e a noite é um sacrificio estudar.
    Quem me dera se pudesse ficar em casa estudando de 4 a 6 horas dia.
    Não importa qtos profissionais podem estar nas ruas, só quem é honesto e tem vontade de fazer um trabalho de verdade vai sobreviver, mais isso a OAB não vê.

    Abraço a todos.

  • 0
    ?

    Jefferson Silva Segunda, 23 de março de 2009, 21h55min

    Um grande problema a ser enfrentado é que o exame deixa de ser problema de quem passou.
    No Direito isto se chama falta de interesse processual.
    Depois que está aprovado, são poucos os que ligam. Mesmo os que acham que deve mudar, não lutam para isto.
    Passam a cuidar, cada um, de sua vida.

    Mas, se fizerem um manifesto. Levar a causa adiante, fazer outras vozes se unirem a esta, poderemos conseguir mudanças.
    Mas a corrente tem que continuar.

  • 0
    U

    UBIRATAN Sexta, 27 de março de 2009, 2h37min

    Ha no congresso um PLS (Projeto de Lei do Senado) de nº. 186/2006, encontra-se na mesa do relator da Comissão de Educação, que é o Senador Marconi Perilo PSDB para emitir um parecer e devolvê-lo a Comissão de Constituição de Justiça para a apresentação, este projeto é de autoria do Senador Gilvan Barros. a Intenção é alterar o art.8º e 54 do estatuto da OAB. Para maiores consultas, basta acessar o site www.senado.gov.br, verificar na aba atividade legislativa e pesquisa a tramitação projeto.

    Vamos começar a cobrar este andamento, enviando email's a todos os 81 senadores questionando qual o seu pensamento a respeito da votação da alteração da lei n°. 8.906 de 04/07/94, precisamente do art.8º inciso IV e art. 58 inciso VI e art.84

    Atenciosamente,

    José Ubiratan

  • 0
    S

    Silvana Amorim Segunda, 30 de março de 2009, 10h17min

    Me ajudem perdi a 2ª fase porque não fui informada da aprovação após a releitura da prova objetiva, o que faço para para garantir o direito já que não fui informada por emai nem via postal. Urgente

  • 0
    ?

    Jefferson Silva Segunda, 30 de março de 2009, 14h48min

    Silvana, infelizmente neste caso penso que a única maneira é fazer outro exame.
    Desde o início é avisado a todos os candidatos que todas as notificações serão feitas através do site.

  • 0
    O

    Osmar Segunda, 30 de março de 2009, 15h11min

    Caros pensava justamene como vocês, mas, depois que resolvi estudar e me dedicar passei no exame, e percebi qeu o exame não é tão dificil assim.
    E hoje penso deveria ter uma terceira fase, isso só contribuira para elevação profissional .

Essa dúvida já foi fechada, você pode criar uma pergunta semelhante.