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    Marcelo Araujo lima Quarta, 22 de junho de 2005, 16h03min

    Olá caro Vladislav! Primeiro tem que se entender o que Igreja e o que é Estado. Originalmente, quando se refere à palavra IGREJA, tem-se em mente o termo grego ECCLESIA, que era a assembléia da pólis grega, onde se reuniam os anciãos para deliberações em geral. Com o cristianismo, tal termo foi alocado à significação de comunidade que se reúne em torno da fé em Cristo. Ora, com a queda do império romano e a consequente aproximação da comunidade cristã com o poder estatal, a Igreja passou assumir um poder não somente espiritual, mas também social (ou temporal, como era denominado). Tal situação perdurou até meados do século XVIII, quando por ocasião da Revolução Francesa a separação entre Igreja e Estado se deu por completo. Sendo que nos países subdesenvolvidos, como o Brasil, por exemplo, tal situação dura até tempo atuais, como se vê ainda em pequenas cidades do nordeste.
    Já o Estado significa, muito sucintamente, a expressão coletiva do Homem que vive em sociedade.É a reunião de pessoas sobre a égide das leis, da ética,da economia,da política, da religião etc, etc etc. O Estado é expressão da História.
    Pois bem, a posição da Igreja mudou em parte. Por um lado ela não é mais o Estado, como era; entretanto, hodiernamente ela assume sua posição como parte dentro do corpo social, pois ela é composta de homens, portanto, também sociedade. Data venia, a Igreja É MEMBRO da sociedade humana, pois ela é também humana. E, se sentindo parte desse grande grupo, trazendo consigo uma carga histórica inigualável, ela é responsável, também pelo rumo que a sociedade pode tomar. Por isso, que o Papa, muitas vezes interfere com sua voz nas decisões das sociedades, pois o papel da Igreja, justamente, é ser luz no mundo e sal para dar sabor na massa.
    Portanto, A Igreja, sendo entendida não como secretaria do Estado, mas como membro ativo com voz e vez perante as decisões sociais, faz a sociedade humana caminhar rumo à plenitude da Vida, que é a presença viva e atuante de Deus.

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    rafael_1 Domingo, 27 de julho de 2008, 3h05min

    A doutrina Tradicional da verdadeira e única Igreja fundada por nosso Senhor Jesus Cristo diz que o Estado e a Igreja são sociedades distintas e soberanas, mas não deveriam ser separadas.Quando o Estado interfere no bem das almas (como distribuição de camisinhas para as nossas crianças, quando aprova o aborto, ou pesquisas com embriões...) ou a Igreja querer direcionar os fiéis a um partido ou a uma ideologia, ou a interesses que não sejam para a salvação das almas (como interferir no referendo do plebicito do desarmamento, indicar um candidato comunista o que seria não católico, ou querer interferir nas contas públicas....) Estas funções estariam deturpadas, portanto contra a Doutrina da Igreja.

    Estado e Igreja devem andar harmoniosamente com justiça e caridade


    A separação total imposta pela Rev. Francesa teve seus frutos como os assassinatos de religiosos e sacerdotes, utilização do povo como massa de manobra na crise do trigo feita por eles, um ditador como Napoleão que matou mais que Hitler para impor sua falsa liberdade.
    Hoje vemos os Estados laicos que se disfarçam de imparciais que, na verdade, são anti-cristãos como os da Rev. Francesa.

    É falso dizer com uma falsa teologia da esperança pregada por E. Bloch e Multmann e pelos hereges da Libertação querer estabelecer na Terra o fim último do homem. O reino de Deus é transcedente, mas imanente. Não é deste mundo, mas age neste mundo. Decisões sociais e temporais é atribuido ao Estado e decisões que competem a moral, ao bem das almas competem a Igreja, porém os dois deveriam, segundo a Igreja, viver harmoniosamente estando as duas sociedades em seu devido lugar porém não separadas.

    O rumo a consolação eterna ("ou plenitude da vida"não entendi este termo, por favor me explique) nunca alcançaremos aqui neste mundo, mas somente na eternidade, no céu.

    Grato pela atenção

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