Caro Rodolfo,
São muitas indagações, no entanto, a história nos disponibiliza respostas, quanto ao nosso amiguinho Comte, arrisco dizer que mais do que um sábio ele foi um mestre, observando seus estudos, onde ele aponta a sociedade e seu desenvolvimento de acordo com o organicismo, onde o Darwinismo é o verdadeiro impulsor, vêmos que com grande originalidade ele soube apreciar, ao associar o homem e suas fazes, como ocorre quando ele associa a fase infantil com a teológica, onde a sociedade nos implanta crenças e medos (criança geralmente tem medo de bicho-papão, monstros, enfim...); passando outrora pela metafísica, que equipara-se à adolescência, onde têm-se a impressão de que salvar-se-á a terra de todos os males (como exemplo cito os revolucionários franceses que tinha por objetivo a igualdade, fraternidade e liberdade); restando como último o estado positivo, o ápice da pirâmede... Entretanto, esse ilustre cientista também analisou a sociedade quanto coletiva, apontando que existem dois modelos que denominou como solidariedade mecânica e orgânica, sendo a nossa atual orgância, salvo engano, por sermos individualistas e dotados de desejos ilimitados, tendo como importante aspecto, pelo menos para nós (estudiosos do direito) o fato de ser esta fase correspondente ao direito restitutivo.
Todavia, percebia-se que a sociologia que teve como sua antecessora a fisiologia (por esse motivo Comte a fundou no organicismo - onde via os institutos desta sociedade - família, religião, propriedade e casamento - como basilares desta sociedade, ou melhor, orgãos equiparados aos biológicos, como de fato em meu ver o são), voltando, a teoria ainda se encontrava abstrata ao extremo, vindo ser explorada com imensa magnetude por nosso outro amigo de estudos Émile Durkheim, o que ao meu ver foi um trabalho de dilapidação, ou seja, ele pegou uma pedra bruta e a valorou, olha... não preciso dissertar sobre ele por saber que você já deve estar cansado de saber... Em face disto, encerrarei minha viajem com a pretendida resposta, onde buscarei vislumbrar que ao meu entender, cada um teve sua parcela indispenável de importância, ora, Durkheim teve por meio de análise estudar a sociedade como um fato social, onde várias são as classificações. Sobre seus meios, digo que foi por meio de Durkheim que aprendi a estudar esta ciência, ou melhor, foi analisando o fato como coisa, onde afasto as pré-noções, e não me envolvo com o objeto estudado, por fim... ele e nosso amigo Comte são independentes, cada um com suas peculiaridades, não me guardando ao afirmar que se eu fosse Durkheim não seria louca de fugir dos pressuposto aclamados pelo primeiro mestre.
olha, vou parar por aqui porque me perdi... peço desculpas pelos eventuais erros...
Um abraço,
Roberta Lavôr