Prezada Carmem

Você pode constituir advogados diferentes para atuar em causas diferentes, desde que passe procuração para o causídico.

Toda a procuração vem escrito: " especialmente para propor ação de....".

Caso vc ganhe nas ações propostas, cada advogado receberá os honorários da ação que ele trabalhou(ex: o que propôs ação de perdas e danos, receberá para esta causa) O advogado recebe pelo que faz, portanto se um advogado não atua em outro processo seu, não tem o porquê de receber verbas que pertencem a outro atuante

Se você quiser pode comunicar ao seu advogado a intenção de constituir outro para outra ação, mas não é obrigada. Bop s.m.j.

Dra. Zenaide:

a D. Carmen é freqüente consulente a nos trazer seus problemas e a merecer nossa colaboração. Com o tempo, alguns de nós temos reavaliado a importância de querer ajudá-la, pois quase sempre ela requer de nós, via internet, que façamos algo em seu favor que somente um profissional com mandato (às vezes, nos autos) poderia fazer - por exemplo, recorrer, se manifestar, etc.

Temos simpatia (creio que todos pensam assim) e nos condoemos com sua situação, desde a familiar até as que foi trazendo aos poucos.

Comecei a lhe dar alguma atenção em "off", via e-mail direto, ao sugerir que problemas íntimos e familiares não deveriam ser tratados de público (alguns exigem segredo de justiça), com o que ela não concordou, levando-me a pô-los, também, no fórum proposto. Outros colegas entenderam, diferentemente de mim, que não havia nada de mais em discutir relações de adultério e relações potencialmente concubinatárias de público, e eu respeitei a opinião de quem assim pensa.

Quando me deparei com esta, vi que a veneranda senhora, uma vez mais, estava a postular algo inviável, e não se conforma com isso. Temo que ela esteja querendo passar procuração e envolver outro advogado NA MESMA AÇÃO, apenas para uma manifestação. E que, por não estar devidamente advertido, o colega aceite a causa e caia numa esparrela. O que me parece é que ela não confia no advogado que tem e quer mudar. A ética mandaria que ela lhe comunicasse o fato e solicitasse a ele, pagando pelos serviços prestados até então, que substabelecesse para outro de sua confiança.

Sei que não é fácil convencer um potencial cliente da necessidade de manter o colega na causa. Até admito que algumas vezes dá vontade de substituí-lo, ao ver ou achar que ele está conduzindo mal a demanda, peticionando errado ou deixando de agir como e quando devido. Já vivi essa questão em mais de um caso. Minha mulher está sendo prejudicada porque o advogado de uma causa em que ela é parte autora, aparentemente, se desinteressou e andou perdendo prazos. O que fazer? Tem sido em vão as tentaivas de fazer com que seu escritório tome as providências requeridas, mas não tem sido possível "obrigá-lo" a agir. Denunciar à OAB seria uma opção, conquanto incômoda a um colega (ela também é advogada).