Fui traido e quero a guarda de minha filha! Me ajudem por favor!
Sou casado há 8 anos e tenho uma filha de 2 , descobri recentemente que minha esposa andou saindo com um cara do trabalho dela! Eu trabalho meio que direto tenho 2 empregos que me custam a semana e os fins de semana. Ela praticamente que cuida da minha filha pega na escolinha leva, faz dormir tudo quanto a isso nao me queixo mas ela me meteu um par de chifres e isso ao adimito quando a confrontei disse que vive sozinha que nao dou atençao mas poxa vida estou trabalhando. Ganho mais que ela tenho condiçoes de sustentar minha filha e a quero para mim. E tenho o cara que saiu com ela como testemunha pois ele garante e mais duas pessoas que trabalham com ela que sabem.Tenho mnsagens que ela mandava pra ele e tudo mais. Nao quero minha filha com ela. O que faço? Tenho chances de conseguir?
Jm, acho que vc não vai gostar da resposta... ah, não sou advogado, sou somente um curioso, ok?
Uma coisa é o que vc sente. Larga essa mulher e vai encontrar uma pessoa que te respeite. Deixe ela conviver com gente da laia dela. Cuide da sua vida, pq o melhor que vc faz com essa mulher é deixar ela bem longe de vc. E isso não depende da justiça, não tem juiz que te diga o que vc tem de fazer da sua vida. O seu relacionamento com ela é decisão unicamente sua.
Agora, juridicamente, adultério não é crime. A única coisa que ele significa é que ela teria culpa na separação. Efeitos práticos? Ela perderia o direito à pensão PARA ELA. E mesmo isso entendo que não seria fácil, o advogado teria que usar uma argumentaçõa muito boa. Ainda mais que ela trabalha, e provavelmente não tem direito a pensão para ela (não confundir com a pensão da sua filha). Então, usar o argumento do adultério não te traz nenhum benefício.
Com relação à guarda, novamente, adultério não é crime. Ela não perderá a guarda por causa disso. O juiz precisa achar que o comportamento dela é nocivo à criança, tipo que ela seja traficante, prostituta (e que atenda na frente da filha), que bata na criança, coisas desse nível.
Olha, vc diz que a mãe não tem moral para ficar com a filha... sabe como o juiz pode escutar isso? Que vc está com muita raiva da sua ex-mulher e quer punir ela através da filha. Cuidado para que o juiz não pense dessa forma. Agora, o que REALMENTE importa é o que é melhor para a sua filha. Pense na sua filha, e em tudo de bom que vai acontecer com ela. Esqueça a sua ex-mulher, ela faz parte do passado, está morta e enterrada. Só tente manter uma convivência civilizada com a mãe da sua filha, isso será muito bom para a sua filha.
Vá viver a sua vida, trabalhe menos e curta mais... todas as mulhers que vc deixou de sair nesses anos estão te esperando. E curta a sua filha, tire mais tempo para a sua filha. Provavelmente vcs vão ficar apertados de dinheiro (ao se separar, isso é a regra), mas isso se ajeita de alguma maneira. Curta a vida e curta a sua filha, só não deixe ela passar necessidade.
Pq doutora Juliana? eu trabalho sou transparente ela sabe quanto levo o quanto gasto , e outra ela vai pagar aluguel eu nao como ela vai se virar com 850 reais? entre aluguel, agua luz e minha filha ela na vai conseguir... ela diz que me traiu pq uma pessoa disse a ela q eu a traio... tem duas que fico ate 4 dias fora vai saber o que ela nao faz nesses dias? e o cara que saio com ela me trouxe mensagens que ela mandava marcando o encontro ele diz que foi so uma vez e nao houve relaçao carnal somente alguns beijos mas so isso p mim ja e traiçao.. e quando ela fez isso deixou a minha filha com a madrinha. Sou sincero e conto o que aconteceu mas muitas veses ela coloca nossa filha de castigo e tem um terrivel vicio de gritar e vou falar isso ao juiz. Minha filha sempre diz que prefere a mae que quer ficar com a mamae e tudo mais mas o juiz nao vai levar isso em conta neh?
A resposta de "eppp", embora refira não ser advogado, e, a princípio, ter uma impressão de conselho pessoal, não deixa de ser correta quanto à interpretação das questões jurídicas.
De fato, a questão relativa à quebra de um dos deveres do casamento (fidelidade), atraindo a culpa da esposa infiel pela separação, não significa que ela perderá tudo.
Mesmo a pensão alimentícia, ainda que comprovada a infidelidade (procedimento extremamente desgastante para ambas as partes, e principalmente para a filha), isso não significa que a esposa perderia o direito aos alimentos, cuja obrigação decorre do laço parental criado com o casamento, combinado com a necessidade dela e a tua possibilidade. Ressalto que a ressalva contida no § 2º do art. 1.694 do Código Civil, quando diz que os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia, está se referindo à culpa pela necessidade e não culpa pela separação conjugal.
Também na questão patrimonial, a culpa decorrente da infidelidade não acarreta qualquer perda de direito à partilha dos bens adquiridos durante a união conjugal. São situações distintas, uma é a culpa pela rescisão do casamento e a outra é a questão patrimonial que não é afetada por aquela.
De acordo com a prática forense, a culpa somente teria efeito quanto à responsabilidade pelo pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.
Por fim, a guarda da filha também não poderá, jamais, sofrer qualquer influência por conta da culpa pela separação. A guarda de filhos é a situação mais tormentosa que envolve uma dissolução de casamento, e ambos os divorciandos devem ter o bom senso de enfrentar a situação com responsabilidade, para que o(a) filho(a) não seja alvo das fagulhas disparadas em razão do desacerto matrimonial. O caso deverá ser tratado pelo juiz, que se valerá de estudo social (equipe de psicólogos ou assistentes sociais vinculados ao juiz), e não apenas a vontade do pai ou da mãe, como forma de punir ou se vingar do(a) cônjuge infiel. O interesse da criança é que deve prevalecer, e esse interesse será avaliado por equipe preparada para isso, e nenhum dos pais poderá jamais tentar manipular a criança de forma a criar sentimento de rancor contra o outro genitor. Como o próprio consulente disse, a mãe sempre cuidou bem da filha, e a retirada abrupta dos cuidados maternos talvez não seja o mais apropriado, principalmente levando em conta a desgastante carga de trabalho do pai, pelo que nessa hipótese a filha não teria o cuidado da mãe, e também não teria o cuidado do pai, cujos compromissos profissionais lhe tomam todo o tempo, mas isso deverá ser investigado pela equipe social vinculada ao juízo, caso os pais não se ajustem. Poderá, inclusive, ser determinada a guarda compartilhada entre ambos os pais, caso isso se mostre adequado.
Valioso o conselho do "eppp", sendo muito importante, neste momento, caso não seja possível a reconciliação, que os divorciandos promovam o divórcio, preferencialmente, de forma consensual, evitando-se esses embates judicias, que somente causam constrangimentos desnecessários, procurando minimizar efeitos negativos à filha, mas, ao contrário, deverão se esforçar para que a criança não sofra ainda mais com a já sofrida separação dos pais. Coloquem-se no lugar da criança, um ser indefeso e dependente, não poderá jamais ser vitimada pela divergência ocorrida com seus pais. Repito: coloquem-se no lugar da criança!!!
São essas minhas considerações.
FÁBIO VILELA EUZÉBIO OAB/PR 27.986
adulterio nao é crime e pelo que vc disse, vc nem tem tempo para poder estar com a filha... para quer a guarda?? apenas para dar o troco??
sou super a favor de guarda compartilhada... gostaria muito inclusive de conseguir isso.... mas nao para dar o troco... a intenção é que a criança conviva com ambos os genitores igual... e nao que se use a criança para punir o outro genitor.... a criança nao tem NADA a ver com a dificuldade conjugal de vcs
eu sempre quiz o bem da minha filha. Nunca falaria o que a mae fez a ela pq na realidade e uma boa mae so que nao me sinto seguro em deixar a criança com ela sem eu por perto. Caros senhores de 0 a 100 qual seria a minha chance de ficar com minha filha dentro disso tudo que lhes contei? e agradeço muito desde ja por tomar o tempo de vcs. Obrigad.
NAO!! a fidelidade conjugal nada tem a ver com a guarda do menor, a nao ser que interfira em sua segurança e educação. a questao é que SEGUNDO VOCE MESMO DIZ, nao tem tempo para cuidar nem da futura ex-esposa, tambem certamente nao terá condiçoes nem tempo pra cuidar da menor. é isso que o juiz vai dizer. cuidar de um menor EXIGE tempo e dedicação. A questão conjugal é mero detalhe, nao iterferindo em relação ao menor.
PS: (onde já se viu um post scriptum antes do texto? só na internet mesmo...) Ecrevi uma resposta e depois viq ue já tinha um monte de posts no meio... Jm, achei bem completo o post do fábio, e se for se separar mesmo, faça SIM uma separação amigável... mesmo que vc esteja bufando de raiva...
Julianna, sabe que ando pensando em fazer Direto mesmo? Mas não é uma boa idéia, eu ia é tomar porrada de juiz, sou muito chato e sei disso...
Jm, olha, sobre a guarda... espere a opinião de advogados, ou consulte um advogado e exponha tudo que tenha contra ela. Colocar de castigo e gritar me parece muito pouco para que vc fique com a guarda, mas um caso só é analisado como um todo, precisa ter todos os detalhes possíveis. Mas acho difícil vc conseguir a guarda se a mãe não concordar. Ah, eu não sou advogado, não leve a minha opinião muito a sério, ok?
Bom, outra questão, já totalmente fora da esfera jurídica: depende do que vcs queriam do casamento. Vc se vê como o cara que trabalha pra caramba para garantir o presente e o futuro da família, para que nunca falte nada. E ela te vê como o cara que é viciado no trabalho, que se importa mais com o trabalho do que com ela. Ela não percebe que tudo que vc trabalhou foi para os dois, e não pq vc gostava de trabalhar que nem um camelo. E como resolver essa diferença na percepção do que está acontecendo com o casamento? Ué: 1 - não resolve, vcs se separam 2 - vc muda 3 - ela muda 4 - cada um muda um pouco
Parece que vc está na alternativa 1... lembre-se a decisão é unica e exclusivamente sua. Sabe... faz um tempão que li um negócio aqui no fórum que não me saiu mais da cabeça: era uma mulher, já separada há algum tempo, falando sobre o ex-marido e as dificuldades com os filhos (guarda, pensão, essas coisas). Ela disse mais ou menos o seguinte: "as coisas só começaram a melhorar na hora em que consegui separar a figura do meu ex-marido e do pai dos meus filhos". Tá muito cedo para pensar nisso, por enquanto é a raiva da traição e a raiva de ter acabado com o casamento, mas vai chegar a hora certa.
A sua filha tem 2 anos, certo? Bom, ela é realmente bem pequena... sinceramente, acho melhor a separação nessa idade do que aos 10 anos. O importante é que ela continue te vendo como pai e ela como mãe.
Ah, vc fez menção sore valores e pensão... bom, aí volta à area juridica...
Jm Marcelo, todo pai quer o bem dos filhos.
Acredito que você não colocaria a filha contra a mãe.
Mas, se ela é uma boa mãe, o teu sentimento de insegurança não vai ter qualquer influência na decisão judicial, que irá se pautar em aspectos técnicos, ou seja, estudos através de equipes especializadas.
Me desculpe, mas a ciência do direito é dinâmica, e, portanto, não poderá, jamais, ser aferida em números, voltando a repetir que a decisão judicial que definir a guarda deverá se valer de estudos especializados, não sendo uma questão simples de se resolver.
Procure um psicólogo. Ele irá te ajudar a poder enfrentar essa dolorosa situação da melhor maneira possível, sem que isso implique em prejuízo para a tua filha, e, a meu ver, este teu sentimento momentâneo de rancor poderá prejudicar a pequena, e acredito que não seja esta a tua vontade.
Boa sorte, e que Deus te ilumine.
Deixa essa leviana de lado e segue tua vida. Ajuiza teu direito de visita e cai fora dessa sem vergonha. Se tu acredita em Papai Noel deves acreditar tambem que nao houve conjuncao carnal. Muitos ja passaram por isso e hoje estao melhores que antes, inclusive com uma companheira decente, bom salario e até mais nova. Aconteceu comigo. Sorte.
