Suspeito dos meus vizinhos por maus tratos do filho de 3 anos!!!!!
Gostaria de uma orientação de como proceder para fazer uma denúncia contra um casal de vizinhos que tem um menino de 3 anos de idade. O caso é o seguinte: É um casal bem jovem, evangélico, casados a pouco mais de 3 anos. Tiveram um filho bem no início do casamento. Nas primeiras semanas, não ouvíamos quase o bebê, mas com o avançar da idade, a criança iniciou um processo de choro constante, o que muitas vezes nos levou até eles para oferecer ajuda, por constatar inexperiência do tipo se está com fome, fralda molhada, cólicas etc....Sabe o que ouvi eles me dizerem em relação ao choro de um bebê de 3 meses de idade? É MANHA!!!!!!!!! Bem, eu ri meio constrangida e educadamente informei a eles que um bebê de 3 meses chorava pq era o único meio de comunicação que eles possuíam e que cada tipo de choro, com o passar do tempo, vc identifica se é fome, dor ou fraldas com cocô e xixi, ou simplesmente um afago e um colo, mas que em hipótese nenhuma deveriam ignorar esses fatos pq jamais seria manha. O tempo foi passando e a criança chorava sempre, as vezes com uma intensidade tão absurda que eu sempre ia lá perguntar se o bebê estava bem, pq eu não ouvia nada da parte dos pais, parecia que eles ignoravam a criança, não se ouvia a mãe falar com a criança, ou cantarolar uma música para niná-lo, enfim, me bateu um pavor muito grande de pensar que a criança estava chorando por qq um dos motivos possíveis acima citados e eles ainda estarem interpretando como manha, deixando de suprir as necessidades dessa criança. A criança completou 1 ano de vida e continuava episódios de choros compulsivos e um silêncio total dos pais, até eu ouvir o pai falando ao celular no momento do choro: "é, ele tá chorando sim, deixa ele massagear o pulmão pq faz bem." Fiquei indignada com aquilo, cheguei a pegar o telefone para ligar para o 125 e realizar a denúncia, mas certamente ele saberia que éramos nós, pois nosso muro incomum é baixo e dá para ouvir até os passos em casa....e tb pq estávamos sempre perguntando se o menino estava bem. Bem, o tempo passou, hj ele está com 3 anos, o choro é cada vez mais agressivo, mais desesperador, mais contínuo, hoje ele acorda chorando ininterruptamente vai até a hora do almoço chorando, toma banho chorando, entra no carro chorando e Deus sabe se no caminho para a escola tb não chora. Aí, o pai que trabalha em casa (é artista plástico) retorna para casa, o silencio impera do choro do menino e eu ouço ele no ateliê dele pintando suas telas, o celular dele tocando, ele falando ao telefone....a mãe trabalha fora e só chega tarde da noite....quando é chegada a hora do retorno do menino à casa , umas 17 horas mais ou menos....eu já escuto o carro chegando ao portão e o menino já chorando demasiadamente....ele entra com o carro na garagem, a criança chorando, nada diz pra ele, nada mesmo, nem do tipo: filho já chegamos, vamos fazer um lanchinho, ou vamos descansar da escola, ou vamos brincar....qualquer coisa que naturalmente um pai e uma mãe falaria ou agiria na hora em que seu filho está chorando. Mas o que eu percebo é que eles realmente ignoram qualquer outra possibilidade que não seja a manha ou a massagem no pulmão, “pq faz bem”. Hoje já não vou lá perguntar o que há com o menino, eu falo um pouco mais alto para ele escutar que nós estamos percebendo tudo o que acontece, e suspeitamos que isso seja sim, uma forma brutal à uma criança, que ignorar é uma atitude inadmissível, negar amparo, não suprir as necessidades básicas de sobrevivência saudável de um ser humano indefeso. O que ocorre nesses momentos em que eles nunca tentam controlar o choro do filho e nós começamos a mostrar nossa indignação, eles simplesmente levam o menino até o carro e saem com ele (chorando), dá um tempo de umas 2 horas no máximo e retorna para casa com o menino ainda em prantos...e assim é a vidinha dessa criança até o momento que ele se cansa e perde a força, pois o choro vai ficando enfraquecido e ele adormece. Não é cabível que uma criança de 3 anos não brinque, não ria, não se suje, não caia, não faça traquinagens, não tenha momentos de lazer, de aprendizado, educação, de paz, de aconchego, de abraço, de carinho , atenção e cuidados. O que me fez chegar ao ponto de levar uma denúncia adiante, foi uma “dica” do próprio pai da criança, que há pouco mais de 2 meses, meu marido comprou um instrumento de percussão e passou a freqüentar aulas e a treinar em casa 1 hora por dia, de 16 às 17h (horário aproximado que meu marido chega do trabalho). Ele bateu em minha porta e disse que não agüentava mais aquele barulho, que estava atrapalhando a concentração dele no trabalho e que o menino não podia dormir. Pois bem, meu marido disse a ele o seguinte: eu estou no meu momento de lazer, não estou fazendo isso em horário impróprio e aproveitando que você falou em barulho, eu nunca fui bater a sua porta para reclamar dos choros incessantes do seu filho, e que vocês não fazem nada para conte-lo ou da sua TV alta de madrugada com cultos evangélicos. Ele se tomou ofendido e disse: Você quer me condenar sob a forma que eu educo meu filho?? Então me denuncie!! Ora, achei aquela reação óbvia demais e interpretei que eles realmente tem consciência de que agem incorretamente perante aquela criança, ou que o outro vizinho, ao lado dele, que é advogado, deva ter lhe passado alguma orientação quanto a isso, pois nunca mais eu percebi esse vizinho sequer dirigir-lhe a palavra, sendo que eles eram bem próximos anteriormente. Poucos dias após esse episódio, uma senhora que entrega telas de pintura para ele, bateu em nossa porta perguntando se nós na poderíamos recebê-las em nossa casa, pois ele não estava e ela faria viagem perdida. Meu marido então, concordou e ela colocou umas 30 telas em nossa varanda, bem de frente para a varanda dele, para que qdo ele chegasse, visse que estávamos com o material. No dia seguinte eu o chamei pelo muro e informei que as telas estavam lá, para ele, assim que pudesse viesse buscá-las. Ele veio e me disse: “Obrigado e agradeça ao seu marido, aliás eu precisava falar com ele sobre a minha reclamação que fiz do barulho do instrumento. Diga a ele que pensei bem e vi que fui rude demais, diga a ele que pode tocar sim, afinal ele trabalha tanto, precisa ter seu momento de lazer, se for o caso eu vou na rua nesse período com o menino.” São suposições, suspeitas mas que no meu extremo desespero, preciso fazer alguma coisa e denunciar ao Conselho Tutelar, para verificar o que realmente ocorre, pq não está dentro de uma normalidade aceitável por ninguém, mesmo que para isso gere total certeza a eles de que fomos nós a denunciá-los. Existe algum órgão que possamos enviar esse relato por escrito ou por telefone?? O número do telefone é o 125 (conselho tutelar) ou existe algum outro?? Encaminhei esse Relato ao Ministério da Justiça e este me informou para ligar para o disque 100 (Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República).