Perseguida e ameaçada pelo ex-companheiro - O que fazer?
No final de 2009 até começo de 2011 fui perseguida pelo meu ex-companheiro que não aceitava o fim da nossa relação. Eu deixei bem claro para ele o que pensava, conversei horas e horas mas nada adiantava, ele não aceitava a separação. Assim, por todo esse tempo, ele me ameaçou de morte por telefone, por mensagem, me perseguia por redes sociais e fazia "escândalos" em frente de casa com agressões verbais e uma vez quase concretizou-se fisicamente, salvo que todos os meus amigos já sabiam da situação e sempre tentavam me proteger. Mesmo eu começando outro relacionamento (que hoje sou casada com essa pessoa), chegou uma hora que a situação se tornou insuportável e eu sofri muito, porque por onde eu ia ele estava de carro atras, ligava para mim de 5 em 5 min e ficava a noite inteira mandando mensagens - chegou a registrar mais de mil mensagens no meu celular, enfim, acabei trocando o meu chip, telefone de casa, eu tinha atenção especial pelo segurança na saída do meu emprego, minha família inteira preocupada, e, apesar da compreensão do meu atual marido, na época, ele queria de qualquer jeito "ficar cara a cara" com o meu ex, o que me preocupava muito o resultado de tudo isso (ele também era ameaçado pelo meu ex). Enfim, meu ex fez um terrorismo perfeito, e isso é um sofrimento muito grande para a mulher pois nos sentimos frágeis diante dessa situação e até "culpadas" pela preocupação de todos, e coisas simples como colocar meu nome completo em uma rede social era questão de muita preocupação pois logo ele me achava e iniciavam as mensagens e ameaças, uma obsessão desmedida sem hora e sem lugar. Aconselharam-me a fazer um B.O. mas ele me dizia que toda semana conferia na delegacia e se aparecesse, aí que ele faria o que estava planejando. Fui na delegacia da mulher e lá não tive respaldo nenhum, pois se eu entrasse na Lei Maria da Penha ele me dizia que tentaria na justiça metade dos meus bens adquiridos enquanto estava comigo (morávamos juntos mas nada no papel e EU comprei uma casa e um carro nessa época com o meu suado dinheiro.) Na delegacia, eles me passaram que poderiam chamá-lo para "conversar" só. Saí revoltada de lá, nem as mil e poucas mensagens e ligações não consideraram como prova. As coisas só foram amenizando com o tempo, quando eu falava com ele e dizia q estava muito, muito mal, tomando remédios e etc. Ele não suportava me ver feliz e bem... Eu gostaria de saber o que podemos fazer nessa situação que eu estava, pois graças a Deus, hoje me mudei de cidade e estou morando com o meu marido muito feliz, mas sei que passei momentos de pavor e muita angústia, e muitas mulheres também passam por isso injustamente. O que fazer? Ameaças como essa não devem ter um "peso maior" do que realmente consideram - ou melhor, não consideraram nada na minha situação? Quer dizer que só se ele concretizasse o que planejava que seria preso? Ressalto novamente, é uma situação traumatizante para as mulheres... Obrigada desde já. Renata