Direitos da mulher desempregada e com filhos no rompimento de uniao estavel
vivo em união estável com meu companheiro há 1 ano e temos uma filha de dois meses. moramos em um apartamento alugado e ele trabalha em outra cidade, vindo pra casa a cada 15 dias. Em um de nossos desentendimentos ele resolveu que vamos nos separar, então pediu para que eu saísse do apartamento porque não vai mais pagar o aluguel [que está em seu nome],nem as demais despesas que temos com luz, tv por assinatura, telefone, parcelas de cartão de credito [cartão esta em meu nome] entre outras; e me mandou que devolvesse seu cartão de vale alimentação [que deixa comigo para nossas despesas alimentícias]. assim que começamos nossa união parei de trabalhar e logo engravidei. estou desempregada e impossibilitada de trabalhar por conta da nossa filha recém-nascida. Sei da obrigação que ele tem em pagar pensão alimentícia pra ela, mas e quanto a minha situação, quais as responsabilidades que ele tem comigo em relação a sustento e moradia?
A unica obrigacao dele e com a crianca... vc pode pedir uma pensao mais essa e temporaria por no maximo 12 meses... so ate vc se reestabelecer no mercado de trabalho, mais se eu fosse vc nao pediria pensao pra vc nao, so pra crianca visto que nao pode ultrapassar 33,3% dos rendimentos dele e quando a sua acabar vai restar so o percentual da crianca...
Lilian, leia e entenda meu posicionamento nos tópicos anteriores. Já escrevi aqui neste espaço, muitas vezes, a mulher que se dedicar ao lar, a família, pode acabar idosa carente.
Não sou a favor que a mulher deixe de ter trabalho remunerado para se dedicar a família.
Sou contra a discriminação e preconceito, principalmente quanto ao trabalho doméstico. Muitos por aqui não consideram o trabalho doméstico, trabalho. O que é no mínimo, falta de inteligência.
Sou contra a julgamentos sem conhecimento de causa, principalmente quando se trata da vida dos desconhecidos. A vida segue por caminhos que nem sempre é opção.
O que não é o caso da consulente, o casamento só durou um ano, ela não abdicou de nada, pode voltar ao mercado formal de trabalho a qualquer momento, ou trabalhar na economia informal e contribuir para a previdência. Melhor, ela não ficou muito tempo trabalhando em casa, 24 horas por dia, sem remuneração e reconhecimento.
Dinahz eu nao tenho preconceito por mulheres que decidem ficar em casa cuidando da casa, dos filhos e etc, simplesmente hj em dia nenhum relacionamento, casamento, uniao estavel, e o que tiver por diante tem estrutura para tal, as pessoas casam hj para separar a amanha, vc e inteligente e sabe que a realidade hj e essa. Mulher que abre mao da sua vida profissional, para ficar no lar ela tem que esta ciente que a qualquer momento pode nao ter nem o que comer ou pra onde ir. e duro mais e a verdade...
A consulente assim que comecoa uniao estavel ja largou logo o emprego e agora o relacionamento nao deu certo o bebe esta com 2 meses, como ela vai viver ate arranjar um trabalho? Com pensao, sera suficiente para ela comer, pagar aluguel, agua, luz e etc?
E por isso que eu sou contra o a dona de casa... e nao pelo trabalho...
Lilian, tens preconceito sim.
A consulente não largou o emprego só pela união estável, e sim pelo bebê/também. Ela engravidou, e por motivos próprios e do companheiro, decidiu dar uma pausa para a maternidade. Normalmente, as mulheres agem dessa forma, devido ao apoio financeiro do marido e por ganhar salário baixo. Dependendo da faixa salarial da mulher, conciliar profissão/maternidade/trabalho doméstico, é inviável, é a tripla jornada, que muitas não aguentam. E claro que, quem se retirar do mercado de trabalho, por qualquer período, deve continuar contribuindo para a previdência.
E mulher separada, vive do mesmo jeito que vivia antes de se casar. Repito, a época que as mulheres só dependiam do marido, já passou a séculos.
Nem sempre. Conheço muitas que não tem filhos, não pretendem ter tão cedo, e ainda assim preferem ficar em casa e de preferência que o marido pague uma empregada.
Ele muitas vezes acha importante ela ter uma profissão, mesmo que seja ele a bancar todas as despesas, mas mesmo assim elas querem ficar em casa.
No caso em tela não podemos afirmar que o marido concordou ou mesmo pediu, como um não pode obrigar ao outro, se a mulher escolhe parar de trabalhar ela ESCOLHE parar de trabalhar.
Se ao invés de uma separação fosse o caso de uma viuvez. Quem ia sustentar ela e as crianças??? Ah! O INSS. Mas se o falecido não fosse segurado? Ah! Os pais do falecido. Se os pais do falecido nenhuma condição tivesse de fazê-lo, ou se ele fosse órfão????? Ela ia morar na rua e catar latinha pra viver.
Tanta gente morando debaixo de viaduto não é à toa. Elas tmb não tinham profissão, não trabalhavam e um dia (oh! surpresa!!) se viram na rua da amargura.
Quando o.cara casou com a mulher acreditou que iria somar e nao dividir o salario dele, e isso pesa... E pesou tanto que nao aguentou... Dinahz sera que nesse caso a mulher comunicou ao companheiro que a partir daquela data iria ficar em casa dependendo dele? Sera que ele concordou com isso.? Ou silplesmente teve que aceitar...
Eu sou verdadeiramente casada a 10 anos, e dividimos tudo, inclusive quando temos uma decisão a tomar, conversamos sobre ela e decidimos juntos. MAS, uma coisa da qual eu NUNCA abri mão e isso foi informado antes de casar é da minha profissão, da minha independência financeira, da minha carreira. Faço tudo que uma dona de casa faz e mais um pouco. Tenho jornada dupla como a maioria das mulheres que trabalham fora e em casa. E olha que coisa, eu não tenho empregada!! NUNCA deixaria minha independência de lado pra viver de madame. Não sei o dia de amanhã, vai que meu marido me larga? Quem pagaria minhas contas? Jamais me humilharia por pensão de ex marido porque eu fui burra e passei o casamento inteiro achando que a vida era só essa, que falta de ambição seria da minha parte. E se fico viúva? Manteria meu padrão de vida com uma pensão por morte do INSS? A gente pode casar e ter filhos, mas nunca devemos nos encostar em marido. Somos seres independentes, não é porque casamos que temos que fazer o que o outro quer. Casamento não é emprego. Marido/esposa não é dono/dona de ninguém. Se deixou de ser independente foi porque quis. Ter filhos e marido não é desculpa pra deixar de trabalhar, estudar, ser auto suficiente. Depois ficam aí, sem eira nem beira, mendigando uma miséria pra poder sobreviver porque dedicou a vida toda a família e o marido "proibia" de trabalhar. Parem com isso. Ninguém proíbe vc de nada, só se vc permitir.
Juliana
Você fez/faz suas escolhas. Optou por estudar, trabalhar e ter um casamento comum.
Infelizmente, as pessoas não teem uma vida tão certinha assim, acontecem coisas imprevistas, como mudança de cidade, emprego, desemprego, filhos,doenças, etc.
Se sabe se resolver, acertou no casamento, não significa que para os outros/as, as coisas são/serão assim. Nem todos/todas tiveram/teem as oportunidades que você teve/tem.
Amplie seu campo de visão, e veja além de sua sombra, rsrsrsrs.
Na vida, independente de ter sido um herói/heroína, todo mundo acaba mais ou menos igual, desse mundo nada se leva.
E julgar as pessoas que falharam na vida, é tolice. Se seu marido ficar desempregado e conseguir emprego em outro Estado ou País, você terá que tomar uma decisão, que, no futuro poderá ser boa ou ruim para você, e na hora do divórcio, quem vai julgar?
E se os casais dividirem os bens de comum acordo, muitos causídicos ficarão sem causas, até porque, quem não divide os bens com o cônjuge/companheiro/a, divide com os advogados.
A vida doméstica não deve ser resolvida no fórum, rsrsrsrs
Se o marido muda de cidade e ela opta por segui-lo, é escolha dela (casamento não tem garantia de duração!!!). Cada um tem de saber no que prefere investir!!!
E na nova cidade nada a impede de buscar um meio de sustento, de trabalho, de produção.
Tudo é escolha. O ruim é aguentar os resultados, nesta hora a maioria terceiriza a responsabilidade, diz que se sacrificou, que o outro deve alguma coisa, e blá blá blá.........