Obrigatoriedade do uso de Terno e Gravata nas aulas de Direito
Boa tarde compnaheiros(as), em primeiro lugar gostaria aqui de dizer que estou muito feliz por ta voltado a estudar depois de 12 anos e mais feliz ainda por ser no curso que sempre sonhei Direito,mas to me deparando com algumas questoes que podem me levar a desistir do curso: uma é a exigencia de alguns professores que tão obrigando os alunos a irem para as aulas de term e gravata.....e a outra é a questão da permanencia mesmo sou bolsista do FIES 100% mas infelizmemente o programa não auxilia na permanencia do aluno pois para se permanecer na faculdade fora a mensalidade do curso fica em torno de 300 reais por mês,para quem ganha um salario minimo é impossivél permanecer ...Portanto queria a ajuda dos colegas em me informar se exite uma lei que obriga os alunos irem para as aulas de direito de terno e gravata???? e se existe também uma lei que garanta um auxilio do governo para alunos do fies?????obrigado a todos(as) e aguardo...
WILSON
Conforme texto abaixo, a exigência do TERNO & GRAVATA acabou em 08 de março de 1972, sendo a Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP) a última que mantinha obrigatoriedade.
"No dia 8 de março, serão comemorados os 40 anos da abolição da “esgravatura” na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco, centro da cidade. Antes que alguém se confunda, a data não tem nada a ver com o fim da escravatura no Brasil, imposto pela Lei Áurea em 1888.
O termo, cunhado por alunos e professores, marca o fim da obrigatoriedade de se usar paletó e gravata dentro da faculdade, que começou a valer em 8 de março de 1972.
Quem vai hoje às aulas com trajes informais não imagina a importância da data para os colegas de outrora. Aquela quarta-feira de quatro décadas atrás foi o primeiro dia em 145 anos da instituição em que os alunos puderam assistir às aulas sem o adereço apertando o pescoço.
Fundada em 1827, a Faculdade de Direito da USP foi a última no País a derrubar essa obrigatoriedade.
A luta pela abolição começou em março de 1970, com o Centro Acadêmico XI de Agosto distribuindo o manifesto “Abaixo a Gravata”. Dois anos depois, após diversas negativas da diretoria, o pedido do presidente do C.A. em 1972, Antônio de Gouveia Júnior (1945-2011), foi finalmente aceito pelo diretor José Pinto Antunes (1906-1975). No despacho, porém, ele ainda advertia: “de bermuda ninguém entra aqui”.
A proibição do antigo diretor foi se diluindo ao longo do tempo e, hoje, o cenário é justamente o oposto do que pregava. Ontem pela manhã, no segundo dia de aula da faculdade, a maior parte dos alunos trajava bermuda e camiseta para se aliviar do calor de 32,8 graus. “Se tivesse de usar trajes formais hoje, ia ser duro”, disse o estudante Walter Tarcha, de 22 anos, do 4 º ano. Ele parou de ir de gravata quando largou o estágio, no ano passado.
Entre a maioria dos professores, a formalidade e as gravatas persistiam. Era o caso do professor – aposentado ano passado – e ex-ministro de Relações Exteriores Celso Lafer. Vestido com blazer e gravata, ele fez ontem uma exposição aos calouros, que o rodeavam no pátio central vestidos de bermuda, camiseta e jeans.
Aluno da turma de 1960, Lafer conta que na sua época nem se pensava em tirar a gravata. Depois de se formar, em 1964, ele voltou à faculdade como professor, em 1971, e testemunhou a mudança. “O pessoal de mais tradição ficou um pouco incomodado. Mas era jovem na época, não vi problemas”, lembra ele, que defende o uso de terno e gravata pelos advogados formados.
O advogado Paulo Roberto de Oliveira, de 64 anos, formado no ano da abolição da gravata, em 1972, diz que metade dos colegas da noite deixaram de usar o acessório. Embora não tenha aderido sempre, apoiou o movimento. “Temos de acompanhar os tempos.”
Mente fértil fica imaginando: se para os homens exigem o uso de terno e gravata, qual a indumentária exigem para as mulheres?
Há alguns dias ainda perguntei, acho que foi ao Jurist, se vcs aí no Brasil usam a toga, pois, num país tão quente, seria até jeitoso, podia andar pelado por baixo da toga, que ninguém se aperceberia.
Bom, depois do relato sobre a abolição da esgravatura, julgo que a questão tenha ficado esclarecida, e, caso insistam, o nosso colega Temperini já deu um bom caminho.
Quanto ao resto, mais difícil do que estudar com FIES é pagar o tal empréstimo logo quando termina o curso, portanto, dedique-se muito e aproveite a oportunidade que estão a te dar.
Boa sorte