AJUDA JURÍDICA URGENTE! Boa tarde. Minha mãe tem 65 anos e bebe há pelo menos 40 anos, ou seja, a minha vida toda, pois tenho 44 anos. Ela é arrogante, diz que bebe porque gosta e com o dinheiro dela e que ninguém tem nada com isso. Sou casada há 20 anos, tenho dois filhos e ela nunca me ajudou em absolutamente nada, porém sempre me deu muito trabalho por causa do seu vício. Quero saber se legalmente existe uma maneira de me desvencilhar desse problema, ou seja, não quero ter obrigações com uma pessoa viciada e que só causou transtornos na minha vida inteira e continua causando, inclusive envolvendo minha família. Se for necessário, abro mão de qualquer direito sobre bens. Ontem, 08/07/14 ela bebeu, caiu se arrebentou e eu e meu esposo que tivemos que socorrer. Não quero essa vida pra minha família. Sofri na infância e adolescência, acho que tenho o direito de me preservar e à minha família também. Por favor me ajudem, é urgente. Grata.

Respostas

14

  • 0
    T

    Tabatah Quarta, 09 de julho de 2014, 13h49min

    Depois que vc atingiu a maioridade ela não tem mais obrigação com vc e muito menos depois que fez a escolha de casar e ter filhos. Ñ tinha que ajudar mesmo.
    Agora a coisa se reverteu e, perante a lei vc tem obrigações com ela caso ela venha a precisar.
    Sua mãe é alcoolatra. Interne-a para tratamento.

  • 1
    C

    CArlos Eduardo Falcão Quarta, 09 de julho de 2014, 15h55min

    Interdita

  • 0
    ?

    Sandra VM Barbieri Quarta, 09 de julho de 2014, 17h28min

    Sabe Tabatah, pela sua resposta logo se nota que você não sabe o que é conviver com um viciado. Doença pra mim é quando a pessoa não escolhe ter, como diabetes, coração, rins e etc. Vício, antes de se tornar uma doença, é escolha! Já tentei ajudar de todas as formas, mas como disse ela é arrogante, diz que bebe porque gosta (por favor leia meu texto com atenção). Quanto a maioridade, concordo com você, tanto que nunca a procurei pra absolutamente nada. Agora, já que é uma escolha dela, não acho justo continuar a ser prejudicada em minha vida. Você não tem ideia do que já sofri quando criança e adolescente, só que à época, não havia o estatuto do menor e adolescente pra me proteger, enfim, agradeço seu comentário, mas eu preciso de pessoas que queiram me ajudar e não julgar sem nem conhecer minha vida. Grata.

  • 0
    J

    Julianna Caroline Quarta, 09 de julho de 2014, 21h24min

    Sandra

    Vc pensa assim porque na verdade tem mágoa da sua mãe, pela situação em que ela se coloca e coloca os familiares, desde sempre.
    Entendo, mas o judiciário e a OMS vê o alcoolismo como doença e não como escolha, porque após certo ponto a pessoa não controla a necessidade de beber, por tanto, não pode escolher se bebe ou não, a menos que se trate.
    Assim sendo, quando sua mãe estiver morrendo de cirrose, ou quando ela se acidentar, ou quando ela se tornar incapaz de limpar o próprio traseiro, se vc for filha única, sobrará pra vc sim, e a justiça pode obrigar vc a cuidar dela decentemente.
    A menos que vc consiga interditá-la e a interne de maneira compulsória numa clínica de reabilitação.
    Eu sei como é, a tia do meu marido é assim, chega a dormir na sarjeta, tem 3 filhos adultos e só estamos esperando que algo aconteça, porque apesar de ser adulta, não quer se tratar, nem ouvir as pessoas, mas apesar de tudo, os filhos sabem que sobrará pra eles.
    Infelizmente.

  • 0
    ?

    Sandra VM Barbieri Quarta, 09 de julho de 2014, 22h26min

    Obrigada Julianna pela sua resposta e compreensão. Isso não é justo! Ela foi uma péssima mãe, só me faz sofrer e ainda tenho que carregar esse encosto nas costas? Que justiça é essa?

  • 0
    C

    CIBELE LUNETTA Quarta, 09 de julho de 2014, 22h45min

    Sandra VM Barbieri,

    Você é filha única? Porque, sua mãe tendo outros filhos, a responsabilidade não é só sua.

    O vício do alcoolismo é terrível, ainda mais quando a pessoa tem condições financeiras para mantê-lo (você diz que ela argumenta que bebe porque quer, que o dinheiro é dela...).

    Interditá-la é possível, dada a situação de descontrole e risco em que vive, e interná-la compulsoriamente seria o maior benefício para a vida dela.

    Boa sorte.

  • 0
    ?

    Sandra VM Barbieri Quarta, 09 de julho de 2014, 22h51min

    Obrigada Cibele pela sua resposta. Tenho uma irmã, porém ela trabalha e reside em outra cidade e eu não trabalho (creio que isso seja um fator desfavorável a mim). Minha irmã vem para a nossa cidade aos finais de semana. Sinceramente, não sei o que fazer, só acho isso injusto e preciso achar uma solução. Grata.

  • 0
    C

    CIBELE LUNETTA Quinta, 10 de julho de 2014, 2h24min

    Sandra,

    Esqueci de perguntar se ela mora sozinha ou em sua casa. Sendo você casada, não há como obrigar seu marido e seus filhos a aceitá-la nessas condições... ainda que você e sua irmã, como filhas, tenham responsabilidade com ela.

    O caminho é mesmo buscar a interdição dela e a internação compulsória, não há outra maneira de livrar-se dessa situação desgastante, constrangedora... Procure contratar um bom advogado.

    Você tem minha solidariedade, não é fácil suportar algo ou alguém nessas condições, causando tanto sofrimento.

    Boa sorte.

  • 0
    ?

    Sandra VM Barbieri Quinta, 10 de julho de 2014, 12h11min

    Oi Cibele, ela mora sozinha e tem a aposentadoria do meu pai falecido há dois anos... Só Deus nessa causa. Abraço e obrigada.

  • 0
    Camilla Correa

    Camilla Correa Domingo, 25 de dezembro de 2016, 18h35min

    Olá, eu tenho um problema parecido com o seu. Minha mãe é álcool atra mais diferente do seu caso ela sempre me ajudou em tudo sempre cuidou muito bem de mim. Mais nos nunca tivemos uma boa relação mais sempre nos respeitamos como mãe e filha. Eu sou filha única, minha mãe não sai p rua p beber ela compra a pinga dela e bebe no cantinho dela. Ela não é uma pessoa agressiva mais ela não quer parar de beber e nem se tratar. o que ela tem e uma mistura de depressão com alcoolismo. Ela trabalhou a vida toda e agora está numa situação muito delicada. Eu namoro a 12 anos e meu noivo também convive com isso. Nos compramos uma apartamento mais até agora não fomos morar junto porq eu tenho do de deixar ela sozinha. Meu coração vive angustiado por não conseguir fazer nada p ajuda -lá. As vezes me sinto culpada por ela ter ficado assim. Nos não temos diálogo e isso torna mais difícil o relacionamento. Ela não tem amigos não tem ninguém só a irmã dela que vem aqui de vez enquando. A nossa relação e muito difícil. Não tem brigas mais também não tem conversa. Me sinto em um beco sem saída sem saber e sem poder fazer algo por ela já que ela não ajuda também.
    Olha...Sei que vc pediu ajuda, eu não tenho nem idéia do que vc pode fazer mais aproveitei seu post para falar que existem outras pessoas com problemas por causa de bebida.
    Olha se eu tivesse no seu lugar eu ia deixar ela viver do jeito que ela quer... Mais no meu caso minha mãe sempre me ajudou muito e me dói muito pensar em deixar ela mesmo sabendo q e uma opção dela. Tudo tem um motivo é ela nunca me disse o porque então eu fico sem entender. Mais essa situação me magoa demais. Bom se tiver alguém aí disposto a dar uma opinião respeitosa e cuidadosa para meu caso, eu aceito. Boa sorte.

  • 0
    C

    cel silva Sexta, 10 de fevereiro de 2017, 18h04min

    Sandra, estou passando por isso com minha sogra e entendo sua situação. Meu marido já perdeu três empregos e meu cunhado largou o estudo por que quando ela esta bêbada fica gritando em frente a escola. É horrível, e o pior que quando não esta bêbada e agente tenta convencer ela a se tratar, faz cara de santa.
    Aproveitando esse espaço, juridicamente tem como interna-la mesmo contra sua vontade?

  • 0
    M

    Marineide Baialuna Segunda, 27 de fevereiro de 2017, 7h33min

    Bom Dia!! Me vi no lugar da Sandra direitinho. Mas meu caso parece até pior. Sou filha única. Meu pai morreu qdo eu tinha 14. Ficamos eu e minha mãe. Meu pai dava tudo q ela queria. Afeto...amor...e todo tipo de bem material. Carro...jóias. ..casa c piscina...tivemos tudo até ele morrer. Com a doença ficamos a zero.Eu era uma menina mimada e chata. Senti muito perde-lo...mas foi bom por um lado pq fui correr atrás da vida. Minha mãe já bebia um pouco...aí piorou tudo. Tornou- se alcoolatra...daquele tipo q toma muita pinga pura e c coca-cola. Como sofri!!! Passava muita vergonha na frente de namorado e amigas. Sempre fez fofoca e calúnias sobre minha pessoa e todos aqui da rua. Mas todos aqui onde moro a defendem. Quem vai defender a filha e não uma mãe?? A nossa cultura cultua a figura materna. Então...enquanto filha sou eu q não presto. Tivemos a vida inteira brigas horríveis. Sempre tentei ser amiga. No entanto, sua arrogância, egoísmo e prepotência foi criando dentro de mim muito ódio dela. Sempre me controlei e tentei buscara nela qualidades. Nunca a Internei, mesmo depois que me formei, em 1987, psicóloga. Estudei na PUC...fiz uma boa faculdade. Paguei c muito sacrifício. Nem sei como consegui...Todos os dias chegava em casa a noite morta de fome...Ela completamente bêbada. Dava pontapés na porta do meu quarto enquanto eu estudava. Me chamava e me chama de bosta de Psicóloga...Fracassada...etc...etc...Mas...sei que ela é doente. Nunca aceitou tratamento, embora eu tenha tentado levando- a em uma psicóloga. Foi só uma vez e não quis mais. Concluo que somos nós que precisamos de ajuda. Nós que convivemos c o alcoolatra precisamos nos tratar. Me casei e acabei me separando. Voltei a morar c ela. Isso faz muito tempo. Depois q tive meu casal de filhos minha vida melhorou muito. Eles sempre me apoiaram, me defendem e ao mesmo tempo enxergam q a avó é doente. Antes, eu era sozinha. Bem...hoje ela tem 79 c ótima saúde e continua bebendo...um pouco menos. Mas sai de casa em casa dizendo w não cuido dela...não dou comida...etc etc. Tudo uma grande mentira. Eles querem sempre manipular as pessoas. Querem ser as vítimas. A polícia esteve aqui me procurando por causa q né denunciarAM A tristeza tomou conta de mim. Eu adoro cozinhar. Faço comida caprichada p ela é p todos nós. Além dela tb tenho uma tia de 89 c ótima saúde q vem todo dia em casa. Mora aqui perto. Almoça aqui e vai embora. Ela não bebe e é uma companhia gracinha. Esta sempre me apoiando. É irmã da minha mãe. Minha mãe a humilha. Toca embora...só falta bater nela. Fico aborrecida demais. Depois q nasceu meu Netuno, agora c 3 anos...a alegria aqui é grande!! A bisa...minha mãe adora demais ele. Mas o vício ela não larga. Até tomo uma cerveja há c ela...Hoje consigo ser mais amiga...embora a chegada da polícia aqui tenha me revoltado um pouco. A delegada me inocentou. Viu w é tudo uma palhaçada. Só q pra mim foi sério. Muito ruim. Nem estou atuando mais como psicóloga pq preciso me cuidar. Um beijo p todas vcês!!!! Beijo para quem passa o q passo. Vamos nos cuidar!!!! Só terei paz realmente quando ela se for. Consigo sentir compaixão por ela. Enquanto estiver viva farei o w puder.

  • 0
    M

    Marineide Baialuna Segunda, 27 de fevereiro de 2017, 7h36min

    Gente...é neto...e não netuno. ..rrrss

  • 0
    W

    Welton Ferreira Quarta, 03 de maio de 2017, 16h14min

    Me identifiquei muito com a sua história, Marineide. Minha mãe sempre bebeu mas não foi muito mas acho que com o passar do tempo foi se tornando intolerante ao álcool e querendo mais e mais. Ela foi uma mãe que fez tudo pelos sete filhos apesar de ser agressiva. Atualmente ela se tornou muito mais agressiva principalmente quando a tentamos proibi-la de beber. Ela nos agride com tudo , até mesmo com facas. Tenho medo que aconteça algo pior e rezo todos os dias. No início tinha muita dó dela e tentava de todas as formas mas depois percebi que ela fazia muitas coisas por pirraça e mentia, nos deixando muito envergonhados. A última coisa que ele me disse me doeu muito: disse que me odeia e não me considera como filho. Apartar de então, deixei de forçá-la a um tratamento para viver a vida da maneira que ela quiser. Os últimos exames deram alteração e ela parece estar em começo de cirrose, com o rosto inchado diariamente. Disse que um dia ela se arrependeria de tudo que está fazendo e nos pediria perdão e eu a perdoaria e ela me disse que quando ela morresse não era para eu ir ao velório. Não durmo a noite e tenho muitos pesadelos. Só queria viver em paz, ser feliz!

Essa dúvida já foi fechada, você pode criar uma pergunta semelhante.