Boa tarde a todos, Tenho um filho que está prestes a completar 3 anos, fruto do meu primeiro namoro que durou alguns meses. Nos separamos quando meu filho tinha por volta de 6 meses. No começo tivemos algumas discussões, mais pelo término do namoro do que por questões que envolvessem nosso filho. Cheguei a registrar dois BO por ameaça. Ele voltou a morar com a mãe que reside no litoral de São Paulo e eu permaneci na capital. Nos primeiros meses após nossa separação, acordamos um valor para a pensão, e ele chegou a levar meu filho para pernoitar em sua casa uma vez, mas visto que o mesmo ainda mamava no peito, chorou muito durante a noite e decidimos esperar um pouco mais pra deixa-lo dormir lá novamente. Ele veio visita-lo por mais duas ou três vezes e depois disso simplesmente sumiu. Cheguei a cobrar algumas vezes que ele participasse mais da vida do filho, que viesse visitar mas ele nunca podia, não tinha tempo, nem dinheiro, enfim, não estou julgando os motivos dele. Aí começaram as brigas, e logo em seguida ele parou de depositar a pensão. Comecei a me relacionar com outra pessoa, hoje estamos casados e temos outro filho. Sempre trabalhei e consegui manter meu filho sozinha, e esse foi um dos motivos os quais não entrei com um processo para regularizar a pensão. O outro lado, é que queria evitar confusões, já que ele me ofendia muito, a minha família e passei por alguns problemas emocionais na gravidez que me levaram a cortar qualquer contato com o pai do meu primeiro filho. Nesses 2 anos, meu marido assumiu o papel de pai, não digo financeiramente, mas sim emocionalmente, tanto que meu o meu filho o reconhece como tal. Na semana passada, recebi uma carta de intimação para regularização de pensão alimentícia e visitas. A primeira audiência pra conciliação já está marcada, só que não tenho advogado e no momento estou passando por algumas dificuldades financeiras, não tenho meios de pagar um. Minhas dúvidas são: 1 - Posso ir a audiência sem advogado? (Uma vez que acredito que não teremos maiores problemas em entrar em acordo)

2- Posso pedir um tempo de "adaptação" para que inicialmente as visitas sejam feitas na minha casa, ou com a minha presença? Como o pai mora em outra cidade, sei que vai querer levar meu filho pra lá, e não quero impedir isso, mas como esse "vínculo" foi quebrado, acho que não será saudável pra criança sair pra passar um final de semana com um completo desconhecido pra ela. Gostaria que fosse respeitado o tempo do meu filho a se acostumar, confiar, aceitar essa pessoa como pai, não quero que ele leve meu filho aos berros da minha casa.

Eu li muito sobre alienação parental, e não estou tentando dificultar a convivência de pai e filho, só não quero criar "traumas" na criança. Sempre me doeu muito essa ausência paterna, porque cresci sem meu pai e sei o quanto isso faz falta na vida de uma criança, uma parte de mim está muito feliz de que ele tenha FINALMENTE acordado e procurado o filho, temia muito que ele crescesse e carregasse esse sofrimento de ter sido abandonado pelo pai, mas como mãe também me preocupo com o emocional dele, e queria saber o que posso fazer em relação as dúvidas apontadas. Desde já, muito obrigada.

Respostas

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    E

    Elder 69060-000/AM Segunda, 27 de outubro de 2014, 21h15min

    Sua historia é tão normal hoje em dia. Bom vamos lá, não sou advogado, mas estou passando por algo parecido com o seu, mas envolvendo alienação parental e falsidade ideológica por parte da familia materna de meu filho.
    1 - A melhor solução é a conversa pelo bem dos direitos da criança, o dialogo é fundamental para que a criança refaça os laços paternos com o pai biológico. Sobre passar fins de semana com o pai biológico, isso quem vai decidir é o juiz.
    2 - Se você não tem condições de pagar um advogado, entre com um pedido ao M.P. para conseguir um advogado gratuitamente.

    Tudo isso você vai colocar diante do juiz para que vocês entre em acordo.

    Boa sorte.

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