Estou sofrendo abuso emocional de minha família, quais são meus direitos?
Tenho 18 anos. Não tenho condições de me sustentar sozinho, e o batalhão me chamou pra variar e só vai me dar resposta em Janeiro nesse ano me impossibilitando de trabalhar.
O que está acontecendo é que minha mãe falta com respeito a minha pessoa direto. Ela é sádica (gosta de ver o sofrimento alheio por diversão) e fica me perturbando o dia inteiro me xingando horrores, me humilhando, me fazendo sentir vergonha na frente dos vizinhos, to perdendo o sono e estou com o emocional tão abalado que não consegui nem fazer a prova do ENEM porque passei mal de estresse. Está prejudicando minha saúde e eu não sei o que fazer.
Moro com meu pai, irmã, mãe a avó. Meu pai não faz nada a respeito. E ele oprime meus valores. Ele fala que eu devo engolir a raiva e ter jogo de cintura. Ele também me aborrece porque ele projeta em mim as mágoas dele que meu avô abandonou ele quando ele tinha 7 anos e ele "quer que eu tenha a vida que ele não teve" e dessa forma ele me sufoca, me aparece com uns cursos e provas quais eu não quero fazer e fala que eu tenho que fazer se não vou ser um Merd#$... na vida. Fiz um curso CONTRA a minha vontade no Senai por causa dele e agora ele quer que eu faça uma faculdade. Eu VOU fazer faculdade sim, mas não quero que ele fique me pressionando. Ele me apareceu com uma prova pro vestibular e eu não quis fazer porque não sei o que vai sair do batalhão (Provável que eu sirva e eu desejo servir também) e ele falou que eu vou ser um merda na vida, desse jeito vou ser um moleque (Eu tiro as melhores notas da turma, fiquei em 4º lugar nas olimpíadas de matemática, sou bom em escrever redações, escrevo corretamente, eu me considero uma pessoa inteligente e bem estruturada, não aceito que ele fale isso a meu respeito).
Ele faz isso comigo e eu não posso falar nada. Eu já tentei conversar com ele, mas ele não admite que está me pressionando e tem reações agressivas. No fundo ele sabe que está errado, mas é incapaz de admitir. Na cabeça dele ele acha que ele paga as contas, então ele pode tudo, inclusive querer que eu seja quem ele quer que eu seja e abra mão dos meus sonhos pra realizar os dele. E eu dependo dele pra sobreviver né? Não tenho família. Ninguém da família gosta dele por essa mania dele de querer viver a vida dos outros. Quando eu era criança ele falava coisas de sexo pra mim, com 7 anos falava cenas explícitas me ensinando "Tu pega a bucet$¨&$e chupa ele, deixa a mulher goz#$%¨bastande depois fod#$%¨ ela" Coisas desse nível. Quando eu tinha 13 anos ele comprou uma camisinha pra mim ter relações sexuais com minha prima quando ela veio passar uns meses aqui em casa. Resultado eu cresci uma criança frustada, isolada de todo mundo porque tinha vergonha dos amigos, sofri bullying na escola porque repetia o que ele me ensinava e as crianças riam de mim, entrei em uma depressão profunda, tentei suicídio, fiz tratamento, o tratamento não resolveu, lógico Tava tomando remédio pra esquizofrenia, vamos combinar, não preciso disso. Abandonei o tratamento e estou me recuperando sozinho e melhorei muita coisa, muita mesmo. Emagreci 40 quilos. Pesava 117 agora peso 80, 75 por aí. Ainda tenho problemas com auto estima e uma fobia social leve por causa das humilhações diárias e do isolamento, fiquei muito tempo isolado das pessoas, e ainda sofrendo humilhações.
Hoje tomei uma decisão. Não quero mais aceitar isso. Cansei de ficar escutando minha mãe mandar eu tomar no c$%¨&* seu eu fazer nada, e me bater sem motivo e ficar gritando igual uma louca, e meu pai ficar me fazendo sentir culpado. Se meu avô abandonou ele, o problema é dele e eu não culpa de nada. Isso não dá o direito dele jogar na minha cara que eu tenho comidinha, tomo banho a hora que quero, roupinha lavada e que ele não teve um pai pra fazer isso, me falar esse monte de coisa só porque eu reclamo com ele que minha mãe me humilha, e ainda vem me chamar de merd$%¨& porque eu não quero fazer o que ele quer que eu faça. Já falei, eu vou fazer as coisas que EU QUERO. Se ele quiser que eu ajude, eu ajudo, agora querer que eu seja o que ele quer que eu seja, vai te catar.
Eu queria saber quais são meus direitos nessa situação. Quais são as providências que eu posso tomar. Eu gostaria de saber também se eu posso sair de casa, se tem algum auxílio do governo, ou da justiça até eu conseguir me sustentar sozinho, ou se existe algum abrigo pra mim ficar. Não quero entrar na justiça contra eles por causa dessas coisas que eles fizeram porque eu estou focado mais na minha felicidade e bem estar do que na vingança. Não quero que eles paguem por nada na cadeia, só quero ficar em paz no meu canto quieto sem ninguém ficar me humilhando.
Eu não tenho família que possa me acolher, tenho 18 anos e ainda não trabalho por causa do batalhão.
Ah, e uma dúvida também. Caso ele me abandone e eu não tenha aonde ficar, a quem posso pedir ajuda.
Obrigado
1º passo: entendendo sua mãe Ela provavelmente trabalha (dentro ou fora de casa), se preocupa com as finanças de uma família, tem que pensar na educação dos filhos e fazer tudo para que a casa na desmorone. Já parou pra pensar na dor de cabeça que isso dá? E no caso da Marcela, ela já passou por um divórcio, o que é muito complicado.
Se pararmos pra pensar, veremos que as mães têm todos os motivos para serem completamente malucas. É muita preocupação pra uma pessoa só. E pensando tanta coisa ao mesmo tempo, é possível que ela encrenque com você além do necessário, grite um pouco e perca o controle. Entenda, então, que mesmo que ela pareça não ter motivos para brigar, ela já tem um: ELA É MÃE! E calma… Ela não odeia você!
2º passo: não entrando no jogo Por mais que ela tenha te irritado muito, você deve manter a calma. -Mas ela não tem razão! Não importa. Mesmo se ela estiver falando que 2 + 2 são 5, não discuta. Lembre-se que mesmo errada, ela ainda tem o poder de deixar você de castigo, cortar sua mesada, proibir de viajar, etc e tal. Então não compre a briga. Deixe-a gritar o quanto quiser.
Com calma, você primeiro diz: “Eu vou tentar melhorar, prometo”. Ao ver sua calma, ela vai baixar a guarda e então você pode calmamente tentar explicar seu ponto de vista. Caso isso não seja possível, fique só com o “Tudo bem, você tem razão. Vou fazer de tudo para evitar fazer isso de novo”. Pronto. Eu sei que será difícil dizer isso, principalmente se ela estiver pedindo absurdos, tipo pra você se afastar daquele amigo tatuado, ou não tirar menos que 7 nas provas, ou nunca mais bater no seu irmão que vive te provocando… Mas não adianta enfrentá-la na hora da briga. Abaixe a cabeça e espere sua hora.
3º passo: pedindo desculpas Nós sabemos que você não é nenhuma santa. Se mentiu para a sua mãe, saiu escondida, aprontou poucas e boas e ela descobriu, vá e peça desculpas. Nada de ser orgulhosa. Pessoas orgulhosas são muito burras, pois sempre saem perdendo. Desculpar-se não é humilhar-se, mas sim admitir que vai se superar em relação a atitudes anteriores. Quem se desculpa, mostra maturidade e superioridade.
4º passo: conquistando seu território e ganhando pontos com ela O segredo para um bom relacionamento com a mãe está nos momentos de paz. Quando você chega em casa, vê que está tudo bem e já está indo para o seu quarto ouvir música, pare! Essa é a hora de ir até ela. Por mais que não pareça, sua mãe precisa da sua atenção. Mães são como crianças: se elas não têm atenção, ficam dando escândalos.
Abrace, beije, elogie, converse… Se ela estiver cansada, ofereça uma massagem… Ela está muito nervosa? Prepare um chá de camomila e leve pra ela. Faça uma surpresa, agrade sua mãe. Em vez de apenas estar lá para receber dela, ofereça também. Esteja disponível para ajudá-la, pergunte como foi seu dia, mostre que gosta dela. Se isso virar rotina, ela será muito mais compreensiva com você. Pode ter certeza que ela verá seus erros com outros olhos e receberá seus pedidos com mais carinho. Se quer que sua mãe seja um doce com você, comece sendo um doce com ela!
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