Eu não sou contra a reforma agrária, mas ela não pode ser esta bagunça que só serve para gerar conflitos, mortes, e desgaste ao governo. Primeiramente eu penso que nós devemos dar condições para quem já possui a terrar de produzir. A nossa política agrária não dá o devido valor ao nosso setor primário. Não adianta mudar o dono da terra. Será somente trocar seis por meia dúzia. Nós só iremos trocar o problema de endereço. Vamos enfocar apenas um ponto. Que nos acentamentos rurais, é distribuido um pequeno lote de terra. Que condições terá esta pessoa de comprar um trator e seus implementos agrícolas. E mesmo que tivesse, seria jogar dinhiero fora. Pois por exemplo a plantadeira só seria usada uma vez ao ano, assim como a colheitadeira, a ensiladeira. Seria um investimento "burro". Estes proprietários são muito pequenos, e teria que se juntar muitos para comprar um implemento agrícola. E será que ele conseguiria atender a todos em tempo adequado. Pois há hora certa de plantar, colher, adubar. E o Brasileiro quer solução imediata. O problema de má distribuição de terra, que dura desde o início do Brasil não pode ser mudado de uma hora para outra. A própria classe dos fazendeiros não consegue se unir para reinvidicar melhores condições. Se fosse cobrado um valor de 20% sobre a valor da terra, a propriedades rurais que não produzissem, como imposto, multa. Em 5 anos as terras passariam as mão do governo. E ele poderia fazer o que achasse melhor. Mas este imposto só poderia ser aplicado, se tivesse dado condições do proprietário de produzir. Este tema é muito complexo, e o pior é que ele é discutido com pessoas que nunca lhe daram com a terra. É DA TERRA QUE TIRAMOS O NOSSO ALIMENTO. POR ISSO ELA É MUITO IMPORTANTE. DEVEMOS DAR O REAL VALOR QUE ELA MERECE. NÓS TEMOS QUE PARAR DE BRINCAR, QUANDO ESTAMOS TRATANDO DA PROPRIEDADE RURAL.

Respostas

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    C

    Carlos Bibiano Ochôa Sábado, 07 de junho de 2003, 19h37min

    Caro Pedro! Nossa opinião é que em primeiro lugar fosse dada a posiibilidade da aquisição da terra para quem nela vive e trabalha,"o arrendatário", pois se na maioria das vezes ele tem crédito junto aos bancos oficiais para adquirir tratores, colheitadeiras etc. que avultam valores astronômicos na maioria das vezes superior ao valor da terra que exploram, porque não lhe dar condições de comprar também por intermédio de financiamento a compra da terra? Este seria o primeiro passo para promovermos a justiça social que todos os governos apregoam. Houve no Governo anterior um projeto semelhante que promoveu o assentamento de milhares de famílias sem provocar o conflito no campo que foi a aquisição de um módulo rural, por agricultores previamente selecionados pelos sindicatos rurais, secretarias da agricultura dos municípios e a comunidade com recursos Federais financiados pelo BANCO DA TERRA,com prazo de 20 anos para pagamento, que não teve a divulgação que deveria ter por ser contra o interesse dos militantes do MST. Certamente é um tema conflitante de interesses e opiniões, que deveria ser debatido desprovido de paixões principalmente nos bancos escolares de onde surgirão cabeças pensantes formadoras de opiniões.
    Um abraço.
    Carlos.

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    M

    Maria do Carmo Domingo, 12 de outubro de 2003, 21h07min

    Justiça social é necessária, porém, ao que tudo indica, está ocorrendo um verdadeiro desvirtuamento no procedimento da reforma agrária neste País, pois em verdade, mais de noventa por cento das famílias assentadas não possuem, efetivamente, vocação para o trabalho rural, eis que o que buscam, em verdade, é apenas e tão somente o dinheiro advindo dos financiamentos para, logo depois, abadonarem ou venderem suas terras. O que estamos a ver é apenas e tão somente um movimento político sem objetivo ruralista propriamente dito. Veja-se que os projetos de assentamento, de forma geral, encontram-se em estado de falência, porquanto os assentados não possuem assistência técnica especializada, e principalmente assistência técnica administrativa de seu pedaço de chão, de sorte que não conseguem, efetivamente, produzir nada significativo para o sustento dos seus e de suas famílias, o que leva-os ao abandono da parcela de terra, e posterior assentamento de outras famílias, num circulo vicioso que não produz progresso aos Municípios detentores dos assentamentos e muito menos justiça social. É preciso que os órgãos governamentais tirem suas cortinas de funaça dos olhos e comecem a trabalhar e encarar de forma mais séria o problema social do Brasileiro famélico: dar-lhe educação, saúde e real possibilidade de trabalho, e não simplesmente convidá-los a fazerem parte de um " acampamento" do MST e jogá-los, ao depois, em um lotezinho de terra, ofertando-lhe dinheiro bom logo de início, pois esses assentados deslumbram-se com esse " dinheiro fácil", usam-no para outros fins que não aplicação na terra e partem para outro acampamento... Essa é a realidade da reforma agrária de hoje no Brasil

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